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História dos Registros do

Conhecimento

Revisão
17/11/2008
História dos Registros do Conhecimento

 Conhecimento:
 Concreto e Abstrato.
 Visões e métodos.
 Teorias do conhecimento.
 Cultura:
 Conceito.
 Processos de aprendizagem.
 Diferenças Comportamentais.
 Teorias.
 Origem.
O que é conhecimento?
 Conceito:
 A relação que se estabelece entre o sujeito
que conhece ou que deseja conhecer e o
objeto a ser conhecido ou que se dá a
conhecer.
 O conhecimento pressupõe dois elementos: o
sujeito que quer conhecer e o objeto a ser
conhecido, que se apresentam frente a
frente, dentro de uma relação.
Conhecimento
 Concreto:
 Quando o sujeito estabelece uma relação com um objeto individual.
Por exemplo, o conhecimento que temos de um amigo
determinado, com todas as suas características individuais.
 Abstrato:
 Quando estabelecemos uma relação com um objeto geral,
universal. Por exemplo, o conhecimento que temos do ser humano,
como gênero.
 A relação de conhecimento implica uma transformação
tanto do sujeito quanto do objeto. O sujeito se transforma
mediante o novo saber, e o objeto também se transforma,
pois o conhecimento lhe dá sentido.
Visões e Métodos do Conhecimento

 Sócrates: Ironia e maiêutica.


 É o método que consiste em parir idéias complexas a partir de
perguntas simples e articuladas dentro de um contexto.
 Platão: (Doxa) Ciência baseada na opinião.
 Alegoria da caverna, prevê que o homem possa se libertar dos
conhecimentos enganosos gerados pela opinião, que são apenas
sombras dos verdadeiros conhecimentos.
 Aristóteles: (Episteme) a ciência é baseada na observação -
experiência.
 Episteme (ciência em grego).
Teorias do Conhecimento
 Antiguidade:
 Diferença entre conhecimento sensível e conhecimento intelectual:
 Platão: conhecimento sensível (opinião e crença) e conhecimento intelectual
(raciocínio e intuição).
 Diferença entre aparência e essência – opinião e saber:
 Aparência (opinião) – essência (raciocínio).
 Regras da lógica para se chegar à verdade.
 Idade Média:
 Patrística:
 Tendência da conciliação do pensamento cristão ao pensamento platônico, sendo seu
grande expoente Santo Agostinho.
 Escolástica:
 Anexação da Filosofia aristotélica ao pensamento cristão, com o estreitamento da
relação Fé e razão, sendo seu grande expoente São Tomás de Aquino.
 Nominalismo:
 Final do domínio do Pensamento Medieval, com a separação da Filosofia da teologia
através do esvaziamento dos conceitos. Sendo seus expoentes Duns Scotto e
Guilherme de Oclkam.
 Idade Moderna:
 Mudança da visão teocentrista (Deus é o centro do conhecimento),
para visão antropocentrista (o homem é o centro do conhecimento).
 Racionalismo: René Descartes
 O discurso do Método: A máxima do cartesianismo “Cogito ergo sun”
– “penso, logo existo”
 Empirismo: Lucke, Hume e Berkeley
 Conhecimento é oriundo dos cinco sentidos e as crenças básicas são
a posteriori.
 Criticismo Kantiano: Emmanuel Kant
 Conhecimento a priori, universal e necessário.
 Iluminismo: Jume, Locke e Kant
 Razão e a ciência como explicação para o universo.
 Idade Contemporânea:
 A Crise da Razão
 Ante a questão da possibilidade do conhecimento, o sujeito pode
tomar diferentes atitudes:
 Dogmatismo: atitude filosófica defendida por Descartes segundo a qual
podemos adquirir conhecimentos seguros e universais, e ter absoluta
certeza disso.
 Cepticismo: atitude filosófica oposta ao dogmatismo a qual duvida de que
seja possível um conhecimento firme e seguro, esta postura foi defendida
por Pirro.
