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Sector empresarial do Estado (SEE)

Oliveira, R. (2016)

Ricardo OLiveira, PhD (2016)


SEE: O que é?
• O Sector Empresarial do Estado (SEE) encontra-se
integrado no Sector Público Empresarial, cujo
regime jurídico foi aprovado pelo Decreto-Lei n.º
133/2013, de 3 de outubro.

• O SEE é constituído pelo conjunto das unidades


produtivas do Estado, organizadas e geridas de
forma empresarial, integrando as empresas
públicas e as empresas participadas.
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SEE

Setor
Empresarial do Estado

Empresas Empresas
Públicas
Participadas

Organizações Entidades
Empresariais Públicas
Empresariais

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1. Empresas públicas
• As organizações empresariais
– constituídas sob a forma de sociedade de
responsabilidade limitada
– nos termos da lei comercial,
– nas quais o Estado ou outras entidades públicas
possam exercer, isolada ou conjuntamente, de
forma direta ou indireta, influência dominante e

• As entidades públicas empresariais.

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2. Empresas participadas
• As organizações empresariais
– em que o Estado ou quaisquer outras entidades
públicas,
– de caráter administrativo ou empresarial,
detenham uma participação permanente,
– de forma direta ou indireta,
– desde que o conjunto das participações públicas
não origine influência dominante.

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Existe Influência dominante
em qualquer uma das situações seguintes:

1) Detenham uma participação superior à maioria do capital;

2) Disponham da maioria dos direitos de voto;

3) Tenham a possibilidade de designar ou destituir a maioria dos


membros do órgão de administração ou do órgão de
fiscalização;

4) Disponham de participações qualificadas ou direitos especiais


que lhe permitam influenciar de forma determinante os
processos decisórios ou as opções estratégicas adotadas pela
empresa ou entidade participada.
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Participações permanentes
• Consideram-se participações permanentes
• as que não possuem objetivos exclusivamente
financeiros,
• sem qualquer intenção de influenciar a
orientação ou a gestão da empresa por parte
das entidades públicas participantes,
• desde que a respetiva titularidade seja de
duração superior a um ano.

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Missão do SEE
O SEE é responsável pela:
• Constituição e gestão de infraestruturas
públicas fundamentais de natureza
empresarial

• Prestação de serviços públicos essenciais

• Funções de carácter instrumental, nos mais


diversos sectores e domínios.
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Âmbito do SEE

• O SEE integra atualmente um vasto conjunto de


empresas detidas ou participadas pelo Estado,
cuja atividade abrange os mais diversos sectores
de atividade, constituindo um importante
instrumento de política económica e social.

• Para além das participações diretas, o Estado


detém um conjunto assinalável de participações
indiretas, maioritariamente integradas em grupos
económicos ou holdings como a Parpública –
Participações Públicas, SGPS, SA, e a Caixa Geral
de Depósitos, S.A.
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Carteira de Participações do Estado
A carteira de títulos detidos diretamente pelo Estado, através da
DGTF, divide-se em:
Carteira principal
• Integra as participações com relevância estratégica para o Estado ou para
a prossecução do interesse público.
• http://www.dgtf.pt/ResourcesUser/SEE/Documentos/Carteiras_participac
oes_Estado/30_06_2014/carteira_principal_30_06_2014_versao_3.pdf

Carteira acessória
• Integra as participações diretas do Estado de reduzida utilidade para a
prossecução do interesse público e, em geral, de fraca expressão
económica que chegam à posse do Estado por um conjunto variado de
razões:
• Liquidação da participação diretamente detida;
• Extinção do organismo público que a detinha;
• Dação em pagamento de dívidas fiscais;
• Conversão de créditos em capital;
• Prescrição a favor do Estado por abandono ou ausência de herdeiros.
• http://www.dgtf.pt/sector-empresarial-do-estado-see/carteira-de-
participacoes-do-estado#sthash.xZBEIRub.dpuf
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Carteira Principal
das Participações do Estado em 30-06-2014

