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Oficina de Poesias

Escola Municipal Maria Júlia Amorim Soares Rodrigues


Professor: Jair Nascimento
2016
O que é Poesia?
 Poesia é um gênero literário caracterizado pela
composição em versos estruturados de forma
harmoniosa. É uma manifestação de beleza e estética
retratada pelo poeta em forma de palavras.

 No sentido figurado, poesia é tudo aquilo que comove,


que sensibiliza e desperta sentimentos. É qualquer
forma de arte que inspira e encanta, que é sublime e
bela.
 Existem determinados elementos formais que caracterizam
um texto poético - como por exemplo, o ritmo, os versos e as
estrofes - e que definem a métrica de uma poesia.
 A métrica de um poema consiste na utilização de recursos
literários específicos que distinguem o estilo de um poeta.
 Os versos livres não seguem nenhuma métrica. O autor tem
liberdade para definir o seu próprio ritmo e criar as suas
próprias normas. Esse tipo de poesia é também designada
por poesia moderna, na qual se destacam elementos do
modernismo.
 A poesia em prosa também dá autonomia ao autor para
compor um texto poético não constituído por versos (desde
que haja harmonia, ritmo e a componente emotiva inspirada
pela poesia).
Métrica (poesia)

Metro é a medida do . O estudo do


metro chama-se metrificação e escansão é a
contagem dos sons dos versos .
As métricas, ou poéticas, diferem das
sílabas gramaticais em alguns aspectos.
Tipos de canções, versos e poesias
Monossílabo Heróico
Dissílabo Sáfico
Martelo
Trissílabo
Gaita Galega
Tetrassílabo  Hendecassílabo
Pentassílabo Galope à beira mar
Hexassílabo  Dodecassílabo
Heptassílabo Alexandrino
Octossílabo  Bárbaro
Eneassílabo Métrica antiga e clássica
Decassílabo Métrica medieval
A varias orações dividindo as sílabas métricas em determinado verso
podem ser atribuídos nomes:
Monossílabo
Verso com uma sílaba métrica, como na balada Gentil Sofia,
de Bernardo Guimarães :
1 -
Ma(nha),

Dissílabo
Verso com duas sílabas métricas, como os presentes em A valsa,
de Casimiro de Abreu :
1 2
Nadan(ça)

Trissílabo
Verso com três sílabas métricas, tendo como exemplo o presente no
poema Trem de Ferro, de Manuel Bandeira:
1 2 3—
Voa,fu ma(ça)
Chamamos de sílabas métricas ou sílabas poéticas cada
uma das sílabas que compõem os versos de um poema. As
sílabas de um poema não são contadas da mesma maneira
que contamos as sílabas gramaticais. A contagem delas
ocorre auditivamente. Quando fazemos isso, dizemos que
estamos escandindo os versos. A partir dessa escansão é
que podemos classificá-los.
Para contarmos corretamente as sílabas poéticas, devemos
seguir os seguintes preceitos:
Não contamos as sílabas poéticas que estão após a última
sílaba tônica do verso.
Ditongos têm valor de uma só sílaba poética.
Duas ou mais vogais, átonas ou até mesmo tônicas, podem
fundir-se entre uma palavra e outra, formando uma só
sílaba poética.
Sintetizando
Para contar corretamente as sílabas poéticas, deve-se
seguir os seguintes preceitos:
1) Não se contam as sílabas poéticas que estejam após a
última sílaba tônica do verso.
2) Ditongos têm valor de uma só sílaba poética. (Vogal +
Semivogal) Ex: Céu, Mau, etc.
3) Duas ou mais vogais, átonas ou até mesmo tônicas,
podem fundir-se entre uma palavra e outra, formando
uma só sílaba poética.
Licença poética
É uma incorreção de linguagem permitida na poesia. Em
sentido mais amplo, são opiniões, afirmações, teorias e
situações que não seriam aceitáveis fora do campo da
literatura.
A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a
permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua,
tomando a liberdade necessária para utilizar recursos como
o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma
ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a
utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que
assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a
conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um
fingidor"). A licença poética é permitida para que o escritor
tenha toda a liberdade para manipular as palavras, para que
ele possa passar tudo o que pensa ao leitor.
Vejamos alguns exemplos do
uso da licença poética:
 Mário Quintana, um dos maiores poetas brasileiros, inicia seu
poema “Indivisíveis” da seguinte forma:
“Meu primeiro amor sentávamos...”
 Pelo aspecto da norma culta há um erro de concordância verbal
pois ditam as regras que o verbo concorda com o sujeito da oração
e no caso e que seria correto “Meu primeiro amor sentava”.
Arnaldo Antunes, compositor, escritor e cantor, escreveu:
“Beija eu”...
 No mesmo aspecto de análise sob o olhar da norma culta, temos
que: a forma refectiva do verbo exige o uso de um pronome pessoal
do caso oblíquo. Teríamos então a frase “Beije-me.
 Disse o Autor Arnaldo Atunes "_Fiz a música, inspirado em minha
filha que, quando pequena dizia pega eu, abraça eu e beija eu...“
Beija eu Deixa que eu seja eu
Seja eu! E aceita
Seja eu! O que seja seu
Deixa que eu seja eu Então deita e aceita eu...
E aceita Molha eu!
O que seja seu Seca eu!
Então deita e aceita eu... Deixa que eu seja o céu
Molha eu! E receba
Seca eu! O que seja seu
Deixa que eu seja o céu Anoiteça e amanheça eu...
E receba Aaaaah! ah ah ah ah! ah!
O que seja seu Ah! ah ah ah!
Anoiteça e amanheça eu... Ah! ah ah ah!
Beija eu! Ah ah ah!...
Beija eu! Beija eu!
Beija eu, me beija Beija eu!
Deixa Beija eu, me beija
O que seja ser... Deixa
Então beba e receba O que seja ser...
Meu corpo no seu Então beba e receba
Corpo eu, no meu corpo Meu corpo no seu
Deixa! Corpo eu, no meu corpo
Eu me deixo Deixa!
Anoiteça e amanheça... Eu me deixo
Seja eu! Anoiteça e amanheça...
Seja eu!
1. Sobre o que você quer falar?
Lembre-se que poesia é
uma forma de expressão
então você poderá utilizar-
se de qualquer artifícios
para compor uma poesia.
Os temas podem ser os
mais diversos que você
possa imaginar. Pode ser
qualquer coisa ou qualquer
sentimento que você queira
exaltar, podendo ser
romântica ou engraçada...
2. Escolhendo as palavras
Em um papel vá escrevendo palavras que tenham a ver
com o assunto e assim vá fazendo a seleção das que você
irá utilizar em seu poema.
Então depois de escrever algumas comece a escrever
sobre o tema escolhido para que aos poucos você vá
inserindo as palavras a serem utilizadas no seu poema.
O começo é sempre a parte mais difícil então não tema o
início e escreva para que depois você possa organizar
suas ideias e assim gerar um poema.
3. Como rimar
Rima é uma homofonia (do grego antigo "mesmo
som") externa, em um sentido antigo, na tradição
literária de língua portuguesa, constante da repetição
da última vogal tônica do verso e dos fonemas que
eventualmente a seguem.

