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GOVERNO DE GOIÁS

Secretaria de Desenvolvimento Econômico


Superintendência Executiva de Ciência e Tecnologia
Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica

Harmonia II
2017
ETAPA III
CURSO TÉCNICO DE MÚSICA

Harmonia II
Setembro 2017
Ficha Catalográfica
Expediente
Governador do Estado de Goiás Equipe de Elaboração
Marconi Ferreira Perillo Júnior Supervisão Pedagógica e EaD
Denise Cristina de Oliveira
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Maria Dorcila Alencastro Santana
Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação
Francisco Gonzaga Pontes Professor Conteudista
do curso de Música
Superintendente Executivo de Ciência e Tecnologia Profº Srilis Leonel Mourão
Mauro Netto Faiad
Projeto Gráfico
Chefe de Gabinete de Gestão de Capacitação e Forma- André Belém Parreira
ção Tecnológica Maykell Guimarães
Soraia Paranhos Netto José Francisco Machado

Coordenação Pedagógica do Programa Nacional de Designer


Acesso ao Ensino Técnico e Emprego José Francisco Machado
José Teodoro Coelho
Revisão da Língua Portuguesa
Coordenação Rede e-Tec Brasil Cícero Manzan Corsi
Carmem Sandra Ribeiro do Carmo
José Teodoro Coelho Banco de Imagens
www.pixabay.com/
www.commons.wikimedia.org/
www.flickr.com/

Setembro de 2017
6

Apresentação
E mpreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para
trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o
profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o
profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas
e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse
contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento
de Goiás (SED), em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), visam garantir o
desenvolvimento dessas competências.
Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação
profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de
Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos,
nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional
e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção
Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos
Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de
Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e
promoção do empreendedorismo.
Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de
servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando
e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos,
ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade
Marca Governo de Goiás de aprender a aprender.
Assinaturas prioritárias
Bom curso a todos!
SED – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecno-
lógico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação

Sobre fundo branco Sobre fundo azu


7

Sumário
UNIDADE I
Recordando o Conteúdo 9
Função harmônica (Revisão) 9
Função dominante (Revisão) 10
Preparação do primeiro grau 10
Dominante secundário 11
SubV7 secundários 12
Dominante auxiliar 12
Acordes diminutos 12
Cadência 13
Cadências conclusivas 13

UNIDADE II
Modulação17
Harmonia na tonalidade menor  17
Campo Harmônico Menor Harmônico 19
Formação do campo harmônico menor Harmônico: 19
Campo Harmônico Menor Melódico 22
Função harmônica nas tonalidades menores 30
Função Tônica menor 30
Função Subdominante menor alterada 30
Função Dominante alterada 31

UNIDADE III
Harmonia Modal 33
Modo Dórico 38
Sugestões práticas 41
Modo Frígio 42
Modo Lídio 44
Modo Mixolídio 47

REFERÊNCIAS 51
8

Recursos Didáticos

DICAS VAMOS REFLETIR Vocabulário


Este baú é a indicação de onde Este quebra-cabeças indica o O dicionário sempre nos ajuda a
você pode encontrar informações momento em que você pode e compreender melhor o significado
importantes na construção e deve exercitar todo seu potencial. das palavras, mas aqui resolvemos
no aprofundamento do seu Neste espaço, você encontrará dar uma forcinha para você e
conhecimento. Aproveite, destaque, reflexões e desafios que tornarão trouxemos, para dentro da apostila,
memorize e utilize essas dicas para ainda mais estimulante o seu as definições mais importantes na
facilitar os seus estudos e a sua vida. processo de aprendizagem. construção do seu conhecimento.

SAIBA MAIS VAMOS RELEMBRAR FIQUE ATENTO PESQUISE


Aqui você encontrará Esta folha do bloquinho A exclamação marca Aqui você encontrará
informações autoadesivo marca aquilo tudo aquilo a que você links e outras sugestões
interessantes que devemos lembrar deve estar atento. São para que você possa
e curiosidades. e faz uma recapitulação assuntos que causam conhecer mais sobre
Conhecimento nunca é dos assuntos mais dúvida, por isso exigem o que está sendo
demais, não é mesmo? importantes. atenção redobrada. estudado. Aproveite!

Hiperlinks de texto

MÍDIAS INTEGRADAS ATIVIDADES DE HIPERLINKS CONTEÚDO


Aqui você encontra dicas APRENDIZAGEM As palavras grifadas INTERATIVO
para enriquecer os seus Este é o momento em amarelo levam Este ícone indica
conhecimentos na área, de praticar seus você a referências funções interativas, como
por meio de vídeos, conhecimentos. externas, hiperlinks e páginas com
filmes, podcasts e outras Responda as como forma de hipertexto.
referências externas. atividades e finalize aprofundar um
seus estudos. tópico.
9

UNIDADE I

Recordando o Conteúdo
Olá, estudantes!

Antes de darmos continuidade ao conteúdo estudado na apostila de Harmonia I, vamos rever o que foi aprendi-
do, pois precisamos dele “fresco” em nossa memória para compreendermos o conteúdo a seguir.

Função harmônica (Revisão)

Quando falamos de função harmônica estamos falando basicamente de tensão e relaxamento, na música
tonal, utilizamos determinados acordes para gerar tensão e outros para nos proporcionar a sensação de rela-
xamento, resolução, finalização. As principais funções harmônicas são de Tônica (relaxamento) Subdominante
(meio tenso) Dominante (tenso):

Tensão Relaxamento

Dominante Subdominante Tônica

1 - Escala demonstrativa da tensão musical


Fonte:Acervo do Autor

No campo harmônico maior, os graus das 3 principais funções são:

Tônica: tem a função de relaxamento, conclusão, repouso, estabilidade. Geralmente, é o grau que se inicia e
finaliza uma música. O principal acorde da função tônica é o I grau.

Dominante: é o principal grau responsável por gerar tensão, suspensão, instabilidade, pede resolução na tônica.
O V grau é o principal acorde desta função.

