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DIREITO

FINANCEIRO
ATIVIDADE
FINANCEIRA DO
ESTADO
NOÇÕES GERAIS
3
 A atividade financeira é consectária da
Soberania do Estado e congrega as funções de
obtenção, criação, gestão e dispêndio dos
recursos públicos.
 Para atender as necessidades públicas.
DIREITO FINANCEIRO
4

 DIREITO FINANCEIRO é o ramo do


Direito Público que se incumbe de reger
o aspecto jurídico das finanças do
Estado, projetando um arcabouço de
normas e princípios imanentes à
atividade financeira estatal.
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
5
 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO: É
o conjunto de ações do Estado dirigidas à
obtenção da receita, de sorte a que sejam
viabilizadas as despesas relacionadas ao
atendimento das mais variadas necessidades
públicas, sempre com lastro no planejamento
consubstanciado na lei orçamentária anual.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
6
 RECEITA PÚBLICA
 DESPESA PÚBLICA
 ORÇAMENTO
 CRÉDITO PÚBLICO
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
 RECEITA PÚBLICA:
7

 Campo por intermédio do qual o


Estado obtém os recursos necessários
à realização dos seus mais variados
propósitos.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
 DESPESA PÚBLICA:
8

 Aplicação de certa quantia, em


dinheiro, por parte da autoridade ou
agente público competente, dentro de
uma autorização legislativa, para
execução de fim a cargo do governo.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
9
 DESPESA PÚBLICA:
 O dinheiro arrecadado deve ser vertido para os
fins previamente traçados no orçamento-
programa, sendo certo que a decisão sobre como
e onde gastar é uma decisão eminentemente
política, consubstanciada no projeto de lei
orçamentária, documento onde restam previstas
as receitas e fixadas as despesas.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
 DESPESA PÚBLICA:
10

 Ordenadas as prioridades, e
chanceladas estas mediante
autorização legislativa, realiza-se a
despesa pública.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
 ORÇAMENTO:
11

 É a parte de um plano financeiro


estratégico que compreende a
previsão de receitas e despesas
futuras para a administração de
determinado exercício (período de
tempo).
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
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 ORÇAMENTO:
 No Brasil, o planejamento orçamentário
espraia-se por uma tríade de leis:
 Plano Plurianual (art. 165, § 1o /CR);
 Lei de Diretrizes Orçamentárias (art.
165, § 2o /CR);
 Lei Orçamentária Anual (art. 165, § 5o
/CR).
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
 1. O Plano Plurianual (PPA) –
13

vocacionado a viger por quatro anos.


 É um planejamento conjuntural de longo
prazo com vistas ao atingimento do
desenvolvimento econômico.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
14
 1. O Plano Plurianual – É por intermédio do
PPA que o Poder Executivo expõe sua decisão
sobre como e onde gastar, revelando o que
considera indispensável não só ao suprimento
dos anseios da coletividade, mas também à
diminuição das desigualdades que acentuam o
abismo entre as regiões do País.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
15
 1. O Plano Plurianual – a expansão da
atividade governamental sem amparo no
PPA equivale à despesa não autorizada,
irregular e lesiva ao patrimônio público,
sob pena de o ordenador de despesa
responder por crime contra as finanças
públicas.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
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 2. LEI DE DIRETRIZES
ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
 Nada mais são do que planos prévios, fundados em
considerações econômicas e sociais, para a ulterior
elaboração da proposta orçamentária do Executivo,
do Legislativo, do Judiciário e do Ministério
Público.

