Você está na página 1de 57

Comitê Internacional da Cruz Vermelha

CICV http://www.icrc.org/por
CICV - Origem e História

1859 Solferino.....Henry Dunant


1862 Lembrança de Solferino
1863 fundação do Comitê
1863 Conferência internacional de peritos
1864 Conferência Diplomática de Genebra
1864 1° Convenção de Genebra
Movimento Internacional da Cruz Vermelha
e do Crescente Vermelho

SOCIEDADES FEDERACÃO
NACIONAIS INTERNACIONAL

7 Principios
Fundamentais
Humanidade . Imparcialidade .
Neutralidade . Independência .
Caráter voluntário . Unidade
Universalidade
OS EMBLEMAS

 1863: Cruz Vermelha


- Rússia x Império Ottomano: Crescente
Vermelho
- 1929: Pérsia (não podia usar nem a cruz, nem o
crescente vermelho: adotou o leão e o sol vermelho)
- 1980: República Islâmica do Irã: usa o crescente
vermelho
- 2005: os Estados não queriam deixar de usar a Cruz
Vemelha ou o Crescente Vermelho. Então nasceu o
Cristal Vermelho (08/12/2005: Protocolo Adicional III às
Convenções de Genebra de 1949 – Cristal Vermelho)
Situación actual
Los emblemas de la Cruz Roja, la Media Luna Roja y el León y Sol
Rojos sobre fondo blanco, han sido reconocidos como signos
distintivos del Movimiento y los servicios sanitarios del ejército, en el
Art. 38 del primer Convenio de Ginebra del 12 de Agosto de 1949 .

(1)

(1) El emblema del león y sol rojos no ha sido utilizado desde 1980
(Nota diplomática de la República de Irán del 4 de septiembre de 1980)
Emblema
Proyecto para un emblema
distintivo adicional

El nombre y el diseño gráfico del nuevo emblema siguen siendo objeto


de un examen en profundidad.

Adotado Decembro de 2005 –PA III


Signos distintivos
• Uso Indicativo

• Uso Protetor
CICV
SOCIEDADES FEDERACÃO
NACIONAIS INTERNACIONAL

192 Estados Partes


nas Convenções de
Genebra

Conferência
Internacional
Fundador do Movimento Internacional
da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho

Organização independente, neutra e imparcial com fins


humanitários

 Sede em Genebra, Suíça


 Composição do Comitê: 18 a 25 nacionais suíços
 12.000 colaboradores
 Sujeito de Direito Internacional (OI)
 Mandato referendado por Estados em tratados
internacionais
 Celebra acordos de sede
 Intermediário neutro entre os beligerantes para questões
humanitárias
Delegações no mundo: 69

Presença do CICV no mundo Pessoal em terreno: 10.057


Pessoal na Sede Genebra: 800
CICV : Brasil e cone sul
• DIH reconhece ao CICV um direito de iniciativa
humanitária que se traduz no livre acesso às vítimas
dos conflitos armados para intervir em seu favor.

• Base jurídica para conflito armado internacional:


 4 Convenções de Genebra de 12 de agosto de
1949
Protocolo Adicional I de 8 de junho de 1977

• Base jurídica para conflito armado não internacional:


 art. 3 comum das 4 Convenções de Genebra de
1949
 Protocolo Adicional II de 1977

Base jurídica para situações de violência interna:


Estatutos do Movimento Internacional Cruz Vermelha e
do Crescente Vermelho
Proteção e Assistência
• O objetivo da proteção é • O objetivo da
essencialmente o assistência é o
respeito aos direitos da fornecimento de apoio
vítima. material
• Possibilidade de advogar
em favor das vítimas
perante as autoridades
Atividades
• Restabelecimento dos
laços familiares (ACB)
• Visitas às pessoas
privadas da liberdade
• Atividades de socorro
• Atividades sanitárias
• Difusão
• Diplomacia Humanitária
• Outras
Últimas atividades operacionais
• Visitas de detidos em:

– Afganistão

– Guantanamo Bay

– Bagda – Abu Grahib

– América Latina:
Colômbia – Haiti – Chile -
Paraguai – Peru – Bolívia – outros

– Ano 2004 o CICV visitou 571.503


detidos ou PG em 2.435 locais de
detenção em 80 países
O que faz o CICV diante de
violações do DIH?
– CICV não é Juiz

– CICV não é Promotor

– Comprovada uma violação do DIH no desempenho de suas


atividades, o CICV intervém de forma reservada perante as
autoridades

– Libera-se da sua confidencialidade em casos excepcionais e


sempre que as vítimas não fiquem em perigo

– CICV desenvolve a via da persuasão e responsabilidade


Apelo 2004
905 Milhões de Francos Suíços
distribuição por zona geográfica:
CICV (financiamento)
Apelo 2009
(949,4+47,5) 996,9 Milhões de Francos
Suíços
distribuição por zona geográfica:
Apelo 2010
(936,4+46,8) 983,2 Milhões de
Francos Suíços
distribuição por zona geográfica:
Introdução ao
Direito Internacional Humanitário
• Uma idéia:

em tempo de guerra
nem tudo é permitido.
DIH- Origem

• 1- Métodos de guerra primitivos.

• 2- Normas não escritas.

• 3- Tratados bilaterais limitados no tempo e espaço.


DIH- Origem

• Métodos de guerra.

– regras de distinção de
categorias de inimigos.

– regras para o começo e fim


das hostilidades.

– regras que prescrevem


limites de:
• pessoas em combate.
• estações do ano.
• lugares.
• condução da guerra.
DIH- Origem

– Lembrança de Solferino
« Em momentos extraordinários como os que
reúnem príncipes da arte militar, de nacionalidades
diferentes, não seria desejável que aproveitassem
esta espécie de congresso para formular algum
princípio convencional que uma vez aprovado e
ratificado, servisse de base para sociedades de
socorro aos feridos nos países »
Jean Henri Dunant
1828-1910 - Suíço

1864 . Nascimento do DIH moderno


O que é o Direito Internacional Humanitário (DIH)?

• Normas para proteger certas


categorias de pessoas:

– - pessoas que não participam das


hostilidades
– - pessoas que já não participam
das hostilidades

• Proíbe certos métodos e meios de


combate
Direito Internacional Humanitário (DIH)

• É parte do direito internacional

• Rege as relações entre Es. durante os Conflitos Armados

• Tem como finalidade minimizar ao máximo possível os


sofrimentos, perdas e danos causados no Conflito Armado

• Impõe obrigações às pessoas desses Estados (FFAA)

• Não tem como finalidade impedir a eficiência militar


Jus ad bellum / Jus in bello

Pacto da S. N. (1919)
Moratória da Guerra

Pacto Briand-Kellog (1928)


Proscrição da Guerra

Carta da ONU
Proibição do recurso ao uso da força

* Exceções:
Legítima Defesa
Medidas de segurança coletiva
Guerras de libertação nacional
Tratados do DIH
(-DG- Direito de Genebra / -DLH- Direito da Haia /-DMx- Direito mixto)

 1864 – Primeira Convenção de Genebra. –DG-

 1899 – amplia-se em favor dos náufragos das FF AA.–DG-

 1906 – revisão C. 1864. –DG-

 1929 - proteção dos PG. –DG-


Tratados do DIH
(-DG- Direito da Genevra / -DLH- Direito da Haia /-DMx- Direito mixto)

 1949 - 4 Convenções de Genebra. –DG- Brasil 29/6/57

 1954- Convenção da Haia para proteção de bens culturais nos


conflitos armados –DMx- Brasil 12/9/58
• Protocolo de 1954. Brasil 12/9/58
• Protocolo de 1999. Brasil: 23/9/2005
Tratados do DIH
(-DG- Direito da Genevra / -DLH- Direito da Haia /-DMx- Direito mixto)

