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Professor: Adauto de Galiza Dantas Filho

Contato: adautogalizafh@gmail.com
1. Objeto das Ciências Econômicas
FUNDAMENTOS
• Etimologia

 A palavra deriva do grego:

oikos (casa) + nómos (lei) = oikonomia

Ou seja..

“Administração da Casa / Administração da Coisa Pública”


FUNDAMENTOS
• Tomada de Decisão: o cerne da economia
 Decisões de uma família

Que
trabalho
devo ter?

O quanto O quanto
devo DECISÕES devo
poupar? trabalhar?

Onde irei
gastar
minha
renda?
FUNDAMENTOS
 Decisões de uma Sociedade:

Quem produz
alimentos,
vestuário e
etc?

Que
quantidade as
Quem produz
empresas DECISÕES
máquinas?
devem
produzir?

Que preços um
setor deve cobrar?
FUNDAMENTOS
• Alocação:

 Essas decisões são automáticas?


 Os recursos são ilimitados?
 Escassez: o problema fundamental da economia

Necessidades e Disponibilidade de
Desejos Humanos: Recursos:
Ilimitados Limitada
FUNDAMENTOS
• Economia: o que é afinal?
Definição Básica:
Estudo de como a sociedade aloca seus recursos limitados.

 Problemas Fundamentais:
FUNDAMENTOS
Ou seja..

O que e quanto produzir?

• Quais produtos eu posso produzir


• Que quantidades eu consigo produzir
• Em que área irei me especializar

Como eu vou produzir?

• Quais recursos utilizarei para produzir


• Qual meu nível tecnológico
• Uso intensivo em mão-de-obra vs uso de maquinário
• Eficiência: menor custo possível

Para quem destino a produção?

• Distribuição da atividade econômica: para trabalhadores, para empresários,


agricultores, prestadores de serviço
FUNDAMENTOS
• Sistemas econômicos

 Organização da Sociedade:
Forma política, social e econômica que as sociedades se estruturam
para poder organizar a produção de bens e serviços com o objetivo de
aumentar o bem-estar social.

 Elementos dos Sistemas Econômicos:

1) Estoque de recursos produtivos: recursos humanos (trabalho e


capacidade empresarial), capital (máquinas e equipamentos),
terra (onde é realizada a produção), reservas naturais (insumos) e
tecnologia (produtividade).
2) Unidades Produtoras (empresas e indústrias).
3) Instituições políticas, econômicas e jurídicas.
FUNDAMENTOS
 Tipos de Sistemas Econômicos:

 Quem tomam as decisões econômicas numa sociedade?

1) Economia de Mercado:
 As questões de o quê, como e para quem produzir são dadas
no mercado de bens e serviços, sem interferência
governamental.
 Existem muitos compradores e vendedores de bens e
serviços, e a interação entre a demanda e oferta destes bens
determinam as questões de produção.
 As economias de mercado podem operar em concorrência
pura e economia mista.
FUNDAMENTOS
i. Concorrência Pura
 Princípio do laissez-faire: os problemas fundamentais são
organizados por uma “mão-invisível” do mercado, e os milhares de
produtores e consumidores ao interagir no mercado determinam os
preços dos bens e serviços.
 O livre movimento dos preços gera equilíbrio de mercado:

Se há excesso de
produtos (oferta), os
empresários baixam os
preços para tentar
vender seus estoques.

Se há mais compradores
(demanda) do que
produtos vendidos, haverá
insuficiência de estoques e
os empresários aumentam
os preços dos produtos.
Exemplo:
FUNDAMENTOS
 Os problemas econômicos em concorrência pura:

O que e quanto produzir?

• Os empresários irão utilizar os preços como parâmetro: os


produtos que são mais rentáveis tendem a ser os escolhidos.

Como produzir?

• Os empresários irão comparar os preços das tecnologias de


produção alternativas para decidir como montar sua linha de
produção.

