Você está na página 1de 63

SISTEMAS HIDRÁULICOS

MANUTENÇÃO APLICADA

Professor: Engº Gerson Francisco Brauner


ROTEIRO DA AULA (Previsão)
08:00
1. Informações de segurança do prédio ........................................... 05 min 08:05
2. Apresentações .............................................................................. 15 min 08:20
3. Acordo........................................................................................... 01 min 08:21
4. Introdução – Sistemas Hidráulicos..................... .......................... 04 min 08:25
5. Exercício 1 ................................................................................... 10 min 08:35
6. Hidráulica - Breve Histórico .......................................................... 05 min 08:40
7. Conceitos Básicos – Breve revisão .............................................. 05 min 08:45
8. Elementos do Sistema Hidráulico ................................................. 50 min 09:35
9. Exercício 2 .................................................................................... 10 min 09:45
10. Intervalo ........................................................................................ 15 min 10:00
11. Falhas & Acidentes x Custo .......................................................... 30 min 10:30
12. Manutenção – Breve Histórico ......................................................
13. Tipos de Manutenção – Conceitos Básicos ..................................
14. Tendências Mundiais ....................................................................
15. Planejamento, Organização & Controle .......................................
16. Confiabilidade e Segurança Operacional .....................................
17. Fundamentos da Integridade Mecânica .......................................
18. Benefícios .....................................................................................
19. Exercício 3 ...................................................................................
20. Considerações Finais ...................................................................
APRESENTAÇÕES
GERSON FRANCISCO BRAUNER

Formação:
Engenharia Civil
Engenharia de Segurança do Trabalho
Gestão Ambiental
Auditor Certificado pelo IRCA ( ISO, OHSAS)

Experiências:
Construção Civil
Construção Industrial
Consultoria Empresarial (América Latina, EUA, Europa)

Experiencia Acadêmica:
Univesidade Católica de Pelotas
Universidade Federal de Pelotas
Pontificie Univesidade Católica do Rio de Janeiro
Treinamentos de Gestão ( DuPont, Bureau Veritas, Petrobras)
APRESENTAÇÕES
GERSON FRANCISCO BRAUNER

Experiências Adquiridas: Gerenciamento de Risco Operacional

• Gerenciamento de Projetos;
• Gestão de Sistemas de Segurança de Instalações e Tecnologia;
• Segurança Operacional, Segurança Elétrica;
• Inspeção e Proteção contra Incêndios e Explosão;
• Comissionamento e Descomissionamento de equipamentos e unidades;
• Integridade Mecânica;
• Qualidade Assegurada;
• Manutenção Centrada em Confiabilidade;
• Planejamento e Controle de Manutenção;
• Planejamento e Controle de Inspeção e Testes;
• Informações de Processos; Gestão de Mudanças;
• Auditorias Comportamentais;
• Investigação e Análises de acidentes;
• HACCP - Hazardous Analysis and Critical Control Point.
ACORDO

 Respeitar os horários de início e término dos intervalos (DO);

 Respeitar diferenças de conhecimento, experiência etc;

 Não existem perguntas idiotas, pergunte sempre;

 Ao questionar, agregue valor, evite repetições;

 Não leve dúvidas sobre o conteúdo apresentado;

 Manter celulares desligados ou no “vibracall”;

 Se necessário atender o celular, faça-o fora da sala.


Introdução – Sistemas Hidráulicos

Definição de Sistema Hidráulico

Conjunto de elementos físicos associados que, utilizando um fluido como


meio de transferência de energia, permite a transmissão e o controle de força
e movimento.
Introdução – Sistemas Hidráulicos

Sistema Hidráulico: Componentes


o Transmissão Hidráulica de Força e Energia
o Fluidos, Reservatórios e Acessórios
o Mangueiras e Conexões
o Bombas Hidráulicas
o Válvulas de Controle de Pressão
o Válvulas de Controle Direcional
o Válvulas de Retenção
o Válvulas Controladoras de Fluxo (Vazão)
o Elemento Lógico (Válvulas de Cartucho)
o Atuadores Hidráulicos
o Acumuladores Hidráulicos
o ....