 E, na qualidade de mera sinalização para a


confecção da LOA.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
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 2. LEI DE DIRETRIZES
ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
 É elaborada anualmente e tem como objetivo
apontar as prioridades do governo para o
próximo ano. Ela orienta a elaboração da Lei
Orçamentária Anual, baseando-se no que foi
estabelecido pelo Plano Plurianual. Ou seja,
é um elo entre esses dois documentos.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
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 2. LEI DE DIRETRIZES
ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
 Enquanto o PPA é um documento de
estratégia, pode-se dizer que a LDO delimita o
que é e o que não é possível realizar no ano
seguinte.
 A LDO não vincula o Congresso Nacional no
que tange à elaboração da LOA.
 Ex: reajuste do salário mínimo.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
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 3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
 É o orçamento anual propriamente dito.
Prevê os orçamentos fiscal, da
seguridade social e de investimentos
das estatais.
 Todos os gastos do governo para o
próximo ano são previstos em detalhe
na LOA.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
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 3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
 Você encontrará na LOA a estimativa da
receita e a fixação das despesas do governo.
 É dividida por temas, como saúde, educação,
e transporte.
 Prevê também quanto o governo deve
arrecadar para que os gastos programados
possam de fato ser executados.
ELEMENTOS OU CAMPO DE ATUAÇÃO
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 4. CRÉDITO PÚBLICO
 Faculdade de que é dotado o
Estado de obter, em empréstimo,
recursos de quem deles dispõe,
assumindo, em contrapartida, a
obrigação de restituí-los nos
prazos e condições fixados.
FINALIDADE DA ATIV. FINAN. DO ESTADO
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 Prover recursos financeiros e, em momento
posterior, vertê-los à satisfação das necessidades
públicas.
 O Estado, de sua parte, obtém os recursos de que
necessita do setor privado, sendo certo que a
tributação é o instrumento de que se tem valido a
economia capitalista para sobreviver, pelo que, sem
ela, o Estado jamais poderia materializar os seus fins
sociais.
CONCEITO DE ATIV. FINANC. DO ESTADO
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 É o conjunto de ações do Estado dirigidas à
obtenção da receita, de sorte a que sejam
viabilizadas as despesas relacionadas ao
atendimento das mais variadas
necessidades públicas, sempre com lastro
no planejamento consubstanciado na lei
orçamentária anual.
PODER FINANCEIRO
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 A Atividade Financeira do Estado decorre de
um poder.
 Poder importa em fazer valer a sua vontade.
 Diante da previsão de receitas, créditos e
despesas, há uma imposição da vontade estatal
diante da vontade e dos interesses privados.
 Porém, tudo conforme as leis aprovadas.
FONTES DO
DIREITO
FINANCEIRO
FONTES DO DIREITO FINANCEIRO
26
 Origem, a procedência de alguma coisa.
 Os meios pelos quais se formam as regras
jurídicas.
 As fontes do direito financeiro são aquelas que
veiculam as normas jurídicas que disciplinam
a atividade financeira do Estado.
FONTES DO DIREITO FINANCEIRO
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 1. CONSTITUIÇÃO FINANCEIRA
 O conjunto de dispositivos constitucionais
que regula a atividade financeira do Estado
é o que chamamos de Constituição
Financeira.
 Há na CF um capítulo exclusivo dedicado
às finanças públicas (163 a 169) e outros
esparsos.
FONTES DO DIREITO FINANCEIRO
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 2. LEIS COMPLEMENTARES
 Sob o ponto de vista formal, LC é aquela
votada por maioria absoluta.
 Sob o ponto de vista material, LC é a que
tem por objeto (conteúdo) a regulação das
matérias indicadas expressamente pela
própria CF.
FONTES DO DIREITO FINANCEIRO
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 2. LEIS COMPLEMENTARES
 A LC, de competência da união, tem
grande relevância para o Direito
Financeiro, por ser o instrumento
veiculador de suas normas gerais.
 Art. 163 CF “LC disporá sobre: I –
finanças públicas”.
FONTES DO DIREITO FINANCEIRO
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 2.1 NORMAS GERAIS DO DIREITO
FINANCEIRO
 São aquelas leis que estabelecem um padrão de
comportamento a ser seguido por todos, inclusive
por todos os entes federativos.
 Reservadas pela CF à LC – leis nacionais. Obrigam
não somente a União federal, mas também todos os
entes federativos.
FONTES DO DIREITO FINANCEIRO
31
 2.1 NORMAS GERAIS DO DIREITO
FINANCEIRO
 A competência para legislar sobre matérias de D.
Financeiro é concorrente (24,I,CF) – União,
Estado, DF, Município – cada um no âmbito de sua
atuação.
 Normas gerais – União.
 EX: LRF (fixa normas gerais qto à organização e
