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Análise e
Apreciação Musical
Setembro 2017
Ficha Catalográfica
Expediente
Governador do Estado de Goiás Equipe de Elaboração
Marconi Ferreira Perillo Júnior Supervisão Pedagógica e EaD
Denise Cristina de Oliveira
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Maria Dorcila Alencastro Santana
Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação
Francisco Gonzaga Pontes Professor Conteudista
do curso de Música
Superintendente Executivo de Ciência e Tecnologia Profº Srilis Leonel Mourão
Mauro Netto Faiad
Projeto Gráfico
Chefe de Gabinete de Gestão de Capacitação e Forma- André Belém Parreira
ção Tecnológica Maykell Guimarães
Soraia Paranhos Netto José Francisco Machado
Setembro de 2017
6
Apresentação
E mpreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para
trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o
profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o
profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas
e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse
contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento
de Goiás (SED), em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visam garantir o
desenvolvimento dessas competências.
Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação
profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de
Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos,
nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional
e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção
Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos
Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de
Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e
promoção do empreendedorismo.
Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de
servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando
e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos,
ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade
Marca Governo de Goiás de aprender a aprender.
Assinaturas prioritárias
Bom curso a todos!
SED – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecno-
lógico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação
Sumário
Lista de Ícones 8
MÚSICA
Análise e apreciação musical 9
UNIDADE I
Música e Forma 10
Cantochão (Ars Antiqua)10
Moteto (Cantata, antífona) 11
Conductus11
Ars Nova 12
Gênero 13
Concerto16
Formas ternárias 17
Forma Sonata 17
Fuga18
Lied21
Missa21
Coral22
Ópera22
Revisão24
Referências25
8
Lista de Ícones
Hiperlinks de texto
APRESENTAÇÃO
Análise e
apreciação musical
Caro (a) estudante, esta apostila foi elaborada com o objetivo de trazer informações quanto à análise e apre-
ciação musical. Para tanto, aqui serão tratados alguns conceitos relativos à forma e estrutura musical, com o
objetivo de ampliar seus conhecimentos no que tange às formas de composição musical.
Para que possa haver uma boa sustentação teórica, buscou-se material específico que pudesse enriquecê-
-la, tendo como os trabalhos de: Roy Bennett (1986); André Hodeir (2011) e Aaron Copland (1972).
Os estudantes que quiserem buscar um aprofundamento em forma e estrutura musical, nas referências,
ao final da apostila, encontrarão indicação do material pesquisado para sua confecção e, na pasta biblioteca, o
material disponível on-line.
UNIDADE I
Música e Forma
O som é a matéria-prima para a construção musical e, para tanto, é necessário que se organizem esses sons
para se garantir um entendimento harmônico que provoque prazer auditivo ao ouvinte e, ao mesmo tempo,
possa apresentar um tema específico. Segundo Bennett:
Quando um compositor está escrevendo uma peça musical, deve planejar seu traba-
lho com um detalhamento tão cuidadoso quanto um arquiteto ao projetar uma cons-
trução. Em cada caso, o produto final deve possuir continuidade, equilíbrio e forma.
Porém, enquanto a arquitetura preocupa-se com o equilíbrio no espaço, a música está
voltada para o equilíbrio no tempo. Em música, usamos a palavra “forma” para descre-
ver a maneira pela qual o compositor atinge esse equilíbrio, ao dispor e colocar em or-
dem suas idéias [sic] musicais ou seja, a maneira como o compositor projeta e constrói
sua música (BENNETT, 1986, p. 9).
Durante o percurso no qual a música, como a conhecemos, se desenvolveu, houve mudanças nas formas de
sua construção, algumas das quais já conhecemos através da história da música. Tais mudanças ocorreram por-
que a música expressa em seu conteúdo sentimentos e desejos da sociedade na qual está inserida. Para tanto,
as características formais que caracterizaram uma época ou estilo composicional designaram-se gêneros.