Para quem produzir?

• Os empresários decidem produzir para aqueles que podem


arcar com os preços cobrados no mercado.
FUNDAMENTOS
ii. Economia Mista

 As grandes crises econômicas (1929, 1970, 2008)


demonstram que nem sempre uma economia de mercado
pura ajusta automaticamente os mercados pelos preços.

 O governo pode atuar como um regulador econômico, através


de política econômica, para estabilizar a economia (os preços).

 O objetivo da política econômica é eliminar as distorções


alocativas.
FUNDAMENTOS
 Instrumentos básicos de intervenção :

Fornecedor de Bens e
Ajuste de Preços
Serviços
• Investimento em
• Impostos, Subsídios infraestrutura básica
• Tabelamentos (energia, estradas e
etc.)
• Preços mínimos (salário
mínimo, por ex.) • Fornecimento de bens
e serviços públicos
• Manipulação do
(iluminação, água,
câmbio e dos juros.
saneamento básico e
etc.)
FUNDAMENTOS
2) Economia Planificada (ou centralizada):

 O problema de o quê, como e para quem produzir fica


encarregado de um órgão central, sob a autoridade estatal
estabelecida.
 Inexistência de propriedade privada: todos os recursos
utilizados na produção de bens e serviços são posses do
governo.

Exemplos: máquinas, equipamentos, instalações prediais,


matérias-primas e etc. tornam-se propriedades públicas!
FUNDAMENTOS
 Funcionamento Planificado: o exemplo da URSS

 A autoridade estatal (GOSPLAN) realizava um inventário


sistemático de todos os meios de produção (máquinas,
equipamentos, instalações prediais e etc.).

 As decisões de o quê, como e para quem produzir eram


tomadas de acordo com as prioridades determinadas pelo
governo a partir dos investários realizados.

 Planos Quinquenais: estabelecimento de metas que as


empresas deveriam realizar.
FUNDAMENTOS
 Papel dos preços em economias centralizadas:

No processo Na distribuição da Na determinação


produtivo produção do lucro
• Figuram apenas
como recursos
contábeis que as • O governo • Parte do resultado
empresas utilizam determina o preço vai para o
para controlar sua dos bens e governo, e o
eficiência. serviços, restante é
• As empresas subsidiando utilizado como
operam com aqueles essenciais investimento pelas
quotas de e penalizando os empresas, de
matéria-prima e supérfluos. acordo com as
registram a metas do governo.
quantidade dessas
cotas em seus
balanços.
FUNDAMENTOS
• Objeto da Economia:
 Sobre o que a ciência econômica trata?

Crescimento Decisões
Econômico (PIB) e Empresariais e
Preços (Inflação)
Desenvolvimento Comportamento
Econômico (IDH) dos Consumidores

Mercado
Funcionamento
Financeiro (ações,
Moeda e Juros dos mercados de
bolsas de valores e
bens e serviços
etc.)

Taxa de Câmbio Déficit, Dívida e


(Economia Orçamento Público Etc.
Internacional) (Setor Público)
2. Princípios Econômicos
Fundamentais
PRINCÍPIOS
• Pressupostos Básicos da Economia

 O campo de estudo da economia possui muitas facetas e


diversas áreas especializadas de conhecimento.

 No entanto, a ciência econômica gravita em torno de alguns


princípios fundamentais.

 Os princípios unificam as ideias econômicas e dão status de


uma área especializada do conhecimento científico.

 Podem ser divididos em dois grupos: escolhas individuais e


interação entre os agentes.
PRINCÍPIOS
• Escolhas Individuais: o cerne da economia
 O comportamento dos indivíduos reflete o comportamento geral de uma
sociedade, pois uma economia é um grupo de pessoas que interagem entre
si.
 Portanto, como os indivíduos se comportam e tomam suas decisões no dia-
a-dia?