 Relativismo: atitude filosófica defendida pelos sofistas que nega a existência
de uma verdade absoluta e defende a idéia de que cada indivíduo possui
sua própria verdade. Esta verdade depende do espaço e o tempo.
 Perspectivismo: atitude filosófica que defende a existência de uma verdade
absoluta, mas pensa que nenhum de nós pode chegar a ela senão que
chegamos a uma pequena parte. Cada ser humano tem uma visão da
verdade. Esta postura foi defendida por José Ortega y Gasset.
Cultura
 Conceito:
 Todo o complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral,
leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos
pelo homem como membro de uma sociedade.
 Processos de Aprendizagem:
 Endoculturação: Processo de aprendizagem e educação que se desenvolve
desde a infância, na cultura a qual pertence.
 Aculturação: Processo de socialização em um padrão de cultura diferente.
 Diferenças Comportamentais:
 Determinismo Biológico:
 Atribuem capacidades especificas e inatas a determinadas raças ou grupos humanos.
 Determinismo Geográfico:
 Considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural.
 Teoria:
 Cultura como Sistema Adaptativo.
 Teorias idealistas: (3 abordagens)
 Sistema Cognitivo: Distingue-se pelo estudo dos sistemas de
classificação de folk (aqueles que são desenvolvidos pelos próprios
membros da comunidade, ex: classificação popular dos alimentos fortes
e fracos).
 Sistemas Estruturais: Define cultura como um sistema simbólico que é
uma criação acumulativa da mente humana. Desenvolvida por Levi-
Strauss, consiste em descobrir na estrutura dos domínios culturais (mito,
arte, parentesco e linguagem) os princípios da mente que geram essas
elaborações culturais.
 Sistemas Simbólicos: Foi desenvolvida nos Estados Unidos por Clifford
Geertz e David Schneider. Geertz busca uma definição de homem
baseado na definição de cultura, para isto refuta a idéia de uma forma
ideal de homem decorrente do iluminismo e da antropologia clássica.
Cultura
 Origem:
 Claude Lévi-Strauss: A cultura surgiu no momento em que
o homem convencionou a primeira regra, a primeira norma
social.
 Leslie White: Considera que a passagem do estado animal
para o humano ocorreu quando o cérebro do homem foi
capaz de gerar símbolos.
 O homem adquiriu ou produziu cultura a partir do momento
em que seu cérebro, modificado pelo processo evolutivo
dos primatas, foi capaz de assim proceder.
História dos Registros do Conhecimento
 Escrita:
 Escrita na pré-história.
 Escrita não-alfabética.
 Escrita alfabética.
 Biblioteca:
 Memória e Destruição.
 Livro:
 Surgimento.
 Suportes.
 Informação e seus suportes.
Escrita
 A escrita não é apenas um procedimento destinado a
fixar a palavra, um meio de expressão permanente, mas
também dá acesso direto ao mundo das idéias, reproduz
a linguagem articulada, permite apreender o pensamento
e fazê-lo atravessar o espaço e o tempo.
 Na pré-história: O homem buscou se comunicar através
de desenhos feitos na paredes das cavernas (pintura
rupestre).
 Trocavam mensagens, passavam idéias e transmitiam
desejos e necessidades.
 Não era considerado um tipo de escrita, pois não havia
organização, nem mesmo padronização das
representações gráficas.
Escritas Não-Alfabéticas
 Sumerios: cuneiforme:
 O mais antigo sistema de escrita.
 Pictográfica.
 Cunhada.
 Inicialmente tinham 2.000 sinais diferentes, que foi reduzido para 600.
 Egípcia: hieroglífica:
 Escrita dos deuses.
 Formada por 3 tipos de signos:
 Pictogramas, fonogramas e ideogramas.
 Hitita hieroglífica: proto-indicana e cretense:
 Simultaneamente à escrita dos sumérios, outro sistema foi utilizado no
império hitita da Asia Menor e da Síria do Norte do século XIV ao século
IX a.C.
 Seu sistema era semi-ideográfico, semifonético
 Chinesa:
 É o único sistema de escrita antigo ainda em uso.
