Você está na página 1de 25

As fontes do marxismo

Estrutura da aula:
I - Introdução: por que estudar as "fontes do marxismo"?

II - Antecedentes históricos da gênese do marxismo (fruto da transição ao


Capitalismo)

III – Marx e sua época: apontamentos biográficos (1818-1883)

V – As “fontes” do marxismo:
1. A filosofia alemã
2. A sociologia francesa
3. A economia política britânica

VI – A síntese marxista: as partes constitutivas (e indissociáveis) do marxismo


1.O método filosófico (materialismo histórico e dialético)
2. A teoria revolucionária (baseada na luta de classes)
3. A análise econômica (centrada no Capitalismo)
I - Introdução: por que estudar as "fontes do marxismo"?


Uma abordagem marxista do marxismo
“Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre
vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se
defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado” (MARX, 2003, p.15)

O marxismo como produto da sua época

O marxismo como fruto de um processo histórico concreto

Genialidade de Marx: não “criou” suas teorias do nada, mas construiu
uma síntese superior a partir do que havia de mais desenvolvido em
sua época

A bibliografia a respeito
A doutrina de Marx seria "a legítima sucessora de tudo o que de melhor a
humanidade criou no século XIX: a filosofia alemã, a economia política inglesa e
o socialismo francês" (LENIN, 2001, p.64).
II - Antecedentes históricos da gênese do marxismo (fruto da
transição ao Capitalismo)

1. O desenvolvimento das ciências naturais (o


abandono da ideia de que forças misteriosas
agiam de maneira arbitrária sobre a natureza)
2. O pensamento iluminista (a ideia de
EMANCIPAÇÃO apoiada na razão humana)
3. O desenvolvimento da historiografia moderna
(a busca de relações causais entre os fatos
históricos)
III – Marx e sua época: apontamentos biográficos (1808-1883)

1818 – Em 05/05, nasce em Trèves/Tréveris (atual Trier),


no sul da Prússia Renana (cidade que até 1814 pertenceu
à França)
“Karl Marx nasceu (…) nove anos depois de Darwin, cinco depois
de Kierkegaard, três antes de Baudelaire e de Dostoievski, dez
antes de Tolstoi” (KONDER, 1999, p.11)

Pais: pequena burguesia; judeus convertidos ao
protestantismo (para escapar do antissemitismo de Frederico
Guilherme III). O pai era advogado, um livre-pensador. A mãe
era dona de casa (e menos liberal que o pai).

Estudos: Universidades de Bonn (1835) e Berlin (1836)
III – Marx e sua época: apontamentos biográficos (1808-1883) -
continuação

1841 – Tese de doutorado sobre “a diferença entre a filosofia de


Demócrito e Epicuro” (o segundo seria menos determinista que o
primeiro). Pretendia seguir carreira acadêmica. Mas sua postura como
hegeliano de esquerda o fez desistir, após a demissão de Bruno Bauer
da Universidade de Bonn (o que já havia ocorrido com Feuerbach)
1842 – Torna-se redator-chefe da Gazeta Renana (jornal de Colônia) e
trabalha com B.Bauer. O jornal foi fechado em 1843 (em razão de um
artigo contra o tsarismo russo).
1843 – Casa-se com Jenny von Westphalen, amiga de infância de sua
irmã Sofia, filha de uma família aristocrática (seu pai, o Barão Ludwig,
ensinou a Marx o apreço pela cultura do mundo).
– Vai para Paris, editar, com Arnold Ruge (outro hegeliano de
esquerda), os Anais Franco-Alemães (1844: primeiro e único número).
Marx publica aí a Introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel e
Sobre a Questão Judaica.
III – Marx e sua época: apontamentos biográficos (1808-1883) -
continuação

1844 – Escreve os Manuscritos econômicos e filosóficos (eram o resultado dos estudos


de economia de Marx, e não foram escritos para a publicação, que só ocorreu em 1932)
– Encontra Engels (1820-1895): nascido em Barmen, também na Prússia Renana,
filho de um rico industrial, e que neste ano acabara de escrever A Situação da classe
trabalhadora na Inglaterra. Na verdade, haviam se conhecido em 1842, em Colônia, mas
Marx não simpatizara com ele, porque desconfiava que ele pertencia ao grupo dos
comunistas de Meyen. Engels escreveria a um amigo: "Junto de Marx, fui sempre o
segundo violino".

1845 – Expulso de Paris a pedido do governo da Prússia, vai para Bruxelas


(comprometendo-se a não mais escrever sobre a atualidade política...)

1847 – Filia-se com Engels à Liga dos Comunistas (antiga “Liga dos Justos”, que havia
conhecido em 1843). E em 1848, a pedido do 2º Congresso da Liga, redigem o
Manifesto do Partido Comunista.
III – Marx e sua época: apontamentos biográficos (1808-1883) -
continuação

1848 – Preso e espulso da Bélgica. Com a eclosão dos movimentos revolucionários na


Europa (queda do rei Luis Felipe na França), volta para Paris e logo em seguida para
Colônia. Até 1849: redator-chefe da Nova Gazeta Renana.