 1972: Convenção sobre proibição do desenvolvimento, produção, e


destruição de armas biológicas e tóxicas. –DLH- Brasil 27/2/73

 1976:Convenção sobre proibição do uso de técnicas de modificação


ambiental para fim militar ou outros fins hostis. –DLH-
Brasil : ainda não é parte do tratado

 1977 – Protocolos Adicionais I e II. –DMx- Brasil 5/5/92


Tratados do DIH
(-DG- Direito da Genevra / -DLH- Direito da Haia /-DMx- Direito mixto)

• 1980:
– Convenção sobre proibicões e restricões do emprego de certas
armas convencionais que causam danos excessivos –DLH-
Brasil 3/10/95

• PI - Fragmentos não localizáveis. Brasil 3/10/95


• PII - Proibições/restrições do emprego de minas, armadilhas
(em1996). Brasil 4/10/99
• PIII - Armas Incendiárias. Brasil 3/10/95
• PIV - Armas Laser cegantes (1995). Brasil 4/10/99
• PV – Resíduos explosivos de guerra (2003). Brasil não é parte

• 2001 emenda CCAC 1980 - se aplica CANI. Brasil não é parte


Tratados do DIH
(-DG- Direito da Genevra / -DLH- Direito da Haia /-DMx- Direito mixto)

• 1993:
– Convenção sobre a proibição do desenvolvimento, produção e
destruição, etc de armas químicas. –DLH- Brasil 13/3/96

• 1997:
– Convenção sobre a proibição do emprego, armazenamento,
produção e transferência de minas anti-pessoal e sua
destruição.(Tratado de Ottawa)–DLH- Brasil 30/4/99
Tratados do DIH
(-DG- Direito da Genevra / -DLH- Direito da Haia /-DMx- Direito mixto))

 1998- Estatuto de Roma (Tribunal Penal Internacional esp. art. 8°) –


DMx- Brasil 20/06/2002

 2000 – Protocolo Facultativo s/ Crianças e conflito armado.-DG-


Brasil 08/03/04
Convenções de Genebra de 1949
e Protocolos Adicionais de 1977

(I)
náufragos

(II)

(III)
Prisioneiros de Guerra

(IV)
População Civil
Normas básicas do DIH

As pessoas fora de combate e aquelas que não participam


diretamente das hostilidades têm direito ao respeito a sua vida
e a sua integridade física e moral. Elas deverão ser, em todas
as circunstâncias, protegidas e tratadas humanamente, sem
qualquer distinção de natureza desfavorável.
Normas básicas do DIH

É proibido matar ou ferir o inimigo que se rende ou que se


encontre fora de combate.
Normas básicas do DIH

Os feridos e doentes serão recolhidos e assistidos pela Parte


em conflito que os detenha em seu poder. A proteção também
se estenderá ao pessoal sanitário, estabelecimentos,
transportes e equipamento.

O emblema da cruz vermelha (ou do crescente vermelho) é o


sinal desta proteção e deverá ser respeitado.
Normas básicas do DIH

Os combatentes capturados e civis que estejam em poder da


Parte inimiga têm direito ao respeito a sua vida, a sua dignidade,
aos seus direitos e convicções pessoais.

Serão protegidos contra todos os atos de violência e


represálias.

Terão o direito de corresponder-se com suas famílias e de


receber socorro.
Normas básicas do DIH

Todos terão o direito de beneficiar-se das garantias judiciais


fundamentais.

Ninguém poderá ser considerado responsável por ato que não


tenha cometido.

Ninguém será submetido a tortura física ou mental, a castigo


coporal, ou tratamento cruel ou degradante.
Normas básicas do DIH

As partes em conflito e os membros de suas respectivas forças


armadas não têm direito ilimitado no que diz respeito à escolha
dos métodos e meios de guerra.