 Até o século III a. C., a escrita chinesa era essencialmente um inscrição em
casco, bronze e pedra, e seus caracteres eram pesados e difíceis de traçar.
Estas inscrições parecem corresponder a uma forma de adivinhação.
 Os caracteres são classificados em 6 categorias. As duas primeiras representam
objetos (siang king, morfogramas), idéias abstratas e ações (tche tche,
datilogramas). Há também a combinação de dois ou três caracteres (houei yi)
para exprimir uma idéia.
 Para ampliar o número de representações figuradas, usam a inversão de
caracteres (tchouan tchou) e o empréstimo de sinais homófonos (kia tsie).
 Americanas pré-colombianas:
 Sistema de escrita dos maias e dos astecas.
 Silábicas cipriota e persepolitana:
 Sistema de escrita da ilha de Chipre, atestada por inscrições pertencentes
sobretudo aos séculos V e IV a. C., é o tipo mais acabado desses sistemas
silábicos.
Escritas Alfabéticas
 O alfabeto pode ser definido como um sistema de sinais que exprimem os sons
elementares da linguagem.
 Vem do latim alphabetum, formado pelos nomes das duas primeiras letras do
alfabeto grego: alpha e beta, que por sua vez foram emprestadas das línguas
semíticas.
 Fenício:
 sistema fonético (os signos representam os sons que produzimos ao falar) composto
por pouco mais de 20 de símbolos esquemáticos, abstratos, que teoricamente podem
adaptar-se a qualquer língua.
 Grego:
 O sistema de escrita fenício foi levado por eles e adaptado e melhorado pelos gregos,
acrescentando-lhes as vogais, pois o alfabeto fenício era constituído apenas de consoantes.
 Romano:
 O nosso alfabeto atual provém diretamente do romano.
 Em Roma Antiga, no alfabeto romano havia somente letras maiúsculas. Contudo, na
época em que estas começaram a ser escritas nos pergaminhos, com auxílio de hastes
de bambu ou penas de patos e outras aves, ocorreu uma modificação em sua forma
original e, posteriormente, criou-se um novo estilo de escrita denominado uncial. 
Bibliotecas
 Memória
 Bibliotecas:
 Antigas;
 Medievais; e
 Modernas.
 Destruição da Memória.
 O Livro.
 A Informação e seus
suportes.
Biblioteca e Memória
 As bibliotecas são mais antigas que os livros e até mesmo
aos manuscritos. Elas surgiram a partir do momento em que
a humanidade começa a dominar a escrita.
 As primeiras bibliotecas que se tem notícia são chamadas
“minerais”, pois seus acervos eram constituídos de tabletes
de argila: depois vieram as bibliotecas vegetais e animais
constituídas de rolos de papiros e pergaminhos.
 Essas são as bibliotecas dos babilônios, assírios, egípcios,
persas e chineses.
 Mais tarde, com o advento do papel, inventado pelos
chineses e fabricado pelos árabes, começam-se a formar as
bibliotecas de papel e, mais tarde, as de livro propriamente
dito.
Bibliotecas Antigas
 A biblioteca mais antiga é a do rei Assurbanipal (século VII a.C.),
cujo acervo era formado de placas de argila escritas em caracteres
cuneiformes.
 A mais famosa era a Biblioteca de Alexandria, no Egito. Ela teria
de 40 a 60 mil manuscritos em rolos de papiro, chegando a possuir
700 mil volumes.
 A sua fama é atribuída, além da grande quantidade de
documentos, também aos três grandes incêndios de que foi vítima,
um deles o primeiro foi acidental, decorrente da entrada de César
na cidade, em 47 a. C. E a algumas curiosidades.
 Era dividida em duas partes: quatrocentos mil volumes foram
depositados num bairro da cidade chamado Bruchium; as novas
aquisições, cerca de trezentos mil volumes, formavam uma
biblioteca suplementar, num bairro chamado Serápio.