1849 – Contra-revolução vitoriosa: Marx é expulso da Alemanha (Engels já havia sido


condenado à prisão e fugido). Vai para Paris e, de lá, para Londres, onde passou o resto
de seus dias. Reorganizou a Nova Gazeta Renana (mensal), impressa agora em
Hamburgo (até 1850).
– Neste momento, suas condições de vida são precárias: muitos deslocamentos
físicos (migrações); penosidade; miséria. A doença e a fome atingem fortemente sua
família (perde vários filhos jovens). Para sobreviver, escreve para vários jornais (como o
New York Daily Tribune).
– Tempo de descenso das lutas sociais. Reclusão para escrever Fundamentos da
Economia Politica (“Grundrisse”, publicado apenas em 1939,) Contribuição à Crítica da
Economia Política (1859) e O Capital (1867, o Livro I. Os outros ele não chegou a
concluir). Engels o ajudava financeiramente neste período.
III – Marx e sua época: apontamentos biográficos (1808-1883) -
continuação

1864 – Participou da fundação da Associação Internacional dos


Trabalhadores (1ª Internacional), fazendo o discurso inaugural.
1971 – Eclode a Comuna de Paris. Logo após sua derrota, Marx
escreverá A Guerra Civil na França, onde se solidarizará com os
revolucionários franceses, mas também refletirá sobre a
necessidade da organização partidária dos trabalhadores.
1872 – Derrota Bakunin (anarquista) na luta interna, de que
resulta a expulsão deste da Internacional.
1881 – A perda de sua esposa fragiliza ainda mais sua saúde
(bronquite, pleurisia)
1883 – Infecção na garganta e abscesso no pulmão (14/03)
V – As “fontes” do marxismo:

1. A filosofia alemã

1.1 – A dialética de Friedrich Hegel (1780-1831)

1.2 – O materialismo de Ludwig Feuerbach


(1804-1872)

1.3 – A síntese marxista: o materialismo histórico-


dialético
1. A filosofia alemã (continuação)

Engels identificará, em A Dialética da Natureza, aquelas que ele considerava


as três leis essenciais da dialética:

1) A lei da transformação da quantidade em qualidade e vice-versa: as


variações qualitativas somente poderiam ser obtidas acrescentando-se ou
retirando matéria ou movimento (energia), ou seja, por meio de variações
quantitativas;
2) A lei da interpenetração dos contrários: lei da unidade e da luta dos
contrários, que garante a continuidade da mudança incessante dos
fenômenos;
3) A lei da negação da negação: o que garante que cada nova síntese seja
a tese de uma nova antítese, reproduzindo indefinidamente o processo.
1. A filosofia alemã (continuação)

Alguns autores preferem trabalhar com a ideia de princípios


da dialética, cujos principais seriam:


Princípio da totalidade: todos os objetos e fenômenos estão
ligados entre si e condicionam-se reciprocamente;

Princípio do movimento: tudo foi, é e tenderá a ser. A
afirmação engendra sua negação, mas não é essa que
prevalece, e sim a negação da negação (síntese);

Princípio da contradição: a transformação das coisas só é
possível porque em seu próprio interior coexistem forças
opostas tendendo simultaneamente à unidade e à oposição
1. A filosofia alemã (continuação)


“Vantagens” da DIALÉTICA para a teoria social de Marx:

1. Tudo muda;
2. A contradição não é uma anomalia;
3. A história não se faz por evolução linear, mas sofre abalos, retrocessos,
cataclismas e solavancos (esses últimos também chamados de "REVOLUÇÃO")


Problemas do IDEALISMO:

– Remete à existência de uma "Ideia Primordial" (daí a lealdade de Hegel à Igreja)


– Nesta concepção da história, os protagonistas são a "elite pensante", a
"racionalidade superior" (daí a lealdade de Hegel ao Estado)
1. A filosofia alemã (continuação)

O materialismo de Feuerbach:

“O curso do desenvolvimento de Feuerbach é o de um hegeliano — a bem


dizer, nunca totalmente orotodoxo — para o materialismo (…). Finalmente, é
empurrado com uma força irresistível para a compreensão de que a existência
pré-mundana da ‘Ideia absoluta’ de Hegel, a ‘pré-existência das categorias
lógicas’, antes, portanto, de haver mundo, não é mais do que um resto
fantástico da crença num criador extramundano; de que o mundo material,
sensivelmente perceptível, a que nós próprios pertencemos, é o único real e de
que a nossa consciência e pensar, por muito supra-sensíveis que pareçam, são o
produto de um órgão material, corpóreo, do cérebro” (F. Engels, in MARX e
ENGELS, 2004, p.121)
1. A filosofia alemã (continuação)

