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INTRODUÇÃO
Introdução
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INTRODUÇÃO
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O MAPA DA MIX - EDUARDO JULIATO
INTRODUÇÃO
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O MAPA DA MIX - EDUARDO JULIATO
INTRODUÇÃO
Dica daqui, tutorial dali, PDF pra cá, Live pra lá, curso daqui, série
de vídeos gratuitos de lá… Eu acredito que grande parte dessas
informações é realmente valiosa, produzida com cuidado e por
profissionais competentes. Mas, tudo isso acabou gerando um
novo problema:
CONFUSÃO!!!
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O MAPA DA MIX - EDUARDO JULIATO
INTRODUÇÃO
Foi por isso que eu criei este material. A minha ideia é que ele
seja um mapa. Eu escolhi esse termo "mapa" porque um mapa é
apenas UM caminho. Não necessariamente o único caminho, mas
apenas uma possibilidade.
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
#partiumixar
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INTRODUÇÃO
Capítulo 01
Decifrando a
Mixagem
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DECIFRANDO A MIXAGEM
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DECIFRANDO A MIXAGEM
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O MAPA DA MIX - EDUARDO JULIATO
DECIFRANDO A MIXAGEM
Os 6 Domínios da Mixagem
Equilíbrio
É a relação do nível de volume entre os elementos da música.
Essa é uma das primeiras e, talvez, a tarefa mais importante da
mixagem. Uma mixagem bem feita depende de um bom equilíbrio
entre os elementos. É a tarefa que chamamos de ajuste relativo
de ganhos.
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DECIFRANDO A MIXAGEM
Espectro de Frequências
É a garantia de que todas as frequências audíveis sejam
devidamente representadas. É o que chamamos de balanço
tonal.
Panorama
Significa posicionar cada elemento musical no campo sonoro.
Observe as músicas que você tem como referência, como cada
elemento é posicionado no estéreo.
Dimensão/Espaço
Significa adicionar ambiência a um elemento musical. É aqui que
são adicionados reverb, delay e outros efeitos. Isso cria um
aspecto de profundidade em determinados elementos.
Dinâmica
O controle dinâmico é onde a compressão, gating, limitação e
outros processamentos são utilizados. Isso acontece em
elementos individuais, em grupos de canais e na faixa toda. Esse
processo visa garantir o controle da amplitude. Em outras
palavras, o controle das variações de volume.
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DECIFRANDO A MIXAGEM
Estética
A estética é o que torna a sua mixagem única. Cada engenheiro
de mixagem tem o seu "tempero". Lembra que eu falei que a
mixagem é uma mistura de arte e ciência? Aqui a arte entra!
A Visão na MIX
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DECIFRANDO A MIXAGEM
Exemplo:
Diagnóstico da mix
Falta brilho
no estéreo
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INTRODUÇÃO
Capítulo 02
A Minha
Filosofia de
Mixagem
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A MINHA FILOSOFIA DE MIXAGEM
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A MINHA FILOSOFIA DE MIXAGEM
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A MINHA FILOSOFIA DE MIXAGEM
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A MINHA FILOSOFIA DE MIXAGEM
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O MAPA DA MIX - EDUARDO JULIATO
A MINHA FILOSOFIA DE MIXAGEM
Mais uma vez, vou dizer: você não precisa dos plugins mais chics
e badalados do momento para fazer boas mixagens. Não que
eles não sejam legais, não que eu não seja doido para meter o
meu cartão de crédito toda vez que vejo um plugin novo sendo
lançado (e faço isso às vezes, escondido da minha mulher). Mas,
você precisa ser capaz de fazer uma BOA MIX com o mínimo.
Abordagem Top-Down
Essa é uma abordagem que eu passei a utilizar recentemente e
mudou o jogo pra mim.
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O MAPA DA MIX - EDUARDO JULIATO
A MINHA FILOSOFIA DE MIXAGEM
Resumindo:
1. Comece a mix pelo Master
2. Trabalhe os Grupos (Mix-Busses)
3. Vá para os canais individuais
4. Depois, você me agradece.
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INTRODUÇÃO
Capítulo 03
O Mapa da
Mixagem
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O MAPA DA MIXAGEM
O que você vai ler agora foi organizado de uma forma didática em
passos simples. Mas, como todo mapa, ele te fornece um
caminho que não é o único. Muitas vezes, você vai querer mudar
a rota e, possivelmente, vai ter um resultado melhor.