1) Recursos Escassos: custo de oportunidade


 Um indivíduo pode ter tudo o que deseja?
 Trade-off: para eu adquirir uma coisa, devo abrir mão de outra, já que
meus recursos são limitados.
Exemplos:

Assistir aula vs Assistir Netflix comendo pipoca


Comprar notebook vs Comprar um desktop
Fazer baile de formatura vs Viajar para Europa
Estudar economia integralmente vs Estudar economia e outras matérias
Fazer uma graduação vs Arrumar um emprego
PRINCÍPIOS
 Resultados:
Se a renda disponível é limitada;
Se o tempo disponível é limitado;
Se a inteligência é limitada;
Se a competência no trabalho é limitada;
Se os recursos naturais são limitados;
Enfim, se todos os recursos utilizados para a vida humana são escassos...

Então..
Os indivíduos devem fazer escolhas. E toda escolha envolve um trade-off (custo de
oportunidade).

 Definição: um custo de oportunidade é tudo aquilo que um indivíduo abre mão


para possuir determinado bem, serviço ou realizar determinada atividade.

ATENÇÃO!
Custo de Oportunidade ≠ Custo Contábil!
PRINCÍPIOS
Exemplo:
Custos com livros, hospedagem, alimentação, transporte e etc.
encabeçam todos os custos de oportunidade de fazer uma
faculdade?

2) Indivíduos racionais escolhem na “margem”

 Escolha marginal: o quanto uma nova unidade de um produto


X gera de utilidade a mais para mim?
 Os indivíduos raramente escolhem os extremos e estão
sempre ajustando suas escolhas entre os extremos possíveis.
PRINCÍPIOS
Exemplo 1:
- Período de Provas:
Estudar 0 hora vs Estudar 24horas?
Geralmente, a decisão está entre os extremos possíveis, e
cada um ajusta a quantidade de horas de acordo com sua
disposição e necessidade.

Disposição
Horas
Indivíduo Nível de QI Média
Estudadas
Semanal
João 100 Muito Disposto 9
Disposta
Maria 120 7
medianamente
Socorro 200 Pouco disposta 4
PRINCÍPIOS
Após as provas...
Disposição
Horas
Indivíduo Nível de QI Média Nota
Estudadas
Semanal
João 100 Muito Disposto 9 7,2
Disposta
Maria 120 7 7,8
medianamente
Socorro 200 Pouco disposta 4 9,9

Portanto, hipoteticamente:
- João pode querer aumentar em 1h estudo/dia caso espere
aumentar a nota na sua 2º avaliação;
- Maria pode estar disposta a estudar mais 30mim/dia caso espere
aumentar sua nota.
- Perpétuo decide não estudar mais porque não espera tirar notas
maiores.
PRINCÍPIOS
 Benefício Marginal vs Custo Marginal: o “quanto” consumir?

 Benefício Marginal: retorno esperado em adquirir uma nova


unidade de determinado item;
 Custo marginal: total de tudo que foi abdicado para adquirir
uma nova unidade de determinado item.

- Resultado:

A decisão do “quanto” consumir depende se o benefício


marginal esperado é maior que o custo marginal obtido!
PRINCÍPIOS
Exemplo 2:

Estudar mais matemática vs Estudar mais química

- As provas irão acontecer no mesmo dia e a noite anterior irá


servir para revisar anotações.
- As 6h da tarde eu decido revisar ambas as matérias;
- As 8h eu decido estudar mais uma hora para cada;
- As 10h estou muito cansado e devo dormir as 11h: nesta hora
adicional, estudo química ou matemática?
- Se eu estiver prestando vestibular para medicina, estudarei
química. Se estiver prestando vestibular para administração,
estudarei matemática.
PRINCÍPIOS
 As decisões foram sendo tomadas gradualmente, e cada unidade de
hora adicional foi alocada para uma das disciplinas a depender dos
custos e benefícios marginais envolvidos.