Crítica à insuficiência do materialismo de Feuerbach:


O velho materialismo (FEUERBACH) nunca se propôs a pensar que causas
estariam por trás e motivariam os atos sociais. Para ele, portanto, o estudo
da história de nada valeria, já que as ações seriam motivadas pela
natureza mais ou menos nobre dos seres humanos. Ao menos a filosofia
da história de Hegel reconhecia que as ações dos seres humanos não eram as
causas últimas dos acontecimentos históricos, mas que por detrás disto havia
outras razões a investigar. O erro, no caso de Hegel, estaria em buscar
essas razões não na própria história, mas sim na ideologia filosófica.

Tese mais famosa de Marx sobre Feuerbach (1845): “Os filósofos se
limitaram a interpretar o mundo de diferentes maneiras; mas o que importa é
transformá-lo” (XI Tese).
1. A filosofia alemã (continuação)

A síntese marxista corresponderá à aplicação da concepção


materialista à História – ou, mais precisamente, aos
fenômenos sociais. Daí a ideia de “materialismo histórico”.
Como essa concepção era também dialética, ele pôde
superar as duas armadilhas da historiografia anterior:
1. A história “aleatória” (sem explicação, causalidade ou leis
objetivas, já que resultado de forças arbitrárias ou, na melhor
das hipóteses, de motivações ideológicas);
2. A história mecanicista (determinada por leis naturais –
geográficas, econômicas etc).

Em ambas: a ação social não teria nenhum papel.
2. A sociologia francesa


A experiência das grandes revoluções burguesas dos séculos XVII e
XVIII, principalmente a Revolução de 1789, levaram ao
desenvolvimento na França de alguns conceitos fundamentais da
sociologia moderna, como o de classes sociais e o de conflito
entre essas classes. Entre esses pensadores, estavam François
Quenais (1694 - 1774), Augustin Thierry (1795 - 1856) e François
Mignet (1796 – 1884).

Mas tais teorias, forjadas pelo pensamento burguês, sobrepunham
aos conflitos de interesses materiais aqueles dos "valores
espirituais", dos "sistemas de ideias", como se fossem coisas
dissociadas. Assim, só certas elites (intelectuais, culturais, ou até
"étnicas") seriam capazes de levar a efeito as revoluções (afinal, o
problema fundamental da burguesia não era conquistar o poder
econômico – já o possuía –, mas sim o poder político).
2. A sociologia francesa (continuação)

O socialismo utópico:


A ascensão do Capitalismo logo trouxe à luz o que ele representava em
opressão e exploração aos trabalhadores.

Surgem assim as "doutrinas socialistas", que tinham um caráter utópico,
e que de certa forma acreditavam na possibilidade de convencer os
"ricos da imoralidade da exploração" (LENIN, 2001, p.68). Ou seja, o
problema passa a ser moral. E a solução, a "educação" e a
“propaganda”.

Além disso, no geral elas queriam "parar a roda da história". Algumas
achavam que o desenvolvimento da indústria e a criação do proletariado
eram os fenômenos a deter, sem reconhecer os avanços (contraditórios)
do Capitalismo.
2. A sociologia francesa (continuação)


Esse socialismo, portanto, era incapaz:

a) de explicar cientificamente as leis da exploração capitalista;

b) de encontrar a força social capaz de superá-la e constituir


uma nova sociedade.


Ou seja: não identificaram a LUTA DE CLASSES como o
motor desta transformação, capaz de "varrer o velho e criar
o novo", como diria LENIN (2001, p.69).
2. A sociologia francesa (continuação)

Exemplos de socialistas utópicos – retomando a tradição


de Platão (República, Sec.IV a.C.), Thomas Morus (Utopia,
Sec.XVI) ou Campanella (A Cidade do Sol, Sec.XVI):


Conde de Saint-Simon (1760-1825) – o “industrialismo” ou a
“sociedade dos produtores”;


Charles Fourier (1772-1837) – os “falanstérios”;


Etienne Cabet (1788- 1856) – Icária e o “comunismo agrário”.
3. A economia política britânica


Também conhecida como “Economia Política Clássica”, seus autores
buscaram explicar o sistema econômico e o processo de
desenvolvimento das Nações. Embora nem sempre concordando entre si,
tinham em comum um grande apego às ideias do capitalismo liberal (livre
mercado e liberdade à iniciativa privada). Dentre as obras mais
importantes, destacam-se o Ensaio sobre a Natureza e as Causas da
Riqueza das Nações, de Adam Smith; os Princípios de Economia Política
e de Tributação, de David Ricardo; o Ensaio sobre o Princípio da
População, de Thomas Malthus; e os Princípios de Economia Política, de
John Stuart Mill.