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O MAPA DA MIXAGEM
Checklist da Mixagem
Passo 01 - Organização do projeto
Passo 05 - Edição
Passo 06 - Automações
tonais
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
Além disso, eu tenho uma cor padrão para cada grupo. É sempre
assim:
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
Definir as referências
É importantíssimo trabalhar com músicas de referência,
principalmente quando você não tem muita experiência e,
sobretudo, uma boa acústica e bons monitores.
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
LOGIC X - LEVEL
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O MAPA DA MIXAGEM
Gain Staging
No universo das gravações analógicas de instrumentos, os
engenheiros tem que ficar atentos entre 2 limites relacionados ao
volume: noise floor e headroom. Noise floor é um ruído inerente a
qualquer equipamento, na maioria das vezes inaudível. Entretanto,
quando um instrumento é gravado a um volume muito baixo, ao
aumentar o volume na mix, acaba vindo junto esse ruído
indesejado.
INPUT OUTPUT
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O MAPA DA MIXAGEM
Por exemplo:
- Eu tenho um canal de um determinado instrumento que está
batendo a -6dB.
- Eu insiro um compressor, mas sem perceber, o sinal foi para
-4dB.
- Então, eu insiro uma saturação e o sinal vai pra -2dB.
- Eu insiro um EQ com boost e o sinal vai para -1dB.
INPUT OUTPUT
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
O balanceamento na prática
Eu sei que você gosta de uma receitinha. Mesmo sendo,
particularmente, avesso a esses artifícios, eu gosto de começar
o balanceamento pelo kick. E eu sempre deixo o kick a -10dB.
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
volumes e sentindo.
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O MAPA DA MIXAGEM
Eu garanto que depois desse passo, a sua mix já vai estar uns
50% melhor. Agora, já podemos ir para o próximo passo! No
próximo passo, vamos fazer algo que talvez seja novo pra você:
começar a mixagem do Master-Bus, para os Mix-Bus e, por fim,
os canais individuais. Parece maluco, não?
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
Master-Bus
Geralmente, eu uso apenas 2 plugins no Master: Compressor e
Equalizador, além dos meters (analisador de espectro,
goniometer etc). Não existe uma recomendação do melhor
compressor para essa função. Se você usa o Ableton, o Glue
Compressor pode ser bastante efetivo para essa função. A ideia
aqui é processar levemente para criar um pouco mais de coesão
entre os elementos.
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O MAPA DA MIXAGEM
Isso já vai fazer a sua mix entrar em uma espécie de forma (tipo
uma forma de bolo mesmo). As próximas decisões, tanto nos
grupos, como em canais individuais, vão seguir essa mesma
forma que já foi criada.
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O MAPA DA MIXAGEM
Mix-Busses (Grupos)
O próximo passo é o processamento em grupos. Aqui, a sutileza
ainda é necessária, porém, já temos um pouco mais de liberdade
para trabalhar.
Em geral, a sequência de processamento dos grupos é parecida
com o processamento de canais individuais. Em cada grupo, eu
vou usar uma cadeia de plugins mais ou menos nessa ordem:
1. Saturação
2. Equalização corretiva
3. Compressão
4. Equalização aditiva
5. Limiter (se necessário)
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
Veja o que fica melhor. Explore. Seja feliz. Não fique esperando
por algum tutorial com as malditas regras!
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O MAPA DA MIXAGEM
Por fim, em alguns grupos, eu uso um limiter. Mais uma vez, com
muita sutileza, com pouca redução de ganho. O objetivo é dar
uma controlada final na dinâmica e colar ainda mais os
elementos. Cuidado com esse plugin porque ele é muito
poderoso e pode arruinar a sua mix!
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
1 - Saturação/Distorção
Somente esse assunto daria outro livro, mas a ideia aqui não é te
encher de informações técnicas, fundamentos de áudio e física
de ondas. Tecnicamente, existem diferenças entre saturação e
distorção e, sobretudo, nos processos que geram cada uma
delas. Mas, para facilitar o entendimento, o que você precisa
saber é que esses plugins geram harmônicos. Ou seja, CRIAM
frequências!
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O MAPA DA MIXAGEM
Mais uma vez vou dizer, você não precisa saturar cada
instrumento da sua mix, até mesmo porque você já fez isso em
grupos. O objetivo é escolher alguns elementos para oferecer a
eles uma textura extra e um aspecto mais analógico, menos
polido, menos digital.
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O MAPA DA MIXAGEM
2 - Equalização corretiva
Depois da saturação (se houver), o próximo passo é a
equalização corretiva. Esse é um procedimento que eu faço em
basicamente todos os canais. O meu EQ favorito é o Fabfilter Pro-
Q3, mas o equalizador nativo da sua DAW resolve o problema.
