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PERÍODO PRÉ - SOCRÁTICO

O interesse filosófico é voltado para o mundo da natureza.”

2. PERÍODO NATURALISTA OU PRÉ-SOCRÁTICO •


O
primeiro período do pensamento grego toma a denominação de NATURALSTA, porq
ue a especulação dos filósofos era voltada para o mundo exterior, julgando-
se encontrar aí também o princípio unitário de todas as coisas
;

• Tem a denominação de período PRÉ -SOCRÁTICO, porque antecede Sócrates e


os sofistas, que marcam uma mudança e um desenvolvimento e, por consegui
nte, o começo de um novo período na história do pensamento grego.

Esse primeiro período tem início no alvor do VI século a.C., e termina dois sécu
los depois, mais ou menos, nos fins do século V.

Surgimento
• Surge
e floresce nas prósperas colônias gregas da Ásia Menor, do
Egeu (Jônia) e da Itália meridional e da Sicília, favorecid
o sem dúvida na sua obra crítica e especulativa pelas liber
dades democráticas e pelo bem-estar econômico.
• •
Os filósofos deste período preocuparam-se quase exclusiva
mente com os problemas cosmológicos. • Estudar o mundo ex
terior nos elementos que o constituem, na sua origem e na
s contínuas mudanças a que está sujeito, é a grande quest
ão
• que dá a este período seu caráter de unidade.

Os
filósofos pré-socráticos foram de extrema i
mportância para o desenvolvimento do pensam
ento ao longo dos anos. Foram esses que ini
ciaram o estudo de uma das ciências mais im
portantes, a ciência das ciências: a Matemá
•tica.

O nascimento da filosofia é marcado pela p
assagem da cosmogonia para a cosmologia. D
o caos surge o cosmos, a partir da geração
dos deuses, identificamos as forças na na
Escola Jônica:
A nomeclatura deve-se ao lugar onde floresceu a colônia Grega de Jônia, na Ásia Menor – lug
ar onde hoje se localiza a Turquia.

Principais expoentes Tales de Mileto, Anaximenes de Mileto, Heráclito de Éfeso e Anaximandr


o de Mileto.
A base do pensamento desta escola é o
elemento primeiro de todas as coisas, com seus principais filósofos chegando a diferentes c
onclusões.

Tales
, o mais famoso dos filósofos jônicos, acreditava que o primeiro elemento de todas as coisas
era a água.

Anaximandro cria que o elemento fundamental era o Ápeiron, o que é ilimitado e que viabiliza
o vínculo e a cisão dos diferentes corpos.

Anaxímenes
de Mileto o elemento primário é o ar. Por outro lado, Heráclito afirmava que o elemento que s
imboliza a natureza era o fogo.

A
despeito das desavenças de pensamento sobre o elemento que daria sentido as coisas, os
pensadores da Escola Jônica viam o mundo como um objeto em constante movimento: a águ
a com seus estados de condensação e evaporação, o Ápeiron com seu caráter indeterminad
A Escola Itálica
Desenvolvida no sul da Itália.
Principal expoente o filósofo
Pitágoras de Samos.
Natural
da ilha de Samos, Pitágoras desenvolveu suas pr
imeiras ideias na cidade de Crotona. Acreditava
que eram os números a razão e essência de toda
s as coisas. Suas pesquisas nos campos da matem
ática
física etinham
da uma grande dose de misticismo.
Aos
A Escola Eleática
A Escola Eleática floresceu no sul da Itália, na cidade de Eleia.
Seus principais expoentes foram Parmênides de Eleia, Xenófanes de Cólofon e
Zenão de Eleia.
Xenófones não nasceu em Eleia, como se pode supor a partir de seu nome,
mas se estabeleceu na cidade após alguns anos levando a vida de peregrino. A
crença fundamental de Xenófanes e, mais tarde, desenvolvida por Parmênides
é a ideia do Um. Xenófanes elaborava o Um a partir de um pensamento com
raízes mais religiosas, afirmando que Deus é Um, não foi concebido, é eterno,
perfeito e imutável. Este pensamento de um Ser Absoluto não concebido,
eterno e imutável, era claramente oposto as ideias da Escola Jônica, que cria
fundamentalmente no princípio mutável de todas as coisas.
Zenão de Eleia, por exemplo, para contradizer o pensamento Jônico elaborou
alguns argumentos bastante controversos. Entre eles a ideia de que uma
flecha em movimento continua sendo flecha, exercendo seu papel de flecha e
ocupando o espaço destinado a uma flecha, sendo assim o movimento uma
ilusão.
Escola Atomista
A Escola Atomista ou da Pluralidade
Criou-se partindo do princípio da ideia de que vá
rios são os elementos que formam todas as coisas.
A teoria atômica, que vem de átomo (aquilo que n
ão é divisível) foi elaborada por Leucipo de Mil
eto e, posteriormente, desenvolvida por Demócrit
o de Abdera e Epicuro de Samos. Leucipo acredita
va num mundo formado a partir do choque contínuo
,aleatório
imprevisível e
de infinitos átomos.
Alguns
Filósofos
• S
TALES DE MILETO (624-548 A.C.) "ÁGUA" • Tales de Mileto, é considerado o fundador da
escola jônica. É o mais antigo filósofo grego. Tales não deixou nada escrito, mas sab
emos que ele ensinava ser a ÁGUA a substância única de todas as coisas. • A terra era
concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano. Cultivou também as matemáti
cas e a astronomia, predizendo, pela primeira vez, entre os gregos, os eclipses do so
• l•e da lua.
No astronomia, fez estudos sobre solstícios a fim de elaborar um calendário, e examin
ou o movimento dos astros para orientar a navegação. Do do seu pensamento só restam i
nterpretações formuladas por outros filósofos que lhe atribuíram uma ideia básica: •
Tudo se origina da água. Segundo Tales, a água, ao se resfriar, torna-se densa e dá o
rigem à terra; ao se aquecer transforma-se em vapor e ar, que retornam como chuva qua
ndo novamente esfriados. Desse ciclo de seu movimento (vapor, chuva, rio, mar, terra)
• Anascem as diversas formas de vida, vegetal e animal.
cosmologia de Tales pode ser resumida nas seguintes proposições: A terra flutua sobre a
água; A água é a causa material de todas as coisas. Todas as coisas estão cheias de de
uses. O imã possui vida, pois atrai o ferro.
• .
ANAXIMANDRO DE MILETO (611-547 A.C.) "ÁPEIRON • Anaximandr
o de Mileto, geógrafo, matemático, astrônomo e político, d
iscípulo e sucessor de Tales e autor de um tratado Da Natu
reza, põe como princípio universal uma substância indefini
da, o ápeiron (ilimitado), isto é, quantitativamente infin
ita
. e qualitativamente indeterminada