A música ocidental se desenvolveu a partir da música vocal com o cantochão presente na liturgia católica
desde a Idade Média (século V) até o Renascimento (século XV). A essa voz, o cantochão introduziu as bases para
as formas e os gêneros musicais, que definiram os estilos em cada período da história da música.
O cantochão é um gênero musical no qual as melodias são cantadas a uma só voz (canto monódico). Em
geral, são melodias bem simples, feitas a partir de orações ou textos bíblicos em latim, a partir das quais se
desenvolveu o moteto e, consequentemente, todos os outros gêneros musicais eruditos. Por volta de 1100 A.C,
adicionou-se uma voz ao cantochão chamada vox organalis, que era escrita em uma altura diferente do canto-
chão, dobrando-se a mesma melodia uma quarta, quinta ou oitava acima. A partir de 1200 A.C, a voz organalis
passou a ser escrita em contraponto ao cantochão, em alguns casos, com pequenos trechos de texto diferentes,
o que se chamou cláusula. Esta passou a ser tão elaborada que se desprendeu do cantochão, dando origem a
outro gênero musical, o moteto.
MÍDIAS INTEGRADAS
Assista no vídeo a seguir o organum, de
Guillaume de Machaut, escrito em
neumas.
https://www.youtube.com/watch?v=1gEV42R
Kf6E&feature=youtu.be
11
1 - Coral
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wi kipedia/commons/thumb/2/2f/Cantori
a_luca_della_robbia22.jpg/392px-Cantoria_luca_della_robbia22.jpg
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir, você pode conferir um moteto
de Giovanni Palestrina (1525-1594), composi-
tor do período da Renascença.
https://www.youtube.com/watch?v=nRmkj19i
4Yk&feature=youtu.be
Conductus
Durante o período medieval, no meio popular, desenvolveu-se um estilo de música profana ou secular de
formas musicais próprias da vida social do povo, a partir do conductus, um tipo de canção sacra, monofônica, de
métrica regular, cantada geralmente durante o percurso de um local a outro por um clérigo. Com a apropriação
pelo meio popular dessa forma musical, originaram-se as chansons de Geste, poemas épicos cavaleirescos que
narram atos heroicos, com melodias simples e repetitivas. Você pode apreciar, como exemplo, a “Canção de
Rolando”. Assista-a no vídeo a seguir:
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
The Song of Roland
https://www.youtube.com/watch?v=d-
T-uIOy85b8&feature=youtu.be
12
As chansons de Geste eram cantadas pelos jograis e menestréis, primeiros músicos profissionais. Havia tam-
bém os trovadores, pertencentes à nobreza e à aristocracia, que compunham poemas e canções de onde origi-
nou o gênero pastorelle, um tipo de balada dramática com cantigas de amor, geralmente silábicas, com figuras
melismáticas, entrecortando os versos. Segue, abaixo, a música “Can vei la lauzeta”, de Bernart de Ventadorn
(1150-1180):
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Bernart de Ventadorn: Can vei la lauzeta
https://www.youtube.com/watch?v=jkp2GHB
RUiQ&feature=youtu.be
Ars Nova
Durante a Ars Nova, a forma de canção mais difundida era o rondó ou virelai (espécie de dança ou roda can-
tada), de divisão binária, na qual se alterna a voz solista com o coro para o refrão, geralmente acompanhados
por instrumentos musicais. Norondó, o refrão se repete ao longo de toda a música, seguindo o esquema: AB-A-
-C-A-D, e assim por diante; o coro canta o refrão, enquanto o solista segue com outros versos.