Benefício Marginal:
Possibilidade de aumentar minha nota em química.

Custo Marginal:
Horas de sono perdidas e possibilidade de ir mal em matemática.

Decisão:
Se prezo mais meu futuro do que o presente, escolho estudar 1h a
mais até o momento em que o custo presente (ficar sem dormir)
ultrapasse a possibilidade de aumentar minha nota (pois meu
rendimento cai).
PRINCÍPIOS
3) Os indivíduos reagem a incentivos

 Se todas as decisões são tomadas por um “cálculo” entre


custos e benefícios...

... então uma alteração nos custos e benefícios tendem a


incentivar uma mudança nas decisões tomadas!

 Se os incentivos não mudam, o comportamento dos agentes


tende a permanecer o mesmo.
PRINCÍPIOS
Exemplo 1: Mercado de Frutas

- O que acontece se o preço/Kg da maçã aumenta?

Primeira Quinzena Janeiro Segunda Quinzena Janeiro


Produto Preço/Kg Produto Preço/Kg
Maça 6,99 Maça 8,15
Pera 6,50 Pera 6,50

- A tendência é que os consumidores comprem mais peras em


substituição ao aumento de preço das maçãs!
- Neste caso o preço é um incentivo, e uma mudança de incentivos
leva à uma mudança no comportamento dos agentes!
PRINCÍPIOS
 Mas somente isto acontece?
 Como fica a situação dos produtores de maçã? Algo acontece no mercado de peras?

Primeira Quinzena Janeiro Segunda Quinzena Janeiro


Qtd. Qtd.
Produto Preço/Kg Produto Preço/Kg
Produzida Produzida
Maça 6,99 1,000 Maça 8,15 1500
Pera 6,50 500 Pera 6,50 500

 Um preço maior tende a reduzir o consumo de maçã (seu custo aumentou), mas ao
mesmo tempo incentivou um aumento da produção delas (seu lucro potencial
aumentou).
 No mês seguinte, dado esses incentivos, podemos esperar uma redução no preço da
maçãs (pois muita gente deixou de comprar) e um aumento no preço das peras (pois
muita gente passou a consumir).
 Portanto, todo incentivo leva a mudanças diretas (no mercado de maçã) e mudanças
indiretas (mercado de peras).
PRINCÍPIOS
• Exemplo 2: Lei de uso obrigatório do cinto de segurança
 Hipótese: aumento da segurança no trânsito.

 Estrutura de Incentivos:

1. A probabilidade de acidentes fatais deve diminuir (aumento dos


benefícios);
2. Dirigir devagar implica custos: tempo e paciência (aumento dos
custos);
3. O cinto aumenta a sensação de segurança (aumento dos benefícios);
4. Os motoristas tendem a dirigir mais rápido (aumento dos benefícios);
5. A cautela diminui e o número de acidentes deve aumentar.

 Resultados: Peltzman (1975)


- A lei do cinto de segurança não afeta consideravelmente a segurança no
trânsito.
- Mudanças diretas: redução de mortes fatais;
- Mudanças indiretas: aumento no número de acidentes com pedestres.
PRINCÍPIOS
• Interação entre as escolhas
 Em sociedades modernas os agentes não agem isoladamente,
e suas escolhas e decisões interagem e afetam as dos demais.

1) O comércio é vantajoso para todos

 Uma família (ou um país) consegue produzir todos os bens e


serviços indispensáveis a sua sobrevivência?

 O comércio leva a especialização de tarefas, e esta


especialização leva à uma maior diversidade de bens e serviços
possíveis.
PRINCÍPIOS
Exemplo 1: Fábrica de alfinetes de Adam Smith em A riqueza das
Nações (1776)

 Tarefas necessárias para produzir uma unidade de alfinete:


1. Puxar o arame, 2. Endireitar e Cortar o arame, 3. Fazer a ponta, 4.
Fazer a cabeça do alfinete, 5. Prender a cabeça ao corpo do alfinete, 6.
Clarear o alfinete, 7. Empacotar o alfinete.