 Mas outras bibliotecas também tiveram grande importância:
 As bibliotecas judaicas, em Gaza;
 A de Nínive, da Mesopotâmia; e
 A biblioteca de Pérgamo, que foi incorporada à de Alexandria, antes de sua
destruição.
 Os gregos também possuíam bibliotecas, mas as mais importantes eram
particulares de filósofos e teatrólogos.
 Outra biblioteca célebre da antiguidade foi a Ulpiana, fundada por Trajano,
e que com a Palatina constituía as duas mais importantes das 28
bibliotecas públicas que Roma possuía no Século IV. Essas bibliotecas já
tinham organizado e em funcionamento o seu sistema de empréstimo.
 Foi Júlio César que primeiro teve a idéia de instalar uma biblioteca pública,
ação impedida pelo seu assassinato.
 Porem, historicamente a primeira biblioteca verdadeiramente pública que a
Europa conheceu foi a Ambrosiana, de Milão, fundada pelo cardeal
Borromeu, em 1608.
Bibliotecas Medievais
 Três espécies diferentes de bibliotecas: as monacais, as bibliotecas das
universidades e as particulares.
 Bibliotecas Monacais:
 Existem três tipos:
 As bibliotecas dos mosteiros, das catedrais ou capitulares.
 A Biblioteca Vaticana, que data do Século XV, é mesma que o Papa Hilário (morto em 467)
estabeleceu na basílica de São João de Latrão, transferida dez séculos depois, para a
sede pontifícia.
 Biblioteca Universitária:
 O grande acontecimento é a fundação das universidades.
 Um dos mais importantes é a fundação da Universidade de Paris.
 Outra que se destaca é a Universidade de Oxford, chamada de “Bodleiana”.
 É, pois, na Renascença que a biblioteca começa a adquirir o seu sentido moderno, a sua
verdadeira natureza, como é também nessa época que surge, junto ao livro, a figura do
bibliotecário.
 Bibliotecas Particulares:
 Em Constantinopla se encontravam algumas das maiores bibliotecas particulares, ou seja,
mantida por imperadores e grandes senhores e posteriormente transformadas em
bibliotecas oficiais.
Bibliotecas Modernas
 Processo gradativo, ininterupto e simultâneo de
transformação, marcado por 4 características principais:
 Laicização: Desaparecimento das bibliotecas monacais e a perda
do caráter sagrado do livro.
 Democratização: Instituição leiga e civil, pública e aberta.
 Especialização: Acervos especializados
 Socialização: Satisfazer as necessidades informacionais dos
leitores.
 Biblioteca Pública:
 O adjetivo pública, incorporado ao nome da biblioteca, não
corresponde apenas ao desejo de identificá-la como
organismo mantido pelo governo ou por entidades
particulares, mas de caráter aberto a todos os interessados.
O Bibliotecário
 Renascença;
 Até meados do século XIX, o bibliotecário é um profissional
contratado por instituições particulares, sem formação
especializada, quase sempre um erudito ou escritor.
 A partir de meados do século XIX, o Estado reconhece o
bibliotecário como representante de uma profissão
socialmente indispensável.
 Bibliotecário:
 Profissional especificamente especializado.
 Porém, ainda não apaga completamente a prática de confiar as
grandes bibliotecas a escritores e eruditos.
O Futuro das Bibliotecas
 Atualmente as bibliotecas vêm se adaptando ao processo
de inovações tecnológicas ocorridas com a evolução da
humanidade, sendo que uma das principais características
da biblioteca do futuro, e que a mesma apresentará não
será mais o volume do seu acervo, e sim a disponibilidade
de poder disseminar informações com outras instituições
através das novas tecnologias informacionais.
 É provável que o acervo seja constituído se não em sua
totalidade, mais em maioria de CD-Rom, multimídia,
internet e outros mecanismos de armazenamento de dados
eletro-eletrônicos.
Biblioteca, Memória e Destruição
 Destruição das bibliotecas – destruição da memória:
 Razões políticas;
 Religiosas; e
 Morais.