Terminologia Hidráulica
Pressão - força atuando na área (psi) bar
Força - pressão x área (pounds)
Caudal - movimento de um fluído (gpm) litros
Exercício 1
Descreva o Plano de Manutenção da QG aplicado a SH.
Como?
Quais os tipos de manutenção são aplicadas a SH na QG?
O quê?
Quais são os itens de controle considerados no plano de manutenção?
Quais são os componentes considerados?
Quais são os critérios utilizados?
Em quanto tempo?
Qual a frequência considerada e porque?
Quem?
Qual é o público alvo considerado nos planos de manutenção?
Quando?
Quando o plano de manutenção deve ser revisado?
Quanto?
Há um controle efetivo dos custos durante o ciclo de vida dos
equipamentos?
Introdução – Breve Histórico

Hidráulica é uma palavra que vem do grego e é a união de hydra = água, e


aulos = condução/aula/tubo é, portanto, uma parte da física que se dedica a
estudar o comportamento dos líquidos em movimento e em repouso.
É responsável pelo conhecimento das leis que regem o transporte, a
conversão de energia, a regulagem e o controle do fluido agindo sobre
suas variáveis (pressão, vazão, temperatura, viscosidade, etc.).

Arquimedes: um dos maiores matemáticos de todos os


tempos, inventou a hidrostática, ciência que estuda a dinâmica
dos fluidos

Egípcios, babilônicos e chineses na remota antiguidade


utilizavam tecnologias que podem nos assombrar, porque as
consideramos modernas e não concebemos que fossem
conhecidas em tempos tão remotos. Porém, foram os gregos
que criaram várias tecnologias que, juntas, apontavam o
caminho para criar toda uma geração de máquinas, entre elas,
o automóvel. Vida, movimento e vapor
Turbina a vapor - Heron
Introdução – Breve Histórico

A tecnologia grega estava a serviço da religião, e Heron foi responsável por


diversos mecanismos instalados em templos gregos, que serviam para que
estátuas se movessem, “voassem”, tocassem trombetas, e até mesmo que
pássaros metálicos pudessem cantarolar, com o objetivo de impressionar os
fiéis. Para tanto, Heron usou a força dos ventos, da água e do vapor como
fonte de energia.

Restos arqueológicos de um destes templos mostraram que as portas eram abertas


por uma máquina a vapor elementar instalada no subsolo, movida pelo calor da pira.
Introdução – Breve Histórico

Outro invento importante creditado a Heron é o de um tipo de seringa, de


onde derivam a seringa hipodérmica e o sistema de pistão e camisa, usados
nos motores atuais.

A tecnologia grega estava a serviço da religião, e Heron foi responsável por


diversos mecanismos instalados em templos gregos, que serviam para que
estátuas se movessem, “voassem”, tocassem trombetas, e até mesmo que
pássaros metálicos pudessem cantarolar, com o objetivo de impressionar os
fiéis. Para tanto, Heron usou a força dos ventos, da água e do vapor como
fonte de energia.
Introdução – Breve Histórico

Parafuso de Arquimedes ou bomba de parafuso é uma máquina utilizada


para transferir líquidos entre dois pontos com elevações diferentes. A sua
invenção é atribuída a Arquimedes, apesar de existirem registros escritos sobre
os jardins suspensos da Babilônia que descrevem um aparelho idêntico utilizado
na Mesopotâmia cerca de 300 anos antes do seu nascimento.
Introdução – Breve Histórico

EVENTOS HISTÓRICOS

INVENÇÕES AUTORES ANO PAÍS


Esgotos 3750 AC Babilônia
Drenagem Empédocles 450 AC Grécia
Bombas de pistão 200/120 AC Grécia
Aquedutos romanos 150 AC Roma
Termas romanas 20 AC Roma
Compressor de ar Von Gueriche 1654 Alemanha
Tubos de ferro fundido Jordan 1664 França
Bomba centrífuga Jordan 1664 França
Máquina a vapor Papin 1680 França
Introdução – Breve Histórico

EVENTOS HISTÓRICOS

INVENÇÕES AUTORES ANO PAÍS


Vaso sanitário Bramah 1775 Inglaterra
Turbina hidráulica Fourneyron 1827 França
Prensa hidráulica Bramah 1796 França
Emprego de hélice Ericson 1836 Suécia
Usina hidrelétrica 1882 EUA
Submarino Holland 1898 EUA
Propulsão a jato Whittle 1937 Inglaterra
Tubos de p.v.c. 1947
Conceitos Básicos – Breve revisão

Fluxo
Para que haja fluxo é necessário que haja um diferencial de pressão entre dois
pontos.
Tipos de Fluxos existentes.
Laminar: As partículas de fluído movimentam-se ordenadamente paralelas as
paredes do tubo, mas para tanto é necessário que restrições e mudanças de
direções sejam feitas de formas suaves.

