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DIMENSIONAMENTO DE

PAVIMENTOS FLEXÍVEIS
Alunos: Kennedy Glauber e Aline Magalhães
Dimensionamento do pavimento
 Determinação das espessuras das camadas
existente no subleito;
 Seleção dos materiais existentes, promovendo
maior aproveitamento;
 As pressões transmitidas pelas rodas dos veículos
diminuem com aumento da profundidade;
 Melhores materiais devem ser colocados na
superfície.
Métodos de dimensionamento
 Eram essencialmente empíricos, baseados na
experiência acumulada;
 Método do Índice de grupo
 Método do CBR
 Método do Corpo de Engenheiros dos Estados
Unidos
 Pista Experimental da AASHO
Algo relevante
 É importante a garantia de uma drenagem
eficiente nas pavimentos, tanto das águas
superficiais, quanto da umidade presente no
subleito devido a proximidade do lençol freático;
Método adotado no Brasil
 Método de dimensionamento de pavimentos de
aeroportos do Corpo de Engenheiros dos Estados
Unidos, conhecido como Método de
dimensionamento de pavimentos flexíveis do DNER.
 Introduzido no Brasil em 1962 aprimorado em
1966, foram incorporados conceitos derivados dos
estudos da pista experimental da AASHO.
Método de dimensionamento de
pavimentos flexíveis do DNER
 Facilidade de aplicação;
 Comprovada eficácia;
 Maioria das estradas brasileiras tiveram seu
pavimento concebido pelo método;
 Grande resistência à ocorrência de deformações;
 Fundamentos: conhecimento das propriedades do
solo do subleito, propriedades geotécnicas,
estimativa do tráfego que solicitará o pavimento.
Composição do pavimento flexível
Parâmetros do subleito
 IG= índice de grupo, solos de boa qualidade
IG=0;
 IS= índice de suporte; IS= (ISig+IScbr)/2
 ISig= Índice de suporte derivado de grupo, valores
representados em tabela
 Iscbr= índice de suporte derivado do ensaio de
CBR
 IS no máximo igual ao CBR
Parâmetros do subleito
 Xmed-IS médio da amostra; Xmed= Σxi/n
 S-desvio padrão da amostra s=(∑(xi-xmed)²)/(n-
1))^0,5
 Ismin=xmed-ks, xi=valores individuais de CBR,
n=número de determinações; k =coeficiente de
risco igual a k={(1,29/n^0,5)+0,68}
Parâmetros do reforço do subleito
 IS OU CBR>CBR do subleito;
 EXPANSÃO≤1%(medida com sobrecarga de 10lb).
Parâmetros da sub-base
 IS OU CBR≥20;
 IG = 0
 Expansão ≤ 1% (medida com sobrecarga de 10lb).
Parâmetros da base
 IS OU CBR≥80 (para N ≥5x10^6);
 IS OU CBR≥60 (para N <5x10^6);
 LIMITE DE LIQUIDEZ ≤ 25%;
 Expansão ≤ 0,5% (medida com sobrecarga de
10lb).
 Índice de plasticidade ≤ 6.
Dimensionamento pelo método do
DNER
 O método pode ser assim apresentado:
1. Subleito;
2. Tráfego;
3. Materiais das camadas.
1.0 Subleito
 Adotar um índice de suporte (IS):
1.0 Subleito
 Adotar um índice de suporte (IS):
2.0 Tráfego
 N=Número equivalente de operações de um eixo
tomado como padrão.
2.0 Tráfego
 Cálculo de Vm Taxa de crescimento de tráfego.
 Crescimento Linear:
2.0 Tráfego
 Cálculo de Vm:
 Crescimento Geométrico:
2.0 Tráfego
 Fator de veículo “FV”
 FV- transforma o tráfego real que solicita o
pavimento durante o período de projeto, em um
tráfego equivalente de eixos padrão no mesmo
período.
 FV=FE*FC
 É necessário conhecer a COMPOSIÇÃO DE
TRÁFEGO.
2.0 Tráfego