 Bibliotecas, intelectuais, poetas etc foram os principais alvos das
perseguições.
 Ex: Abelardo: Foi castrado por seu amor proibido por Heloisa e teve sua obra
queimada pelo Papa Inocêncio.
 Index.
 Guerras.
 Curiosidade: Em março de 1997, os bibliotecários da Escola Hertford
mandaram destruir 30 mil livros sobre temas homossexuais, que
haviam sido doados. Durante oito horas de trabalho, 35 voluntários
enterraram os livros.
A História do Livro
 A história do livro está diretamente ligada à história da humanidade e sua
evolução sócio-cultural e geográfica.
 Hoje - livro é a reunião de folhas contendo informações impressas e presas
por um lado, montadas com uma capa.
 Na antiguidade:para os sumérios o livro era um tijolo de barro cozido, argila
ou pedra, com textos gravados ou cunhados.
 Os primeiros suportes utilizados para a escrita foram tabuletas de argila ou de
pedra.
 A seguir veio o khartés ou volumen para os romanos, forma pela qual ficou
mais conhecido, que consistia em um cilindro de papiro, facilmente
transportado.
 Aos poucos o papiro é substituído pelo pergaminho.
 A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo.
 O volumen também acaba sendo substituído pelo códex, que era uma
compilação de páginas, não mais um rolo.
Suportes da Escrita
 Primeiros materiais utilizados para escrever: Pedra, bronze, metal,
osso.
 Papiro: do latim papyrus é, originalmente, uma planta cujo nome
científico e Cyperus Papyrus.
 O papiro é obtido utilizando a parte interna, branca e esponjosa, do caule do
papiro, cortado em finas tiras que eram posteriormente molhadas, sobrepostas
e cruzadas, para depois serem prensadas.
 A folha obtida era martelada, alisada e colada ao lado de outras folhas para
formar uma longa fita que era depois enrolada.
 A escrita dava-se paralelamente às fibras.
 O volumen era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era
escrito em colunas na maioria das vezes.
 Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo
chamado então de tomo.
 O comprimento total de um volumen era de 6 ou 7 metros, e quando
enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros.
Suportes da Escrita
 Pergaminho: do grego pergaméne e do latim pergamina ou pergamena, é o
nome dado a uma pele de animal, geralmente de cabra, carneiro, cordeiro
ou ovelha, preparada para nela se escrever.
 O seu nome deriva do nome da cidade onde se terá fabricado pela primeira
vez: Pérgamo, na Grécia.
 Foi largamente utilizado na antiguidade ocidental, em especial na Idade Média,
até à difusão da invenção chinesa do papel.
 Velino: Feitos de peles delicadas de bezerros ou cordeiros que resultavam em
um material de escrita fino, macio e claro, usado para livros importantes.
 Códice: ou codex, da palavra em latim que significa "livro", "bloco de
madeira" é um livro manuscrito, em geral do período da era antiga tardia até
a Idade Média.
 O códice é um avanço do rolo de pergaminho, e gradativamente substituiu este
último como meio de escrita.
 Foi substituído pelo livro impresso.
 Surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis.
 Pensar o livro, enquanto objeto, forma.
Suportes da Escrita
 Papel: Etimologicamente vem de papiro, que era papyrus em
latim e papuros em grego.
 Inventado na China por T'sai Lun,
 Fabricado a partir de fibras de cânhamo trituradas e revestidas de uma fina
camada de cálcio, alumínio e sílica, no ano 105 d.C.
 Os chineses fabricavam o papel primeiramente da seda, a partir de trapos
cortados em tiras, colocados de molho, que apodrecia e fermentava,
formando uma pasta. Porém era uma técnica extremamente cara, o que
fez os chineses procurarem outros insumos.
 Em meados do século XIX a madeira passou a ser a principal matéria-
prima para fabricação de papel.
 A partir dos anos 60 o eucalipto tornou-se amplamente utilizada como a
principal fonte de fibra para fabricação do papel.
