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Campus Universitário de Viana

Universidade Jean Piaget de Angola


(Criada pelo Decreto nº 44-A/01 de 6 de Julho de 2001)

Faculdade De Ciências E Tecnologias

TRABALHO DE PROCESSOS GERAIS CONSTRUTIVOS

PROCESSOS CONSTRUTIVOS DE CONTENÇÃO DE MURO


DE BERLIM

Autor: João Marques


Jobim Alexandre
Massamba Francisco
Licenciatura: Engenharia Civíl
Docente: Edson Campos Bento

Viana, Abril de 2019


Sumário
EPÍGRAFE ...................................................................................................................... iv
DEDICATÓRIA ............................................................................................................... v
DECLARAÇÃO DO AUTOR ......................................................................................... vi
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
2. OBJECTIVO ............................................................................................................. 1
3. TRABALHOS PREPARATÓRIOS .......................................................................... 2
2.1. Determinação das características do solo ............................................................... 2
2.3 A programar durante a construção .......................................................................... 2
4. PROCESSOS DE CONSTRUÇÃO DE MURO DE BERLIM ................................ 2
1ª Fase - Escavação geral ............................................................................................ 2
2ª Fase - Introdução dos perfis metálicos .................................................................. 3
3ª Fase - Execução da viga de coroamento ................................................................... 4
4ª Fase - Escavação e introdução dos elementos de entivação ..................................... 5
5ª Fase - Execução dos escoramentos e ancoragens ..................................................... 6
6ª Fase - Repetição dos passos anteriores nos diversos níveis ...................................... 7
7ª Fase - Superestrutura e eventual remoção da entivação............................................ 7
5. VARIANTES AO PROCESSO CONSTRUTIVO ................................................... 8
5.1 Variantes Ao Método De Berlim ....................................................................... 8
6. RECOMENDAÇÕES ................................................................................................ 9
7. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 10
8. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ..................................................................... 11
INTRODUÇÃO

 Os muros de Berlim são estruturas de contenção de terras


constituídas por perfis metálicos, geralmente da serie HE, cujo
espaçamento é definido em função da altura, entre os quais se
colocam pranchas de madeira ou painéis de Betão.

 A construção do muro é executada de cima para baixo, em


painéis alternados contra o terreno escavado e aprumado na
vertical. A estabilidade da contenção face aos impulsos do
terreno é garantida pelos diversos níveis de ancoragens pré-
esforçadas, realizadas à medida que vão sendo executados os
painéis de Betão armado.

 Este tipo de solução geralmente é usado quando se pretende uma


contenção provisória de rápida execução, podendo esta ser, ou
não, reforçada com ancoragens de carácter provisório.

 Quando executada com pranchas de madeira ou painéis de betão


armado, a cortina não necessita de cofragens e em contenções de
caráter provisório, permite a recuperação dos perfis quando a
contenção deixa de ser necessária.
OBEJECTIVO
OBJECTIVO GERAIS

O presente trabalho propõe-se apresentar de forma simples, directa e


meramente introdutória, as etapas de construção do muro de contenção tipo Berlim,
o recurso a este tipo de estrutura justifica-se quando se pretende construir uma
contenção antes mesmo de se executar a escavação.

Quando a profundidade da escavação assume valores elevados, é usual o


recurso pontos intermédios de apoio, materializados por ancoragens pré-esforçadas.

OBJECTIVO ESPECÍFICO
Estudar e compreender o comportamento dos processos de contenções de
Berlim.
Compreender o seu processo de construção, e o seu campo de aplicação.

Compreender os tipos de matérias utilizados para a realização das tarefas.


TRABALHOS PREPARÁTORIOS

Determinação das características do solo:


Terrenos suportados pela cortina e onde ela se apoia
(resistência, peso volúmico, teor de água, nível freático).
Projecto de contenção:
Planta do terreno, definição da contenção, fases da
escavação, definição das acções de cálculo;
Relatório de reconhecimento geotécnico do local;
Levantamento de obstáculos, do estado de degradação
de construções vizinhas.
A programar durante a construção:
Condições meteorológicas;
Modificações do regime da água no solo;
Risco de esforços anormais;
Condições de segurança das construções vizinhas;
Interferência de trabalhos uns com os outros.
PROCESSOS CONSTRUTIVOS

1ª Fase - Escavação geral:

Fase de preparação do terreno para todo o


processo construtivo;
Feita em toda a área do estaleiro até uma
cota tão baixa quanto às condições de fronteira o
permitam, para assim definir a cota da viga de
coroamento (se viável, talude no centro).
Tem como objectivo a regularização e
limpeza do terreno;
Fig nº1 processo de escavação
2ª Fase - Introdução dos perfis metálicos

 Marcação (teodolito) e alinhamento do centro dos


furos;
 Introdução dos perfis nos furos pré-escavados com o
trado ou através de percussão com um bate-estaca
(afastados de 0.6-1.0 m);
 Várias funções: impulsos do solo, peso próprio da
parede, componente vertical da força da ancoragem
Figura 2 Vericação da verticalidade do trado
Figura 3 Perfuração de estacas
2ª Fase - Introdução dos perfis metálicos

Limpeza do fundo do furo.


Selagem da ficha do perfil (últimos 2 m) com calda de cimento e
preenchimento da restante altura com areia.

3ª Fase - Execução da viga de coroamento

Pelo menos um perfil horizontal a unir os perfis verticais;


Objectivo: Assegurar a transmissão de esforços e garantir a
ligação entre perfis, evitando deslocamentos diferenciais.
Procedimento muitas vezes ignorado (substituída pela 1ª viga de
distribuição)
4ª Fase - Escavação e introdução dos
elementos de entivação

Escavação (retro escavadoras e equipamento


manual): Vertical: entre 0.3 m a 1.5 m de altura por
cada fase, consoante o terreno, a água e as
condições climatéricas; Horizontal: Banquetas a
partir de certa profundidade (tirando partido do
efeito de arco).
Colocação dos elementos de entivação
(barrotes ou tábuas): à frente ou atrás do banzo
frontal, ou atrás do banzo posterior.