 FE: Fator de Eixo- Coeficiente que, multiplicado pelo


volume total de tráfego comercial que solicita o
pavimento durante o período de projeto, fornece a
estimativa do número de eixos que solicitam o
pavimento no mesmo período.
 É um fator que transforma o tráfego em número de
veículos padrão no sentido dominante em número de
passagens de eixos equivalentes. Para tanto, calcula-
se o número de eixos dos tipos de veículos que
passarão pela via.
2.0 Tráfego
A expressão correspondente seria:
2.0 Tráfego
 FC: Fator de Carga- Coeficiente que, multiplicado pelo número de eixos
que solicitam o pavimento durante o período de projeto, fornece o número
equivalente de operações do eixo simples padrão.
2.0 Tráfego
 No método, o veículo padrão adotado é o veículo americano de 18.000
libras por eixo simples de roda dupla – ESRD – ou seja, 9.000 libras
como carga de roda.
 Sendo o veículo padrão de 18.000 libras por eixo simples, ou seja, 8,172
8,2 tf por eixo simples, veículos com carga por eixo simples superior a
8,2 tf terão fator de equivalência de operações maior que a unidade;
inversamente, veículos com carga por eixo simples inferior a 8,2 tf terão
fator de equivalência menor que a unidade.
 Multiplicando-se os valores do fator de equivalência pelo número de
veículos por dia,com uma determinada carga por eixo, obtém-se a
equivalência, para esse tipo de veículo, no período considerado,
geralmente em veículos por dia. A soma desses produtos referentes a todos
os veículos que trafegarão pela via dá a equivalência de operações entre
esses dois tráfegos: o tráfego em termos de veículo padrão e tráfego real.
2.0 Tráfego
 Os valores do fator de equivalência de operações:
2.0 Tráfego

 Fator Climático Regional (FR) ou Fator de Chuva- as variações de


umidade dos materiais do pavimento durante o ano afetam a
capacidade de suporte.
 Havendo falta de dados, podem-se adotar valores médios a serem
estabelecidos por região.

 Conseguimos então calcular N:


 N=365*Vm*P*FC*FE*FR; sendo- FV=FC*FE;
3.0 Dimensionamento
3.0 Dimensionamento
 Dispondo dos Índices Suporte, do subleito, do reforço do subleito e da sub-
base, pode-se obter, através do ábaco de dimensionamento, em primeira
aproximação, as espessuras necessárias, respectivamente, acima dessas
camadas.
 A simbologia a ser adotada é:
 Subleito: IS = m; Reforço do subleito: IS = n e Sub-base: IS = 20.
3.0 Dimensionamento-ÁBACO
3.0 Dimensionamento-ÁBACO
 Subleito: IS = m - Tráfego: N >>ábaco -- Hm
(Hm é a espessura total do pavimento para materiais de
k = 1);
 Reforço do Subleito: IS = n - Tráfego: N >> ábaco -- Hn
(Hn é a espessura necessária de pavimento acima do
reforço, ou seja, sub-base + base + revestimento, para
materiais de k = 1);
 Sub-base: IS = 20 Tráfego: N ábaco H20
(H20 é a espessura necessária de pavimento acima da
sub-base, ou seja, base + revestimento, para materiais
de k = 1. O material de sub-base deve ter um índice
Suporte ou CBR mínimo de 20).
3.0 Dimensionamento-ÁBACO
 Materiais das camadas – Coeficiente de
equivalência estrutural-k
3.0 Dimensionamento-ÁBACO
 Materiais das camadas – Coeficiente de
equivalência estrutural-k
3.0 Dimensionamento-ÁBACO
 Cálculo das espessuras das camadas

 Monta-se então o sistema de inequações:


3.0 Dimensionamento-ÁBACO
 Em função do número equivalente “N” de
operações do eixo padrão, o tipo e espessura são
dados conforme a tabela a seguir:
4.0 Exemplo de dimensionamento
 Dimensionar o pavimento para uma estrada para a qual se prevê N = 10^3,
já levado em conta FR, sabendo-se que o subleito apresenta um IS = 2, e
que se dispõe de material para reforço do subleito com IS = 12 e material
para sub-base. Adotar concreto betuminoso como revestimento.
 Dos ábacos e do problema, tira-se:

 A espessura da base:

 A espessura mínima de base e camadas inferiores, sempre que possível, é de 10 cm.


 Então: B = 10 cm (base)
4.0 Exemplo de dimensionamento
 Dimensionar o pavimento para uma estrada para a qual se prevê N = 103,
já levado em conta FR, sabendo-se que o subleito apresenta um IS = 2, e
que se dispõe de material para reforço do subleito com IS = 12 e material
para sub-base. Adotar concreto betuminoso como revestimento.
 A espessura da sub-base

 A espessura mínima de base e camadas inferiores, sempre que possível, é de 10 cm.


Então: h20 = 10cm (sub-base)
 A espessura do reforço:

 Espessura Final:
Aplicação-Exercício
 1.0 Dimensionar o pavimento para uma estrada em
que N = 10^6 (já incluído FR), sabendo-se que o
subleito apresenta um IS = 8 e o reforço do subleito um
IS =10, dispõe-se de material para sub-base e base
(adotar concreto betuminoso como revestimento).
 2.0 Dimensionar o pavimento para uma estrada em
que N = 4*10^6 (sem estar incluso o FR), sabendo-se
que o subleito apresenta um IS = 5 e o reforço do
subleito um IS = 8, dispõe-se de material para sub-
base e base (adotar revestimento e base de concreto
betuminoso e altura média anual de chuva da região
de 700mm).

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