Você está na página 1de 46

Intervenção do Ministério Público no Processo Civil;

Do Juiz;
Auxiliares da Justiça

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG


CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS – CCJS
UNIDADE ACADÊMICA DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Processual Civil I
PROFESSOR: Eligidério Gadelha
Intervenção do Ministério Público no Processo Civil
 Função essencial à Justiça, incumbido da defesa da
ordem pública, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis (art.
127, CF);
 Princípios institucionais do Ministério Público:
 Unidade;
 Indivisibilidade;
 Independência funcional.
 Atribuições constitucionais: art. 129, CF;
 Atuação no Processo Civil: arts. 177 e 178 do CPC.
Ministério Público como parte
 Capacidade postulatória: O MP pode propor ações
nos âmbito de suas atribuições (ação civil pública);
 Ações coletivas: Lei n. 7.347/94 (Ação Civil
Pública) e Lei n. 8.078/90 (Código de Defesa do
Consumidor);
 Ações individuais:
 Ação Civil ex delicto (art. 68, CPP);
 Ação de investigação de paternidade (Lei n. 8.560/92)
– legitimação extraordinária;
 Ação de anulação de casamento (art. 1.549, CC);
Ministério Público como parte

 Ações individuais:
 Extinção de fundação (art. 69, CC);
 Nulidade de ato simulado em prejuízo de norma de
ordem pública (art. 168, CC);
 Suspensão e destituição do poder familiar (art. 1.637,
CC);
 Ação de alimentos em favor de incapazes (STJ).
 MP como parte e os honorários advocatícios.
Ministério Público como fiscal da ordem jurídica

 art. 178, CPC:


 quando houver interesse público ou social;
 A participação da Fazenda Pública, por si só, não
justifica a intervenção do MP.
 quando houver interesse de incapazes;
 nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da
terra rural e urbana.
 Intervenção ministerial como efetivo fiscal da
ordem jurídica (imparcial) e como auxiliar da parte.
Ministério Público como fiscal da ordem jurídica

 Consequências da falta de intervenção do MP como


fiscal da ordem jurídica:
 Nulidade do processo, ensejando até a ação rescisória:
 Intervindo em razão do objeto do processo –
presunção absoluta de prejuízo;
 Intervindo em razão da qualidade da parte – a
nulidade fica condicionada à prova de prejuízo para
a parte.
Ministério Público como fiscal da ordem jurídica

 Aspectos processuais:
 Prazo em dobro para se manifestar (art. 180, caput,
CPC), salvo quando a lei estabelecer prazo próprio
(art. 190, § 2º, CPC);
 Intimação pessoal (art. 180, caput, CPC);
 Quando fiscal da ordem jurídica, o MP terá vista dos
autos depois das partes, podendo produzir provas,
requerer as medidas processuais pertinentes e
recorrer (art. 179, CPC).
 Procedimento da intervenção ministerial.
Do Juiz (arts. 139 a 148, CPC)

 Juiz ≠ juízo;
 É o juiz quem dirige o processo; deve agir com
impessoalidade e imparcialidade;
 Imparcialidade: corolário do princípio do juiz
natural, identificado de acordo com as regras pré-
estabelecidas no ordenamento jurídico;
 Impedimento e suspeição: o juiz deve ser afastado
do julgamento da causa.
Impedimento do juiz

 Traz risco grave à imparcialidade do juiz;


 O juiz deve conhecer de ofício;
 Não reconhecendo de ofício, as partes devem
arguir;
 Se não for suscitado o impedimento, haverá nulidade
absoluta, podendo ensejar a propositura de ação
rescisória;
 Trata-se de objeção processual, que pode ser
reconhecida a qualquer tempo;
Impedimento do juiz

 Refere-se a atuação do juiz em determinado


processo;
 As causas de impedimento são sempre objetivas e
são aplicadas tanto aos juízes singulares quanto aos
de órgãos colegiados;
 Causas de impedimento (art. 144, CPC):
 Ter intervindo como mandatário da parte, oficiado
como perito, funcionado como órgão do MP ou
prestado depoimento como testemunha;
Impedimento do juiz