Outra forma de canção desse período foi o madrigal florentino, um tipo de canção com uma voz acompa-
nhada por instrumento, em estilo mais leve que o rondó francês, a exemplo da frottola italiana. A seguir, alguns
exemplos:
Rondó:
MÍDIAS INTEGRADAS
Machaut Rondeau 14, “Ma fin est mon
commencement”
https://www.youtube.com/watch?v=dcfPr4IN
2MM&feature=youtu.be
Virelai:
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Resvelons nous by Guillaume Dufay
https://www.youtube.com/watch?v=4zD8LoZt
i7g&feature=youtu.be
13
Madrigal florentino:
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Monteverdi. Cruda Amarilli. Madrigal a
cinco voces. Partitura Interpretación.
https://www.youtube.com/watch?v=Q_o1xDJ
yiOU&feature=youtu.be
Gênero
O gênero musical é a grande matriz de onde fluem as diversas formas musicais as quais se alinham pelo
contexto, por exemplo:
Suíte
A suíte era um conjunto de danças compostas geralmente em forma binária, segundo Bennett (1986):
A forma binária foi muito usada nos séculos XVII e XVIII, especialmente para danças,
que os compositores agrupavam em suítes para teclado ou orquestra. Desde então, a
forma binária tem sido raramente usada, a não ser em peças curtas para piano ou
temas para um grupo de variações.
Johann Sebastian Bach costumava compor um conjunto de seis danças para suas suítes. A seguir, a ordem de
apresentação das suítes interpretadas por diferentes instrumentos:
Prelude ou prelúdio – forma musical binária, de características muito livres, sistematizada por Bach, na
qual o baixo troca de altura com o tenor, passando a tocar a melodia principal. Ouça, a seguir, um exemplo
de prelúdio:
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Bach - Cello Suíte No.1 i-Prelude
https://www.youtube.com/watch?v=S6yuR8e
fotI&feature=youtu.be&list=PLA70D07FB6C6
14
Allemande ou allemanda – Em ritmo binário simples e quaternário, dividida em duas partes A e B, geral-
mente a parte A modula para a relativa menor ou para a dominante, se tiver no modo menor. A parte B inicia na
modulação e retorna para o tom inicial.
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Bach Allemande BWV 996 - Matthias
Lang plays 1964 Ignacio Fleta
https://www.youtube.com/watch?v=t7kmXcy
ZoaQ&feature=youtu.be
Courante – Tem o ritmo ternário e sua forma é semelhante à Allemande. Peter Fletcher - Bach Courante BWV
1009 (1961 Robert Bouchet)
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Peter Fletcher - Bach Courante BWV
1009 (1961 Robert Bouchet)
https://www.youtube.com/watch?v=CzTR2ACxcyg
Sarabande – Ritmo ternário simples, de andamento lento e nobre. Johann Sebastian Bach, Suite BWV 997,
Sarabande
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Johann Sebastian Bach, Suite BWV 997,
Sarabande
https://www.youtube.com/watch?v=yTi3Om
YUwXU&feature=youtu.be
Gigue – Ritmo ternário simples ou quaternário composto, de forma fugata e movimento vivo.
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Johann Sebastian Bach - Gigue BWV
1004, by Sanel Redzic - classical guitar
https://www.youtube.com/watch?v=L0HX3Cb
PSYA&feature=youtu.be
15
Rondó – Já descrito acima. Acesse o link a seguir e ouça essa forma de composição tocada ao violão.
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
J.S. Bach - Rondo from BWV 1006a -
Christopher Rude, classical guitar
https://www.youtube.com/watch?v=axpB1A1
gksA&feature=youtu.be
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Bourrée (J. S. Bach) - Raíssa Amaral
https://www.youtube.com/watch?v=QHRy2Z
__2xA&feature=youtu.be
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Segovia Plays Gavotte (Bach)
https://www.youtube.com/watch?v=kHBj-I83
pRw&feature=youtu.be
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Pavana (F. Tárrega)
https://www.youtube.com/watch?v=-ZFd2vD
VeRY&feature=youtu.be
16
Passacalhe – Semelhante à chacona, inicia em anacruse, em ritmo ternário simples e movimento rápido,
estilo polifônico, e mantém um tema com variações ao longo de todas as vozes, alternando entre o baixo e
a voz aguda.