- 10 funcionários conseguem produzir 48mil/dia;


- 1 funcionário realizando todas as etapas não produz mais que 10
alfinetes.

 Resultado:
Uma economia cresce mais se cada um especializa-se numa tarefa;
Um país especializado na produção de alimentos ganha se
comercializar com outro país especializado em produzir roupas.
PRINCÍPIOS
2) Os mercados geralmente organizam bem a economia

 Uma economia de mercado opera com milhares de


vendedores e compradores, e suas decisões alocam os
recursos de uma sociedade sem intervenção estatal.

 Os preços equilibram a produção e o consumo de bens e


serviços e o mercado tende sempre ao equilíbrio.

 O equilíbrio é atingindo pela “mão invisível” do mercado


(SMITH, 1776).
PRINCÍPIOS
Exemplo 1:
PRINCÍPIOS
Exemplo 2: Filas de Supermercado

Cenário Inicial:
- Há 10 caixas totais no supermercado e 5 estão abertos;
- As filas estão durando cerca de 30 minutos.
Cenário Hipotético:
- O 6º caixa começa suas atividades;
- Há uma “corrida” por este caixa.
Resultado:
- Os indivíduos irão se reorganizar automaticamente até um ponto
onde sua situação já não pode melhorar caso faça algo diferente!

 Equilíbrio Econômico:

Situação hipotética onde nenhum agente consegue melhorar sua


posição, pois todas opções já foram exploradas!
PRINCÍPIOS
 No caso do mercado de bens e serviços...

Situação onde não há escassez de produtos e nem excesso de


estoques parados.
Demanda = Oferta
3. Modelos Econômicos Básicos: usos e aplicações
MODELOS ECONÔMICOS
 Definição:
 Um modelo em ciência significa uma abstração da realidade,
uma forma de estudar como as coisas acontecem na prática a
partir de várias simplificações.

Facilitam a explicação dos


fenômenos e dimuniem a
Vantagens
complexidade das
informações
Modelos Explicativos

Informações perdidas e
Desvantagens
explicações aproximadas.
MODELOS ECONÔMICOS
• Exemplo 1: As simplificações na física
- Inexistência do atrito;
- Aceleração da gravidade = 9,8m/s²
MODELOS ECONÔMICOS
Exemplo 2: Anatomia básica em biologia
- Os modelos do corpo humano reproduzem a anatomia humana;
- Tais modelos não apresentam todos os detalhes do corpo
humano.
MODELOS ECONÔMICOS
 No mundo econômico, os modelos são geralmente
representados por gráficos ou equações matemáticas, que
explicam como determinados fenômenos acontecem a partir
de hipóteses simplificadoras!

 Modelo de Crescimento Econômico: curva de possibilidade


de produção (CPP):

 A CPP procura explicar graficamente que combinações de


bens e serviços um país pode produzir dado seus recursos
produtivos e tecnologia disponíveis.
MODELOS ECONÔMICOS
 Hipótese simplificadora:
- Uma economia que produz apenas dois bens;
- Todos os recursos (ou fatores de produção) são utilizados na
produção.

 Exemplo: Tom Hanks em O náufrago.


- Alimentos disponíveis: peixes e cocos;
- Existem trade-offs: para pescar peixes ele deve abrir mão de
catar cocos