É proibido usar armas ou métodos de guerra de natureza tal


que venham causar perdas desnecessárias ou sofrimento
excessivo.
Normas básicas do DIH

As partes em conflito deverão sempre distinguir a população


civil dos combatentes, poupando a população e os bens civis.

Não serão objeto de ataque nem a população civil como tal e


nem as pessoas civis. Os ataques serão dirigidos contra
objetivos militares
A que tipo de conflitos
se aplica o DIH convencional?

• Guerra declarada.

• Conflito armado sem que uma parte reconheça o estado de


guerra.

• Ocupação total ou parcial do território de um Estado (mesmo


sem resistência militar).

• Conflito armado interno entre forças armadas e FA dissidentes


ou grupos armados organizados.
Convenções de Genebra e Protocolos Adicionais
Âmbito de Aplicação Material

• Limite aos métodos e meios de combate.

• Proteção às vítimas e aos bens necessários para sua


sobrevivência.

– Conflitos Armados Internacionais.


- 4 Convenções de Genebra 12/8/49.
- Protocolo Adicional I de 1977.

– Conflitos Armados não Internacionais.


- Artigo 3° comum às 4 Conv. Gva.
- Protocolo Adicional II de 1977.
Convenções de Genebra e Protocolos Adicionais
Âmbito de aplicação pessoal

- Quem deve respeitar o DIH? (1 de 2).


• Estados.

– Fazer com que respeite pelas suas próprias forças armadas.

– Fazer com que respeite por parte dos demais Estados Parte
das Convenções. (art. 1° comum)
Convenções de Genebra e Protocolos Adicionais
Âmbito de aplicação pessoal

- Quem deve respeitar o DIH? (2 de 2).


• O DIH deve ser respeitado por todas as partes envolvidas no
conflito.

– Partes em conflito
• Movimentos de libertação nacional.
• Grupos armados organizados, sob um comando
responsável, que exerçam sobre parte do território do
Estado um controle tal que lhes permita realizar
operações militares sustentadas e concertadas e que
respeitem as normas do DIH.
• Operações de imposição da paz (C. VII ONU).
• Combatentes em geral.
Convenções de Genebra e Protocolos Adicionais
Âmbito de aplicação temporal

• Desde o começo das hostilidades

• Até o fim das hostilidades

• Seqüelas do conflito / normas de aplicação temporal:


• Ex: -Prisioneiros de guerra
-Internados civis
-Pessoal sanitário retido
-Outros casos
Convenções de Genebra e Protocolos Adicionais
Âmbito de aplicação espacial

• Território dos Estados envolvidos (CAI).

• Território onde se leva a cabo a luta de libertação nacional


contra a dominação colonial e a ocupação estrangeira e contra
os regimes racistas no exercício do direito dos povos à livre
determinação.

• Território de um Estado (CANI).


Convergências

DDHH e DIH

– Objeto de proteção
• Pessoa Humana • Pessoa Humana

– Proteção contra
• Abuso de agentes estaduais • Abuso por parte
adversária
- Em conflito armado
• Núcleo inderrogável Direitos
Fundamentais • Núcleo inderrogável
Direitos Fundamentais
Diferenças
DDHH DIH

– Tipo:
• Direito aplicável em todo • Direito de exceção
tempo e lugar

– Foco:
• Direitos individuais e • Obrigações do Estado e
do combatente
comunitários

• Universal
– Desenvolvimento:
• Universal e regional
Meios para aplicar o DIH

• Para as situacões de conflito


armado há três tipos de
meios

– Meios preventivos

– Meios de controle

– Meios de repressão
Por que se deve respeitar o DIH?

• Um dever moral

• Uma opção militcar razoável

• Uma escolha política


sensata

• Uma obrigação jurídica


MUITO OBRIGADA PELA
ATENÇÃO.
Desejamos a todos bons
estudos de Direito I.,
DOMINGO, das 06:00 ao
meio dia!

Você também pode gostar