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Classici Contro - Teatro Olimpico - Witt
Passacaglia - Bach Guitar Duo
https://www.youtube.com/watch?v=5nVAW
mJttYg&feature=youtu.be
Concerto
Dentre os tipos de concerto, falaremos dos dois mais utilizados, o concerto grosso e o concerto para solista.
Trata-se do concerto grosso é o concerto de câmara, no qual os instrumentos concorrem (concertino) com a
orquestra, ou seja, a parte grossa (ripieno).
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Johann Sebastian Bach - Brandenburg
Concerto No. 3 (Allegro-Adagio)
https://www.youtube.com/watch?v=Xq2WTXt
Kurk&feature=youtu.be
No concerto para solista, somente um instrumento concerta com a orquestra. O concerto é dividido em três
movimentos semelhantes à sonata clássica, com um movimento rápido e outro lento, terminando com um mo-
vimento rápido. Vejamos um exemplo de concerto para solista de Mozart:
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Hahn - Mozart - Violin Concerto No.3
https://www.youtube.com/watch?v=N-mA9O
17
Formas ternárias
Forma ternária é dividida em três partes, parte A, parte B e a repetição da parte A, a exemplo da Sonata clás-
sica, o Minueto e trio – Expressa saudação em compasso ternário simples e movimento lento, segundo Copland:
No caso da forma ternária, estamos lidando com um tipo de construção que conti-
nua a ser usado pelos compositores de hoje. Entre os exemplos antigos mais nítidos
estão os minuetos de Haydn ou Mozart. Aqui, a seção B – às vezes chamada de “trio”
– contrasta com a seção A. Ela é algumas vezes uma pequena peça independente,
cercada dos dois lados pela primeira parte: minuetotrio-minueto. Quando a volta à
primeira seção significava uma repetição exata, os compositores não se davam ao
trabalho de escrevê-la de novo, e contentavam-se com a indicação”da capo” (do
início) (COPLAND, 1974, p.82).
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Wolfgang Amadeus Mozart: Minuet
and Trio in G
https://www.youtube.com/watch?v=FejHZUyj
_Lw&feature=youtu.be
Forma Sonata
A sonata, ou seja, “canzone pra sonar”, surgiu na Itália. Inicialmente era uma obra instrumen-
tal que servia de introdução para a música vocal, mas, com o tempo, adquiriu forma a partir das suí-
tes. Somente no período clássico, a forma sonata estabeleceu-se como a conhecemos, com uma es-
trutura ternária e bitemática, com três a quatro movimentos alternados entre lentos e rápidos.
l Introdução
l Tema B, na dominante;
l Recapitulação ou reexposição do tema A; pode-se depois ter uma coda aqui, antes do fim.
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Mozart: Serenata Eine kleine Nachtmu-
sik K.525
https://www.youtube.com/watch?v=jfn34YQV
Z08&feature=youtu.be
SAIBA MAIS
No endereço abaixo, você pode conferir mais
algumas curiosidades da forma sonata:
http://euterpe.blog.br/analise-de-obra/a-musica-mais-famosa-de-mozart-eine-kleine-nachtmusik
Fuga
A fuga tem uma estrutura bem elaborada, em que, primeiramente, se apresenta o sujeito ou tema na pri-
meira voz por meio da exposição. Na segunda voz, é apresentada a resposta em imitação ao tom da dominante,
repetindo-se o tema na terceira voz e, na quarta voz, novamente a resposta em imitação ao tom da dominante.
Cada voz entra com defasagem de um compasso a um compasso e meio em relação a outra voz. Após a entrada
da segunda voz, inicia-se o contrassujeito ou contratema, com um desenho contrapontístico, até que se inicia o
desenvolvimento. Trata-se de uma série de modulações para tons vizinhos, mantendo-se o tema compartilhado
com curtos episódios ou divertimentos, com elementos retirados do tema ou do contratema. Na medida em
que os temas e contratemas começam a aparecer de forma canônica, ou seja, a segunda voz se inicia antes do
fim da primeira voz, em imitação durante o desenvolvimento, estes são chamados de estretos, que aparecem
sempre no tom da tônica.
