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Políticas Públicas e

Organização da
Educação Brasileira
O Direito à Educação
• A educação no Brasil é um direito social de todas as
pessoas que buscam a participação em espaços comuns
de ensino independente de sua origem, raça, idade, sexo
ou cor.
• O direito à educação de qualidade igualitária entre as
pessoas segue o reconhecimento feito pela Constituição
Federal 1988, onde o Estado possui o dever e a
responsabilidade de promover a educação para os
brasileiros.

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• Além da obrigação que rege todo o Estado, cabe à família
de crianças e jovens incentivar a busca pela educação, de
forma que cada pessoa passe a se desenvolver e se
preparar para cumprir com todos os deveres que são
exigidos pela sociedade, qualificando-se para exercer seu
direito como cidadão que trabalha, estuda e busca
alcançar um estilo de vida confortável.

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• Na Constituição, o direito à educação é obrigatório e
indispensável, principalmente para crianças e
adolescentes, que devem ter acesso direto às escolas
públicas e gratuitas que estejam localizadas próximas a
sua residência, além de ter a igualdade de condições
para ter acesso e permanecer na instituição de ensino,
sem sofrer quaisquer preconceitos.
• A Constituição também garante que o adolescente e a
criança brasileira devem obter o respeito de seus
educadores, sem sofrer qualquer represália por conta da
sua origem, raça, idade, cor e assim em diante.
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• O Congresso brasileiro decreta a obrigação do Estado
oferecer o direto social à educação de qualquer pessoa,
principalmente para que o mesmo possa desenvolver
habilidades que possibilitem seu convívio humano
no trabalho, na família, nas instituições de ensino, nos
movimentos sociais e assim em diante.
• Dentro das instituições de ensino é obrigatório o
oferecimento de educação sem preconceitos, de forma
que todo cidadão consiga exercer plenamente o seu
direito social.

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• O direito social à educação deve ser monitorado pela
família do indivíduo e pelo Estado de forma que a criança
e o adolescente sejam preparados para exercerem todas
as suas obrigações, a fim de que ele seja apresentado à
educação básica obrigatória dos quatro anos aos
dezessete, passando pela pré-escola, ensino
fundamental e ensino médio.

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• Além disso, a Constituição também garante o direito
social à educação a pessoas que não obtiveram
oportunidades de estudo quando mais jovens, podendo
ingressar em instituições de ensino de forma gratuita e
obter seu diploma como qualquer outro jovem.

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• Para qualquer cidadão brasileiro é permitido exigir o
direito à educação e ter garantido o direito de ingressar
em uma instituição de ensino, para que seja preparado
para arcar com todas as suas responsabilidades sociais,
éticas e cidadãs.
• É direito do cidadão recorrer às autoridades locais
quando se tem a educação negada em quaisquer
instituições de ensino.

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• A educação de qualquer ser humano deve ser oferecida
pelo Estado e pela família, de forma que não exista
qualquer distinção.
• Vale destacar que pessoas que possuam quaisquer
deficiências também devem ter o direito social exigido
para obter o acesso à educação especial inclusiva, que
consta na Constituição Federal de 1988.
• A garantia de uma formação escolar é o direito social
mais importante que todo e qualquer cidadão deve exigir
do Estado.
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Políticas Públicas Educacionais
• O termo “Políticas Públicas” significa o conjunto de
disposições, medidas e procedimentos que traduzem a
orientação política do Estado e regulam as atividades
governamentais relacionadas às tarefas de interesse público.
• Já as políticas públicas educacionais referem-se a tudo aquilo
que um governo faz ou deixa de fazer em relação à Educação.

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• No Brasil, as políticas educacionais têm foco mais específico
nas questões escolares, mas sabemos que a educação vai
além do ambiente escolar.
• Ela abrange tudo o que se aprende socialmente: na família, na
vizinhança, nos centros religiosos, na rua.
• Porém, a educação só é escolar quando ela for passível de
delimitação por um sistema que é fruto de políticas públicas.

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• E sabendo que as políticas públicas são ações coletivas que
visam a orientação e garantia de direitos perante a sociedade,
no qual envolve compromissos e tomadas de decisões que
almejam determinadas finalidades, essas ações
governamentais devem ser sempre planejadas com objetivos,
metas, efeitos e com efetividade.
• A educação pública do Brasil é uma questão que envolve a
responsabilidade e parceria do governo federal, estadual e
municipal e deve compreender um esforço da sociedade e das
instituições para garantir, de forma permanente, os direitos de
cidadania a todos.

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• Para os professores, é fundamental conhecer as políticas
públicas vigentes para lutar pela sua efetivação e qualidade e
alcançar o objetivo almejado.
• Hoje no Brasil existem algumas ações que o governo promove
na educação, cujo foco é incentivar o ensino de qualidade e
oportunidades para todos.
• Às vezes, o objetivo não é alcançado, mas é primordial
continuar buscando a melhoria da qualidade da nossa
educação.