 O material mais comumente usado é a polpa de pinheiros (pelo preço e
pela qualidade da fibra, muito larga) e de eucaliptos (muito barata e
resistente).
 A celulose começou a ser utilizada em 1840, por um alemão chamado
Keller.
A Evolução do Livro
 Idade Média:
 Fervor religioso – objeto de salvação.
 Apareceram os textos didáticos, destinados à formação
dos religiosos.
 Monges copistas:
 Os livros eram copiados manualmente o que exigia um
enorme investimento em mão-de-obra e tornava o livro uma
verdadeira preciosidade.
 Eles recorriam a símbolos estranhos obtidos através da
ligação de letras ou algarismos, chamados de “ligatura”.
 Algumas dessas ligaturas foram incorporadas a símbolos
conhecidos e utilizados até hoje.
A Evolução do Livro
 Aparecimento das margens e páginas em branco.
 Também surge a pontuação no texto, bem como o uso de letras
maiúsculas.
 Aparecem índices, sumários e resumos.
 Na categoria de gêneros, além do didático, aparecem os
florilégios (coletâneas de vários autores), os textos auxiliares e
os textos eróticos.
 Progressivamente aparecem livros em língua vernáculas,
rompendo com o monopólio do latim na literatura.
 O papel passa a substituir o pergaminho.
 Mas a invenção mais importante, já no limite da Idade Média, foi
a impressão.
A Evolução do Livro
 Idade Moderna:
 No Ocidente, em 1455, Johannes Gutenberg inventa a
imprensa com tipos móveis reutilizáveis, o primeiro livro
impresso nessa técnica foi a Bíblia em latim.
 Houve certa resistência por parte dos copistas, pois a
impressora punha em risco de extinção a sua
ocupação.
 Uma das figuras mais importantes do início da
tipografia é o italiano Aldus Manutius.
 Ele foi importante no processo de maturidade do projeto
tipográfico, o que hoje chamaríamos de design gráfico
ou editorial.
A Evolução do Livro
 Idade Contemporânea:
 O acabamento dos livros sofre grandes avanços, surgindo aquilo
que conhecemos como edições de luxo.
 Cada vez mais aparece a informação não-linear, seja por meio dos
jornais, seja da enciclopédia.
 As novas mídias acabam influenciando e relacionando-se com a
indústria editorial: os registros sonoros, a fotografia e o cinema.
 Livro Eletrônico:
 surgiu em fins do século XX
 Existem livros eletrônicos disponíveis tanto para computadores de mesa
quanto para computadores de mão, os palmtops.
 Uma dificuldade que o livro eletrônico encontra é que a leitura num suporte
de papel é cerca de 1,2 vez mais rápida do que em um suporte eletrônico.
A Evolução do Livro
 Livro: É um volume transportável, composto por, pelo menos, 49
páginas, sem contar as capas, encadernadas, contendo texto
manuscrito ou impresso e/ou imagens e que forma uma
publicação unitária (ou foi concebido como tal) ou a parte
principal de um trabalho literário, científico ou outro.
 Na Biblioteconomia ou Ciência da informação, o livro é chamado de
monografia, para distinguí-lo das outras publicações: teses, periódicos
etc.
 Processo Editorial:
 A fase de produção do livro é composta pela impressão (posterior à
imposição e montagem em cadernos - hoje em dia digital), o alceamento
e o encapamento. Podendo ainda existir várias outras funções adicionais
de acréscimo de valor ao produto, nomeadamente à capa, com a
plastificação, relevos, pigmentação, e outros acabamentos.
 Terminada a edição do livro, ele é embalado e distribuído, sendo
encaminhado para os diferentes canais de venda, como os livreiros, para
daí chegar ao público final.
Biblioteca
 Do grego: biblíon (livro) e teke (caixa, depósito), portando, Depósito de livros,
segundo o Houaiss.
 Conceito tradicional: Local onde se armazenam livros.
 Conceito moderno: espaço aberto, de socialização do conhecimento e disseminação da
informação.
 Funções:
 Reunir,
 Organizar, e
 Disseminar.