ao equilíbrio das contas públicas), Lei 4320/64.
FONTES DO DIREITO FINANCEIRO
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 3. LEIS ORÇAMENTÁRIAS
 São aquelas que, de forma concreta, determinam
como será a atividade financeira para um
determinado período.
 São leis ordinárias de iniciativa do chefe do poder
executivo. Cada ente federativo deve elaborar as
suas conforme a periodicidade.
 O orçamento federal é orientado pelas três leis
constantes do art. 165, I, II e II, da CRFB/88.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
33
 1. DA LEGALIDADE
 As receitas e as despesas precisam estar
previstas em lei.
 2. DA PUBLICIDADE
 É importante que tudo seja divulgado nos
veículos oficiais de comunicação para
conhecimento público.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
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 3. DA UNIDADE
 Não está expresso na Constituição.
 O orçamento deve ser uno, deve haver um
só para cada ano. Deve ser integrado, e
assim o ideal é que seja apenas uma lei
orçamentária.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
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 4. DA TOTALIDADE
 Erigido pela doutrina
 Possibilita a coexistência de múltiplos
orçamentos que devem ser consolidados.
 EX: orçamento fiscal, orçamento da
seguridade social e orçamento de
investimentos das estatais.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
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 5. DA UNIVERSALIDADE
 O orçamento deve conter todas as receitas,
todos os recursos, todas as despesas.
 6. DA ANUALIDADE
 Determina que o orçamento deve ser
elaborado para ter vigência no período de
um ano, que vai, no Brasil, de 01 de janeiro
a 31 de dezembro.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
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 7. DA EXCLUSIVIDADE
ORÇAMENTÁRIA
 Assim, o orçamento só deve conter a
previsão da receita, a fixação da despesa e
a autorização para a operação de crédito e
abertura de créditos suplementares.
 Qualquer outro tema é estranho ao
orçamento e inconstitucional.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
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 8. DA ESPECIFICAÇÃO
 As receitas e despesas devem estar bem definidas
no orçamento, com suas origens e aplicação, para
que se possa acompanhar e controlar os gastos
públicos.
 9.DA NÃO AFETAÇÃO OU NÃO VINCULAÇÃO
DAS RECEITAS
 Aplica-se claramente somente aos impostos por
determinação do art. 167, IV, da CRFB/88.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
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 10. DO ORÇAMENTO BRUTO
 As receitas e as despesas devem aparecer no
orçamento em seus valores brutos – sem deduções.
 11. PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DA CLAREZA OU
OBJETIVIDADE
 Preconiza que a linguagem do orçamento seja clara
e objetiva, compreensível a todas as pessoas que
precisem manipular.
PRINCÍPIOS DO DIREITO FINANCEIRO
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 12. DO EQUILÍBRIO
 Se busca evitar o déficit público.
DESPESA PÚBLICA
O QUE É DESPESA PÚBLICA?
42
 É a soma ou conjunto dos gastos realizados
pelo Estado.
CLASSIFICAÇÕES
43
 Quanto à categoria econômica (Lei
4.320/64):
 DESPESAS CORRENTES: despesas de
custeio de manutenção das atividades dos órgãos
da administração pública.
 Exemplo: despesas com pessoal, juros da dívida,
aquisição de bens de consumo, serviços de
terceiros, manutenção de equipamentos, despesas
com água, energia, telefone etc.
CLASSIFICAÇÕES
44
 Quanto à categoria econômica (Lei
4.320/64):
 DESPESAS DE CAPITAL:
correspondem a investimentos, inversões
financeiras e transferências de capital.
 Ex: obras.
CLASSIFICAÇÕES
45
 Quanto à natureza:
 ORÇAMENTÁRIA: corresponde ao desembolso dos
recursos fixados na lei orçamentária que não
correspondem a ingressos anteriores e serão utilizados
com os gastos públicos.
 EXTRA ORÇAMENTÁRIA: são saídas transitórias
anteriormente obtidas como receitas extra
orçamentárias, como a restituição de valores (depósitos,
 cauções, restos a pagar).
CLASSIFICAÇÕES
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 OBS: as despesas virão originariamente no orçamento
como créditos orçamentários.
 OBS: Eventuais alterações que possam ocorrer no
decorrer do ano serão feitas, em regra, através de lei
ordinária, com a abertura de créditos adicionais que
serão suplementares, quando destinados a reforço de
dotação orçamentária, ou especiais, quando destinados
a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica.
CLASSIFICAÇÕES
47
 OBS: Excepcionalmente, o conteúdo do
orçamento poderá ser objeto de medida
provisória (art. 167, § 3º, CF), para abertura de
créditos extraordinários quando destinados a
despesas urgentes e imprevistas em caso de
guerra, comoção interna ou calamidade
pública.
CLASSIFICAÇÕES
48
 Quanto à regularidade:
 ORDINÁRIAS – realizadas para
manutenção dos serviços públicos, em que
se repetem todos os exercícios.