19
Algumas fugas podem ser divididas em até cinco seções. Observe, no quadro a seguir, quais suas principais
características:
1. Exposição: parte(s) da fuga que consiste (m) em sujeito(s) com pelo menos uma resposta e possivelmente
contrassujeito(s). Para ser qualificado como uma exposição, o sujeito (ou resposta) tem que aparecer em todas
as vozes e respostas e deve haver uma relação própria (tonal ou real) entre as entradas desse sujeito. A exposição
regularmente conclui imediatamente depois que o sujeito (ou resposta) aparece na última voz. As exposições
podem adiar sua cadência até depois de um codetta. Uma diferenciação entre tipos de exposição pode ser ba-
seada na ordem na qual as vozes entram (como comparada à primeira exposição) e se o sujeito mudou ou não.
* Re-exposição: uma exposição, seguindo a exposição inicial, na qual as vozes entram na mesma ordem que a
primeira exposição.
* Contraexposição: uma exposição que segue a exposição inicial, na qual as vozes entram em uma ordem dife-
rente da que elas fizeram na primeira exposição; ou, então, o sujeito da exposição nova é uma variação contra-
pontística do original.
* Contraexposição: uma exposição que segue a exposição inicial, na qual as vozes entram em uma ordem dife-
rente da que elas fizeram na primeira exposição; ou, então, o sujeito da exposição nova é uma variação contra-
pontística do original.
* Dupla exposição: exposição que utiliza um sujeito inteiramente novo (i.e., não derivado contrapontisticamente
do primeiro). Se o sujeito novo for único, então a fuga é uma fuga dupla (ou, no caso de três sujeitos, fuga tripla).
2. Episódio de desenvolvimento (ou “divertimento”): seção na qual são tratados os motivos da exposição
com sequências, modulações, movimentos contrários, contraponto duplo, strettos, aumentação/diminuição,
pedais etc. Episódios geralmente são terminados por uma cadência e podem se seguir um após o outro. Eles
começam caracteristicamente partindo do sujeito, fragmentando-o ou variando-o de algum modo, mas cons-
truindo gradualmente para uma reafirmação do sujeito em pelo menos uma voz. Estas declarações do sujeito
não estão tipicamente na relação de tônica/dominante da exposição e são chamadas “entradas medianas” (ou
Durchführung, em alemão). Episódios típicos não enunciam o sujeito em todas as vozes.
3. Coda ou codetta: segmento final de uma seção (codetta) ou da fuga inteira (coda). Codas e codettas soam
frequentemente como se fossem um trecho acrescentado depois do fim estrutural da seção. A função de uma
codetta é, usualmente, modulatório (trazer a peça de volta à tonalidade do sujeito depois de uma resposta na
dominante). Nem todas as fugas têm estes elementos.
Lied
Lied, do alemão, canção, é uma peça vocal para uma voz acompanhada ao piano. Em geral, os lieds são poe-
mas musicados, com uma construção estrófica, mantendo a estrutura musical enquanto a letra muda.
Missa
A missa é uma forma vocal de música sacra composta por cinco partes. Durante os períodos históricos, a
missa passou da estrutura monofônica dos cantos gregorianos para uma estrutura polifônica, o que nos cabe
distingui-las em três tipos:
MÍDIAS INTEGRADAS
Kyrie:
KYRIE MISSA PAPAE MARCELLI, de Pales-
trina (missa polifônica).