Subdominante: em relação à tensão e relaxamento podemos dizer que o acorde subdominante é o grau inter-
mediário entre a tônica e a dominante, responsável por fazer a conexão entre os acordes de tônica e dominante.
10

Os graus principais possuem maior força; mas podem ser substituídos pelos seguintes graus:

Função Grau Principal Graus Substitutos

Tônica Iº VIº, IIIº

Dominante Vº VIIº

Subdominante IVº II°

2 - Graus principais e substitutos do campo harmônico


Fonte:Acervo do Autor

Função dominante (Revisão)

O acorde de dominante possui uma das mais importantes funções da música tonal, pois é o acorde que
possui maior atração em relação ao acorde de tônica, estabelecendo assim a tonalidade. Os acordes de tônica
e dominante são a expressão maior do sistema tonal. É possível descobrir a tonalidade de uma música através
destes acordes apenas, ao colocar as notas dos dois acordes em série temos 6 das 7 notas da escala:

Preparação do primeiro grau

“Qualquer acorde maior ou menor pode ser precedido ou preparado por acorde dominante situado 5J aci-
ma” (GUEST, 2005, p. 51). Como aprendemos, o acorde de primeiro grau é que traz estabilidade à estrutura
harmônica, possui caráter de repouso ou conclusão; mas para proporcionarmos estas características com êxito
devemos preparar a sequência de acordes anterior a ele, preparar o encadeamento harmônico.

1) Dominante primário

Nesta preparação, o acorde dominante V7 é resolvido diretamente no acorde de primeiro grau do campo
harmônico. Lembre-se que a terça e a sétima do acorde dominante atraem a fundamental e a terça (maior ou
menor) do acorde de tônica.

3 - Preparação dominante primário 1


Fonte:Acervo do Autor
11

1) Substituto da sétima da dominante (SubV7)

O substituto da sétima da dominante é outro acorde dominante que possui o mesmo trítono do acorde do-
minante e pode substituí-lo:

4 - Substituto da dominante
Fonte: Acervo do Autor

3) Preparação VII I

A sétima (VII) desta preparação é um acorde de sétima diminuta, não confundam com o acorde meio
diminuto:

Dominante secundário

Todos os acordes com quinta justa da estrutura harmônica possuem sua própria dominante, até mesmo o
acorde dominante possui seu dominante próprio. Como aprendemos, o acorde de tônica tem a função de re-
laxamento, repouso; mas os demais acordes com quinta justa do campo harmônico podem apresentar um re-
pouso ou resolução momentânea, chamado de tom secundário. Sendo assim, cada grau do campo harmônico
pode ser preparado pelo seu próprio acorde dominante, este acorde é chamado de dominante secundário.

C F7M Dm7 G7 Am7 A7 Dm7 F7M G7 C V7/II IIm7


12

SubV7 secundários

Assim como os dominantes secundários, os subV7 secundários são dominantes substitutos dos demais graus
do campo harmônico, ou seja, em Dó maior, os acordes em vermelho possuem dominantes secundários:

Dominante auxiliar

O dominante auxiliar só possui uma diferença em relação ao dominante secundário, ele prepara acordes de
empréstimo modal (AEM), ou seja, acordes originários de outro campo harmônico. Vamos a um exemplo!

*Acorde de empréstimo modal

A passagem acima está na tonalidade de Dó maior; os acordes Ebm7 e Abm7 são de outro campo harmônico,
sendo que Bb7 está inserido como dominante de Ebm7 e Eb7 como dominante de Abm7. Nesse sentido, Bb7 e
Eb7 são dominantes auxiliares, pois exercem função dominante de acordes de um segundo campo harmônico.

Acordes diminutos

Diminuto de passagem - Ocorre quando o baixo do acorde diminuto está um semitom acima do acorde an-
terior e um semitom abaixo do acorde seguinte, interligando os dois acordes cromaticamente:

5 - Diminuto de passagem ascendente


Fonte:Acervo do Autor
13

Diminuto auxiliar - A principal característica deste acorde é a resolução em um acorde que compartilha,
possui a mesma nota do baixo. O diminuto auxiliar retarda a resolução do acorde por possuir o mesmo baixo:

6 - Diminuto auxiliar
Fonte:Acervo do Autor

Cadência

O conjunto de acordes que finalizam uma frase musical é chamado de cadência. Para caracterizar uma ca-
dência, são necessários pelo menos dois acordes de diferentes funções, é através da cadência que se define a
tonalidade. As cadências são divididas em duas principais categorias: conclusivas e suspensivas. As cadências
conclusivas apresentam uma sensação de conclusão, de resolução, de finalização, as principais cadências con-
clusivas são: cadência perfeita, cedência imperfeita, cadência plagal e cadência picadia. Já as cadências suspen-
sivas não apresentam relaxamento total, mantém a tensão, a instabilidade.

Cadências conclusivas

Cadencia perfeita
Nesta cadência percebemos a finalização da frase. Ocorre quando o primeiro grau é precedido pelo seu domi-
nante primário em final de frase, com tonalidades maiores e menores.

7 - Cadência perfeita maior


Fonte: Acervo do Autor

Cadência imperfeita
Na cadência imperfeita, o primeiro ou o quinto grau (ou ambos) está invertido:

7 - Cadência imperfeita
Fonte: Acervo do Autor
14

Quando o primeiro grau é precedido, preparado pelo acorde de sétimo grau (VII) figura também uma cadên-
cia imperfeita:

8 - Cadência imperfeita 2
Fonte: Acervo do Autor

Cadência plagal
A cadência plagal ocorre quando o quarto grau resolve no primeiro (IV – I), ou seja, quando o acorde subdomi-
nante é resolvido no acorde de tônica:

9 - Cadência Plagal
Fonte: Acervo do Autor

Cadência picardia ou picarda


Está é uma cadência pertencente às tonalidades menores. A resolução é por meio dos acordes de dominante e
tônica, a característica desta cadência é a resolução do quinto grau no acorde homônimo maior da tônica:

10 - Cadência Picardia
Fonte: Acervo do Autor
15

Cadências suspensivas

Cadência suspensiva ou semicadência


Com caráter totalmente suspensivo, esta cadência é caracterizada pela finalização da frase sobre o acorde do-
minante, ou seja, a frase é finalizada com o acorde de quinto grau. Várias são as possibilidades de acordes que
podem preceder o quinto grau.

11 - Cadência Suspensiva
Fonte: Acervo do Autor

Cadência interrompida
Ocorre quando o acorde de dominante é “resolvido” em qualquer momento do campo harmônico com exceção
do primeiro grau.