Turbulento: As partículas movimentam-se desordenadamente, é provocado por


restrições e mudanças de direções bruscas ou quando submetido á altas
velocidades. Nestas condições tem um grande atrito interno que gera um calor
excessivo.
Conceitos Básicos – Breve revisão

Fluxo
A Mudança na Direção do Fluido gera Calor
Em uma linha de fluxo de fluido há geração de calor sempre que o fluido
encontra uma curva na tubulação. O fator gerador do calor é o atrito provocado
pelo choque das moléculas que se deparam com o obstáculo da curva.

Dependendo do
diâmetro do cano, um
cotovelo de 90° pode
gerar tanto calor quanto
vários metros de cano.

Quando as velocidades do fluido forem superiores a recomendada, o


resultado será um fluxo turbulento com perda de pressão e aquecimento
excessivo. Velocidades superiores são empregadas quando o fluxo do fluído
hidráulico for intermitente ou o período de tempo for breve.
Conceitos Básicos – Breve revisão

Fluxo
A Mudança na Direção do Fluxo gera alterações no sistema
Mangueira do aquecedor de bloco : Desalinhamento da mangueira, provocando
diminuição da convecção que o aquecedor de bloco produz, a temperatura fria
tende a ficar quente e vice cersa. Alinhando a mangueira melhora a eficiência
do aquecedor de bloco.
Conceitos Básicos – Breve revisão
Lei de Pascal
A pressão exercida em um ponto qualquer de um líquido estático é a mesma em
todas as direções e exerce forças iguais em áreas iguais. Vamos supor um
recipiente cheio de um líquido, o qual é praticamente incompressível.
Conceitos Básicos – Breve revisão
Princípio Prensa Hidráulica

Quando aplicamos uma força de 10 kgf em uma área de 1 cm2, obtemos como
resultado uma pressão interna de 10 kgf/cm2 agindo em toda a parede do
recipiente com a mesma intensidade.
Este princípio, descoberto e enunciado por Pascal, levou à construção da
primeira prensa hidráulica no princípio da Revolução Industrial. Quem
desenvolveu a descoberta de Pascal foi o mecânico Joseph Bramah.
Conceitos Básicos – Breve revisão
Mudanças Provisórias
WOP – Workaround Oriented Programming ou
POG - Programação Orientada a Gambiarras.
Mais cedo ou mais tarde, todos fazem uma gambiarra pequena ou grande,
seja por pressão, falta de idéias melhores ou falta de capacitação técnica,
mas seja qual for o motivo de sua origem, uma gambiarra deveria ser
provisória?
Elementos do Sistema Hidráulico

Manômetro
O manômetro é um aparelho que mede um diferencial de pressão. Dois tipos de
manômetros são utilizados nos sistemas hidráulicos: o de Bourdon e o de núcleo
Móvel.

Manômetro de Bourdon
O tubo de Bourdon consiste de uma escala calibrada em unidades de pressão e
de um ponteiro ligado, através de um mecanismo, a um tubo oval, em forma de
"C". Esse tubo é ligado à pressão a ser medida.
Elementos do Sistema Hidráulico
Viscosidade
A viscosidade é a medida de resistência ao fluxo das moléculas de um líquido
quando elas deslizam umas sobre as outras. É uma medida inversa à de fluidez.
Viscosidade ou tenacidade de um líquido se entende pela resistência que
as moléculas de um líquido fazem contra um deslocamento. Portanto essa
resistência é também chamada atrito interno.

Efeito da Temperatura sobre a Viscosidade


Uma garrafa de melado tirada da geladeira apresenta uma alta resistência ao
fluxo. Tentar passar esse líquido por um funil constitui-se numa operação
demorada. Aquecendo-se o melado, faz-se com que ele escoe perfeitamente pelo
funil. O aquecimento das moléculas do melado faz com que elas deslizem umas
às outras com maior facilidade. Conforme se aumenta a temperatura de um
líquido, a sua viscosidade diminui.
Elementos do Sistema Hidráulico
Viscosidade gera Calor

Um líquido de alta viscosidade, apresentando maior resistência ao fluxo, gera


mais calor no sistema do que um líquido de baixa viscosidade.