A fixação pode ser feita por cunhas, atrito,


aperto e por engate.
Figura 11 Rasgos para ancoragens
Figura 11 Rasgos para ancoragens
5ª Fase - Execução dos escoramentos e
ancoragens

Função: controlo da deformação da parede e


evitar a rotura dos perfis metálicos à flexão;
Sempre que possível escoramento (solução
mais económica, mas requer fronteiras
suficientemente próximas); Alternativa: ancoragens;
Executa-se uma viga de distribuição, com 1 ou
2 perfis (afastados na vertical de 0.4-0.5 m) e
implementa-se o método escolhido;
6ª FASE - REPETIÇÃO DOS PASSOS ANTERIORES
NOS DIVERSOS NÍVEIS

Figura 13 Niveis de pardes tipos Figura 14 Niveis de pardes tipos


berlim berlim
7ª FASE - SUPERESTRUTURA E EVENTUAL
REMOÇÃO DA ENTIVAÇÃO
Se a superestrutura for
executada encostada à
contenção provisória, esta
serve de cofragem na face
posterior.
Se a superestrutura for
executada afastada do
muro de Berlim
(tipicamente 1.0 m a 1.5
m), é necessário cofrar
ambos os lados aterrarem
e compactarem o terreno
nessa distância;
Pode-se ou não remover
os elementos de entivação,
preferindo-se a segunda
devido ao custo, tempo e
perigo de causar danos no
solo.
VANTAGENS DAS CONTENÇÕES
 Economia, sobretudo para contenções provisórias; em
contenções definitivas, o custo das paredes a executar
no interior das Berlim torna-as menos atractivas
deste ponto de vista; se as ancoragens puderem ser
substituídas por escoramentos, a solução torna-se
bastante mais barata;
 Facilidade de manobrar e construir, traduzida em
bons rendimentos diários em termos de área de
parede;
 Dispensa cofragens na realização das paredes;
 Permite a realização da escavação em simultâneo com
a execução da contenção;
 Não exige uma grande área de estaleiro ou
equipamento especial de apoio à excepção do de
furação e de uma central de preparação (misturadora)
da calda de cimento para as ancoragens;
 Não exige pessoal nem tecnologia muito
especializados.
DESVANTAGENS DAS CONTENÇÕES

 Mau desempenho para nível freático elevado,


devido à percolação de finos e à erosão interna do
solo;
 A água passa livremente entre os elementos de
tamponamento;
 Exigem terrenos com alguma consistência, a não
ser que a descompressão do terreno no tardoz e o
aluimento de algum desse terreno não tragam
consequências negativas;
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

 Para a introdução dos perfis metálicos no terreno,


recorre-se normalmente a um trado de furação de
trado contínuo. ou roto-percussão, podendo, em
solos algo incoerente, ser necessário utilizar um
bate-estacas corrente para cravação por
percussão. Para elevação e posicionamento dos
perfis, recorre-se a uma pequena grua. Na
colocação em carga das ancoragens e na sua
desactivação, recorre-se a macacos hidráulicos
correntes. Normalmente é necessário soldar
perfis, para o que utiliza uma máquina de soldar
Finalmente, recorre-se a equipamento manual,
como uma serra eléctrica de madeira.
Fig à direita, máquina de soldar utilizada
Figura 4-À esquerda, máquina de
na execução da viga de coroamento (e
trado contínuo solidarização dos perfis
Figura 5- perfis metálicos utilizados Figura 6-furação com trado contínuo para
na execução de paredes tipo Berlim posterior introdução dos perfis metálicos,
[6] perfis biselados na ponta para perfis metálicos cravados protuberantes
uma melhor cravação no solo. do terreno para ligação à viga de
coroamento.
CONCLUSÃO

 O presente trabalho tem como um dos principais objectivos


fazer conhecer a camada estudantil sobre os métodos de
aplicações desse tipo de técnicas nas edificações. Uma vez
com a sua implementação em obras resulta na contencões de
custos, tantos em materiais bem como económicos.
 Após a análise e estudos feitos pelos autores deste trabalho,
conclui-se que com a implementação desta técnica haverá
melhorias:
 (1) No que tange a execução dos trabalhos, trará maior
eficiencia na sua produção. Permitindo assim a implentação
de outras actividades dentro da obra.
 (2) Redução e quiçá de mão-de-obras, eredução de meios
tecnologicos;
 (3) Minimização de custos de construção de novos elementos.
 Representa uma alternativa viável tanto do ponto de vista
económico como do ponto de vista de implantação, na
execução da mesma (contenção do muro de Berlim), este
trabalho também representa uma contribuição aos estudos
das áreas de sistemas de coordenação das edificações de
pequeno, médio e grande porte.
RECOMENDAÇÃO

 Considerando que um dos tópicos abordado


acerca das contenções do muro de Berlim, desta
feita recomenda-se o seguinte:
 1º Por ser um método bastante antigo, mas que
ainda é usado nos dia de hoje é necessário que se
implemente novas políticas de salvaguardar as
referidas técnicas para as gerações vindouras.
 2º Recomenda-se também que se possa fazer um
investimento por parte do governo para poder
suprir as carências de muitas obras de
engenharias feitas no paíz, como exemplo prático
a estrada da canjala perímetro Sumbe e
Benguela no intuito de poder funcionar como
taludes nas montanhas.
MUITO OBRIGADO.
NTONDELE

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