 EXTRAORDINÁRIAS – de caráter
excepcional, esporádico.
CLASSIFICAÇÕES
49
 Quanto à afetação patrimonial:
 DESPESA EFETIVA: reduzem a situação
líquida patrimonial do Estado. Ex: pessoal.

 DESPESA NÃO EFETIVA: não


provocam alteração na Situação Líquida
Patrimonial do Estado. Ex: investimentos.
CLASSIFICAÇÕES
50
 QUANTO À COMPETÊNCIA: federais,
estaduais, distritais e municipais.
 QUANTO AO RESULTADO: produtivas
quando se limitam a criar unidades de atuação
estatal, reprodutivas quando representam o
aumento da capacidade produtora do país e
improdutivas quando desnecessárias.
LEGALIDADE DA DESPESA PÚBLICA
51
 Art. 167, II, CF: vedação de despesas que
excedam os créditos orçamentários ou
adicionais; assim, não pode ser realizada
despesa não prevista no orçamento.
ESTÁGIOS DA DESPESA
52  FIXAÇÃO: a despesa é inicialmente fixada no
orçamento e lá recebe o nome de crédito orçamentário.
 LICITAÇÃO: necessário ou não.
 EMPENHO: o recurso estará comprometido com aquele
destino de forma individualizada.
 LIQUIDAÇÃO: conferência de que o que justificava o
pagamento foi realizado.
 PAGAMENTO: cumprimento da obrigação por parte do
Estado.
ESTÁGIOS DA DESPESA
53
PRECATÓRIOS JUDICIAIS
54
 CONCEITO: é a solicitação que o juízo da
execução faz ao Presidente do Tribunal a que
pertence para que ele determine ao Chefe do Poder
Executivo que faça previsão orçamentária de verba
necessária ao pagamento de direito decorrente de
sentença judicial que condena a Fazenda Pública
ao seu pagamento.
 Bens públicos são impenhoráveis.
PRECATÓRIOS JUDICIAIS
55
 FINALIDADE: evitar os privilégios ilegais,
sobretudo o preterimento de ordem entre credores
das Fazendas Públicas.
PRECATÓRIOS JUDICIAIS
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 RPV:
 Esse procedimento é dispensado quando se tratar
de valor inferior à denominada requisição de
pequeno valor.
 Esse valor não se submete a esse procedimento e
não precisa ser incluído no orçamento, sendo
quitado com a verba em caixa disponível para
esse fim.
 Limite 60 salários mínimos.
PRECATÓRIOS JUDICIAIS
57
 OBS: as requisições recebidas no tribunal até 1º
de julho de um determinado ano, são convertidas
em precatórios e incluídas na proposta
orçamentária do ano seguinte.
 OBS: O precatório nunca conseguiu sua satisfação
no exercício seguinte, o que forçou a criação de
uma fila.
PRECATÓRIOS JUDICIAIS
58
 Há preferências para o crédito de natureza
alimentícia e ainda para os créditos de natureza
alimentícia de idosos ou portadores de moléstia
grave de até três vezes essa requisição de pequeno
valor.
RECEITA PÚBLICA
O QUE É RECEITA PÚBLICA?
60
◈ É a soma dos ingressos públicos que se
incorporam ao patrimônio público.
◈ Frise-se que nem todos os recursos que ingressam
nas contas públicas são receita, pois alguns deles
estão sujeitos à restituição, por exemplo.
◈ Nesse caso, são ingressos, mas não receitas, e se
sujeitam a regras distintas.
O QUE É RECEITA PÚBLICA?
61
◈ Considera-se ingresso toda quantia recebida
pelos cofres públicos, seja restituível ou não,
daí também ser chamado simplesmente de
entradas.
◈ Assim, receita é o ingresso definitivo.
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA
62
◈ Quanto à origem:
⬩ Receita originária é aquela decorrente da
exploração do próprio patrimônio estatal.
O Estado age como um verdadeiro
empresário.
⬩ Tb denominada de não tributárias
⬩ Ex: pedágio em rodovias, espaços em
aeroportos.
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA
63
◈ Quanto à origem:
⬩ Receita derivada: é aquela obtida no
patrimônio particular, é a receita decorrente
da imposição tributária.

⬩ Ex: tributos.
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA
64
◈ Quanto sua previsão ou não no orçamento:
⬩ Orçamentárias quando fonte de recursos
que são do Estado e receitas.

⬩ Extra orçamentárias quando tratarem de


recursos que serão devolvidos futuramente.
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA
65
◈ Quanto à sua efetividade:
⬩ Efetiva é aquela que faz crescer a situação
líquida patrimonial do Estado.