Nenhum sistema hidráulico usa fluido de baixa viscosidade. A determinação


apropriada da viscosidade do fluido para um sistema hidráulico incorpora fatores
que não serão tratados nesta aula. No entanto deve levar em conta o meio
ambiente de trabalho de uma máquina para determinar se a viscosidade pode ser
um elemento importante a se considerar no plano de manutenção do sistema.

Máquinas em ambiente agressivo, sujeito aos efeitos naturais como, maresia,


areia fina, altas variações de temperaturas, águas contaminadas, entre outros,
com o tempo de uso e a influência do meio ambiente de trabalho e de umidade, a
viscosidade do óleo tende a aumentar devido a emulsificação de água no óleo,
fato que ocorre muito nas indústrias de alimentos aonde ocorre a limpeza dos
equipamentos diariamente com água sob pressão e detergentes, contaminando
assim o óleo hidráulico.
Elementos do Sistema Hidráulico

Viscosidade – Classe de viscosidade SAE x Temperatura

fonte http://www.lubrificantes.net/esp-003.htm
Elementos do Sistema Hidráulico
Reservatórios Hidráulicos - Funcionamento
Quando o fluido retorna ao reservatório, a placa defletora impede que este fluido
vá diretamente à linha de sucção. Isto cria uma zona de repouso onde as
impurezas maiores sedimentam, o ar sobe à superfície do fluido e dá condições
para que o calor, no fluido, seja dissipado para as paredes do reservatório.

O filtro de óleo hidráulico de alta pressão situados na


entrada da bomba, remove a contaminação do líquido do
reservatório antes que alcance a bomba e os
componentes de sistema.
Elementos do Sistema Hidráulico
Fluido Hidráulico
O fluido hidráulico é o elemento vital de um sistema hidráulico industrial. Ele é um
meio de transmissão de energia, um lubrificante, um vedador e um veículo de
transferência de calor.

A contaminação causa problemas nos sistemas hidráulicos porque interfere no


fluido, que tem quarto funções.
o Transmitir energia.
o Lubrificar peças internas que estão em movimento.
o Transferir calor.
o Vedar folgas entre peças em movimento.

O fluido hidráulico à base de petróleo é o mais comum, o que traz consigo outros
riscos relacionados à Segurança, Meio Ambiente e Saúde, como o de
contaminação do meio ambiente devido a vazamentos, danos a saúde em
relação as falhas no manuseio, tais como, inalação, contato com a pele ou com
os olhos, assim como o risco de incêndio. Sempre consulte e conheça os riscos
através da FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico.
Elementos do Sistema Hidráulico
Fluido Hidráulico

RISCOS ESPECÍFICOS
FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico.
Elementos do Sistema Hidráulico
Fluido Hidráulico
FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico.
Fluido de Freios
Elementos do Sistema Hidráulico
Fluido Hidráulico
FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico.

ACIDENTE - DESCRIÇÃO DO EVENTO


O operador estava usando uma ferramenta de alta pressão hidráulica, quando a mangueira
rompeu-se na ponteira, atingindo a mão do operador.
Na emergência, o prognóstico inicial foi "manter-se limpo e de descanso". Por acaso, um
médico especialista observou e interveio. O óleo mineral já tinha começado a "corroer"
tecido adiposo na mão e foi subindo pelo braço. A ferida não pôde ser suturada devido aos
danos no tecido pelo óleo. A ferida foi fechada gradualmente ao longo de semanas.
A vítima estava usando luvas de couro e era um profissional experiente e capacitado.

Medida de controle: AR e bloqueio de enegias perigosas.


Elementos do Sistema Hidráulico
Fluido Hidráulico
A contaminação interfere com a transmissão de energia vedando pequenos
orifícios nos componentes hidráulicos. Mais de 75% das falhas em sistemas
hidráulicos e de lubrificação são devidos ao excesso de contaminação.
Elementos do Sistema Hidráulico
Fluido Hidráulico - Aditivos
Inibidores e aditivos também são meios de controle, porém devem ser avaliados
quanto a compatibilidade com o sistema.
Uma das preocupações do fabricante de aditivos é assegurar que o aditivo seja
perfeitamente solúvel e estável no fluido base (óleo mineral, óleo sintético e outros
fluidos) sobre toda faixa de temperatura a qual esteja exposto e durante todo o tempo
que o lubrificante acabado fique aguardando a sua utilização.
Deve ainda ser compatível com os outros aditivos presentes. A quantidade que pode
ser adicionada ao básico sem causar instabilidade é outra dificuldade.
Há aditivos que em excesso são prejudiciais como o antiespumante, o qual, quando
utilizado em demasia, causa efeito contrário, promove a formação de espuma.
A resistência à água é outra preocupação. Alguns aditivos podem hidrolisar na
presença de água. Além de privar o óleo de sua função prevista, os resíduos sólidos,
por menores que sejam, obstruem filtros presentes em sistemas hidráulicos, causando
paradas e trocas freqüentes de filtros. Assim sendo, a seleção dos aditivos sob este
ponto de vista é importante.