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• A Política Educacional pertence ao grupo de Políticas Públicas
sociais do país. Este instrumento de implementação dos
movimentos e referenciais educacionais se faz presente
através da Legislação Educacional.
• Para que possamos compreender melhor o significado dessa
política, se faz necessário saber o que é Política Pública.
• Essa Política é de responsabilidade do Estado, com base em
organismos políticos e entidades da sociedade civil, se
estabelece um processo de tomada de decisões que derivam
nas normatizações do país, ou seja, nossa Legislação.

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• As Políticas Públicas envolvem todos os grupos de
necessidades da sociedade civil, que são as Políticas Sociais,
estas determinam o padrão de proteção social implementado
pelo Estado, voltadas em princípio, à redistribuição dos
benefícios sociais (INEP, 2006, p. 165), dentre eles o direito a
educação. Para que este direito seja garantido com qualidade
e de forma universal é implementada a Política Educacional.
• No decorrer dos anos no Brasil a Política Educacional fora
definida de formas diferentes, por ser um elemento de
normatização do Estado e que envolve interesses políticos
diversos, no entanto, a Política Educacional de um país deve
ser guiada pelo povo, respeitando o direito de cada indivíduo
e assegurando o bem comum. 15
• Compreende-se, que de fato o exercício de construir uma
Política, não trata-se de um trabalho fácil de ser realizado, pois
circunda uma nação, seus anseios, objetivos e valores, e estes
elementos não podem ser esquecidos por aqueles que assim
fazem nascer o molde da educação de um povo.

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• Em 1932, um grupo de intelectuais, preocupados em elaborar
um programa de política educacional amplo e integrado,
lançou o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, redigido
por Fernando de Azevedo e assinado por outros conceituados
educadores, como Anísio Teixeira.
• O manifesto propunha que o Estado organizasse um plano
geral de educação e definisse a bandeira de uma escola única,
pública, laica, obrigatória e gratuita. Nessa época, a igreja
dividia com o Estado a área da educação.

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• O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova de 1932, foi o
marco na definição de prioridades e metas educacionais que
necessitavam ser efetivadas. O documento, como o próprio
título faz referência, foi o pioneiro e notável instrumento de
regulamentação da situação educacional brasileira, não
funcionando apenas como um alerta a sociedade, mas
também, como inspiração ao surgimento das Leis que regem a
nossa educação.
• Principal fonte de implementação da educação nacional e das
políticas que assim as definem é a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), que no avanço dos anos foram
reformuladas até o modelo atual datado de 1996 que
sofreram alterações de acordo com os governos. 18
• Se “políticas públicas” é tudo aquilo que um governo faz ou
deixa de fazer, políticas públicas educacionais é tudo aquilo
que um governo faz ou deixa de fazer em educação.
• Porém, educação é um conceito muito amplo para se tratar
das políticas educacionais. Isso quer dizer que políticas
educacionais é um foco mais específico do tratamento da
educação, que em geral se aplica às questões escolares.

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• Em outras palavras, pode-se dizer que políticas públicas
educacionais dizem respeito à educação escolar. Nesse
sistema, é imprescindível a existência de um ambiente próprio
do fazer educacional, que é a escola, que funciona como uma
comunidade, articulando partes distintas de um processo
complexo: alunos, professores, servidores, pais, vizinhança e
Estado (enquanto sociedade política que define o sistema
através de políticas públicas).

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Vídeo: Qual é o papel da Escola?

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• Portanto, políticas públicas educacionais dizem respeito às
decisões do governo que têm incidência no ambiente escolar
enquanto ambiente de ensino-aprendizagem. Tais decisões
envolvem questões como: construção do prédio, contratação
de profissionais, formação docente, carreira, valorização
profissional, matriz curricular, gestão escolar, etc.

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Considerações finais
• Pelo exposto, percebe-se que há um conjunto de conceitos de
políticas públicas, sendo que Sérgio de Azevedo (2003)
construiu um conceito didático para a sua compreensão: tudo
aquilo que um governo faz ou deixa de fazer, bem como os
impactos de sua ação ou omissão. Assim, se um governo não
faz nada em relação a alguma coisa emergente isso também é
uma política pública, pois envolveu uma decisão.

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• O que distingue política pública da política, de um modo geral,
é que esta também é praticada pela sociedade civil, e não
apenas pelo governo.
• Isso quer dizer que política pública não é condição exclusiva
do governo, mas, apenas no que se refere a toda a sua
extensão (formulação, deliberação, implementação e
monitoramento).

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• Entende-se por políticas públicas educacionais aquelas que
regulam e orientam os sistemas de ensino, instituindo a
educação escolar.
• Essa educação orientada (escolar) moderna, massificada,
remonta à segunda metade do século XIX. Ela se desenvolveu
acompanhando o desenvolvimento do próprio capitalismo, e
chegou na era da globalização resguardando um caráter mais
reprodutivo, haja vista a redução de recursos investidos nesse
sistema que tendencialmente acontece nos países que
implantam os ajustes neoliberais.

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