11 - Cadência interrompida
Fonte: Acervo do Autor

Segundo cadencial primário, secundário e auxiliar


A cadência perfeita é muito utilizada na música popular, assim como na música erudita. Quando a cadência per-
feita (V – I) é precedida pelo segundo grau (acorde subdominante), o acorde é chamado segundo cadencial, ele
faz parte da cadência perfeita. O símbolo que representa o segundo cadencial é o colchete que liga o segundo
ao quinto grau. O segundo cadencial do primeiro grau é chamado de segundo cadencial primário:
16

Quando o segundo grau pertence aos demais acordes do campo harmônico, chamamos de segundo caden-
cial secundário:

Já o segundo grau dos acordes de empréstimo modal são chamados de segundo grau auxiliar:

Resolução passageira
A resolução de um acorde pertencente a uma segunda tonalidade é chamada resolução passageira. Tal resolu-
ção é identificada através da cadência. No exemplo abaixo, a progressão está na tonalidade de Dó maior, porém
o acorde de Sol menor com sétima menor (Gm7) é segundo cadencial de Fá maior com sétima maior (F7M) e
Dó maior com sétima menor é a dominante de Fá maior com sétima maior (F7M). Estes três acordes pertencem
ao campo harmônico de Fá maior. Portanto, o acorde de Fá maior com sétima maior é um acorde de resolução
passageira:

12 - Resolução passageira
Fonte: Acervo do Autor
17

UNIDADE II

Modulação
Modular é o ato de mudar de uma tonalidade para outra. Modular para um tom vizinho é uma forma suave
para realizar a modulação, com menor impacto:

Percebam que o acorde de Am7 pertence a ambos os campos harmônicos, ele é chamado de acorde pivô.
O retorno à tonalidade principal também foi feito pelos acordes pivô Am7 e Dm7. Acorde pivô é o acorde em
comum entre o tom principal e o novo tom utilizado como uma ponte, uma passagem de um campo harmônico
para outro de forma não abrupta , suave.
A modulação pode ser feita principalmente de forma direta, sem nenhum acorde em comum entre as tona-
lides, e por acorde pivô, como mostrado acima.

Harmonia na tonalidade menor

Como vimos, na apostila anterior estudamos quase que exclusivamente os aspectos harmônicos do cam-
po harmônico maior. É muito importante que você compreenda que a estrutura da tonalidade menor é mais
complexa do que a maior, pois a tonalidade menor é formada por três escalas menores: natural , harmônica e
melódica, ou seja, ela apresentará uma variedade harmônica e melódica muito maior em relação à tonalidade
maior, formada somente pela escala maior natural.

13 - Escala de Dó Maior
Fonte: Acervo do Autor
18

14 - Escala de Lá menor
Fonte: Acervo do Autor

15 - Escala de Lá menor Hamônica


Fonte: Acervo do Autor

16 - Escala de Lá menor melódica


Fonte: Acervo do Autor

Aprendemos no curso de violão 3 que ao tocar em uma tonalidade maior estamos utilizando um dos modos
Gregos, o Jônio. O mesmo ocorre quando tocamos em uma tonalidade menor (relativa da maior), estamos uti-
lizando o sexto modo, o Eólio. O campo harmônico menor natural possui os mesmos acordes do campo harmô-
nico maior; mas a ordem dos acordes modifica:

Vamos agora aprender a formar o campo harmônico menor harmônico, menor melódico e conhecer as carac-
terísticas e possibilidades de cada.
19

Campo Harmônico Menor Harmônico

Obviamente, o campo menor harmônico é formado a partir da escala menor harmônica, que pode ser enca-
rada com um eólio com sétima aumentada. Esta única alteração proporciona à escala uma característica meló-
dica própria a novas possibilidades harmônicas:

17 - Escala de Lá menor Harmônica


Fonte: Acervo do Autor

Formação do campo harmônico menor Harmônico:

1º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá
F* 3º 5º 7º
Lá + Dó + Mi + Sol#: Am7M (Lá menor com sétima maior)

18 - Acorde de Lá menor com sétima maior


Fonte: Acervo do Autor

2º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá
F* 3º 5º 7º
Sí + Ré + Fá + Lá: B ø(Sí meio diminuto)

ø 19 - Acorde de B
Fonte: Acervo do Autor
20

3º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá Si Dó Re Mi Fá Sol# Lá
F* 3º 5º 7º
Dó + Mi + Sol# + Si: C7M(#5) Dó maior com sétima maior e quinta aumentada

20 - Acorde de C7M (#5)


Fonte: Acervo do Autor

4º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá Si Dó Re Mi Fá Sol# Lá
F* 3º 5º 7º
Ré + Fá + Lá + Dó: Dm7 (Ré menor com Sétima menor)

21 - Acorde de Dm7
Fonte: Acervo do Autor

5º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá Si Dó Re Mi Fá Sol# Lá
F* 3º 5º 7º
Mi + Sol# + Si + Ré: E7 (Mi menor com sétima menor)

22 - Acorde de E7
Fonte: Acervo do Autor
21

6º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá Si Dó Re Mi Fá Sol# Lá
F* 3º 5º 7º
Fá + Lá + Dó + Mi: F7M (Fá maior com sétima maior)

23 - Acorde de F7M
Fonte: Acervo do Autor

7º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá
F* 3º 5º 7º
Sol# + Si + Ré + Fá: G#o (Sol sustenido diminuto)

24 -Acorde de G#o
Fonte: Acervo do Autor

Alinhando todos os acordes, formamos o campo harmônico de Lá menor harmônico:

Am7M B ø C7M(#5) Dm7 E7 F7M G#


I II III IV V VI VII

No campo harmônico menor há quatro tipos de acordes em comum com o campo harmônico maior
ou menor natural:

Im7 II ø IIIb7M IVm7 Vm7 VIb7M VIIb7


Im7M IIø IIIb7M IVm7 V7 VIb7M VIIo

Três novos acordes não encontrados no campo harmônico maior e no menor natural

Im7M IIø IIIb7M(#5) IVm7 V7 VIb7M VII#o


22

Historicamente, elevou-se o sétimo grau da escala menor natural para que houvesse um intervalo de tritono
no acorde de quinto grau, para que houvesse o acorde dominante (quinto grau) para gerar a tensão e ser resol-
vido no primeiro grau. Notem que o quinto grau do campo harmônico menor é um acorde menor com sétima
menor (ilustração abaixo, grifo em vermelho), ao elevar o sétimo grau da escala, tornou-se um acorde maior
com sétima menor (dominante). A escala menor harmônica tem este nome por se tratar de uma escala gerada
para resolver uma questão harmônica.