A diferença do Pro-Q3 é que ele tem mais funções e uma
interface muito bem construída. Aliás, os plugins da FabFilter são
meus preferidos.
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O MAPA DA MIXAGEM
Tome cuidado para não eliminar graves demais e tornar a sua mix
magrinha e sem graça. Eu já fiz muito isso! Eu diria que é seguro
atenuar os graves abaixo de 100-150Hz da maioria dos
elementos, exceto kick e bass. Mas, isso pode variar.
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O MAPA DA MIXAGEM
Qual utilizar então? Mais uma vez, vou ter que te decepcionar.
Não existe certo e errado. Você precisa testar. Às vezes, eu uso
um EQ de fase linear no meu baixo e fica ok. Às vezes, eu prefiro
o "EQ normal". Mas, já que você quer uma sugestão, eu sugiro
usar EQ de fase linear em grupos e nos elementos mais graves,
como kick e bass.
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O MAPA DA MIXAGEM
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Resumindo
…
Graves a)
Weak (frac
esso: Boomy | Falta:
Exc
es
Médio-grav k (fraca)
o: M uddy | Falta: Wea
Excess
Médios ca
xy | Falta: O
Excesso: Bo
Médio-agud
os presença
alta: Apagada, sem
rsh |F
Excesso: Ha
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O MAPA DA MIXAGEM
1. KICK e BASS
2. SYNTHS LEADS E MELODIAS
3. VOCALS (Eu não uso acapellas, vocais cantados etc. São
vocais psicodélicos, portanto, menos protagonistas).
4. SNARE
5. PRATOS E PERCS
6. PADS
7. FX E AMBIENCES
3 - Controle Dinâmico
Com os instrumentos já limpinhos, chegou a hora de controlar a
dinâmica. Os plugins que alteram a dinâmica incluem os
compressores, gates, de-essers, compressores multibanda,
transient shapers e limiters. O limiter é o único que eu não uso
nesse passo. Ele geralmente é o último plugin da cadeia. E em
geral, eu quase não uso em canais individuais, a não ser que o
áudio tenha picos muito rebeldes.
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O MAPA DA MIXAGEM
4 - Equalização aditiva
Se você está lendo esse material enquanto faz a mix em uma
música, eu tenho certeza que nesse momento ela já está muito
boa! Os elementos já estão limpos, balanceados e com a
dinâmica controlada.
Para esse objetivo, você pode usar o EQ nativo da sua DAW, sem
problemas, mas os resultados são sempre melhores, na minha
opinião, quando você utiliza equalizadores que emulam
analógicos. Eu já expliquei um pouco sobre isso quando falamos
do tratamento dos grupos.
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O MAPA DA MIXAGEM
5 - Controle do Estéreo
Agora que sua mix já está limpa, polida e equilibrada, chegou a
hora de ir para o próximo nível, trabalhando a abertura estéreo de
alguns elementos. Há muito sobre o que se falar sobre estéreo,
mas vamos tentar não complicar as coisas aqui.
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O MAPA DA MIXAGEM
Todo mundo quer uma Mix "WIDE", não? Sim, é o que queremos.
Mas, alguns cuidados precisam ser tomados. Em primeiro lugar, a
sua mix precisa ter uma boa quantidade de informação no centro
(mono), como kick, bass, snare etc. Em geral, quanto mais grave
o elemento, menos ele responde bem ao estéreo. É por isso que,
geralmente, kick e bass são mono. Não quer dizer que o seu bass
não possa ter informações estéreo. Sim, ele pode. Mas, ele
precisa também de informações mono.
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O MAPA DA MIXAGEM
Por fim, se você não tem muita ideia sobre como abrir, quanto
abrir e quais elementos abrir no estéreo, sempre, sempre,
sempre observe as referências. Existem plugins muito bons que
mostram uma comparação inclusive do estéreo, tais como o
Reference - Mastering The Mix e o Metric AB - Adaptr.
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O MAPA DA MIXAGEM
6. Profundidade
Chegou a hora de trazer um pouco mais de tridimensionalidade
para a sua mix. Antes de falarmos sobre os conceitos e técnicas,
é importante deixar claro que esse aspecto de profundidade é
apenas uma percepção psicoacústica. Algo como uma ilusão.