• Deste ápeiron (ilimitado) primitivo, dotado de vida e im
ortalidade, por um processo de separação ou "segregação" d
erivam os diferentes corpos. Supõe também a geração espont
ânea dos seres vivos e a transformação dos peixes em homen
s. • Ele imagina a terra como um disco suspenso no ar. Ete
rno, o ápeiron está em constante movimento, e disto result
a uma série de pares opostos - água e fogo, frio e calor,
etc. - que constituem o mundo. • O ápeiron é algo abstrato
, que não se fixa diretamente em nenhum elemento palpável
• ERÁCLITO DE ÉFESO • Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia.
Seu caráter altivo, misantrópico (viver isolado) e melancólico (tisteza)
ficou proverbial em toda a Antiguidade. • Desprezava a plebe (povo)
e recusou-se sempre a intervir na política. Manifestou desprezo
pelos antigos poetas, contra os filósofos de seu tempo e até contra a
religião. Sem ter sido mestre, Heráclito escreveu um livro Sobre a
Natureza, em prosa, no dialeto jônico, mas de forma tão concisa que
recebeu o cognome de Skoteinós, o Obscuro. • Floresceu em 504-
500 a.C. - Heráclito é por muitos considerados o mais eminente
pensador pré-socrático, por formular com vigor o problema da
unidade permanente do ser diante da pluralidade e mutabilidade das
coisas particulares e transitórias. • Estabeleceu a existência de uma
lei universal e fixa (o Lógos), regedora de todos os acontecimentos
particulares e fundamento da harmonia universal, harmonia feita de
tensões, "como a do arco e da lira". • Suas filosofias eram: • A.
Dialética exterior, um raciocinar de cá para lá e não a alma da coisa
dissolvendo-se a si mesma; • B. Dialética imanente do objeto,
situando-se, porém, na contemplação do sujeito; • C. Objetividade
de Heráclito, isto é, compreender a própria dialética como princípio
• PITÁGORAS DE SAMOS 571-70 A.C • Pitágoras, o fundador da escola
pitagórica, nasceu em Samos pelos. Em 532-31 fundou em Crotona,
colônia grega, uma associação científico-ético-política, que foi o
centro de irradiação da escola e encontrou partidários entre os
gregos da Itália meridional e da Sicília. • Pitágoras aspirava fazer
com que a educação ética da escola se ampliasse e se tornasse
reforma política; isto, porém, levantou oposições contra ele e foi
constrangido a deixar Crotona, mudando-se para Metaponto, aí
morrendo provavelmente em 497-96 a.C.
• • Segundo o pitagorismo, a essência, o princípio essencial de que
são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações
matemáticas. Os pitagóricos, não distinguindo ainda bem forma, lei
e matéria, substância das coisas, consideraram o número como
sendo a união de um e outro elemento. • Da racional concepção de
que tudo é regulado segundo relações numéricas, passa-se à visão
fantástica de que o número seja a essência das coisas. A doutrina e
a vida de Pitágoras, desde os tempos da antiguidade, jaz envolta
num véu de mistério
Referência Bibliográfica
• www.templodeapolo.net/civilizacoes/grecia/fil
osofia/presocraticos/filosofia_presocrat
icos.html

• https://sites.google.com/site/filofolio/filosofia
-pre-socratica

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