Campo Harmônico de Lá menor natural

Am7 B ø C7M Dm7 Em7 F7m G7

Campo Harmônico de Lá menor natural

Am7M B ø C7M(#5) Dm7 E7 FM G#o

Campo Harmônico Menor Melódico

Como aprendemos a escala menor harmônica possui uma única nota diferente em relação à escala menor
harmônica, o sétimo grau, que foi elevado por uma questão harmônica. Já a escala menor melódica possui
uma única nota diferente em relação à menor harmônica. O sexto grau da menor harmônica foi elevado com
o objetivo de diminuir a distância de um tom e meio entre o sexto e sétimo grau da escala menor harmônica,
tornando-a mais melódica, originando a chamada escala menor melódica, criada a partir de uma questão:

T ST T T ST T T
Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá

25 - Escala de Lá menor Harmônica


Fonte: Acervo do Autor

T ST T T ST T+ST ST
Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá

26 - Escala de Lá menor Melódica


Fonte: Acervo do Autor
23

Consequentemente, duas notas diferentes ao comparadas com a menor natural:

T ST T T ST T T
Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá

27 - Escala de Lá menor natural


Fonte: Acervo do Autor

T ST T T ST T T
Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol Lá

28 - Escala de Lá menor melódica


Fonte: Acervo do Autor

Experimente tocar a escala menor harmônica e logo em seguida a menor melódica para sentir a diferença
entre as duas, suas possibilidades. Antes de continuarmos, deves saber que existem duas escalas melódicas: a
melódica real e a melódica clássica.
A escala menor harmônica real sobe e desce com suas duas alterações características, na sexta e na sétima
da escala:

29 - Escala Menor Harmônica Real


Fonte: Acervo do Autor

Bach utilizava a escala melódica de forma diferente. Por exemplo, em Lá menor em suas progressões a escala
subia em sua forma real (duas alterações) e descia com a escala menor natural:

Menor melódica

Menor natural

Menor Bachiana/Clássica

30 - Escala Menor Melódica Bachiana


Fonte: Acervo do Autor
24

Para completar os três campos harmônicos menores, vamos agora aprender a formar o campo harmônico
menor melódico. Assim como a escala menor harmônica pode ser entendida como um eólio com sétima aumen-
tada, a menor melódica pode ser compreendida como o modo eólio com sexta e sétima aumentada:

Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá
I II IIIb IV V VI VII VIII

31 - Escala de Lá Menor Melódica


Fonte: Acervo do Autor

Formação do campo harmônico menor melódico:

1º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá
F* 3º 5º 7º
Lá + Dó + Mi + Sol#: Am7M (Lá menor com sétima maior)

32 - Acorde de Am7M
Fonte: Acervo do Autor

2º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá
F* 3º 5º 7º
Si + Ré + Fa# + Lá: Bm7 (Si menor com sétima maior)

33 - Acorde de Bm7
Fonte: Acervo do Autor
25

3º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol# Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá


F* 3º 5º 7º
Dó + Mi + Sol# + Si: C7M(#5) (Dó maior com sétima maior e quinta aumentada)

34 - Acorde de C7M (#5)


Fonte: Acervo do Autor

4º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá Si Dó Ré Mi Fa# Sol# Lá


F* 3º 5º 7º
Ré + Fa# + Lá + Dó: D7 (Ré maior com sétima menor)

35 - Acorde de D7
Fonte: Acervo do Autor

5º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá Si Dó Ré Mi Fa# Sol# Lá


F* 3º 5º 7º
Mi + Sol + Si + Ré: E7 (Mi maior com sétima menor)

36 - Acorde de E7
Fonte: Acervo do Autor
26

6º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá Si Dó Ré Mi Fa# Sol# Lá


F* 3º 5º 7º
Fá# + Lá + Dó + Mi: F# ø (Fá sustenido diminuto)

ø
36 - Acorde de F#
Fonte: Acervo do Autor

7º acorde:

Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol# Lá


F* 3º 5º 7º
Sol# + Si + Ré + Fa#: G# ø (Sol sustenido diminuto)

Alinhando todos os acordes, formamos o campo harmônico de Lá menor melódico:

Am7b Bm7 C7M(#5) D7 E7 Fá# ø Sol# ø


I II III IV V VI VII

Percebam agora as possibilidades da harmonia em tonalidade menor. Uma música em Dó maior, sem modula-
ções ou empréstimo modal, se restringe aos seguintes acordes:

D7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 B ø


1 2 3 4 5 6 7

Já uma música em Lá menor, nas mesmas condições, estas são as possibilidades:

Am7 Am7M Bm7 B ø C7M C7M(#5)


1 2 3 4 5 6
27

Dm7 D7 Em7 E7 F7M F# ø


1 2 3 4 5 6

G7 G# G# ø Acordes em comum
13 14 15 Acordes ausentes na tonalidade maior

A análise na tonalidade menor se torna mais complexa, pois em uma música em tonalidade menor pode
haver acordes dos três campos harmônicos/escalas combinados, exigindo do músico um conhecimento sólido
a respeito. Observe no exemplo abaixo, a progressão está toda em Lá menor e possui acordes dos três campos
harmônicos. Percebam que cada campo harmônico possui sua própria cor, para melhor identificação:

Progressão 1

Am7M B Dm7 E7 G# o Am7

Progressão 2

Am7 Dm7 F7M F# o G# Am7M D7 Dm7


C7M(#5) G# o E7 Am7M

Lá menor natural

Am7 B ø C7M Dm7 Em7 F7M G7


I II III IV V VI VII
Lá menor harmônico

Am7 B ø C7M(#5) Dm7 E7 F7M G# o


I II III IV V VI VII

Lá menor melódico

Am7M Bm7 C7M(#5) D7 E7 F# ø G# ø


I II III IV V VI VII
28

É importante ter consciência da formação de cada grau destes três campos harmônicos. Por exemplo, acor-
des menores com sétima menor (Im7) podem ser encontrados:

No primeiro, quarto e quinto graus do campo harmônico menor natural:

Im7 IIø III7M IVm7 Vm7 VI7M VII7

Quarto grau do campo harmônico menor harmônico

Im7M II ø III7M(#5) IVm7 V7 VIM VII o

E segundo grau do campo harmônico menor melódico:

Im7M IIm7 III7M(#5) IV7 V7 VI# ø VII#

Logo, o acorde de Dm7 pode ser encontrado nos seguintes campos harmônicos da tonalidade menor:

1 - Primeiro grau de Ré menor natural, quarto grau de Lá menor natural e quinto grau de G menor natural.