⬩ Não efetiva é aquela que não muda a


situação líquida patrimonial
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA
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◈ Segundo um critério econômico (lei
4320/64)
◈ Receitas correntes: (Art. 11, § 1º)
⬩ São aquelas receitas públicas que se esgotam dentro do
período anual, como os casos das receitas e impostos que se
extinguem no decurso da execução orçamentária.
Compreendem as receitas tributárias, patrimoniais, entre
outras.
⬩ São as receitas destinadas a cobrir as despesas orçamentárias
que visam à manutenção das atividades governamentais.
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA
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◈ Segundo um critério econômico (lei
4320/64)
◈ Receitas de capital (Art. 11, § 2º)
⬩ São aquelas receitas públicas que alteram o
patrimônio duradouro do Estado, como os produtos
de empréstimo contraídos pelo Estado a longo prazo.
Compreendem, assim, a constituição de dívidas, a
conversão em espécie de bens e direitos, dentre
outros.
CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA PÚBLICA
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◈ Quanto à duração:
⬩ Ordinárias quando periódicas, uma
constante no orçamento público.
⬩ Extraordinárias quando esporádicas,
pois estão eventualmente no
orçamento público.
RENUNCIA DE RECEITA
69 ◈ A regra é a arrecadação.
◈ São os incentivos fiscais.
◈ Concedido o incentivo, é evidente que o ente concedente se
vê privado da soma daquela receita que renunciou – daí falar
o art 14 da LRF em “renuncia de receita”.
◈ A LRF consagra a interpretação de que para existir renúncia
de receita há que existir tratamento tributário diferenciado
para um determinado grupo específico e limitado de
contribuintes.
RENUNCIA DE RECEITA
70 ◈ REQUISITOS:
⬩ Impacto orçamentário-financeiro no exercício em que
deva iniciar sua vigência e nos dois exercícios seguintes.
⬩ Que a renuncia atenda ao disposto na LDO e a pelo
menos uma das condições:
⬩ A) Que não afetará as metas de resultados fiscais
previstas no anexo próprio da LDO
⬩ B) Será compensada por aumento de receita
proveniente de elevação de alíquotas, ampliação de
base de cálculo, aumento ou criação de tributo ou
contribuição.

