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O Órgão Eletrônico
E seu registro essencial Matéria extraída da convenção Organística & Liturgia
No universo das teclas, os teclados reproduzem um conjunto inteiro, os pianos acústicos são imitados pelos pianos
digitais e os órgãos de tubos, pelos órgãos eletrônicos.
Trataremos aqui do órgão:
O Órgão de Tubos:
O órgão é um instrumento musical da família dos aerofones de teclas.
O órgão de tubos é um dos maiores e mais sofisticados instrumentos, um feito incrível
de engenharia e habilidade artesanal, cujos sons são produzidos através da passagem
de ar comprimido pelos vários tubos, agrupados por classes, com timbres e volumes
diferentes.
Os comprimentos mais usados em órgãos de tubos são 64’, 32’, 16’, 8’, 4’, 2’, 1’ e ½’.
Quanto maior o tubo, mais grave é o som.
Estes órgãos encontram-se sobretudo nas igrejas de culto cristão católico e protestante,
e também em teatros e salas de concerto.
Porém existem apenas dois órgãos de tubos que possuem realmente um tubo de 64’,
Sydney Town Hall, na Austrália e o Boardwalk Hall Auditorium Organ, nos Estados Unidos.
O Órgão Eletrônico:
O órgão eletrônico veio para simular, de maneira mais barata, o órgão de tubos.
É um sintetizador que gera seus sons eletronicamente.
Versátil e manejável, teve desempenho também em outros gêneros musicais, do rock ao
jazz americano.
No Brasil, fez parte de conjuntos que integravam o movimento cultural conhecido como
Jovem Guarda.
Mas foi na música sacra que o órgão eletrônico adquiriu uma forte índole, porque suas características acústicas o
tornam ideal para acompanhamento e sustentação de cantos, coros e solos instrumentais cuja finalidade seja
introduzir, preludiar, interludiar, posludiar os mesmos cânticos, tendo o organista uma função importante na
cerimônia religiosa.
O fenômeno evangélico brasileiro é, sem dúvidas, o responsável pela manutenção e sobrevivência desse
maravilhoso instrumento.
Segundo o IBGE, o país passa por uma grande transição religiosa, com a diminuição de católicos e crescente número
de evangélicos, com a presença do órgão eletrônico em muitas liturgias.
Um engenheiro dos EUA, Laurens Hammond pretendia imitar o som do órgão de tubos, desenvolvendo na década
de 30 os maravilhosos órgãos eletromecânicos Hammond.
No mercado há ainda excelentes marcas como Yamaha, Roland, Bohm e Wersi, etc.
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O avanço do órgão eletrônico e o desvio de sua identidade:
A partir de 1950 foram desenvolvidos vários modelos eletrônicos, adicionando timbres e ritmos, além de
acompanhamentos automáticos. Esses sintetizadores foram afastando o órgão eletrônico de seu desígnio inicial, de
imitador do órgão de tubos.
Portanto, mesmo que o organista não tenha um bom produto, ou um bom produto não teria um organista para
adquirí-lo, pelo alto preço, o que se espera é que os instrumentos expostos no mercado apresentem no mínimo, os
recursos essenciais.
Conclusão:
Neste texto fazemos um apelo aos professores, formadores e difusores da arte organística, sobretudo aos professores
de teclas que, com boa vontade, se aventuram também a ensinar órgão:
Ajudem a salvar a cultura organística!
Jamais indiquem órgãos que não contenham Drawbars, pelo menos.