2 - Quarto grau de Lá menor harmônico.

3 - Segundo grau de Sol menor melódico.

Observem que para um único acorde existem cinco possibilidades de campos harmônicos, o que definirá o
campo harmônico correto é o encadeamento harmônico, ou seja, o acorde que antecede e/ou o acorde seguinte.
Em um primeiro momento, este raciocínio parece bastante complexo. Para desenvolvê-lo com fluência, é
necessário ter com muita claridade a estrutura das três escalas menores em todos os tons e as sequências de
acordes dos três campos harmônicos. Para o músico que deseja se aprofundar na arte da improvisação, este tipo
de conhecimento/raciocínio, é recorrente, basilar, fundamental.

MÍDIAS INTEGRADAS
O vídeo ao lado pode reforçar o conteúdo aqui
apresentado:
Campo Harmônico menor aula 5
https://www.youtube.com/watch?v=QOORt3E1C0c
29

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
Vamos começar de forma simples, com consulta aos campos harmônicos dispostos no final
do exercício. Cite pelo menos dois exemplos do grau e campo harmônico em que os acordes
abaixo podem ser encontrados:

1 - Am7M: 1o de Lá menor harmônico 1o de Lá menor melódico

2 - D#7:

3 - G o:

4 - Bb ø:

5 - Bbm7M:

6 - F7M(#5):

7 - Em7:

8 - A7:

9 - C7M:

10 - F#m7:

Menor natural

Im7 II ø III7M IVm7 Vm7 VI7M VII7


Menor harmônico

Im7 II ø III7M(#5) IVm7 V7 VI7M VII# o


Menor melódico

Im7M IIm7 III7M(#5) IV7 V7 VI# øVII# o


30

Função harmônica nas tonalidades menores

A função harmônica na tonalidade menor se torna mais complexa em relação à maior, devido ao maior nú-
mero de acordes, possibilidades. Em consequência, teremos um maior número de acordes por função e ainda
duas variações de função, uma para a Subdominante e outra para a Dominante.

Função Tônica menor

Notas responsáveis pela sonoridade: terça menor (Dó) e quinta justa (Mi)

Acordes: Iº e IIIº:

Lá menor natural

Am7 B ø C7M Dm7 Em7 F7M G7


I II bIII IV V bVI bVII
Lá menor harmônico

Am7M B ø C7M(#5) Dm7 E7 F7M G# o


I II bIII IV V bVI VII
Lá menor melódico

Am7M Bm7 C7M(#5) D7 E7 F# ø G# ø


I II bIII IV V VI VII
Função Subdominante menor alterada

Na função subdominante, os intervalos característicos são a quarta justa e a sexta menor (IV e bVI). Na sub-
dominante alterada, a sexta aparecerá maior (VI), ou seja, esta função é própria do campo harmônico menor
melódico, devido à alteração do sexto grau, característico desta escala.

Notas responsáveis pela sonoridade: quarta justa (Ré) e sexta maior (Fá#)
Acordes: IIº, IVº e VIº.

Lá menor natural

Am7 B ø C7M Dm7 Em7 F7M G7


I II bIII IV V bVI bVII
31

Lá menor harmônico

Am7M B ø C7M(#5) Dm7 E7 F7M G# o


I II bIII IV V bVI VII

Lá menor melódico

Am7M Bm7 C7M(#5) D7 E7 F# ø G# ø


I II bIII IV V VI VII

Função Dominante alterada

Própria das tonalidades menores se trata de mais uma variação de função; diferentemente da anterior (sub-
dominante alterada) esta não possui alteração nas notas características. Aqui a alteração se dá no acorde domi-
nante (V7), alternando a quinta do acorde para cima ou para baixo (Si se torna Si# ou Sib), o mesmo ocorre com
a nona do acorde (Fá# se torna F× ou F)

×
Notas responsáveis pela sonoridade: quinta aumentada (B#), quinta diminuta (Bb), nona aumentada (F ) nona
menor (F).

Acordes: V7(#5) ou enarmônico V7(b13), V7(b5), V7(b9), V7(#9)

Lá menor natural

Am7 B ø C7M Dm7 Em7 F7M G7


I II bIII IV V bVI bVII
Lá menor harmônico

Am7M B ø C7M(#5) Dm7 E7 F7M G# o


I II bIII IV V bVI VII
Lá menor melódico

Am7M Bm7 C7M D7 E7 F# ø G# ø


I II bIII IV V VI VII
32

Escreva abaixo a função de cada nota:

Am7M Dm7 F7M F# ø G# ø Am7M D7 Dm7

C7M(#5) G# ø B ø E7(#5) E7 Am7M

Tabela 2- Abreviaturas das funções harmônicas

Funções Abreviações

Tônica T

Subdominante S

Subdominante Alterado S.a

Dominante D

Dominante Alterado D.a


33

UNIDADE III

Harmonia Modal
Bem pessoal, sem um conhecimento sólido a respeito de intervalos, da estrutura da escala maior e da for-
mação dos acordes do campo harmônico maior, não será possível o completo entendimento deste nosso último
tópico. Para melhor compreensão do conteúdo, vamos fazer uma breve revisão do conteúdo apresentado na
apostila de instrumento musical III.
A partir das sete notas da escala maior, os gregos extraíram diversas escalas, onde cada um dos graus da esca-
la maior se torna a fundamental de uma nova escala. Cada nova escala (modo) possui sua própria característica,
sonoridade, sensação, cada grau da escala se torna a tônica de uma nova escala, de um novo modo:

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
I II III IV V VI VII

Dó Jônio

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó

37 - Escala de Dó Jônio
Fonte: Acervo do Autor

Ré Dórico

Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré

38 - Escala de Ré Dórico
Fonte: Acervo do Autor

Mi Frígio

Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi

39 - Escala de Mi Frígio
Fonte: Acervo do Autor
34

Fá Lídio

Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá

40 - Escala de Fá Lídio
Fonte: Acervo do Autor

Sol Mixolídio

Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol

41 - Escala de Sol Mixolídio


Fonte: Acervo do Autor

Lá Eólio

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá

42 - Escala de Lá Eólio
Fonte: Acervo do Autor

Si Lócrio

Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

43 - Escala de Si Lócrio
Fonte: Acervo do Autor

Assim como não há acidentes musicais na escala de dó maior, não há também nenhuma alteração dos modos
extraídos desta escala.
Os modos podem ser divididos em duas categorias, maiores e menores. O modo Jônio não possui intervalo
característico, pois se trata da escala maior natural já conhecida por todos, o modo Jônio é o nosso conhecido
tom maior. Quando dizemos que uma música está em Ré maior ou Mi maior etc., estamos dizendo que ela está
em Ré Jônio, Mi Jônio. No modo Jônio, todos os intervalos são justos ou maiores, ou seja, não há alterações, não
há intervalos característicos. Os demais modos maiores são derivados do modo Jônio. Quando dizemos que uma
35

música está em Lá menor, estamos dizendo que ela está em Lá eólio, ou seja, o modo eólio não possui interva-
lo característico, nada mais é do que nossa conhecida escala menor natural, relativa da escala maior natural.

Modos Intervalos Característicos

Jônio X
Modos
Lídio #4
Maiores
Mixolídio B7

Eólio X

Modos Dórico 6M
Menores Frígio b2

Lócrio b2 e 5J

A escala de Mi lídio é a escala de Mi maior com a quarta aumentada (#4):

Mi Fá# Sol # Lá# Si Dó# Ré# Mi


IV#

A escala de Dó mixolídio é a escala de Dó maior com a sétima menor (b7):

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
b7

A escala de Dó mixolídio é a escala de Dó maior com a sétima menor (b7):

Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
b7

A escala de Lá frígio é a escala de Lá menor com a segunda menor (b2):

Lá Sib Dó Ré Mi Fá Sol Lá
b7
36

Veja um passo a passo de como montar cada um dos modos

1 – Escolha um modo:

Lídio

2 - Insira os graus com a alteração característica do modo:

I II III #IV V VI VII VIII

3 – Insira a escala do tom desejado. Escala maior natural para modo maior e escala menor natural para modo
menor:

Mi Fá# Sol# Lá Si Dó# Ré# Mi


I II III #IV V VI VII VIII

4 – Faça a alteração no intervalo característico do modo

Mi Fá# Sol# Lá# Si Dó# Ré# Mi


I II III #IV V VI VII VIII

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
Insira o intervalo característico, a escala correta e faça as alterações necessárias para obter cada
um dos modos. Consulte a Tabela 3.

Sol Lídio

Sol Lá Si Dó# Ré Mi Fá Sol


I II III #IV V VI VII VIII

Lá Dórico

I II III IV V VI VII VIII

Mixolídio

I II III IV V VI VII VIII


37

Si Frígio

I II III IV V VI VII VIII

Mi Lócrio

I II III IV V VI VII VIII

Mi Lídio

I II III IV V VI VII VIII

Ré Eólio

I II III IV V VI VII VIII

Sol Dórico

I II III IV V VI VII VIII

Até agora vimos a formação dos modos gregos, de extrema importância para a compreensão do nosso objeto
de estudo, a harmonia modal. Ao contrário, da harmonia tonal, no sistema modal as cadências conhecidas por
nós, a relação de tensão e relaxamento, funções harmônicas, elementos característicos da harmonia tonal, não
são aplicadas na música modal, este tipo de música se caracteriza pelo afastamento, anulação destes elementos.
O sistema modal é caracterizado pelo agrupamento de acordes com o intuito de realçar uma atmosfera sonora
própria de cada modo. Então, lembrem-se: Na música modal não há o jogo de tensão e relaxamento do sistema
tonal; cadências e funções harmônicas.
Na música modal evitamos a utilização das tríades e acordes diminutos (tritono), pois este intervalo é carac-
terístico do sistema tonal, por meio dele que geramos a tensão máxima que pede resolução na tônica. Por este
mesmo motivo não utilizamos o modo Lócrio, devido à presença do tritono na formação do acorde principal
deste modo, que traz instabilidade e nos remete à harmonia tonal.
Os modos Jônio e Eólio também são evitados, pois ambos são os modos originadores do sistema tonal.Desta
forma, para trabalharmos a harmonia puramente modal, estudaremos somente os modos maiores Lídio e Mixo-
lídio, e os modos menores Dórico e Frígio.
Vamos ver as possibilidades harmônicas de cada modo, vocês verão que a música modal pode ser mais sim-
ples do que a tonal. Observe os procedimentos recomendados para você obter sucesso ao escrever músicas em
38

cada um dos modos propostos por nós. Todos os exemplos serão no tom de Lá.

MÍDIAS INTEGRADAS
Assista ao vídeo introdutório a respeito do
tema: Harmonia Modal e Harmonia Atonal

https://www.youtube.com/watch?v=mreEHKNyNoQ

Modo Dórico

Há duas formas, dois raciocínios de se obter a escala Dórica, o primeiro foi descrito acima.

Primeira forma
Escolha o tom e faça as alterações características do modo.
Por se tratar de um modo menor, vamos inserir a escala de Lá menor:

Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol Lá
I II III IV V VIM VII VIII
Segunda Forma
O modo Dórico é o segundo grau da escala maior. Basta descobrirmos qual escala maior possui o Lá como segun-
do grau. A escala de Sol maior tem a nota Lá como segundo grau, correto?

Jôn Dór Frig Líd Mix Eól Lócr


Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol
I II III IV V VIM VII VIII
Escala de Sol Maior
O modo Dórico é o segundo grau da escala maior. Basta descobrirmos qual escala maior possui o Lá como segun-
do grau. A escala de Sol maior tem a nota Lá como segundo grau, correto?

