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Dissílabo
Verso com duas sílabas métricas, como os presentes em A valsa,
de Casimiro de Abreu :
1 2
Nadan(ça)
Trissílabo
Verso com três sílabas métricas, tendo como exemplo o presente no
poema Trem de Ferro, de Manuel Bandeira:
1 2 3—
Voa,fu ma(ça)
Chamamos de sílabas métricas ou sílabas poéticas cada
uma das sílabas que compõem os versos de um poema. As
sílabas de um poema não são contadas da mesma maneira
que contamos as sílabas gramaticais. A contagem delas
ocorre auditivamente. Quando fazemos isso, dizemos que
estamos escandindo os versos. A partir dessa escansão é
que podemos classificá-los.
Para contarmos corretamente as sílabas poéticas, devemos
seguir os seguintes preceitos:
Não contamos as sílabas poéticas que estão após a última
sílaba tônica do verso.
Ditongos têm valor de uma só sílaba poética.
Duas ou mais vogais, átonas ou até mesmo tônicas, podem
fundir-se entre uma palavra e outra, formando uma só
sílaba poética.
Sintetizando
Para contar corretamente as sílabas poéticas, deve-se
seguir os seguintes preceitos:
1) Não se contam as sílabas poéticas que estejam após a
última sílaba tônica do verso.
2) Ditongos têm valor de uma só sílaba poética. (Vogal +
Semivogal) Ex: Céu, Mau, etc.
3) Duas ou mais vogais, átonas ou até mesmo tônicas,
podem fundir-se entre uma palavra e outra, formando
uma só sílaba poética.
Licença poética
É uma incorreção de linguagem permitida na poesia. Em
sentido mais amplo, são opiniões, afirmações, teorias e
situações que não seriam aceitáveis fora do campo da
literatura.
A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a
permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua,
tomando a liberdade necessária para utilizar recursos como
o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma
ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a
utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que
assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a
conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um
fingidor"). A licença poética é permitida para que o escritor
tenha toda a liberdade para manipular as palavras, para que
ele possa passar tudo o que pensa ao leitor.
Vejamos alguns exemplos do
uso da licença poética:
Mário Quintana, um dos maiores poetas brasileiros, inicia seu
poema “Indivisíveis” da seguinte forma:
“Meu primeiro amor sentávamos...”
Pelo aspecto da norma culta há um erro de concordância verbal
pois ditam as regras que o verbo concorda com o sujeito da oração
e no caso e que seria correto “Meu primeiro amor sentava”.
Arnaldo Antunes, compositor, escritor e cantor, escreveu:
“Beija eu”...
No mesmo aspecto de análise sob o olhar da norma culta, temos
que: a forma refectiva do verbo exige o uso de um pronome pessoal
do caso oblíquo. Teríamos então a frase “Beije-me.
Disse o Autor Arnaldo Atunes "_Fiz a música, inspirado em minha
filha que, quando pequena dizia pega eu, abraça eu e beija eu...“
Beija eu Deixa que eu seja eu
Seja eu! E aceita
Seja eu! O que seja seu
Deixa que eu seja eu Então deita e aceita eu...
E aceita Molha eu!
O que seja seu Seca eu!
Então deita e aceita eu... Deixa que eu seja o céu
Molha eu! E receba
Seca eu! O que seja seu
Deixa que eu seja o céu Anoiteça e amanheça eu...
E receba Aaaaah! ah ah ah ah! ah!
O que seja seu Ah! ah ah ah!
Anoiteça e amanheça eu... Ah! ah ah ah!
Beija eu! Ah ah ah!...
Beija eu! Beija eu!
Beija eu, me beija Beija eu!
Deixa Beija eu, me beija
O que seja ser... Deixa
Então beba e receba O que seja ser...
Meu corpo no seu Então beba e receba
Corpo eu, no meu corpo Meu corpo no seu
Deixa! Corpo eu, no meu corpo
Eu me deixo Deixa!
Anoiteça e amanheça... Eu me deixo
Seja eu! Anoiteça e amanheça...
Seja eu!
1. Sobre o que você quer falar?
Lembre-se que poesia é
uma forma de expressão
então você poderá utilizar-
se de qualquer artifícios
para compor uma poesia.
Os temas podem ser os
mais diversos que você
possa imaginar. Pode ser
qualquer coisa ou qualquer
sentimento que você queira
exaltar, podendo ser
romântica ou engraçada...
2. Escolhendo as palavras
Em um papel vá escrevendo palavras que tenham a ver
com o assunto e assim vá fazendo a seleção das que você
irá utilizar em seu poema.
Então depois de escrever algumas comece a escrever
sobre o tema escolhido para que aos poucos você vá
inserindo as palavras a serem utilizadas no seu poema.
O começo é sempre a parte mais difícil então não tema o
início e escreva para que depois você possa organizar
suas ideias e assim gerar um poema.
3. Como rimar
Rima é uma homofonia (do grego antigo "mesmo
som") externa, em um sentido antigo, na tradição
literária de língua portuguesa, constante da repetição
da última vogal tônica do verso e dos fonemas que
eventualmente a seguem.