RENUNCIA DE RECEITA
71 ◈ MODALIDADES
⬩ A) ANISTIA: visa excluir, total ou parcialmente, o crédito
tributário na parte relativa à multa aplicada pelo sujeito
ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas.
⬩ B) REMISSÃO: é o perdão da dívida. Ex: valor diminuto
da dívida. Alto custo da cobrança.
⬩ C) SUBSÍDIO: auxílio de caráter econômico concedido
pelo Governo a certa clientela (dinheiro ou sob a forma de
subsídio). Ex: isenção do icms por “x” anos.
RENUNCIA DE RECEITA
72 ◈ MODALIDADES
⬩ D) CRÉDITO PRESUMIDO
⬩ É um mecanismo utilizado pelos Estados brasileiros
com o objetivo de reduzir a carga tributária incidente
nas operações praticadas que envolvam a circulação de
mercadorias e serviços.
⬩ E) ISENÇÃO EM CARÁTER GERAL
⬩ Dispensar o pagamento de um tributo devido.
⬩ F) REDUÇÃO DE ALÍQUOTAS:
⬩ Diminuição do fator (relação percentual) que se
aplica à base de cálculo.
RENUNCIA DE RECEITA
73 ◈ G) REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO: lei modifica
(para menos) sua base tributável.
◈ H) SUSPENSÃO: a incidência do tributo depende da
concretização de evento futuro e incerto.
◈ I) DIFERIMENTO: transferência da responsabilidade de
cumprimento das obrigações tributárias para uma fase
posterior à ocorrência do fato imponível. Ex: ICMS –
responsabilidade pelo pagamento pelo destinatário.
◈ J) RESTITUIÇÃO DE TRIBUTO: IRRF.
O QUE É CRÉDITO PÚBLICO?
74
◈ Procedimento de que o Estado lança mão para
captar, por meio de empréstimo, recursos
monetários e aplicá-los aos gastos públicos,
tanto para custear investimentos como para
antecipar receita, assumindo, em contrapartida,
a obrigação de restituí-los nos prazos e
condições fixados.
◈ Tb é conhecido como empréstimo público.
CLASSIFICAÇÃO DO CRÉDITO PÚBLICO
75
◈ Quanto à origem dos recursos obtidos:
⬩ Ele pode ser interna ou externa quando obtido
dentro ou fora do território nacional.
◈ Quanto ao prazo:
⬩ Dívida flutuante quando assumida para ser
paga dentro do mesmo exercício financeiro.
⬩ E dívida fundada quando destinada a ser paga
em período superior a um ano.
CLASSIFICAÇÃO DO CRÉDITO PÚBLICO
76
◈ Quanto à forma:
⬩ Voluntária – quando obtida após real consenso
de quem cede a importância
⬩ Obrigatória – quando obtida em razão do
poder de império, verdadeiro tributo.
TÉCNICAS INSTRUMENTAIS
77
◈ Alguns são os exemplos de obtenção de crédito
público que podemos citar:
⬩ Emissão de papel moeda,
⬩ Emissão de títulos da dívida pública,
⬩ Realização de contratos de empréstimo,
⬩ Retenção de investimentos e empréstimos
compulsórios.
O QUE É O ORÇAMENTO PÚBLICO?
78
◈ É tecnicamente a autorização que o legislativo dá
para que a atividade financeira do Estado seja
exercida.
◈ É um instrumento de planejamento e execução das
finanças públicas.
◈ Na atualidade, o conceito está intimamente ligado
à previsão das Receitas e à fixação das Despesas
públicas.
O QUE É O ORÇAMENTO PÚBLICO?
79
◈ Essa ferramenta estima tanto as receitas que o
Governo espera arrecadar quanto fixa as despesas
a serem efetuadas com o dinheiro.
◈ As receitas são estimadas porque os tributos
arrecadados (e outras fontes) podem sofrer
variações ano a ano, enquanto as despesas são
fixadas para garantir que o governo não gaste mais
do que arrecada.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO
80
◈ O orçamento terá início com um texto elaborado
pelo Poder Executivo e entregue ao Poder
Legislativo para discussão, aprovação e conversão
em lei.
◈ Ele deve ser composto:
⬩ Do orçamento fiscal
⬩ Do orçamento da seguridade social
⬩ Do orçamento de investimento das empresas
estatais.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO
81
◈ O processo de planejamento envolve várias etapas,
porém três delas se destacam:
⬩ A aprovação da Lei do Plano Plurianual
(PPA),
⬩ Da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e
⬩ Da Lei Orçamentária Anual (LOA).
PROCESSO DE ELABORAÇÃO
82
◈ O PPA deve ser elaborado no primeiro ano de
governo e encaminhado até 31 de agosto desse
ano.
◈ Nele é declarado o conjunto das políticas públicas
do governo para um período de quatro anos, com
fundamento, em princípio, nos compromissos
firmados na eleição.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO
83
◈ A LDO é feita a cada ano e deve ser enviada ao
Poder Legislativo até o dia 15 de abril de cada ano,
e sua finalidade é orientar a elaboração do
orçamento anual e sua execução, estabelecendo
diretrizes, objetivos e metas para aquele ano.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO
84
◈ A LOA é o próprio orçamento e deve ser
apresentada até o dia 31 de agosto. Ela deve
ser votada e aprovada até o final de cada
legislatura.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
85
◈ É a sequencia lógica das etapas desenvolvidas
pelo processo orçamentário.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
86
◈ 1.PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA
⬩ O poder executivo elabora seu projeto de
lei orçamentária, com base no qual será
elaborado o orçamento público.
⬩ A proposta orçamentária é uma sugestão
(pode ser alterada).
⬩ O orçamento, por usa vez, é lei já pronta.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
87
◈ 2.ELABORAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
⬩ Envolve a tramitação do projeto de lei do
orçamento no âmbito do Poder Legislativo
até sua aprovação.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
88
◈ 2.1.INICIATIVA
⬩ Ato que deflagra, desencadeia, inaugura,
instaura o processo legislativo.
⬩ No caso das leis orçamentárias (PPA, LDO
e LOA) a iniciativa é privativa do Chefe do
Poder Executivo (165/CF)
⬩ Destinatário: Congresso Nacional.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
89
◈ 2.1.INICIATIVA
⬩ A omissão no envio do projeto (iniciativa)
no prazo legal é considerado crime de
responsabilidade.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
90
◈ 2.2 EXAME PRÉVIO DOS PROJETOS
⬩ Será ele enviado a uma comissão mista
permanente de Senadores e Deputados.
⬩ Examinar e emitir parecer
⬩ Órgão mais opinativo.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
91
◈ 2.3 MENSAGEM ADITIVA
⬩ O PR poderá encaminhar mensagem ao CN
para propor modificações nos projetos de
lei (PPA, LDO, LOA) enquanto não iniciar
a votação na comissão mista.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
92
◈ 2.4 EMENDAS
⬩ Reservada aos parlamentares
⬩ Desde que:
⬩ A) Não importem em aumento da
despesa prevista
⬩ B) Guardem afinidade lógica (relação
de pertinência) com a proposição
original
CICLO ORÇAMENTÁRIO
93
◈ 2.5 DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
⬩ Plenário das duas casas do CN