Avalie sempre a compatibilidade dos aditivos !


Elementos do Sistema Hidráulico
Fluido Hidráulico
Tipos de Contaminação
Todo e qualquer tipo de contaminação, deverá ser evitada e combatida.
Geralmente a formação de contaminantes ocorre da seguinte forma:
o Incorporados durante a montagem do sistema;
o Incorporados no fluido hidráulico ou durante o abastecimento;
o Introduzidos durante a manutenção, cada vez que o circuito é aberto;
o Introduzidos devido a armazenagem inadequada dos componentes;
o Entram pelo filtro de ar;
o Contaminantes resultantes da degradação dos componentes.
Elementos do Sistema Hidráulico
Fluido Hidráulico
Cuidados na troca ou análise de óleos

O uso de materiais e uma sistemática


adequadas, são fundamentais para se
evitar problemas em sistemas hidráulicos.
Elementos do Sistema Hidráulico
Fluido Hidráulico
Cuidados na troca ou análise de óleos

O uso de proteção pessoal adequada.


Elementos do Sistema Hidráulico
Fluido Hidráulico – Outras considerações
As inspeções visuais e frequentes, são fundamentais para se evitar problemas
em sistemas hidráulicos.

Acúmulo de sujeira e poeira, sinal de vazamento Anel de óleo formado na haste, sinal de vedação ruim
(ainda pouco)

É comum achar que este evento não seja tão prejudicial ao funiconamento da
máquina, no entanto, a contaminação do fluído é um fator de risco que não pode
ser subestimado para o perfeito funcionamento de uma sistema hidráulico.
Elementos do Sistema Hidráulico
Filtros Hidráulicos
Todos os fluidos hidráulicos contêm uma certa quantidade de contaminantes. A
necessidade do filtro, no entanto, não é reconhecida na maioria das vezes, pois
o acréscimo deste componente particular não aumenta, de forma aparente, a
ação da máquina.
A escolha do tipo de filtro, material constituído, assim como sua localização
podem influenciar no rendimento do sistema, portanto, são fatores importantes à
considerar em função do tipo de trabalho, meio ambiente e necessidades de
intervenções.

Fonte: Manual Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.


Elementos do Sistema Hidráulico
Tipo de Filtragem pela Posição no Sistema
Seria ideal que cada componente do sistema fosse equipado com o seu próprio
filtro, mas isso não é economicamente prático na maioria dos casos. Para se
obterem melhores resultados, a prática usual é colocar filtros em pontos
estratégicos do sistema.

Fonte: Manual Parker Hannifin Ind. Com. Ltda.


Elementos do Sistema Hidráulico
Tipo de Filtragem pela Posição no Sistema

As máquinas podem estar equipadas com os melhores filtros disponíveis no


mercado, e eles podem estar posicionados no sistema no lugar em que a sua
aplicação é otimizada; mas, se os filtros não são trocados quando estão
contaminados, o dinheiro gasto com a sua aquisição e sua instalação é um
dinheiro perdido.
Elementos do Sistema Hidráulico
Filtros - Outras considerações
Procedimento de corte do filtro antes de enviar amostra S.O.S. ao laboratório

Corte o Filtro com ferrmenta apropriada Corte do Filtro em dois sentidos

Em um torno, com um ímã verificar materiais ferrosos Visualmente verificar partículas metálicas

Caso haja presença significativa destes materiais, executar a manutenção antes de


apresentar maiores problemas
Elementos do Sistema Hidráulico
Filtros - Outras considerações
Os filtros rosqueados possuem uma seqüência de fixação diferentes e na troca
ou manutenção, podem deixar folgas que permitem a contaminação do fluido.

