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(a) Soldagem por pontos (b) Soldagem por costura. Para unir duas
chapas de 0,8mm de espessura, trabalha-se
com uma corrente de aproximadamente 1500A
e uma força de 300kg.
Evolução dos processos
Evolução dos processos - resumo
Propriedade imprescindível na
soldagem - Soldabilidade
Pouco adianta desenvolver um novo
material sem que ele possibilite alcançar
boa soldabilidade. Por isso, os processos
de soldagem estão em contínua evolução.
Soldabilidade - definição
Soldabilidade é a facilidade que os materiais
têm de se unirem por meio de soldagem e de
formar em uma série contínua de soluções
sólidas coesas, mantendo as propriedades
mecânicas dos materiais originais.
Soldabilidade – fatores que a afetam
O principal fator que afeta a soldabilidade dos
materiais é a sua composição química.
Outro fator importante é a capacidade de formar a
série contínua de soluções sólidas entre um metal e
outro.
Assim, devemos saber como as diferentes ligas
metálicas se comportam diante dos diversos processos
de soldagem.
Soldabilidade – alta ou baixa?
Se o material a ser soldado exigir muitos cuidados, tais
como:
Controle de temperatura de aquecimento e de
interpasse, ou tratamento térmico após a soldagem, por
exemplo, dizemos que o material tem baixa
soldabilidade.
Por outro lado, se o material exigir poucos cuidados,
dizemos que o material tem boa soldabilidade.
Soldabilidade
Terminologia da Soldagem
Soldagem é uma operação que visa obter a união de
peças, e solda é o resultado desta operação;
O material da peça, ou peças, que está sendo soldada é o
metal de base;
Frequentemente, na soldagem por fusão, um material
adicional é fornecido para a formação da solda, este é o
metal de adição;
Durante a soldagem, o metal de adição é fundido pela
fonte de calor e misturado com uma quantidade de metal
de base também fundido para formar a poça de fusão;
Metal de base, de adição e poça de
fusão
Denomina-se junta a região onde as peças serão
unidas por soldagem;
Aberturas ou sulcos na superfície da peça ou peças a
serem unidas e que determinam o espaço para conter a
solda recebem o nome de chanfro;
Chanfros em diferentes tipos de junta
Principais elementos de um chanfro
Face da raiz ou nariz (s): Parte não chanfrada de um componente da
junta;
Abertura da raiz, folga ou fresta (f): Menor distância entre as peças a
soldar;
Ângulo de abertura da junta ou ângulo de bisel (β): Ângulo da
parte chanfrada de um dos elementos da junta;
Ângulo de chanfro (α): Soma dos ângulos de bisel dos componentes
da junta.
Zonas de uma junta soldada
Cobre-junta ou mata-junta: Peça colocada na parte inferior da solda
(raiz) que tem por finalidade conter o metal fundido durante a
execução da soldagem;
Zona fundida (ZF): Constituída pelo metal de solda, que é a soma da
parte fundida do metal de base e do metal de adição;
Zona termicamente afetada (ZTA): Região do metal de base que tem
sua estrutura e/ou suas propriedades alteradas pelo calor de soldagem
Passe de solda: Formado por um deslocamento da
poça de fusão na região da junta;
Posições de soldagem
Simbologia da Soldagem
Classificação dos processos de
soldagem
Soldagem por fusão:
Processo no qual as partes são fundidas por meio de energia elétrica
ou química, sem aplicação de pressão.
Soldagem por pressão:
Processo no qual as partes são coalecidas e pressionadas uma contra a
outra.
Brasagem:
Processo no qual as partes são unidas por meio de uma liga
metálica de baixo ponto de fusão. Neste método, não há fusão
do metal de base.
Processos de soldagem
Soldagem por fusão
Soldagem a arco
elétrico
Classificação dos processos de corte
Corte a gás:
Corte oxiacetilênico.
(a) (b)
Corte a oxigênio
O processo é iniciado apenas com as chamas que
aquecem a região de inicio do corte até a sua temperatura
de ignição (em torno de 870°C), quando, então, o jato de
oxigênio é ligado tendo inicio a ação de corte.