Escala de Lá Dórico
39

Com a escala em mãos, temos que formar o campo harmônico desta. Podemos fazer da forma que aprende-
mos em diversos exemplos aqui no método ou de outra forma mais simples. A escala de Lá Dórico a grosso modo
é a escala de Sol maior iniciada pelo segundo grau, correto? Logo, os acordes do campo harmônico de Sol maior
são os mesmos acordes de Lá Dórico; mas em Lá Dórico o acorde de Lá é o acorde principal, o primeiro grau:

Am7 Bm7 C7M D7 Em7 Fá#m7(b5) G7M


37 - Campo harmônico de Sol maior
Fonte: Acervo do Autor

Ótimo, temos os acordes de Lá Dórico, agora vamos retirar os acordes diminutos, já aprendemos que na mú-
sica modal evitamos a utilização dos acordes diminutos (tritono), pois este intervalo é característico do sistema
tonal, por este motivo excluímos o acorde de F#m7(b5) ou F# : Ø

Am7 Bm7 C7M D7 Em7 Fá#m7(b5) G7M


38 - Campo harmônico de Lá Dórico
Fonte: Acervo do Autor

Am7 Bm7 C7M D7 Em7 G7M

39 - Acordes de Lá Dórico
Fonte: Acervo do Autor

Após excluir o acorde diminuto, devemos classificar os demais como:

Acorde Principal/Tônica (T)


Primeiro acorde do modo
Acordes Cadenciais (C)
Acordes que possuem a nota característica do modo em sua formação
40

Acordes de Apoio (A)


Demais acordes

Classificação dos acordes de Lá dórico em tríades

Am Bm D C Em G

T C A
40 - Acordes de Lá Dórico
Fonte: Acervo do Autor

Acorde Principal/ Tônica (T): Am


Acordes Cadenciais (C): Bm e D, únicos que possuem a nota catacterística do modo (Fá#) em sua formação:

Acordes de Apoio (A): C. Em e G


Quando trabalhamos com tétrades temos outra configuração:

Am7 Bm7 D7 G7M C7M EM7

T C A
41 - Acordes de Lá Dórico
Fonte: Acervo do Autor

Acorde Principal/ Tônica (T): Am7


Acordes Cadenciais (C): Bm7, D7 e G7M
Acordes de Apoio (A): C7M. Em7

Percebam que o acorde de Sol maior (tríade) não possuía a nota característica do modo, sendo classificado
com um acorde de Apoio; mas ao inserir a sétima do acorde (F#), nota característica do modo, o acorde passa
a ser um acorde Cadencial.
41

Sugestões práticas

A harmonia modal não possui grande variação harmônica, predomina a estaticidade harmônica, teremos
maior sucesso se aplicarmos as seguintes sugestões:

1 - Como o próprio nome diz o acorde Principal deve ser o principal da harmonia.

2 – O segundo acorde da progressão deve ser um acorde Cadencial (C), por possuir a nota característica do
modo, trazendo assim a sonoridade modal.

3 – Progressões de três ou mais acordes deverão iniciar no acorde Principal (P), seguindo para acorde(s) Canden-
ciais (C) para então passar por acorde(s) de Apoio (A), retornar para o acorde Cadencial para finalmente retornar
ao Principal:

MÍDIAS INTEGRADAS
Veja um vídeo muito interessante sobre o
modo Dórico: Cifra Club - Modos Gregos
https://www.youtube.com/watch?v=3_YsrYPz64M

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

Escreva a escala, acordes e classificação dos acordes de:

Ré Dórico

Escala

Acordes

Acordes principal Acordes cadenciais Acordes de apoio

Escreva uma sequência harmônica em Ré Dórico obedecendo as sugestões práticas:


42

Modo Frígio

A nota característica do modo Frígio é a segunda menor (b2), logo:

Primeira forma
Escolha o tom e faça as alterações características do modo. Por se tratar de um modo menor, vamos inserir a
escala de Lá menor:

Lá Sib Dó Ré Mi Fá Sol Lá
I bII III IV V VI VII VIII
Segunda forma
O modo Frígio é o terceiro grau da escala maior, basta descobrirmos qual escala maior possui o Lá como terceiro
grau. A escala de Fá maior tem a nota Lá como terceiro grau, correto?

Jôn Dór Frig Líd Mix Eól Lócr


Fá Sol Lá Sib Dó Ré Mi Fá
I II III IV V VI VII VIII
Dessa forma, extraímos o Lá Frígio já com o a nota característica:

Lá Sib Dó Ré Mi Fá Sol Lá
I II III IV V VI VII VIII

Escala de Fá Maior

Escala de Lá Frígio

42 - Escalas de Fá Maior e Lá Frígio


Fonte: Acervo do Autor
43

Assim como a escala de Lá Frígio possui as mesmas notas de Fá maior, os acordes deste modo são os mesmos
acordes de Fá maior.

Am7 Bb7M C7 Dm7 Em7(b5) F7M Gm7


43 - Escalas de Lá Frígio
Fonte: Acervo do Autor

O primeiro passo é excluir o acordes diminuto, neste caso o acorde de Em7(b5).

Am7 Bb7M C7 Dm7 F7M Gm7


44 - Escalas de Lá Frígio
Fonte: Acervo do Autor

Classificação dos acordes de Lá Frígio em tríades

Am Bb Gm C Dm F
Acorde Principal/ Tônica (T): Am - Acordes Cadenciais (C): Bb e Gm 45 - Acordes de Lá Frígio
Acordes de Apoio (A): C. Dm e F Fonte: Acervo do Autor

Classificação dos acordes em tétrades:

Am7 Bb7M Gm7 C7 Dm7 F7M

T C A
Acorde Principal/ Tônica (T): Am7 - Acordes Cadenciais (C): Bb7M, Gm7 e C7 46 - Acordes de Lá Frígio
Acordes de Apoio (A): Dm7 e F7M Fonte: Acervo do Autor
44

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
Escreva a escala, acordes e classificação dos acordes de:

Sol Frígio

Escala

Acordes

Acordes principal Acordes cadenciais Acordes de apoio

Escreva uma sequência harmônica em Sol Frígio obedecendo as sugestões práticas:

Modo Lídio

A nota característica do modo Lídio é a quarta aumentada (#4), logo:

Primeira forma
Escolha o tom e faça as alterações características do modo. Por se tratar de um modo maior, vamos inserir a
escala de Lá maior:

Lá Sib Dó# Ré# Mi Fá# Sol# Lá


I II III #IV V VI VII VIII
A nota característica do modo Lídio é a quarta aumentada, por este motivo a nota Ré da escala de Lá maior
natural foi elevada para Ré#. Pronto, temos a escala de Lá Frígio.