Há um diagrama escrito no filtro para executar a Na maioria há marcações indicando o terço de volta
movimentação e lubrificação do filtro depois do aperto

Todos os envolvidos nas tarefas de manutenção devem ter o conhecimento e


frequentemente precisamos verificar se os procedimentos corretos estão
sendo seguidos. Falhas humanas tem sido uma das maiores causas de falhas
na manutenção de equipamentos.
Elementos do Sistema Hidráulico
Válvula de Desvio ("By Pass") do Filtro
As válvulas de by-pass operam sentindo a diferença da pressão. Se a
manutenção do filtro não for feita, o diferencial de pressão através do elemento
filtrante aumentará. Um aumento excessivo no diferencial de pressão sobre um
filtro, no lado de sucção de um sistema, poderá provocar cavitação na bomba.

A válvula by-pass é um mecanismo à prova de falhas. Num filtro de sucção, a


by-pass limita o diferencial de pressão máxima sobre o filtro se ele não estiver
limpo. Isto protege a bomba. Mas quem protege a válvula?
Elementos do Sistema Hidráulico
"By Pass” do Filtro

Um filtro by-pass, que não deve ser confundido com a válvula by-pass, é um
filtro com baixa circulação, que filtra uma pequena porcentagem do óleo do
motor por vez. Os filtros by-pass são muito eficientes na remoção de
contaminantes menores, que causam desgaste. Possuem, também, uma
elevada capacidade de retenção de contaminantes. Os filtros by-pass são
sempre utilizados junto com um filtro de fluxo pleno.

Uma vez que o filtro by-pass é instalado não requer uma válvula by-pass. Uma
válvula by-pass é necessária no caso de um filtro de fluxo pleno, para garantir
que o motor fique lubrificado quando o óleo estiver frio ou quando o filtro estiver
entupido. Se o óleo estiver frio, o filtro by-pass receberá menor fluxo de óleo.
Caso esteja entupido, o filtro de óleo poderá esfriar, deixando de funcionar.

O conhecimento da função de cada elemento é importante para se


estabelecer o fluxo da manutenção e da importância de cada elemento no
sistema hidráulico.
Elementos do Sistema Hidráulico
Mangueiras
Linhas Flexíveis para Condução de Fluidos
As linhas flexíveis para condução de fluidos são necessárias na maior parte das
instalações onde a compensação de movimento e absorção de vibrações se faz
presentes.
Um exemplo típico de linhas flexíveis são as mangueiras, cuja aplicação visa
atender a três propostas básicas:
1) conduzir fluidos líquidos ou gases;
2) absorver vibrações;
3) compensar e/ou dar liberdade de movimentos.
As especificações construtivas das mangueiras permitem ao usuário enquadrar o
produto escolhido dentro dos seguintes parâmetros de aplicação:
– Capacidade de Pressão Dinâmica e Estática de trabalho;
– Temperatura Mínima e Máxima de trabalho;
– Compatibilidade química com o fluido a ser conduzido;
– Resistência ao meio ambiente de trabalho contra a ação do Ozônio (O3),
raios ultravioleta, calor irradiante, chama viva, etc.;
– Vida útil das mangueiras em condições Dinâmicas de trabalho (impulse-test);
– Raio mínimo de curvatura.
Elementos do Sistema Hidráulico
Mangueiras – Inspeções visuais (Falhas)