A teoria do valor-trabalho: Smith (1723-1790) e Ricardo (1772-1823)

A crítica e a elaboração superior do marxismo: o Capitalismo como um
modo de produção historicamente determinado; a mercadoria; a força de
trabalho; a mais-valia.
3. A economia política britânica
(continuação)
“A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma ‘imensa
coleção de mercadorias’, e a mercadoria individual como sua forma elementar. Nossa investigação
começa, portanto, com a análise da mercadoria”
(Primeiro parágrafo do 1º Capítulo do Livro I de O Capital. Grifo nosso)


Troca de mercadorias: não é uma relação entre coisas (aparência), mas sim entre homens
(essência). Isso porque os objetos possuem tempo de trabalho cristalizado. Portanto, os
produtores estão neste ato trocando seus trabalhos. Ou seja: trata-se de uma relação social.

Os assalariados não vendem “trabalho”, mas sim a sua força de trabalho, ou seja, sua
capacidade de produzir valor. Esta é a mercadoria singular existente no Capitalismo, porque
ela é a única capaz de gerar valor adicional.

Mas os salários pagos não serão definidos pelo valor novo que será produzido, e sim em razão
dos custos de reprodução dessa força de trabalho. Assim, haverá uma quantidade adicional
de valor produzido pelo assalariado – a mais-valia – que não será paga, e será apropriada
pelo Capitalista.

Desse modo, Marx desnuda e explica, de forma científica, o mecanismo pelo qual o trabalhador
é explorado pelo Capital e a origem dos lucros da burguesia.
VI – A síntese marxista: as partes constitutivas (e
indissociáveis) do marxismo

1.O método filosófico (materialismo histórico-dialético)

2. A teoria revolucionária (baseada na luta de classes)

3. A análise econômica (centrada no Capitalismo)


VI – A síntese marxista: as partes constitutivas (e
indissociáveis) do marxismo - continuação

Em síntese, a forma como os vários conceitos de Marx se articulam em sua TEORIA DA
SOCIEDADE:

1. As classes sociais não são instituições eternas ou imutáveis; elas correspondem a


certa etapa do desenvolvimento da sociedade;
2. A divisão entre as classes resulta da divisão do trabalho e da produção de um
excedente (um "sobreproduto social"), o que por sua vez depende do desenvolvimento
das forças produtivas;
3. A exploração de uma classe sobre a outra nasce da concentração do poder, da
administração e do conhecimento na mão de poucos, que passam não só a viver do
trabalho dos demais, mas também a sobre-explorá-los e espoliá-los.
4. A cada MODO DE PRODUÇÃO – a forma como as sociedades se organizam para
produzir seus meios de subsistência e riquezas – corresponderia uma estrutura de
classes, com interesses antagônicos. A cada modo de produção também
corresponderia uma superestrutura social (um conjunto de instituições, leis, valores etc.)
VI – A síntese marxista: as partes constitutivas (e
indissociáveis) do marxismo - continuação

5. Um modo de produção superior é aquele que permite um desenvolvimento


maior das forças produtivas. E a CRISE ocorre quando as contradições entre as
relações de produção e esse desenvolvimento de manifestam (e passam a ser um
obstáculo a ele). Mas essa crise por si só não é suficiente para mudar o modo
de produção. Para isso, é necessário o concurso da luta de classes.
6. O Capitalismo, ao socializar a produção, aumentar a produtividade do trabalho,
destituir grande parte da população dos meios de produção e da propriedade
privada (criando um grande proletariado) e concentrar a propriedade, criaria as
condições para o desenvolvimento do socialismo.
7. Em um dado momento, as relações capitalistas de produção entrariam em
contradição com (virariam um obstáculo ao) desenvolvimento das forças
produtivas.
8. Deste modo, assim como a crise do Feudalismo ensejou o
desenvolvimento do Capitalismo (uma forma superior), o mesmo ocorreria
em relação ao Socialismo.
VI – A síntese marxista: as partes constitutivas (e
indissociáveis) do marxismo - continuação

9. Mas isso não ocorreria de maneira espontânea. Uma vez


desenvolvidas essas condições objetivas, seriam também
necessárias as condições subjetivas, resultado da luta de classes.
10. A concepção de história de Marx representou um importante
PROGRESSO CIENTÍFICO, obtido graças a esta fusão e articulação
superior entre as três fontes mais avançadas do pensamento de sua
época. E o reconhecimento deste fato só não foi cabal, por conta do
seu caráter revolucionário.
11. Nesta concepção, fica claro que, para Marx, a EMANCIPAÇÃO é
uma tendência do desenvolvimento das sociedades (na medida em
que elas sempre trabalham para desenvolver suas forças produtivas),
mas não é uma tendência inevitável, é muito menos a ser realizada
sem conflitos, abalos e retrocessos.

Você também pode gostar