1. Empresas Públicas não Financeiras


2. Empresas Públicas Financeiras
3. Empresas sediadas no estrangeiro
4. Organismos internacionais

Capital Social: 718 970 milhões 36.360.584.070 €


Valor nominal das participações do Estado: 36.360.584.070 €

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Carteira Principal
das Participações do Estado em 30-06-2014
1. Empresas Públicas não Financeiras
1.1. Comunicação Social
1.2. Cultura
1.3. Gestão de Infraestruturas
1.3.1. Infraestruturas Aéreas
1.3.2. Infraestruturas Ferroviárias
1.3.3. Infraestruturas Portuárias
1.3.4. Infraestruturas Rodoviárias
1.3.5. Outras Infraestruturas
1.4. Requalificação Urbana
1.5. Saúde
1.6. Transportes
1.7. Parpública
1.8. Outros Sectores
2. Empresas Públicas Financeiras
3. Empresas Sediadas no Estrangeiro
4. Organismos Internacionais
• http://www.dgtf.pt/ResourcesUser/SEE/Documentos/Carteiras_participacoes_Estado/30_06_2014/
carteira_principal_30_06_2014_versao_3.pdf
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Carteira acessória
das Participações do Estado em 30-06-2014

• Banif - Banco Internacional do Funchal, SA


• CNEMA - Centro Nacion. Expos. Mercados Agrícolas, SA
• Companhia Minas de Penedono, SA
• Comundo - Consorcio Mundial Exportação Importação, SA
• ooperativa Cultural Recreativa Gafanha da Nazaré, CRL
• Estrela, SGPS, SA (ex-Companhia de Cervejas Estrela, SA)
• Gestínsua - Aquisições Alienações Patrim. Imob. Mobil., SA
• IPE Macau - Investimentos e Participações Empresarias, SARL
• Matadouro Regional do Barroso e Alto Tâmega, SA
• Matur - Sociedade de Empreendimentos Turísticos da Madeira, SA
• Novas Empresas e Tecnologias, SA
• Norvalor n.d. 25,00 Parparticipadas, SGPS, SA

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Carteira acessória
das Participações do Estado em 30-06-2014
• Parquinverca - Cooperativa Abastecimento Alimentar, SCARL
• Parques de Sintra - Monte da Lua, SA
• Parups, SA
• Parvalorem, SA
• Portugal Telecom, SGPS, SA
• Portugal Venture Capital Initiative, SA
• SANJIMO - Sociedade Imobiliária, SA
• Sociedade Águas da Curia, SA
• Sociedade Imagem Real, Ldª
• Sonagi - Sociedade Nacional Gestão Investimento, SGPS, SA
• SPIDOURO - Sociedade Promoção Inv. Douro Trás-os-Montes, SA
• WTC Macau - World Trade Center Macau, SARL
• ZON - Multimédia, SGPS, SA

• Capital social: 1.981.816.253,94 €


• Partic. Estado: 757.634.409,91 €
• http://www.dgtf.pt/ResourcesUser/SEE/Documentos/Carteiras_participacoes_Estado
/30_06_2014/carteira_acessoria_30_06_2014.pdf
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Esforço Financeiro Público

• Contabiliza as indemnizações compensatórias ou subsídios à


exploração atribuídos em regra a serviços de interesse público, ou
aumentos de capital, os empréstimos e ainda a assunção de passivos
ou conversão de créditos em capital por contrapartida do montante
dos dividendos recebidos.

• Nas empresas públicas este esforço financeiro, para além dos subsídios
à exploração, indemnizações compensatórias e dotações de capital,
será ainda acrescido pelo montante dos reforços de capital, cuja
cobertura será assegurada por parte das receitas de privatizações e
pela mobilização de activos financeiros detidos pelo Tesouro.

• O esforço financeiro do Estado tem vindo a decrescer ao longo dos


anos, e deve-se essencialmente ao modo de financiamento dos
vultosos programas de investimento (emissão com aval do Estado de
obrigações e títulos de participação) e à melhoria da situação de
algumas empresas.

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Esforço Financeiro Público

• O esforço financeiro do Estado nas Empresas pode assumir diversas


formas consoante a respetiva finalidade.