Atrito da mangueira com a superficie da máquina. Pintura das mangueiras

Para cada tipo e material de reforço e de cobertura, existe uma aplicação


adequada, é preciso considerar no custo de manutenção, se o tipo escolhido
para o trabalho em um ambiente específico ou em função do fluido, se a
mangueira é compatível para o funcionamento do sistema mantendo a
relação custo benefício com as características da atividade.
Elementos do Sistema Hidráulico
Bombas
Todos os sistemas hidráulicos em uma escavadeira obtêm sua pressão
hidráulica de uma bomba hidráulica. Há dois tipos de bombas de uso comum:
Bombas de engrenagem e Bombas de deslocamento variável.
O coração do sistema hidráulico sensível à carga é a bomba de deslocamento
variável, é mais sofisticada. Ela tem uma série de cilindros de pistão fixados em
um anel dentro de um barril.
Antes de tudo, a bomba de deslocamento variável é mais eficiente pois
bombeia apenas a quantidade de óleo que o sistema hidráulico necessita.
Quando nenhum dos aríetes hidráulicos está operando, a bomba simplesmente
para de bombear óleo. Isso reduz o consumo de combustível da escavadeira
em grande medida. Ou seja, é extremamente importante ao sistema.
Elementos do Sistema Hidráulico
Bombas
Principais Falhas em Bombas
Baseado na descrição de uma sistemática utilizada por uma grande refinaria de
petróleo para aumentar a confiabilidade e reduzir o custo de manutenção das
suas máquinas, as falhas de equipamentos mecânicos foram analisadas, sendo
o resultado das analises introduzidos num banco de dados computadorizado;
Os problemas mais freqüentes, chamados de problemas crônicos da planta,
foram os seguintes:
a) Falhas de selos mecânicos;
b) Esforços excessivos nos bocais de máquinas;
c) Cavitação de bombas.
Embora os resultados das análises de falhas tenham sido utilizados para guiar
as ações de aumento de confiabilidade, outros programas paralelos estavam
em andamento, tais como:
a) Modernização da manutenção preditiva, com aquisição de novos
equipamentos;
b) Padronização de outros componentes, como acoplamentos,
vedações de caixas de mancal, etc.;
c) Treinamento e reciclagem para mecânicos e operadores.
Elementos do Sistema Hidráulico
Válvulas de Controle de Pressão
Generalidades
As válvulas, em geral, servem para controlar a pressão, a direção ou o volume
de um fluido nos circuitos hidráulicos. As válvulas do tipo controladoras de
pressão são usadas na maioria dos sistemas hidráulicos.
Essas válvulas são utilizadas para:
– Limitar a pressão máxima de um sistema;
– Regular a pressão reduzida em certas partes dos circuitos;
– Outras atividades que envolvem mudanças na pressão de operação.
Exercício 2
Elementos críticos de um sistema hidráulico
Com base no que foi visto sobre os elementos de um sistema hidráulico, estabeleça
dentre eles, 5 (cinco) elementos que poderiam ser considerados críticos para uma
perfeita e segura operação de máquinas na empresa. Indique os critérios e a razão
da escolha.

A definição da criticidade de cada elemento ou equipamento é na verdade, a


maneira utilizada para determinar o grau de importância de cada equipamento
dentro do processo produtivo, levando-se em conta aspectos importantes como:
segurança, meio ambiente, saúde, custo, etc. Dentro deste conceito, um
equipamento pode ser classificado como:
A (equipamento crítico),
B (equipamento importante) ou
C(equipamento auxiliar).
A criticidade dos equipamentos A, B ou C define qual a estratégia a será aplicada no
mesmo, visando principalmente o tipo de manutenção a ser aplicado e a atuação
das equipes de manutenção em cada equipamento; seu objetivo é orientara
abordagem de manutenção adotada, assim permitindo a focalização do esforço de
manutenção, e a hierarquização das prioridades de atendimento.
Exercício 2
Elementos críticos de um sistema hidráulico
Com base no que foi visto sobre os elementos de um sistema hidráulico, estabeleça
dentre eles, 5 (cinco) elementos que poderiam ser considerados críticos para uma
perfeita e segura operação de máquinas na empresa. Indique os critérios e a razão
da escolha.

A definição da criticidade de cada elemento ou equipamento é na verdade, a


maneira utilizada para determinar o grau de importância de cada equipamento
dentro do processo produtivo, levando-se em conta aspectos importantes como:
segurança, meio ambiente, saúde, custo, etc. Dentro deste conceito, um
equipamento pode ser classificado como:
A (equipamento crítico),
B (equipamento importante) ou
C(equipamento auxiliar).
A criticidade dos equipamentos A, B ou C define qual a estratégia a será aplicada no
mesmo, visando principalmente o tipo de manutenção a ser aplicado e a atuação
das equipes de manutenção em cada equipamento; seu objetivo é orientara
abordagem de manutenção adotada, assim permitindo a focalização do esforço de
manutenção, e a hierarquização das prioridades de atendimento.
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
Tomando a manutenção como premissa para a redução dos custos da produção,
deve-se definir a melhor política a ser adotada para a otimização dos custos.
O gráfico ilustra a relação entre o custo com manutenção preventiva e o custo da
falha.
Entre os custos decorrentes da falha estão, basicamente, as peças e a mão-de-
obra necessárias ao reparo e, principalmente, o custo da indisponibilidade do
equipamento.

Custos x Nivel de Manutenção (Mirshawa & Olmedo 1993)


FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
Onde está o ponto de sua empresa no gráfico?