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O MAPA DA MIXAGEM
Os Planos de Profundidade
Imagine que você tem um cubo tridimensional. Alguns elementos
vão estar à frente, outros vão estar na metade e outros vão estar
lá no fundo. É importantíssimo trabalhar esses contrastes nos
elementos, utilizando diferentes técnicas que vamos descrever a
seguir.
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
O reverb pode tirar definição e poluir a mix. Por isso, ele pede
que seja usado com contraste. Isso quer dizer, alguns elementos
mais secos (sem reverb) e outros mais molhados (com reverb). E
não é só isso, diferentes reverbs criam diferentes percepções de
profundidade.
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
Por outro lado, se você estiver em uma igreja e bater uma palma,
o som vai demorar bem mais para bater nas primeiras superfícies
e retornar até você. Essa combinação de decay e pre-delay pode
criar diferentes ambientes nos reverbs.
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O MAPA DA MIXAGEM
O Reverb "Curto"
Aqui o objetivo é criar um ambiente pequeno. Portanto, eu já
tenho o meu preset com um decay de 0,88s. No Fab-Filter Pro-R
não temos o controle Pre-Delay, mas temos o Distance (longe ou
perto) e o Brightness (brilhante ou dark). Com isso, podemos criar
os ambientes desejados.
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O MAPA DA MIXAGEM
O Reverb "Médio"
O reverb médio já tem um decay um pouco mais longo que o
anterior e um pouco mais de distância também. Você não precisa
obedecer essas medidas exatas. A ideia é ter 4 reverbs
diferentes.
O Reverb "Longo"
Aqui a ideia é ter um decay bem maior (5-10 segundos), mais
profundidade e menos brilho.
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
Técnica 06: Delay
O delay já faz parte do dia-a-dia de qualquer produtor. É uma
ferramenta com bom potencial de criação de profundidade,
principalmente se você filtrar os agudos das repetições.
Isso pode ser feito no canal de retorno, simplesmente
colocando um EQ com corte do tipo Shelf nas frequências
agudas, ou utilizando um plugin que já possua essa função como
o Replika, na Native Instruments ou o EchoBoy da Sound-Toys.
Até aqui, sem muita novidade, mas talvez o que seja novo pra
você é que quanto mais rápidas forem as repetições mais você
percebe o efeito como à frente. Por exemplo, um delay 1/16
parece mais à frente do que um 1/4. Outra coisa que talvez você
não saiba é que delay fora de sincronização com a sua música
fica muito mais na cara.
Sendo assim, agora você já tem mais algumas técnicas para usar
com seus delays favoritos.
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O MAPA DA MIXAGEM
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O MAPA DA MIXAGEM
Volume
Particularmente, eu não gosto de fazer automação no volume do
canal. Sendo assim, quando vou utilizar essa técnica, eu insiro um
plugin (Utility) e faço as devidas automações no Gain deste
plugin.
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Filtro
Fazer automações nos filtros é muito comum. Você pode fazer
automações no Hi-Pass, no Low-Pass, na ressonância, onde você
quiser. Você pode criar tensão e trabalhar variações de energia
com essa técnica.
Experimente aplicar uma automação de filtro hi-pass ou low-pass
em todo o grupo da bateria antes de chegar no break. Ou fazer
uma automação no filtro hi-pass no grupo de kick e bass.
Abertura estéreo
Você pode criar contrastes no estéreo com automações. Por
exemplo, você pode inserir um plugin que possua controle de
largura estéreo, como o Utility do Ableton, no canal Master e
fechar a abertura estéreo na Build-Up, deixando o Drop com
muito mais estéreo. Isso vai criar um contraste e trazer muito
mais potência pro drop.
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Reverb
Automações nos reverbs são muito bem vindas. Você pode criar
efeitos muito interessantes, criando movimentos no plano
tridimentional, simplesmente com automações no WET.
Experimente fazer automações em vários parâmetros da sua mix.
Use sua criatividade!
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O MAPA DA MIXAGEM
Nesse momento, sua mix já está pronta. Mas, é sempre bom dar
uma comparada com as tracks referência que você escolheu.
Esse é o momento de comparar com muito cuidado.
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INTRODUÇÃO
CONCLUSÃO
1
CONCLUSÃO
Agora, que você já tem esse mapa, você pode testar outras rotas
diferentes. Mas, nunca se esqueça de estudar os fundamentos,
os conteúdos de base, como por exemplo:
Equalização
Compressão
Reverb
Saturação
Processamentos multibanda
Delays
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CONCLUSÃO
Plugins diversos
Dinâmica
Fundamentos de áudio
Etc etc etc
Eduardo Juliato
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