• Os subsídios à exploração e as indemnizações compensatórias


visam o reequilíbrio financeiro das empresas em que, por virtude
da atividade exercida, tal se justifique, sendo que, no caso
específico das indemnizações compensatórias, a sua atribuição
resulta de compensação financeira pelo exercício de obrigações de
serviço público.
• As dotações de capital visam ora a comparticipação do Estado em
investimentos, ora o saneamento financeiro de empresas em
situação difícil (também possível pela via da conversão de créditos),
ou ambos os objetivos em simultâneo.

• http://www.dgtf.pt/sector-empresarial-do-estado-see/esforco-
financeiro-publico/entity/esforco-financeiro-
publico#sthash.RMAfpUjZ.dpuf
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Os Fluxos resultantes da função financeira que o Estado
exerce junto das empresas são:

• Despesas do Estado
– Dotações de capital
– Indemnizações compensatórias
– Concessão de empréstimos do Tesouro
– Assunção de passivo
• Despesas potenciais
– Garantias concedidas
• Receitas do Estado
– Dividendos
– Remuneração do capital estatutário
– Recuperação de créditos
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Despesas do Estado
• As dotações de capital são verbas destinadas a assegurar a cobertura
financeira de realizações de capital social ou estatutário da empresa,
identificando os montantes de capital investidos pelo Estado na empresa.
• As Indemnizações compensatórias são compensações financeiras atribuídas
pelo Estado, com o objetivo de reequilibrar as empresas que prestam
obrigações de serviço público.
• A Concessão de empréstimos do Tesouro são um operação financeira pela
qual, o Estado, na qualidade de mutuante, empresta uma determinada
importância à empresa, ficando esta obrigada a efetuar a sua amortização e a
pagar os juros correspondentes.
• A Assunção de passivos significa que o Estado substitui-se ao devedor no
pagamento das dívidas, podendo ou não existir a possibilidade de exercer o
direito de regresso, expresso na Lei do Orçamento do Estado. A assunção de
passivos surge no contexto de planos estratégicos de reestruturação e
saneamento financeiro e no âmbito de processos de liquidação).
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publico/entity/esforco-financeiro-publico#sthash.RMAfpUjZ.dpuf
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Despesas Potenciais

• As Garantias concedidas são operações financeiras


pelas quais o Estado, como garante, assume a
responsabilidade de substituir o mutuário/devedor
no pagamento do serviço da dívida de um
empréstimo, caso aquele entre em incumprimento.

• Esta concessão de garantias às empresas públicas


traduz-se em responsabilidades potenciais do
Estado, na medida em que este pode vir a ter que
executar a garantia.
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Receitas do Estado

• Os Dividendos correspondem a lucros da empresa distribuídos pelos


acionistas/detentores do capital e a remunerações dos investidores
por estarem a financiar a empresa, os quais constituem receitas do OE.

• A Remuneração do capital estatutário é efetuada de acordo com o


regime previsto para a distribuição dos lucros do exercício nas
sociedades anónimas.

• A Recuperação de créditos é decorrente das operações de intervenção


financeira. A origem dos créditos pode ser por concessão de
empréstimos e de outras operações ativas, execução de garantias,
transferência de créditos de organismos extintos e aquisição de
créditos. As modalidades de recuperação são por via extrajudicial ou
através de cobrança coerciva.

• http://www.dgtf.pt/sector-empresarial-do-estado-see/esforco-
financeiro-publico/entity/esforco-financeiro-
publico#sthash.RMAfpUjZ.dpuf
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Relatórios anuais e estatísticas do SEE

• http://www.dgtf.pt/sector-empresarial-do-
estado-see/relatorios-see/anuais

• http://www.dgtf.pt/estatisticas

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Bibliografia

• http://www.dgtf.pt/sector-empresarial-do-estado-see/o-que-
e-o-sector-empresarial-do-estado-see-#sthash.fEXeWrtQ.dpuf
• http://www.dgtf.pt/sector-empresarial-do-estado-
see/relatorios-see/anuais
• http://www.dgtf.pt/estatisticas

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