 Causas de impedimento (art. 144, CPC):


 Ter participado do processo em outro grau de
jurisdição, proferindo decisão;
 Ter funcionado no processo, como defensor público,
advogado ou membro do MP o seu cônjuge ou
companheiro ou qualquer parente seu, consanguíneo
ou afim, em linha reta, ou colateral até o terceiro
grau, inclusive;
Impedimento do juiz

 Causas de impedimento (art. 144, CPC):


 Figurar como parte no processo o próprio juiz, seu
cônjuge ou companheiro, parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau,
inclusive;
 Figurar o juiz como sócio ou membro de direção ou
de administração de pessoa jurídica parte no processo;
 Ser herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
qualquer das partes;
Impedimento do juiz

 Causas de impedimento (art. 144, CPC):


 Figurar como parte instituição de ensino com a qual
tenha relação de emprego ou decorrente de contrato
de prestação de serviço;
 Figurar como parte cliente do escritório de advogado
de seu cônjuge, companheiro ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o
terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por
advogado de outro escritório;
 Promover ação contra a parte ou seu advogado.
Impedimento do juiz

 As causas de impedimento são comprováveis por


documento;
 Os atos decisórios praticados por juiz impedido
serão nulos, independentemente de prova de
prejuízo;
 O incidente de impedimento será decidido pela
instância superior, a quem caberá decidir e ficar o
momento a partir do qual o juiz não poderia ter
atuado.
Suspeição

 Menor gravidade do que o impedimento; também


compromete a imparcialidade do juiz;
 O juiz pode se dar por suspeito; se não o fizer,
qualquer das partes poderá suscitá-la por meio de
petição;
 Os atos praticados por juiz suspeito são nulos;
 Causas de suspeição (art. 145, CPC):
 Quando o juiz for amigo íntimo ou inimigo de
qualquer das partes ou seus advogados;
Suspeição

 Causas de suspeição (art. 145, CPC):