Lucro x Disponibilidade (Miurty& Naikan, 1995)


FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
Brendan Casey, que tem mais de 20 anos de experiência na manutenção, passou
mais de duas décadas documentando os erros e as más práticas que aumentam
os custos de manutenção, o bloco de notas privado de Brendan reparo e revisão
de equipamentos hidráulicos industriais, mostra que a maior parte das falhas que
ocorrem em sistemas hidráulicos são repetitivos, o mesmo padrão ocorria ao longo
dos 20 anos de pesquisa, estas falhas sistêmicas são descritas a seguir:

Na troca de óleo – utilização de óleo fora das especificações para o tipo de


equipamento, com grau de viscosidade diferente a recomendada ou ainda, troca
feita muito tarde ou muito cedo.
Na troca de Filtros - Uma situação semelhante a anterior se aplica também aos
filtros hidráulicos.
Superaquecimento - operar um motor superaquecendo é o caminho mais rápido
para destruir componentes, vedações, mangueiras e alterar a viscosidade.
Filtro no local errado - A localização errada de um filtro.
Acreditando que os componentes hidráulicos são auto-escorvante e auto-
lubrificantes - A falta verificação e de procedimentos.
Falta de capacitação e treinamento em hidráulica – Falta de informações
específicas dos sistemas e treinamentos específicos da equipe de manutenção.
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
Pontos em que a falta de uma política de manutenção gera custos. Segundo Mirshawa & Olmedo (1993),

Custos visíveis, gerados pela função


manutenção: mão-de-obra, ferramentas
e instrumentos, material aplicado nos
reparos, custo com subcontratação e
outros referentes à instalação ocupada
pela equipe de manutenção.

Custos invisíveis, que incluem os


custos decorrentes da indisponibilidade
do equipamento entre outros, tais como:
perda de produção e produtividade, da
não-qualidade dos produtos e serviços,
deterioração do equipamento, acidentes,
da recomposição da produção e das
penalidades legais e comerciais, com
possíveis conseqüências sobre a
imagem da empresa.
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
Visões Diferentes Sobre FALHA
Como a sua empresa enxerga a falha ?
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
ACONTECEU ? Qual é a atitude das pessoas perante o evento?
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
ACONTECEU
ACIDENTE EM SISTEMA PRESSURIZADO
MANUTENÇÃO CILINDRO HIDRÁULICO

DESCRIÇÃO DO EVENTO
Durante o procedimento de manutenção do
cilindro de acionamento do braço (stick) que
estava com vazamento, ao afrouxar os
parafusos do cabeçote do cilindro para
substituição do retentor, ocorreu um jato de
óleo hidráulico pressurizado pela fresta do
cabeçote, atingindo o olho esquerdo,
causando sangramento e deslocamento da
cristalina com perda parcial da visão.

CAUSA IMEDIATA:
Vazamento de óleo hidráulico pressurizado
atingindo olho esquerdo.
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
ACONTECEU
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
ACONTECEU
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
ACONTECEU

ACIDENTE EM SISTEMA
PRESSURIZADO

DESCRIÇÃO DO EVENTO
O auxiliar de laboratório executava
anotações próximo à bomba de
injeção de concreto, quando houve
o rompimento da tubulação ( entre a
bomba e o mangote flexível )
projetando concreto sobre o seu
rosto.
FALHA: Improvisação do elemento
de ligação bomba - mangote
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
ACONTECEU
FALTA DE BLOQUEIO
Empregado enquanto fazia manutenção,
não fez o bloqueio da máquina e outro
operador desapercebido movimentou a
máquina. O mesmo precisou se atirar no
chão para evitar um acidente mais
grave.

TRABALHO EM ALTURA
Na obra, após uma breve parada da
atividade, o operador subiu na lança
para reparar o hidráulico deixando a
ferramenta cair, se desequilibrou e caiu
no chão pedregoso.
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
ACONTECEU

FERRAMENTA DANIFICADA
Empregado ao tentar afrouxar
peça usando ponteiro e
marreta, foi atingido por uma
rebarba metálica no peito.

FALTA DE TRAVÕES
Ao desmontar a esteira de um
trator, a máquina sem travas,
deslizou e atingiu um caminhão
que estava estacionado
próximo.
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
ACONTECEU

QUEIMADURA
Empregado ao retirar o óleo da
máquina para manutenção, o
óleo ainda estava quente,
atingiu o braço provocando
queimaduras de terceiro grau.

ENERGIA PERIGOSA
Empregado ao desmontar
câmara do freio da mola que se
encontrava comprimida, sob
tensão, a mesma atingiu o vidro
traseiro do veículo usado na
manutenção.
FALHAS & ACIDENTES x CUSTO
ACONTECEU

Você também pode gostar