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Para o impaciente que se acha o dono do mundo: demora; complicações.

Está sempre rodeado de pessoas mais lerdas; quando próximo de alguns,


sua simples presença trava-lhes o raciocínio.
O orgulhoso recebe a ajuda das humilhações, uma após outra, vindas de
pessoas, situações, acontecimentos.
Para o avarento, o melhor remédio são as perdas.
O ciumento para curar-se não abre mão de todo tipo de traição – até que
entenda que não é dono de nada nem de ninguém; além de sua própria
vida e destino.
O com tendência a mágoa recebe “coices” até das Madres Teresas da vida.
Enfim, para cada um de nossos distúrbios de caráter a vida possui o
remédio específico.
A análise de cada uma das ocorrências do cotidiano é um dos aplicativos
da dica do Mestre Jesus: Vigia e ora.
Num dado momento em que André desabafou diante do ministro
e lamentou tudo o que passara desde a morte de seu corpo,
Clarêncio lhe perguntou: "Meu amigo, deseja você, de fato, a cura
espiritual?" Ante sua resposta afirmativa, ele continuou: "Aprenda,
então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a
própria dor. Lamentação denota enfermidade mental de curso
laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos
novos e disciplinar os lábios". 
... reportando-se ao caso de André, Lísias lembrou-lhe que a causa dos
seus males persistia nele mesmo, e persistiria ainda, até que ele se
desfizesse dos germes de perversão da saúde divina que havia
agregado ao seu corpo sutil pelo descuido moral e pelo desejo de gozar
mais que os outros. (Cap. 5, págs. 37 a 39)
A filosofia de Paz de St. Agostinho, e o seu pensamento político, em
geral, foram nutridos pelo estudo da Sagrada Escritura e da Filosofia grega,
sobretudo dos neoplatônicos, dos neopitagóricos e dos estoicos, dos
epicúrios e dos acadêmicos. Graças ao longo e tortuoso percurso intelectual
e espiritual, feito antes da sua conversão ao catolicismo, o pensamento
filosófico de St. Agostinho, livre do dilema fé ou razão, teologia ou filosofia,
unindo, sem sobrepor, as duas grandes culturas da antiguidade. Além de
Platão e do platonismo, Agostinho conhecia também as obras de Virgílio, de
Terencio e de Cícero, entre muitos outros. Sob o influxo de Platão, de Plotino
e de Porfírio, ele identificou pontos de contato entre o cristianismo e o
platonismo, como por exemplo, no que se refere à noção do “Sumo Bem”.
Figura 6A. O “primeiro cérebro”, o neocórtex ou cérebro
pensante (em branco). O “segundo
cérebro” é o cérebro límbico ou emocional, responsável por
criar, manter e organizar substâncias
químicas no corpo (em cinza). O “terceiro cérebro”, o
cerebelo, acomoda a mente subconsciente
(em cinza escuro).
O Espírito delinqüente pode receber os mais variados gêneros de colaboração, mas será
sempre o médico de si mesmo, o que implica dizer que sua cura dependeria de uma
transformação interior, algo que a medicina e os remédios não podem fazer, visto que
dependem unicamente da pessoa. (No Mundo Maior, cap. 12, pp. 174 a 176.) 
Enquanto está dirigindo do trabalho para casa, sua esposa liga para
dizer que você foi convidado para jantar com sua sogra dali a três dias.
Você sai da estrada e já está pensando na intensidade com que detesta sua
sogra desde que ela magoou seus sentimentos há dez anos. Logo tem uma
imensa lista mental: você jamais gostou do jeito opinioso dela, do modo
como interrompe as outras pessoas, do cheiro, até da comida dela. Sempre
que está perto dela, seu coração acelera, sua mandíbula enrijece, seu rosto
e corpo ficam tensos, você fica nervoso e somente quer cair fora.
Ainda sentado no carro, você lembra dos livros sobre a filosofia da
compaixão e pensa no que aprendeu teoricamente. Então lhe ocorre: “Se
eu tentar aplicar o que li nesses livros, talvez possa ter uma nova
experiência com minha sogra. O que aprendi que posso personalizar para
mudar o resultado desse jantar?”.

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