 Alguma das parte for credora ou devedora do juiz, de
seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes,
em linha reta ou colateral até o terceiro grau,
inclusive;
 Receber presentes de pessoas com interesse na causa
antes ou depois de iniciado o processo, aconselhar
alguma das partes acerca do objeto da causa ou
subministrar meios para atender às despesas do litígio;
Suspeição
 Causas de suspeição (art. 145, CPC):
 Quando for interessado no julgamento da causa em
favor de uma das partes;
 Por razões de foro íntimo.
 Se o juiz não reconhecer a suspeição de ofício e se
não for suscitada por qualquer das partes, não
haverá nulidade;
 Haverá preclusão se, no prazo de 15 dias, a contar
da data que se tem ciência dos fatos geradores, não
for suscitada a suspeição.
Incidente de impedimento e suspeição
 Ambas podem ser reconhecidas de ofício;
 Apenas o impedimento gera nulidade absoluta, a ensejar o
ajuizamento de ação rescisória;
 O impedimento não preclui; pode ser alegado a qualquer
tempo;
 A suspeição, se não alegada no prazo, preclui para as
partes, mas não para o juiz;
 O impedimento pode ser alegado a qualquer tempo, mas
o incidente de impedimento deve ser suscitado por
petição no prazo de 15 dias, contado da ciência de sua
causa;
Incidente de impedimento e suspeição
 A arguição de impedimento e de suspeição pode ser
feita pelo autor ou pelo réu;
 A petição deve ser dirigida ao juiz da causa, de
forma fundamentada, com indicação das razões
pelas quais a parte entende que o juiz não é
imparcial;
 Pode ser instruída com documentos e conter rol de
testemunhas;
 Deve indicar de forma clara o juiz impedido ou
suspeito;
Incidente de impedimento e suspeição
 Desnecessidade de procuração com poderes
especiais;
 O suscitado não é a parte contrária; é o próprio juiz
da causa;
 Apresentada a petição, o juiz pode:
 Reconhecer a causa de impedimento ou de suspeição,
passando a condução do processo ao seu substituto
legal. Não cabe recurso da decisão do juiz que se
reconheceu impedido ou suspeito;
Incidente de impedimento e suspeição
 Apresentada a petição, o juiz pode:
 Negar a causa de impedimento ou suspeição que lhe é
imputada. Nesse caso,
1) Mandará autuar a petição;
2) Apresentará as razões de sua negativa, no prazo de
quinze dias;
3) Pode instruir a sua manifestação com documentos
e rol de testemunhas;
4) Envia o incidente para o órgão de segunda
instância;
Incidente de impedimento e suspeição
 Apresentada a petição, o juiz pode:
 Negar a causa de impedimento ou suspeição que lhe é
imputada. Nesse caso,
5) O relator, na segunda instância, declarará se
recebe o incidente com ou sem efeito suspensivo;
6) Se for julgada procedente, o órgão julgador
determinará a substituição do juiz, condenando-o
ao pagamento das custas do incidente, desde que
se trate de impedimento ou de manifesta
suspeição;
Incidente de impedimento e suspeição
 Apresentada a petição, o juiz pode:
 Negar a causa de impedimento ou suspeição que lhe é
imputada. Nesse caso,
7) O órgão julgador deliberará sobre o momento a
partir do qual o juiz não podia mais ter atuado.
Decretando a nulidade dos atos praticados pelo
juiz impedido ou suspeito;
8) O Tribunal poderá designar audiência de
instrução;
9) Da decisão do tribunal cabe recurso da parte
(quando não acolher) ou do juiz (quando acolher).
Poderes e deveres do juiz
 O juiz dirigirá o processo, incumbindo-lhe (art.
139, CPC:
 Assegurar às partes igualdade de tratamento;
 Velar pela duração razoável do processo;
 Prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à
dignidade da justiça e indeferir postulações
meramente postulatórias;
 Determinar todas as medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para
assegurar o cumprimento da ordem judicial, inclusive
nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
Poderes e deveres do juiz
 O juiz dirigirá o processo, incumbindo-lhe (art.
139, CPC:
 Promover, a qualquer tempo, a autocomposição,
preferencialmente com auxílio de conciliadores e
mediadores judiciais;
 Dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de
produção dos meios de prova, adequando-os às
necessidades do conflito de modo a conferir maior
efetividade à tutela do direito;
Poderes e deveres do juiz
 O juiz dirigirá o processo, incumbindo-lhe (art.
139, CPC:
 Exercer o poder de polícia, requisitando, quando
necessário, força policial, além da segurança interna
dos fóruns e tribunais;
 Determinar o comparecimento pessoal das partes,
para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em
que não incidirá aq pena de confesso;
 Determinar o suprimento de pressupostos processuais
