UNESA – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ENGENHARIA CIVIL

Unidade 4 - Final

Topografia
Prof. MSc. David Nobre

Nova Iguaçu - RJ
2016
 Traçado de uma Bacia Hidrográfica
 A bacia hidrográfica é uma área definida
topograficamente, drenada por um curso de água ou por
sistema interligado de cursos de água tal que todos os
caudais efluentes sejam descarregados através de uma
única saída (seção de referência da bacia).
 O contorno da bacia é definido pela linha de separação de
águas que divide as precipitações que caem na bacia das
que caem em bacias vizinhas, e que encaminham o
escoamento superficial resultante para um outro sistema
fluvial. A linha de separação das águas segue pelas linhas
de cumeada em torno da bacia, atravessando o curso de
água somente na seção de referência. Passa pelos pontos de
máxima cota entre as bacias, o que não impede que no
interior de uma bacia existam picos isolados com cotas
superiores.
 Traçado de uma Bacia Hidrográfica
- Tergo: As encostas convexas formam um tergo ou dorso; a
sua aresta denomina-se linha de separação de águas, de festo
ou cumeeira. As águas pluviais, caindo sobre o tergo,
separam-se para um e outro lado, correndo sobre as faces
laterais (vertentes ou encostas) e seguindo as linhas de
maiores declives.
- Vale: Um vale é a figura do terreno formada pelas encostas
côncavas. À sua aresta dá-se o nome de talvegue, linha de
córrego ou linha de reunião de águas. As águas pluviais que
caem nas faces laterais de um vale correm para o talvegue,
onde se reúnem, formando uma linha de água ou curso de
água.
Traçado de uma Bacia Hidrográfica
Traçado de uma Bacia Hidrográfica
 Traçado de uma Bacia Hidrográfica
 Para o traçado de uma bacia hidrográfica é necessário ter
em mente os conceitos anteriormente indicados, são
efetuados os seguintes passos:
a) Localização da seção de referência da bacia hidrográfica
(figura a seguir (a));
b) Desenho de todas as linhas de água que se encontram a
montante da seção de referência (figura a seguir (b));
c) Traçado da linha de cumeeira tendo em mente as
seguintes considerações:
- A linha de cumeeira apenas intercepta a linha de água na
seção de referência;
- A linha de cumeeira nunca corta as linhas de água das
bacias vizinhas;
- A linha de cumeeira passa pelos pontos de cota mais
elevada entre a bacia e as bacias vizinhas;
 Traçado de uma Bacia Hidrográfica
 Na segunda e na terceira sequências são apresentados
traçados da linha de cumeeira num pequeno trecho
pertencente a uma bacia hidrográfica. Essas figuras apenas
pretendem mostrar alguns cuidados a ter no traçado das
linhas de cumeeira.
Traçado de uma Bacia Hidrográfica
Traçado de uma Bacia Hidrográfica
Traçado de uma Bacia Hidrográfica
Traçado de uma Bacia Hidrográfica
 Cálculo do Greide em um Perfil de
Nivelamento
ESTACA RÉ VI VM Ai COTAS
10 3,50 200,00
10 + 13,50 3,00
11 2,00
12 3,80 0,80
12 + 18,50 2,80
13 2,00
13 + 7,80 0,60
14 4,00 0,20
15 3,30
15 + 12,20 2,80 1,00
16
 Cálculo do Greide em um Perfil de
Nivelamento
a) A cota de todas as estacas
b) A declividade de uma rampa que liga as estacas 11 e 15 +
12,20.
c) A cota vermelha (CV) na estaca 13 + 7,80 para esta rampa
(DH entre as estacas 11 e 13 + 7,80)
d) Construir uma rampa com início na estaca 10, com 5,8%
de declividade. Determinar quanto se deve cortar ou
aterrar na estaca 16.
Perfil Longitudinal e Transversal
Conceito – Perfil Longitudinal
 Perfil Longitudinal e Transversal
 Finalidade
a) Estudo do relevo;
b) A locação de rampas de determinada declividade para
projetos de engenharia
c) Estudo dos serviços de terraplanagem (volume de corte e
aterro.
Perfil
 Perfil
o Os perfis de um nivelamento são: longitudinal e
transversal. O longitudinal é ao longo do caminhamento. Já
o transversal é na direção transversal ao caminhamento.
o O estaqueamento é feito geralmente na direção do
caminhamento, sendo o espaçamento mais comum o de
20,0 m, mas podendo variar conforme a precisão requerida
pela finalidade do trabalho.
o A estas estacas regularmente espaçada denominam-se
estacas inteiras. Entre as estacas inteiras, comumente há
necessidade de se cravar estacas intermediárias para
possibilitar o nivelamento de pontos importantes
(depressões e elevações), estas estacas são referenciadas
em distância horizontal com relação à estaca inteira
anterior.
Nivelamento do Perfil
 Nivelamento do Perfil - Caderneta

PM Cota
ESTACA RÉ (m) AI (m) PI (m)
(m) (m)
0 3,100 585,600

1 2,810

2 1,905

2 + 11,50 m 1,500 1,012

3 0,413

3 + 12,00 m 1,170

4 0,180
 Desenho do Perfil
 O desenho do perfil é feito colocando-se no eixo das
ordenadas (Y) as cotas ou altitudes e no eixo das abcissas
(X) o número das estacas com o respectivo espaçamento.
Como os intervalos entre as cotas ou altitudes, colocadas
nas ordenadas, em geral são muito pequenos em relação ao
espaçamento das estacas (abcissas), adota-se uma escala
vertical 10 vezes maior que a escala horizontal.
Desenho do Perfil
 Rampas – Traçados de Greides
 Uma das finalidade do levantamento de um perfil é a
obtenção de dados para a locação de rampas de
determinada declividade, como eixos de estradas e linhas
de condução de água. A representação de uma rampa sobre
o gráfico do perfil chama-se greide e corresponde ao eixo
de uma rampa.
 Cota Vermelha: É a distância vertical entre um ponto do
greide e o ponto correspondente no terreno. Pode ser
positiva ou negativa.

(+) ponto do greide acima do ponto correspondente no terreno

(ATERRO).
(-) ponto do greide abaixo do ponto correspondente no terreno
(CORTE)
 Rampas – Traçados de Greides
- Ponto de passagem – É o ponto de transição entre corte e
aterro.
- Declividade do greide: d% = (DN/DH) x 100%
- Greide é a linha gráfica que acompanha o perfil do terreno,
sendo dotada de uma certa inclinação, e que indica quando
o solo deve ser cortado ou aterrado.
Rampas – Traçados de Greides
 Exercício de Aplicação 1
Em um perfil longitudinal a estaca 25 + 12 m tem cota 102,32
m e a estaca 30 + 14,20 m tem cota 105,27 m, sendo uniforme
a superfície natural do terreno entre estas estacas. Como estas
informações calcular:

a) A declividade de uma rampa (greide), que passaria por

estas estacas, se na estaca 30 + 14,20 m fosse feito um corte
de 2,10 m de altura e um aterro de mesma altura na estaca 25
+ 12m.
Exercício de Aplicação 2
 Exercício de Aplicação 2
Para o perfil do slide anterior, calcule a declividade (em %)
do ponto A ao ponto E. Calcule também, a cota vermelha nos
pontos B e D, adotando a declividade calculada como a linha
do greide.