Portanto, levando em consideração o tempo e a força física de


Tom, graficamente temos...
MODELOS ECONÔMICOS
 Os interceptos do gráfico:
- Se Tom apenas cata coco no dia = 30 cocos e 0 peixes;
- Se Tom apenas pesca no dia = 40 peixes e 0 cocos;
MODELOS ECONÔMICOS
 Os pontos do gráfico:
- Em A = 20 peixes e 25 cocos;
- Em B = 30 peixes e 20 cocos;
- Em C = 20 peixes e 20 cocos;
- Em D = 40 peixes e 30 cocos.
MODELOS ECONÔMICOS
 Pontos na curva vs pontos fora da curva
- Em C: Pescando 20 peixes Tom conseguiria pescar 25 cocos, mas pesca
apenas 20 → possível, mas ineficiente.
- Em D: Tom não possui tempo e forças físicas para pescar 40 peixes e 30
cocos → impossibilidade de produção.
- Em A e B: Tom utiliza todos seus recursos para pescar peixes e catar cocos
dentro de suas possibilidades → Tom é eficiente.
MODELOS ECONÔMICOS
 Eficiência: conceito econômico que indica que não está havendo
desperdícios produtivos.
- A CPP informa que apenas os pontos na curva são eficientes, pois Tom não
consegue aumentar a produção de um alimento sem diminuir a produção
do outro.
- Pontos fora da curva são ineficientes (ponto C) ou impossíveis (ponto D).
MODELOS ECONÔMICOS
 Formato da Curva: o custo de oportunidade
- A produção de mais peixes implica uma trade-off entre os cocos coletados;
- O custo de oportunidade é crescente;
- Significa que a reta torna-se mais inclinada e é negativamente inclinada.
MODELOS ECONÔMICOS
 Deslocamento da curva: o crescimento econômico
- Se tom constrói uma boa vara de bambu, ele pode utilizar para catar cocos e
pescar peixes → fator tecnologia!
- Significa que Tom amplia sua capacidade produtiva e pode produzir mais de
tudo.
- A curva desloca-se para cima e os antigos pontos eficientes (ponto A e B) se
tornam ineficientes.
MODELOS ECONÔMICOS
 Modelo de Distribuição da Renda: Fluxo Circular

Como circula o dinheiro, bens e serviços de uma economia?

 O Fluxo circular apresenta simplificadamente o


funcionamento de uma economia: transações e interações
entre os agentes.

 Hipóteses Simplificadoras:
- Não há comércio internacional (economia fechada)
- Não há interferência governamental.
MODELOS ECONÔMICOS
 Elementos do modelo:
- Empresas e Famílias são os únicos agentes da economia.

a) Empresas: são as produtoras de bens e serviços e utilizam os


fatores de produção para tal fim.
i. Fator de Produção: recursos (ou insumos) indispensáveis para
produzir algo;
ii. Terra (dos proprietários), Capital (máquinas e equipamentos),
Trabalho (das famílias). Estes insumos são comprados pelas
empresas.
iii. Exemplo: uma fábrica têxtil usa maquina de costura e costureiros
para transformar tecido em roupas. O tecido é um fator de
produção?

 Mercado de bens e serviços:


- As empresas neste mercado são as vendedoras;
- As famílias são as compradoras.
MODELOS ECONÔMICOS
b) Famílias: são as consumidoras de bens e serviços e oferecem
os fatores de produção para as empresas.
i. As famílias são proprietárias das terras, do seu próprio
trabalho e do capital;
ii. Os insumos são transacionados no mercado de fatores
(mercado de trabalho, por exemplo).

 Mercado de Fatores:
- Neste mercado as empresas são as compradoras;
- As famílias são as vendedoras.
MODELOS ECONÔMICOS
 Fluxo Circular: lado real vs lado monetário
MODELOS ECONÔMICOS
 Exercício: Que outras simplificações estão implícitas?

1) Empresas podem transacionar com outras empresas.

2) A distinção de empresas e famílias não é tão clara: empresas


familiares;

3) Impostos e tributos são retirados do fluxo pelo governo, e


investimento e gasto público são injetados na economia.

4) As importações são vazamentos da renda nacional para o


exterior e as exportações são injeções no país pelos
estrangeiros.
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. 5º ed. São Paulo:


Cengage Learning, 2010.

KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin; OLNEY, Martha L. Princípios de


economia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

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