e o saneamento de outros vícios processuais;
Poderes e deveres do juiz
 O juiz dirigirá o processo, incumbindo-lhe (art.
139, CPC:
 Quando se deparar com diversas demandas individuais
repetitivas, oficial o MP, a defensoria Pública e, na
medida do possível, outros legitimados a propor a
ação coletiva respectiva.
 Vedação ao non liquet – o juiz não pode eximir-se de
sentenciar:
 Julgamento por equidade – excepcional (art. 140,
parágrafo único, CPC);
Poderes e deveres do juiz
 Necessidade de respeitar os limites da lide
(princípio da demanda):
 O juiz deve se atentar aos elementos da ação indicados
na petição inicial pelo autor;
 Teoria da substanciação: os fatos vinculam o juiz;
 Questões de ordem pública não integrantes da causa
de pedir: prescrição, decadência, falta de condições da
ação ou de pressupostos processuais – o juiz pode
conhecer de ofício.
 Arts. 370 e 371, CPC: determinar as provas
necessárias para a formação de sua convicção.
Responsabilidade do juiz
 Art. 143, CPC: O juiz responderá, civil e
regressivamente, por perdas e danos quando:
 no exercício de suas funções proceder com dolo ou
fraude;
 recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo,
providência que deva ordenar de ofício, ou a
requerimento da parte.
 No ultimo caso, exige-se inicialmente que a parte
formule requerimento ao juiz para que determine a
providência, não sendo este requerimento apreciado
em 10 dias (parágrafo único).
Auxiliares da Justiça
 Sujeitos que atuam no processo ao lado do juiz;
Colaboram com a função judiciária;
 art. 149, CPC: rol exemplificativo:
 o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o
perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o
tradutor, o mediador, o conciliador judicial (arts. 150
a 164, CPC), o partidor (art. 651, CPC), o
distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias
(art. 707 e 708, CPC).
Dos Conciliadores e Mediadores
 Importância das soluções alternativas de conflito
(art. 3º, §§ 1º, 2º e 3º, CPC);
 Resolução n. 124/2010 do CNJ, que dispõe sobre a
Política Judiciária Nacional de tratamento adequado
dos conflitos de interesses no âmbito do Poder
Judiciário e dá outras providências.
 “Aos órgãos judiciários incumbe oferecer mecanismos
de soluções de controvérsias, em especial os chamados
meios consensuais, como a mediação e a conciliação,
[...]” – art. 1º, parágrafo único.
Dos Conciliadores e Mediadores
 Providências que visam facilitar e promover a
autocomposição:
 instituição de audiência de tentativa de conciliação no
início do procedimento comum, antes da resposta do
réu;
 inclusão de conciliadores e mediadores como
auxiliares da justiça:
 não compromete a imparcialidade do julgador;
 é exigido capacitação adequada para estimular e
favorecer a autocomposição.
Dos Conciliadores e Mediadores
 Centros judiciários de solução consensual de
conflitos (art. 165, CPC) – funções:
 realizar as sessões e audiências de conciliação e
mediação;
 desenvolver programas destinados a auxiliar, orientar
e estimular a autocomposição.
 art. 334, CPC: designação da audiência de tentativa
de conciliação ou mediação:
 antecedência mínima de 30 dias;
 citação do réu.
Dos Conciliadores e Mediadores
 Conciliação e mediação (art. 165, §§ 2º e 3º):
 Conciliador: atua preferencialmente nos casos em que
não houver vínculo anterior entre as partes; pode
sugerir soluções para o litígio;
 Mediador: atua preferencialmente nos casos em que
houver vínculo anterior entre as partes; auxilia as
partes a encontrar, por si próprias, soluções
consensuais que gerem benefícios mútuos.
 Vínculo entre os litigantes: não é aquele decorrente
do litígio; é anterior;
Dos Conciliadores e Mediadores
 Lei n. 13.140/2015 – regulamentou a mediação
extrajudicial e judicial;
 Sempre que recomendável, deverá haver a
designação de mais de um conciliador ou mediador
(art. 168, § 3º, CPC);
 Princípios que regulam a conciliação e a mediação
(art. 166, CPC e art. 1º do Código de Ética de
mediadores e conciliadores – Res. 125/2010, CNJ):
 confidencialidade – dever de manter sigilo;
 decisão informada – dever de informar o
jurisdicionado sobre seus direitos e contexto fático;
Dos Conciliadores e Mediadores
 Princípios que regulam a conciliação e a mediação
(art. 166, CPC e art. 1º do Código de Ética de
mediadores e conciliadores – Res. 125/2010, CNJ):
 competência – dever de possuir qualificação adequada;
 imparcialidade – dever de agir sem favoritismo,
preferência ou preconceito;
 independência e autonomia – dever de atuar com
liberdade, sem pressões interna ou externa;