Lá Sib Dó# Ré# Mi Fá# Sol# Lá


O modo Lídio é o quarto grau da escala maior, basta descobrirmos qual escala maior possui o Lá como quarto
grau. A escala de Mi maior tem a nota Lá como quarto grau, correto?

Jôn Dór Frig Líd Mix Eól Lócr


Mi Fa# Sol Lá Si Dó# Ré# Mi
I II III IV V VI VII VIII
45

Desta forma, extraímos o Lá Lídio já com o a nota característica:

Lá Si Dó# Ré# Mi Fá# Sol# Lá


I II III #IV V VI VII VIII
Escala de Mi Maior

Escala de Lá Lídio

47 - Escala de Mi Maior e Lá Lídio


Fonte: Acervo do Autor

Assim como a escala de Lá Lídio possui as mesmas notas de Mi maior, os acordes deste modo são os mesmos
acordes de Mi maior.

A7M B7 G#m7 D#m7(b5) E7M Fá#m7 G#m7


48 - Acordes de Lá Lídio
Fonte: Acervo do Autor

O primeiro passo é excluir o acordes diminuto, neste caso o acorde de D#m7(b5).

A7M B7 C#m7 EM7 Fá#m7 G#m7


49 - Acordes de Lá Lídio
Fonte: Acervo do Autor
46

Classificação dos acordes de Lá Lídio em tríades

A B G#m C#m E F#m

T C A
50 - Acordes de Lá Lídio
Fonte: Acervo do Autor

Acorde Principal/ Tônica (T): A - Acordes Cadenciais (C): B e G#m


Acordes de Apoio (A): G#m, E e F#

Classificação dos acordes em tétrades

A7M B7 E7M G#m7 C#m7 F#m7

T C A
51 - Acordes de Lá Lídio
Fonte: Acervo do Autor

Acorde Principal/ Tônica (T): A7M - Acordes Cadenciais (C): B7, E7M e G#m7
Acordes de Apoio (A): C#m7 e F#m7
47

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
Escreva a escala, acordes e classificação dos acordes de:

Mi Lídio

Escala

Acordes

Acordes principal Acordes cadenciais Acordes de apoio

Escreva uma sequência harmônica em Sol Frígio obedecendo as sugestões práticas:

Modo Mixolídio

A nota característica do modo Mixolídio é a quarta sétima menor (b7), logo:

Primeira forma
Escolha o tom e faça as alterações características do modo. Por se tratar de um modo maior, vamos inserir a
escala de Lá maior:

Lá Si Dó# Ré Mi Fá# Sol Lá


I II III IV V VI bVII VIII
A nota característica do modo Mixolídio é a sétima menor, por este motivo a nota Sol# da escala de Lá maior
natural foi abaixada para Sol. Pronto, temos a escala de Lá Mixolídio.

Lá Si Dó# Ré Mi Fá# Sol Lá


Segunda forma
O modo Mixolídio é o quinto grau da escala maior, basta descobrirmos qual escala maior possui o Lá como quin-
to grau. A escala de Ré maior tem a nota Lá como quinto grau, correto?

Jôn Dór Frig Líd Mix Eól Lócr


Ré Mi Fá# Sol Lá Si Do# Ré
I II III IV V VI VII VIII
48

Desta forma, extraímos o Lá Frígio já com o a nota característica:

Lá Si Dó# Ré Mi Fá# Sol Lá


I II III IV V VI bVII VIII
Escala de Ré Maior

Escala de Lá Mixolídio

52 - Escalas de Ré maior e Lá Mixolídio


Fonte: Acervo do Autor

Assim como a escala de Lá Lídio possui as mesmas notas de Mi maior, os acordes deste modo são os mesmos
acordes de Mi maior.

A7M B7 C#m7 D#m7(b5) E7M F#m7 G#m7


53 - Acordes de Lá Mixolídio
Fonte: Acervo do Autor

O primeiro passo é excluir o acordes diminuto, neste caso o acorde de D#m7(b5).

A7M B7 C#m7 E7M F#m7 G#m7


54 - Acordes de Lá Mixolídio
Fonte: Acervo do Autor
49

Classificação dos acordes em tétrades

A Em G Bm D F#m

T C A
55 - Acordes de Lá Mixolídio
Fonte: Acervo do Autor

Acorde Principal/ Tônica (T): A - Acordes Cadenciais (C): Em e G


Acordes de Apoio (A): Bm, D e F#m

Classificação dos acordes em tétrades

A7 Em7 G7M Bm7 D7M F#m7

T C A
56 - Acordes de Lá Mixolídio
Fonte: Acervo do Autor

Acorde Principal/ Tônica (T): A7 - Acordes Cadenciais (C): Em7 e G7M


Acordes de Apoio (A): Bm7, D7M e F#m7
50

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM
Escreva a escala, acordes e classificação dos acordes de:

Fá Mixolídio

Escala

Acordes

Acordes principal Acordes cadenciais Acordes de apoio

Escreva uma sequência harmônica em Sol Frígio obedecendo as sugestões práticas:


51

Referências
CHEDIAK, A. Dicionário de acordes cifrados. 10o ed. São Paulo: Irmãos vitale, 1984.
CHEDIAK, A. Harmonia & Improvização. 7o ed. São Paulo: Lumiar, 1986. Vol. 1.
CHEDIAK, A. Harmonia & Improvização. 7o ed. São Paulo: Lumiar, 1986. Vol. 2.
GUEST, I. Harmonia: Método prático. São Paulo: Lumiar, 2005. Vol. 1
GUEST, I. Harmonia: Método prático. São Paulo: Lumiar, 2005. Vol. 2
KOELLREUTER, H. Harmonia Funcional. 3o ed. São Paulo: Ricordi.
LOEWENGARD, M. Harmony. Germany: Ulan Press, 2002.
OLIVA, P. Harmonia. HMP editors, 2007.
SCHOENBERG, A. Structural Functions of Harmony. London: Faber and Faber, 1983.
Léo lince do Carmo Almeida
Acesse: www.ead.go.gov.br

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