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Lei da nacionalidade

(lei nº37/81, de 03 de outubro)


A Lei da Nacionalidade regula as formas de atribuição, aquisição e perda da
nacionalidade portuguesa.

O princípio básico da nacionalidade portuguesa é o jus sanguinis, ou seja, é


cidadão português o indivíduo filho de pai português ou mãe portuguesa. Em
alguns casos específicos, tal direito é estendido aos netos.
Nacionalidade originária

Nos termos do disposto no artigo 1.º da Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro, são portugueses de
origem:

•Os filhos de mãe portuguesa ou de pai português nascidos no território português;


•Os filhos de mãe portuguesa ou de pai português nascidos no estrangeiro se o progenitor
português aí se encontrar ao serviço do Estado Português;
•Os filhos de mãe portuguesa ou de pai português nascidos no estrangeiro se tiverem o seu
nascimento inscrito no registo civil português ou se declararem que querem ser portugueses;
•Os indivíduos nascidos no território português, filhos de estrangeiros, se pelo menos um dos
progenitores também tiver nascido em território português e no mesmo tiver residência,
independentemente de título, ao tempo do nascimento;
•Os indivíduos nascidos no território português, filhos de estrangeiros que não se encontrem ao
serviço do respectivo Estado, se declararem que querem ser portugueses e desde que, no
momentodo nascimento, um dos progenitores resida legalmente no território português há pelo
menos cinco anos;
•Os indivíduos nascidos no território português e que não possuam outra nacionalidade.
Aquisição da nacionalidade
Aquisição da nacionalidade por efeito da vontade
Filho de pai ou mãe que adquira a nacionalidade portuguesa

Nos termos do disposto no artigo 2.º Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro,


podem adquirir a nacionalidade portuguesa, mediante declaração, os
filhos menores ou incapazes de pai ou mãe que adquira a
nacionalidade portuguesa.
Aquisição da nacionalidade
Aquisição da nacionalidade por efeito da vontade
Casamento e união estável
Nos termos do disposto no artigo 3.º, n.º 1, da Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro,
pode adquirir a nacionalidade portuguesa, mediante declaração feita na
constância do matrimónio, o estrangeiro casado há mais de três anos com
nacional português.

Nos termos do disposto no artigo 3.º, n.º 2, da Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro,
pode adquirir a nacionalidade portuguesa, o estrangeiro que, à data da
declaração, viva em união de facto há mais de três anos com nacional
português, após ação de reconhecimento dessa situação a interpor no tribunal
cível.
Aquisição da nacionalidade
Aquisição da nacionalidade por efeito da vontade
Reaquisição da nacionalidade perdida durante a
incapacidade

Nos termos do disposto no artigo 4.º da Lei n.º 37/81, de 3 de


Outubro, pode adquirir a nacionalidade portuguesa quem a tiver
perdido por efeito de declaração prestada durante a sua
incapacidade, quando capaz, mediante declaração.
Aquisição da nacionalidade
Aquisição da nacionalidade pela adoção

Nos termos do disposto no artigo 5.º da Lei n.º 37/81, de 3 de


Outubro, o adotado plenamente por nacional português adquire a
nacionalidade portuguesa.
Aquisição da nacionalidade
Naturalização

Nos termos do disposto no artigo 6.º, n.º 1, da Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro, é
concedida a nacionalidade portuguesa, por naturalização, aos estrangeiros que
satisfaçam cumulativamente os seguintes requisitos:

a) Serem maiores ou emancipados à face da lei portuguesa;


b) Residirem legalmente no território português há pelo menos seis anos;
c) Conhecerem suficientemente a língua portuguesa;
d) Não terem sido condenados, com trânsito em julgado da sentença, pela
prática de crime punível com pena de prisão de máximo igual ou superior a três
anos, segundo a lei portuguesa.
Aquisição da nacionalidade
Naturalização

Nos termos do disposto no artigo 6.º, n.º 3, da Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro, é
também concedida a nacionalidade portuguesa, por naturalização, com
dispensa dos requisitos constantes das alíneas b) e c) aos estrangeiros que
tenham tido a nacionalidade portuguesa e que, tendo-a perdido, nunca tenham
adquirido outra nacionalidade.
Aquisição da nacionalidade
Naturalização

Nos termos do disposto no artigo 6.º, n.º`s 4 e 5, da Lei n.º 37/81, de 3 de


Outubro, também é ou pode ser concedida a nacionalidade portuguesa, por
naturalização, com dispensa do requisito constante da alínea b) aos estrangeiros
que:

•Tenham nascido no estrangeiro, com, pelo menos, um ascendente do segundo


grau da linha reta de nacionalidade portuguesa que não a tenha perdido;
•Tenham nascido em território português, filhos de estrangeiros que tenham aí
permanecido habitualmente nos dez anos imediatamente anteriores ao pedido.
Aquisição da nacionalidade
Naturalização
Nos termos do disposto no artigo 6.º, n.º`s 6 e 7, da Lei n.º 37/81, de 3 de
Outubro, pode também ser concedida a nacionalidade portuguesa, por
naturalização, com dispensa dos requisitos constantes das alíneas b) e c) aos
indivíduos que:

•Não sendo apátridas, tenham tido a nacionalidade portuguesa;


•Forem havidos como descendentes de portugueses;
•Membros de comunidades de ascendência portuguesa;
•Tenham prestado ou sejam chamados a prestar serviços relevantes ao Estado
Português ou à comunidade nacional;
•Sejam descendentes de judeus sefarditas portugueses, através da demonstração
datradição de pertença a uma comunidade sefardita de origem portuguesa.
Aquisição da nacionalidade
Naturalização
Nos termos do disposto no artigo 6.º, n.º 2, da Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro, pode
também ser concedida a nacionalidade portuguesa, por naturalização, aos estrangeiros
que:

•Sejam menores de idade;


•Tenham nascido em território português;
•Conheçam suficientemente a língua portuguesa;
•Não tenham sido condenados, com trânsito em julgado da sentença, pela prática de
crime punível com pena de prisão de máximo igual ou superior a três anos, segundo a lei
portuguesa;

Desde que, no momento do pedido, se verifique uma das seguintes condições:

•Um dos progenitores resida em território português há pelo menos cinco anos;
•O menor tenha concluído o primeiro ciclo do ensino básico em território português.
Perda da nacionalidade

Nos termos do disposto no artigo 8.º, n.º 2, da Lei n.º 37/81, de 3 de Outubro, a perda da
nacionalidade portuguesa só pode ocorrer a pedido do próprio interessado e desde que
ele tenha uma nacionalidade estrangeira.

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