https://www.youtube.com/watch?v=qTge4tp
1SNI&feature=youtu.be
MÍDIAS INTEGRADAS
Glória:
Kyrie (Messa Di Gloria), Giacomo Puccini
(missa concertante)
https://www.youtube.com/watch?v=decS8FB
NAR4&feature=youtu.be
MÍDIAS INTEGRADAS
Credo:
Palestrina - Missa Papae Marcelli - III. Credo
(missa polifônica)
https://www.youtube.com/watch?v=jfn34YQV
Z08&feature=youtu.be
22
MÍDIAS INTEGRADAS
Sanctus:
Missa 17: Sanctus
https://www.youtube.com/watch?v=PLLZPpy
5dWg&feature=youtu.be
MÍDIAS INTEGRADAS
Agnus Dei:
Missa 17: Agnus Dei
https://www.youtube.com/watch?v=Gln5Kj3k
dpE&feature=youtu.be
Coral
O coral é um tipo de canção que surgiu com a reforma protestante na Alemanha. Originou-se da canção po-
pular alemã e sua estrutura é muito variada, conforme Hodeir (2011, p. 55): “estruturas que se podem elaborar
a partir do coral, a obra de J. S. Bach oferece pelo menos doze tipos diferentes, que na sua maioria, tem a sua
razão de ser na técnica da variação”.
l Coral contrapontístico
l Coral Fugado
l Coral Figurado
l Coral em Cânone
l Coral Ornamentado
Ópera
A ópera foi uma forma de drama musical, cantada a partir de libretos que surgiram na Itália em fins do século
XVI. Constitui-se conforme a característica do libreto, ou seja, ópera séria ou antiga, ópera cômica ou bufa e
opereta.
A sua estrutura se perfaz conforme os personagens do libreto, porém, as formas musicais empregadas em
sua condução ficam organizadas da seguinte maneira: Introdução realizada por coro:
Recitativo e dúo, no qual os personagens dialogam com o fundo musical, que pode ou não ter um leitmotiv
que simboliza um personagem, conforme a característica do libreto. Em seguida, pode-se ter árias, recitativos
(podem ser substituídos por diálogos falados), quartetos e trios, também conforme o libreto. substituídos por
23
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
“A Valquíria”, de Richard Wagner
http://euterpe.blog.br/analise-de-obra/vamos-
ouvir-wagner-especial-de-200-anos-diewalkure
No vídeo a seguir, você pode conferir visualmente a introdução, seguida de recitativos, dúos e árias à ópera
de Carlos Gomes, “O Guarani”.
MÍDIAS INTEGRADAS
No link a seguir:
Carlos Gomes - O Guarani, Parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=Phz55sYA
80U&feature=youtu.be
24
Revisão
Parabéns, caro cursista, ao concluir mais esse componente. Você inteirou-se dos principais gêneros e das for-
mas musicais. Lembre-se que este caderno tem o conteúdo básico para que haja entendimento das diferentes
formas de composição e, para tanto, faremos aqui uma revisão do material apresentado.
Referências
BENNETT, Roy. Forma e Estrutura na Música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.
COPLAND, Aaron. Como ouvir e entender música. Rio de Janeiro: Arte Nova, 1974.
JUNIOR, Amancio Cueto. A música mais famosa de Mozart Nachtmusik. Disponível em: <http://euterpe.blog.
br/analise-de-obra/a-musica-mais-famosa-de-mozart-einekleine- nachtmusik> Acesso em: 08 ago. 2017.
OLIVEIRA, Leonardo T. Vamos ouvir Wagner? Especial de 200 anos – DieWalküre: Ato I: Cena I. Disponível em:
<http://euterpe.blog.br/analise-de-obra/vamosouvir- wagner-especial-de-200-anos-die-walkure-ato-i-cena-i>
Acesso em: 08 ago. 2017.
Léo lince do Carmo Almeida
Acesse: www.ead.go.gov.br
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Monte Alegre
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Goiatuba Mundo Novo Estrela
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Regionais
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Aparecida Panamá
do Rio Doce Cumari
Serranópolis
Três
Itumbiara Ranchos
Anhanguera
Gouvelândia Cachoeira
Chapadão Dourada
do Céu Inaciolândia
Regional 1
Quirinópolis Repr esa de
Itumbiara
Repr esa de
Caçu Repr esa de Embocação
Cachoeira Cachoeira Dourada
Alta
Itarumã
Paranaiguara Regional 2
Aporé
Regional 3
Itajá São Si mão
Lagoa Santa
Regional 4
Regional 5