 respeito à ordem pública e às leis vigentes;
 empoderamento – dever de estimular os interessados
a melhor resolverem seus problemas futuros;
Dos Conciliadores e Mediadores
 Princípios que regulam a conciliação e a mediação
(art. 166, CPC e art. 1º do Código de Ética de
mediadores e conciliadores – Res. 125/2010, CNJ):
 validação – dever de estimular os interessados a
perceberem-se reciprocamente como seres humanos
merecedores de atenção e respeito.
 Outros princípios previstos no art. 166 do CPC:
 autonomia da vontade – necessidade de as partes
manifestem sua vontade na solução consensual de
forma livre e desembaraçada;
 informalidade e oralidade – ausência de fórmulas.
Dos Conciliadores e Mediadores
 Recrutamento dos conciliadores e mediadores (art.
167, CPC):
 desnecessidade de serem advogados ou bacharéis em
Direito – não se exige conhecimentos jurídicos;
 necessidade de capacitação mínima, obtida em curso
ministrado por entidade credenciada, com currículo
de parâmetros definidos pelo CNJ e Ministério da
Justiça;
 Cadastramento – cadastro nacional e de tribunal de
justiça ou tribunal regional federal;
 Após o registro, o TJ ou TRF enviará à Comarca ou
subseção judiciária lista dos nomes cadastrados;
Dos Conciliadores e Mediadores
 Recrutamento dos conciliadores e mediadores (art.
167, CPC):
 A atuação dos incluídos na lista deve observar o
princípio da igualdade dentro da mesma área de
atuação;
 Sendo advogado o conciliador ou mediador, ele e a
sociedade de advogados a que pertence ficam
impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que
desempenharam as suas funções (art. 167, § 5º, CPC);
 Possibilidade de criação de quadro próprio de
conciliadores e mediadores pelos tribunais.
Dos Conciliadores e Mediadores
 Escolha do conciliador e mediador (art. 168, CPC):
 possibilidade de as partes escolherem o conciliador ou
mediador – princípio da autonomia da vontade;
 não precisa estar cadastrado no tribunal;
 inexistindo acordo quanto à escolha, haverá
distribuição entre aqueles cadastrados no tribunal (§
2º);
 Remuneração (art. 169, CPC):
 Tabela fixada pelo tribunal, conforme parâmetros
estabelecidos pelo CNJ;
Dos Conciliadores e Mediadores
 Remuneração (art. 169, CPC):
 Responsabilidade pelo pagamento – Lei n.
13.140/2015: dever das partes, salvo gratuidade da
justiça aos necessitados (art. 13);
 Possibilidade de trabalho voluntário na conciliação e
na mediação (art. 169, § 1º, CPC).
 Impedimentos do conciliador e do mediador (art.
170, CPC):
 mesmas causas de impedimento e suspeição do juiz
(arts. 144 e 145, CPC), pertinentes a suas atividades;
Dos Conciliadores e Mediadores
 Impedimentos do conciliador e do mediador (art.
170, CPC):
 O conciliador ou mediador que atuar no
procedimento de conciliação ou mediação, apesar de
impedido ou suspeito, será excluído do cadastro (art.
173, II, CPC);
 A atuação do conciliador ou mediador em
determinado processo o torna impedido de assessorar,
representar ou patrocinar qualquer das partes por um
ano, contado da última audiência em que atuou (art.
172, CPC).
Dos Conciliadores e Mediadores
 Responsabilização do conciliador ou mediador:
 exclusão do cadastro, caso atuem com dolo ou culpa
na condução da conciliação ou mediação sob sua
responsabilidade, ou ainda violem o dever de
confidencialidade estabelecido no art. 166, §§ 1º e 2º,
do CPC (art. 173, I, CPC);
 necessidade de prévio processo administrativo (art.
173, § 1º, CPC);
 faltas menos graves – atuação inadequada: afastamento
das atividades por até 180 dias, pelo juiz do processo
ou juiz coordenador do centro de conciliação e
mediação (art. 173, § 2º, CPC);
Dos Conciliadores e Mediadores
 Solução consensual de conflitos no âmbito
administrativo (art. 174, CPC):
 A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios poderão criar câmaras de mediação e
conciliação para a solução consensual de conflitos no
âmbito administrativo;
 Atribuições:
 dirimir conflitos envolvendo órgãos e entidades da
administração pública;
 avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução
de conflitos por meio de conciliação, no âmbito
administrativo;
Dos Conciliadores e Mediadores
 Solução consensual de conflitos no âmbito
administrativo (art. 174, CPC):
 Atribuições:
 promover, quando couber, a celebração de termo
de ajustamento de conduta.
 Art. 32 e ss. da Lei n. 13.140/2015: regulamentação
das câmaras de mediação e conciliação no âmbito do
poder público.
Bibliografia utilizada

GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. DIREITO


PROCESSUAL CIVIL ESQUEMATIZADO. 8 ed. São
Paulo: Saraiva, 2017.

Você também pode gostar