◈ 2.6 SANÇÃO OU VETO


⬩ Ato pelo qual o chefe do executivo
manifesta sua aquiescência ao projeto de
lei aprovado pelo Legislativo.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
94
◈ 2.6 SANÇÃO OU VETO
⬩ Decorrido o prazo de 15 dias, contados das
data do recebimento do projeto, o silêncio do
PR importará em sanção. (66, §3º/CF).
⬩ Se o PR considerar o projeto aprovado, no
todo ou em parte, inconstitucional ou contrário
ao interesse público , poderá vetá-lo total ou
parcialmente desde que indique expressamente
os motivos.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
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◈ 2.6 SANÇÃO OU VETO
⬩ O veto será apreciado em sessão conjunta
(Câmara e Senado) dentro de 30 dias a
contar do seu recebimento.
⬩ Só podendo ser rejeitado pelo voto da
maioria absoluta dos Deputados e
Senadores, em escrutínio secreto (66, §4º).
CICLO ORÇAMENTÁRIO
96
◈ 2.6 SANÇÃO OU VETO
⬩ A rejeição do veto significa aprovação
definitiva do projeto.
⬩ Equivale à sanção e consequente promoção
do projeto à categoria de lei devendo ser
enviada, para promulgação, ao PR.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
97
◈ 2.7 PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO
⬩ A promulgação é o ato que atesta a
existência da lei, incorporando-a à ordem
jurídica.
⬩ Se não for promulgada em 48 horas pelo
PR, o Presidente do Senado a promulgará,
e, se este não o fizer em igual prazo, caberá
ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
98
◈ 2.7 PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO
⬩ Publicação: condição da eficácia do ato
normativo.
⬩ Condição da própria vigência da lei e,
consequentemente, da sua eficácia.
⬩ Sem a publicação da lei, esta não poderá
produzir efeitos.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
99
◈ 3. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA
⬩ Publicado o orçamento, passa-se à fase de
execução a partir de 1º de janeiro do
exercício financeiro a que corresponda.
CONTROLE E
FISCALIZAÇÃO DA
EXECUÇÃO
ORÇAMENTÁRIA
O QUE É O TRIBUNAL DE CONTAS?
101
◈ É o órgão do Estado responsável pela análise,
principalmente, dos gastos públicos auxiliando
o Poder Legislativo a exercer o que se chama
de controle externo da atividade financeira do
Estado.
O QUE É O TRIBUNAL DE CONTAS?
102
◈ CONTROLE EXTERNO:
⬩ É aquele realizado externa corporis, isto é,
efetuado de “fora para dentro”, por poder
diverso do controlado, diretamente ou com
o auxílio de órgão preposto, cujo objetivo
consiste na verificação de legitimidade
e/ou supervisão político-administrativa.
O QUE É O TRIBUNAL DE CONTAS?
CONTROLE EXTERNO:
103

⬩ Os órgãos responsáveis pelo
controle externo da
Administração Pública são de
ordem jurisdicional e
parlamentar.
O QUE É O TRIBUNAL DE CONTAS?
CONTROLE INTERNO:
104

⬩ É aquele que a administração de
cada um dos Poderes exerce
interna corporis, isto é, sobre
seus próprios atos.
QUAL É A FUNÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS?
105
◈ Possui múltiplas funções:
◈ A primeira função é a fiscalizadora, que
compreende a realização de auditorias e
inspeções e tem como objetivo avaliar a gestão
dos recursos públicos.
QUAL É A FUNÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS?
106
◈ A segunda função é consultiva, prestada por
meio de pareceres técnicos prévios e
específicos sobre prestações de contas anuais
de todos os órgãos e poderes do Estado, para
subsidiar o julgamento pelo Congresso
Nacional.
QUAL É A FUNÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS?
107
◈ A terceira é a função normativa - poder
regulamentar, ele deve expedir instruções e
atos normativos, de cumprimento obrigatório,
sob pena de responsabilidade do infrator, em
matéria de sua competência e em matéria de
organização dos processos que lhe sejam
submetidos.
QUAL É A FUNÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS?
108
◈ A quarta função é a judicante, mas não
jurisdicional. Ele julga as contas dos
administradores públicos e outros responsáveis
por dinheiro, bens e valores públicos, assim
como as contas dos que causaram qualquer
prejuízo, extravio ou irregularidades que
venham a prejudicar o erário respectivo.
QUAL É A FUNÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS?
109
◈ A quinta função é a sancionadora através da
aplicação aos responsáveis das sanções
previstas na Lei Orgânica do Tribunal (no caso
da União, Lei 8.443/92) e, conforme previsão
constitucional (art. 71, VIII a XI), na hipótese
de ilegalidade ou irregularidade das contas.
QUAL É A FUNÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS?
110
◈ A sexta é a corretiva, pois, havendo
ilegalidade ou irregularidade nos atos de
gestão, caberá ao Tribunal de Contas
estabelecer prazo para cumprimento da lei, e,
se não atendido o ato administrativo, o
Tribunal de Contas deve determinar a sustação
do ato impugnado.
QUAL É A FUNÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS?
111
◈ A sétima função é a função de ouvidoria, pois
é de sua responsabilidade receber denúncias e
representações relativas a irregularidades ou
ilegalidades que lhe sejam comunicadas pelos
responsáveis pelo controle interno,
autoridades, partidos políticos, associações,
sindicatos e até mesmo o cidadão.
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TCU
◈ O Tribunal de Contas da União tem
112