O maçarico é, então, deslocado pela trajetória de corte com
uma velocidade adequada.
O deslocamento pode ser feito manualmente ou de forma
mecanizada.
Instalações de grande porte podem deslocar diversos
maçaricos ao mesmo tempo, com sistemas de CAD/CAM e
controle numérico para determinar e controlar as trajetórias
de corte.
Vantagens
Pode cortar aço mais rapidamente que os processos usuais de
remoção mecânica de material.
Pode cortar peças com formatos e espessuras difíceis de serem
trabalhadas de forma econômica com processos mecânicos.
Equipamento básico para operação manual é de baixo custo.
Equipamento manual pode ser portátil e de fácil uso para
trabalho no campo.
Direção de corte pode ser mudada rapidamente.
Processo pode ser facilmente usado para a abertura de
chanfros para soldagem.
Limitações
Tolerância dimensional do corte OFC é pior do que a
de vários processos mecânicos.
Processo é essencialmente limitado ao corte de aços.
Processo gera fumaça e fagulhas quentes que podem
representar um problema de higiene e segurança.
Aços temperáveis necessitam de operações adicionais
(pré-aquecimento, tratamento térmico, etc) de custo
elevado para controlar a estrutura e propriedades
mecânicas da região de corte.
Corte a plasma
Corte a plasma (Plasma Arc Cutting, PAC) é realizado com um jato de
plasma quente de alta velocidade.
Um fluxo suplementar de gás (CO2, ar, nitrogênio, oxigênio) ou, mesmo,
de água pode ser usado para resfriar e aumentar a constrição do arco.
Em sistemas de grande porte, o corte pode ser realizado sob uma pequena
camada de água para reduzir os seus efeitos ambientais (elevada geração de
fumaça, radiação e de ruídos).
O processo pode cortar praticamente todos os metais e peças de pequena
espessura de aço de baixo carbono podem ser cortadas mais rapidamente
do que OFC.
Adicionalmente, o processo pode iniciar o corte imediatamente, não
necessitando do pré-aquecimento inicial até a temperatura de ignição
como no processo de corte a oxigênio.
Equipamentos de baixo custo e pequenas dimensões
têm sido desenvolvidos para o corte PAC manual e têm
tornado este processo relativamente popular.
Contudo, este processo é ainda mais comum em
instalações de grande porte para corte mecanizado ou
automático.
O elevado custo do equipamento e alto nível de ruído,
de fumaça e de radiação gerados são limitações deste
processo.
Corte a laser
De forma similar que a soldagem a laser, o corte a laser (Laser Beam
Cutting, LBC) é baseado na ação de um feixe de luz coerente
concentrado sobre a peça.
A elevada densidade de energia utilizada possibilita a fusão e
vaporização do material na região sendo atingida pelo laser o que leva
à remoção de material e à ação de corte.
Muitos sistemas trabalham com um jato de gás auxiliar para facilitar a
expulsão de material da região de corte.
O gás pode ser inerte, para gerar uma superfície da corte limpa e suave,
ou pode ser reativo (em geral, oxigênio), para aumentar a velocidade de
corte.
O processo pode ser utilizado para cortar todos os metais além de
certos materiais não metálicos como cerâmicas.
A elevada velocidade de corte, a alta
precisão do corte e o excelente acabamento
da superfície de corte têm levado a uma
utilização crescente deste processo de corte
para a produção de peças de formato
complicado que, muitas vezes, não
necessitam de um acabamento posterior.
Vantagens
Capacidade de cortar qualquer metal e diversos materiais
não metálicos independentemente de sua dureza.
Espessura de corte e região afetada pelo calor do corte
mais finas do que qualquer outro processo de corte
térmico.
Elevadas velocidades de corte.
Facilmente adaptável para sistemas controlados por
computador.
Limitações
Equipamento de elevado custo (US$
100.000 a US$ 1.000.000).
Obrigado!