 Objetivos:
 Atender às necessidades reais da civilização moderna, no que diz respeito às informações;
 Servir de instrumento e de promoção e difusão cultural;
 Preservar os documentos e as informações neles contidas e possibilitar sua recuperação e
divulgação em tempo hábil;
 Atender a todos os usuários indistintamente e estar à disposição de todos;
 Ensinar a cada usuário o que é necessário saber sobre livros e bibliotecas, visando a que ele
possa se utilizar com vantagens das obras de referência e dos meios de pesquisa;
 Armazenar e recuperar informações de caráter geral ou específico e colocá-las à disposição
dos usuários;
Processos Técnicos
 Seleção e Aquisição:
 Compra, doação e permuta.
 Tombamento:
 Registro do acervo de acordo com a chegada na Biblioteca.
 Conservação:
 Acondicionamento, armazenamento, restauração e cuidados especiais.
 Organização:
 Classificação;
 Catalogação;
 Preparação para empréstimo; e
 Indexação.
 Disseminação:
 Consulta,
 Empréstimo (individual e entre bibliotecas);
 Referência;
 Extensão (ação cultural).
Biblioteca
 Tipos de biblioteca:
 Nacional, Pública, Universitária, Especializada, Escolar, Infantil e
Especial.
 Biblioteca Nacional:
 Sua principal finalidade é preservar a memória nacional, ou seja, a
produção bibliográfica e documental de uma nação.
 No Brasil, a Biblioteca Nacional fica no Rio de Janeiro.
 Biblioteca Pública:
 Tem por finalidade atender às necessidades de estudo, consulta e
recreação de determinada comunidade, independente de classe
social, cor, religião ou profissão.
 Segundo o âmbito da entidade mantenedora, elas podem ser:
federais, estaduais e municipais.
Biblioteca
 Biblioteca Universitária:
 Tem por finalidade atender às necessidades de estudo, consulta e
pesquisa de professores e alunos da comunidade universitária.
 Segundo a organização das coleções elas podem ser:
 Centralizadas: Quando possuem todo o acervo necessário à universidade
organizado e utilizado sob uma única direção.
 Descentralizadas ou Departamentalizadas: Quando cada unidade de
ensino da universidade possui um acervo próprio. É o caso das
universidades em que cada faculdade tem uma biblioteca.
 Biblioteca Especializada:
 É aquela que existe em função de um grupo restrito de usuários, reunindo
e divulgando documentos de um campo específico do conhecimento.
 Podem ser subordinadas a uma entidade científica e de pesquisa, a uma
empresa industrial ou comercial, ou mesmo ao um serviço público
especializado.
Biblioteca
 Biblioteca Escolar:
 Tem por finalidade fornecer material bibliográfico necessário às atividades de
professores e alunos de uma escola.
 Deve estar intimamente ligada à escola, de forma a funcionar como verdadeiro
complemento das atividades realizadas em classe.
 Desempenha importante papel na formação do leitor e do hábito de leitura.
 Biblioteca Infantil:
 Direcionada ao público infantil, tem uma forma atuação em recreação.
 Além de um acervo bem selecionado, pode oferecer atividades como: organização de
clubes de leitura, escolinhas de arte, exposições, dramatizações, hora do conto etc.
 Estantes, mesas e cadeiras coloridas, de forma a proporcionar um ambiente divertido e
agradável..
 Biblioteca Especial:
 São bibliotecas que atendem a uma categoria especial de usuário, por exemplo,
pessoas com dificuldades de visão.
 Sua coleção é formada por livros e documentos que atendam às necessidades
especiais dos usuários, no caso de uma biblioteca para pessoas com deficiência ou
dificuldade visuais, a coleção consta de livros em Braille, sonoros e com tipos maiores.
Classificação das Bibliotecas
 A Finalidade:  A clientela:
 Nacionais, públicas, universitárias,  Idade: adultos, jovens e crianças.
especializadas (científicas, literárias,  Profissão ou atividade:
artísticas), escolares, infantis, e pesquisadores, cientistas,
especiais. professores; Membros e
 A natureza da coleção: funcionários de uma organização;
Operários, comerciários,
 Gerais e Especializadas agricultores etc.