previsão expressa no art. 73 da CF que


determina que ele será integrado por
nove Ministros, terá sede no Distrito
Federal, quadro próprio de pessoal e
jurisdição em todo o território.
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TCU
113
◈ Seus ministros deverão ser brasileiros, maiores
de trinta e cinco e menores de sessenta e cinco
anos de idade, idoneidade moral e reputação
ilibada, notórios conhecimentos jurídicos,
contábeis, econômicos e financeiros ou de
administração pública, e mais de dez anos de
exercício de função ou de efetiva atividade
profissional que exija esses conhecimentos.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
114
◈ O objetivo dessa lei é estimular os governantes a
desenvolver uma política tributária transparente,
participativa e, sobretudo, responsável. Vale dizer
que uma administração transparente deve
demonstrar o que é feito com o dinheiro público,
indicando os recursos correspondentes, para que a
população pague os tributos de maneira mais
consciente e participativa, ao menos na teoria.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
115
◈ HISTÓRICO:
⬩ Os anos 80 não foram anos fáceis para a
economia mundial. O endividamento público
aumentou consideravelmente, e medidas para a
gestão fiscal começaram a ser tomadas.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
116
◈ HISTÓRICO:
⬩ No Brasil, em 1997 iniciou-se a elaboração de
uma legislação própria com o fim de controlar
o endividamento público. Isso culminou na Lei
de Responsabilidade Fiscal, publicada em
2000.
◈ LC 101 de 04 de maio de 2000 (LFR)
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
117
◈ NATUREZA JURÍDICA
A Constituição da República, em seu art. 163,
reserva à lei complementar regras relativas a
limites da administração pública de recursos
financeiros.
É também uma lei nacional, já que deve ser
observada pelos três níveis: federal, estadual e
municipal.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
118
◈ PRINCIPAIS REGRAS:
 Trata-se de uma lei sobre a
responsabilidade na gestão fiscal, o que
pressupõe uma ação planejada e
transparente de forma a evitar riscos e
corrigir desvios prejudiciais às contas
públicas.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
119
◈ PRINCIPAIS REGRAS:
 Pretende estabelecer metas de resultados de
despesas e receitas, assim como fixar
limites e condições para renúncia de
receita, geração de despesas com pessoal,
seguridade, dívidas e operações de crédito.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
120
◈ Capítulo Planejamento:
⬩ Neste capítulo, foram estabelecidas regras
para as três leis orçamentárias.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
121
◈ Capítulo Planejamento:
⬩ Ao tratar da LDO, inclui em seu conteúdo
o equilíbrio de receitas e despesas, os
critérios e forma de limitação de empenho,
controle de custos e resultados dos
programas financiados e as condições e
exigências para transferências de recursos a
entidades públicas e privadas.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
122
◈ Capítulo Planejamento:
⬩ A LOA trará em anexo demonstrativo de
compatibilidade com as metas acima referidas,
medidas de compensação de renúncias de receita e do
aumento de despesas obrigatórias, reserva de
contingência (para eventos incertos no futuro).
⬩ Deve também conter todas as despesas relativas à
dívida pública e as receitas respectivas, e, em
capítulo próprio, o refinanciamento da dívida.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
123
◈ RECEITA PÚBLICA:
⬩ A Lei reserva um capítulo especial à
receita pública, começando a tratar de sua
previsão e arrecadação – até porque a
previsão e efetiva arrecadação são dever de
todos os entes da federação.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
124
◈ DESPESA PÚBLICA:
⬩ Regra importante é o limite de
despesas com pessoal.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
125
◈ TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS:
⬩ Correspondem à entrega de recursos
correntes ou de capital a outro ente da
Federação, a título de cooperação, auxílio
ou assistência financeira, que não decorram
de determinação constitucional, legal ou
aqueles destinados ao Sistema Único de
Saúde.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
126
◈ DESTINAÇÃO DE RECURSOS
PÚBLICOS PARA O SETOR PRIVADO.

◈ DÍVIDA E ENDIVIDAMENTO

◈ GESTÃO PATRIMONIAL
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
127
◈ TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E
FISCALIZAÇÃO
⬩ Tema que trouxe grande inovação, trazendo
instrumentos de divulgação inclusive em meios
eletrônicos de acesso público.
⬩ Aliás, devem ser divulgados, além dos PPAs,
LDOs e LOAs, prestações de contas, parecer
prévio, relatório resumido e relatório de gestão
fiscal, além das versões simplificadas.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
128
◈ TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E
FISCALIZAÇÃO
⬩ É determinado o incentivo à participação
popular através de audiências públicas e de
informações pormenores em tempo real
sobre a execução orçamentária e financeira.

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