Existem vários jeitos de combinar as rimas. Podemos


por exemplo, numa poesia de quatro linhas (A, B, C, D),
rimar: A com B e C com D (primeira com segunda
terceira com quarta ou realizar outras combinações.
As rimas se classificam como:
0 RIMAS POBRES, RICAS, RARAS E PRECIOSAS
 RIMAS POBRES - Consideram-se "pobres" as rimas de palavras da
mesma classe gramatical (substantivo / substantivo, verbo / verbo,
etc.),ou quando as palavras finalizam em sons corriqueiros, triviais.
Por exemplo:
 1. As que se fazem com advérbios em [mente]: Alegremente -
docemente -pobremente, etc.
 2. As que se fazem com terminações:
● [ão] – coração, irmão;
● [eza] – beleza, natureza, tristeza;
● [or e dor] – amor, sonhador;
● [ando] - devastando, criando;
● [ado] – criado, amado;
● [oso] – saudoso, desejoso;
● [ar] - amar, sonhar, calar, etc.
As rimas pobres, por serem pobres não devem ser desdenhadas.
Rimas do particípio passado, por exemplo, foram usadas por
Camões (sossegado / repousado / deitado / nomeado) em seus
sonetos. Ficaram tão bem que ninguém repara que são todas do
particípio.
 RIMAS RICAS - Quando rimam palavras raras que
surpreendem pela novidade, ou pertencentes a classes
gramaticais diversas:
● [brilha - maravilha];
● [saudade - nade];
● [assumes - vaga-lumes];
● [dele - aquele];
● [fibra - vibra], etc.
Belas, airosas, pálidas, altivas,
Como tu mesma, outras mulheres vejo:
São rainhas, e segue-as num cortejo
Extensa multidão de almas cativas.
(Vicente de Carvalho, Velho Tema, soneto III)
RIMAS RARAS - Diz-se que uma rima é rara quando
obtidas com palavras para os quais só haja poucas rimas
possíveis. É o caso, entre outros, de [cisne] que só há a
rima [tisne]; para [estirpe], só a forma verbal [extirpe].
Eis um exemplo:
Um dia um cisne morrerá por certo:
quando chegar esse momento incerto,
no lago, onde talvez a água se tisne,
nem nade nunca ao lado de outro cisne! (Julio Salusse)
 RIMAS PRECIOSAS - São as rimas artificiais, feitas, forjadas com
palavras combinadas, tais como:
 ● [múmia com resume-a];
 ● [vence-a com sonolência];
 ● [pântanos com quebranta-nos];
 ● [águia com alague-a], etc.
 Fernandes, no seu “Dicionário de Rimas da Língua Portuguesa” cita
um curioso exemplo de preciosismo, que nos dá o poeta Arthur de
Azevedo(muitos consideram o preciosismo de Arthur de péssimo
gosto):
 Mandou-me o senhor vigário
 que lhe comprasse uma lâmpada
 para alumiar a estampa da
 Senhora do Rosário.
 Para concluirmos, Augusto dos Anjos, numa desconcertante rima de
[apodrece] com [s], é ler para crer:
 Toma conta do corpo que apodrece...
 E até os membros da família engulham,
 Vendo as larvas malignas que se embrulham
 No cadáver malsão, fazendo um s.
Poesia concreta
 é um tipo de poesia vanguardista, de caráter experimental,
basicamente visual, que procura estruturar o texto poético
escrito a partir do espaço do seu suporte, sendo ele a página
de um livro ou não, buscando a superação do verso como
unidade rítmico-formal. Surgiu na década de 1950
no Brasil e na Suíça, tendo sido primeiramente nomeada, tal
qual a conhecemos, por Augusto de Campos na
revista Noigandres de número 2, de 1955, publicada por um
grupo de poetas homônimo à revista e que produziam uma
poesia afins. Também é chamada de (ou confundida
com) Poesia visual em algumas partes do mundo.
Exemplo Luxo X Lixo
Referências Bibliográficas
José Augusto, Dicionário de Rimas, pp. 9-19, Editora
Record. / Massaud Moisés, A criação Poética, pp 433-
445, Editora Cultrix.
Poesia concreta – Wikipédia, a enciclopédia livre
www.google.com.br
www.youtube.com.br
www.recantodasletras.com.br
http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/1
244135 luka.magalhaes@yahoo.com.br

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