 O nível da coleção:  Condição: Deficientes visuais ou
 Eruditas e populares. locomotores, doentes,
 A modalidade da consulta: encarcerados etc.
 Na sede: acervo fechado ou de  A entidade mantenedora:
acesso livre.  Públicas (federais, estaduais e
 Circulantes e ambulantes. municipais) e Privadas.
 A organização das coleções:
 Centralizadas e descentralizadas.
Biblioteca
 Serviços:
 Orientação dos serviços prestados pela biblioteca e como utilizá-la;
 Consulta local;
 Empréstimo domiciliar;
 Empréstimo entre bibliotecas;
 Acesso às bases de dados da biblioteca;
 Acesso às bases de dados em rede;
 Levantamento bibliográfico
 Serviços de referência;
 Indicação de leituras e informações;
 Facilitar ou fornecer cópia de documentos, respeitando sempre a Lei dos direitos autorais (Lei nº
9610/98).
 Setores da biblioteca:
 Administração;
 Desenvolvimento de coleções;
 Processos técnicos;
 Preservação, conservação e restauração de documentos;
 Referência;
 Circulação;
 Periódicos.
Biblioteca
 Avaliação, Planejamento e Controle:
 Relatórios, estatísticas.
 Planejamento: Instrumentos:
 Plano anual:
 É a linha de ação preestabelecida que em um determinado período de
tempo, orienta a ação na direção da missão da biblioteca.
 Programa:
 São complexos de metas, políticas, procedimentos, regras, passos e
recursos.
 Relatório:
 Documentos síntese de todas as atividades ocorridas num determinado
período da biblioteca.
 Projeto:
 Pode ser parte de um programa geral, ou unidades independentes que
contemplarão determinado aspecto da biblioteca.
Imprensa
 Século XV – Gutenberg.
 A tipografia clássica baseia-se em pequenas peças de madeira ou metal com
relevos de letras e símbolos — os tipos móveis (reutilizáveis).
 A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 10 setembro
de 1808, com a criação da Gazeta do Rio de Janeiro, órgão oficial do governo
português que tinha se refugiado na colônia americana.
 O Brasil demora a conhecer a imprensa, por causa da censura e da proibição
de tipografias na colônia, impostas pela Coroa Portuguesa.
 Somente em 1808 surgem:
 Os primeiros jornais brasileiros: o Correio Braziliense, editado e impresso em
Londres pelo exilado Hipólito da Costa; e a Gazeta do Rio de Janeiro, publicação
oficial editada pela Imprensa Régia instalada no Rio de Janeiro com a
transferência da Corte portuguesa.
 Incunábulos: livros impressos nos primeiros tempos da imprensa com os tipos
móveis, até 1500.
 A palavra incunábulo, vem do latim (incunabulum, berço).
Imprensa
 O livro impresso não surgiu imediatamente com suas
características e personalidade próprias, ele procurou
continuar a partir do manuscrito e não simplesmente
substituí-lo.
 Essa imitação se estende até pelo menos 30 anos após
a invenção da imprensa, por exemplo, os títulos das
obras não eram impressos separadamente, mas
juntamente com a imprenta, o nome do lugar da
impressor e o nome do tipógrafo, geralmente na última
folha impressa.
A Informação e seus Suportes
 O uso da informação para os bibliotecários são
associados a 3 fatores:
Representação descritiva de documentos;
Ter mais informação oferecendo tratamento adequado.
Desenvolvimento de coleções;e
Aumento do acervo.
Acesso à informação.
Capacidade de resposta às necessidades de informação.
A Informação e seus Suportes
 Os suportes da informação:
Papel, filme, meio eletrônico etc.
 Informação e documento:
Acontece quando a informação se desvincula do seu
suporte físico.
 Ciência da Informação:
Conteúdo, a forma física, a transmissão, a gestão, a
organização etc.

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