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COESÃO REFERENCIAL

Classificação em termos de funções que esses mecanismos exercem na construção de


texto.

Três tipos de coesão: a) referencial; b) recorrencial; c) sequencial (strictu sensu).

COESÃO TEXTUAL: UMA


PROPOSTA DE RECLASSIFICAÇÃO
Machado de Assis = nosso maior escritor= Mestre = ele =
Bruxo de Cosme Velho.

Coesão referencial: Substituição e Reiteração.

COESÃO REFERENCIAL
SUBSTITUIÇÃO
REITERAÇÃO
Coesão por Referência Exofórica: é aquela que se refere a um elemento fora do
texto.
Exemplo:
“A gente era pequena naquele tempo. E aquele era um tempo em que ainda se
apregoava nas ruas. Não em todas as ruas, mas naquela onde
vivíamos. Naquela rua, que tinha por nome a data de um santo, o tempo passava
mais lentamente do que no resto da cidade de Porto Alegre.”
(Trecho inicial de uma crônica, postada no site http://revistagloborural.globo.com,
por Letícia Wierzchowski)
Notem que as expressões em destaque se referem a informações externas ao texto.
Coesão por Referência Endofórica: é aquela que faz referência a algo dentro do
texto.
Analisemos os exemplos a seguir:
1) Não consegui passar o recado para seu pai, pois, quando eu voltei, ele já havia
ido embora. (“ele” -> termo anafórico)
2) Lá estava ela, ali parada, minha amiga! (“ela” -> termo catafórico)
Notem que, no primeiro exemplo, o pronome “ELE” desempenha função
anafórica uma vez que RETOMA a expressão “seu pai”. Já no segundo, vemos o
pronome “ELA” exercendo função catafórica, já que se refere a um termo
posteriormente expresso – “minha amiga”.
ISTO, ESTA, ESTE (e demais contrações) -> CATAFÓRICOS
ISSO, ESSA, ESSE (e demais contrações) -> ANAFÓRICOS
Observem:
I) No Brasil, o problema é este: a violência.
II) A violência cresce a cada dia no Brasil. Esse problema deve ser combatido por
meio de medidas mais eficazes.
Notem como, na frase I, o referente “violência” está localizado posteriormente, logo
o pronome “este” desempenha função catafórica; já na frase II, a referência foi
feita anteriormente, portanto o pronome “esse” possui função anafórica.
O trabalho que eu fiz mereceu destaque. (pronome relativo, retomando o termo
“trabalho” e ligando as orações)
Tenho dois objetivos: o primeiro é passar no vestibular; o segundo, arrumar um bom
emprego.(numerais que substituem os respectivos “objetivos”)
Moramos no Brasil. Aqui, as leis não são respeitadas como deveriam. (advérbio
retomando o substantivo próprio “Brasil”)

Cf. http://soumaisenem.com.br/redacao/coesao-e-coerencia/coesao-referencial
(ENEM 2009)
Páris, filho do rei de Troia, raptou Helena, mulher de um rei grego. Isso provocou um sangrento conflito de dez anos, entre os
séculos XIII e XII A.C. Foi o primeiro choque entre o ocidente e o oriente. Mas os gregos conseguiram enganar os troianos.
Deixaram à porta de seus muros fortificados um imenso cavalo de madeira. Os troianos, felizes com o presente, puseram-no
para dentro. À noite, os soldados gregos, que estavam escondidos no cavalo, saíram e abriram as portas da fortaleza para
a invasão. Daí surgiu a expressão "presente de grego".
Em "puseram-no", a forma pronominal "no" refere-se:
a) ao termo "rei grego".
b) ao antecedente "gregos".
c) ao antecedente distante "choque".
d) à expressão "muros fortificados".
e) aos termos "presente" e "cavalo de madeira".
Para resolver a questão, basta recuperar as informações do texto. Notem que a forma
pronominal “no” retoma o termo “presente”, que por sua vez retoma “cavalo de
madeira”, desempenhando função anafórica. Como podemos perceber, a alternativa
que demonstra isso é a letra E – gabarito da questão.

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