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A adolescência entre os lacanianos

Segundo Ruffino (1993), adolescência é:

→ Uma operação psíquica, iniciada a partir da


irrupção do real pubertário.

→E da modificação do olhar social sobre o


jovem.
→ A partir do momento em que o sujeito, saído da
infância, se depara com o real do sexo, a puberdade
é o próprio encontro mal sucedido, traumático, com
esse real. O real do sexo é por definição algo que
escapa a uma simbolização possível, deixando o
sujeito – em linguagem do senso comum – “sem
palavras”. (Alberti, 1996, p. 28).
Lugar na filiação

Laço social

Secção dos sexos


→ Ao colocar-se em um dos lados da sexuação,
o adolescente depara-se com o implicado na
relação sexual, o fato de que o gozo ao qual
tem direito é o gozo fálico.
Promessa de Édipo
→ “Esse gozo ao qual você renuncia, você terá
direito e acesso a um gozo de mesmo peso quando
você crescer.
→ É na adolescência que ocorre a revelação da
armadilha dessa promessa, na qual o Outro passa a
ser visto como castrado.
→ O jovem fica cara a cara com o engano da
promessa que o fez silenciar na latência. A
promessa de que na hora certa lhe seriam
entregues os atibutos necessários para lidar com o
gozo.
Castração
→ Não é apenas da própria castração, mas da
percepção de que o pai, do qual se esperava a
entrega, surge como impotente ou castrado.
→ Desconfiar dos pais. (Dificuldade de
transferências).
→ Mudança quanto a referência do Saber vindo
do Outro, para uma posição de saber
sustentada em seu próprio nome.

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