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Universidade Federal de Sergipe

Centro de Ciências Exatas e Tecnologias


Departamento de Engenharia Civil

ASPECTOS
RELACIONADOS ÀS
VARIAÇÕES DO
COEFICIENTE γz
Discente: Danilo Menezes Santos
INTRODUÇÃO
 O projeto estrutural deve garantir que todo edifício ou parte isolada
dele, suporte todas as solicitações que ocorram durante sua vida
útil.

 Sendo primordial determinar a situação de estabilidade/equilíbrio


da estrutura.

 Uma estrutura encontra-se em equilíbrio em dois casos:


 Em sua configuração geométrica inicial – submetida a efeitos de primeira ordem;

 Em sua configuração deformada – submetida a efeitos de segunda ordem.


EXEMPLO

Fonte: MONCAYO, 2011.


NBR 6118:2014
 A NBR 6118/2014 em seu item 15.4.2 diz que para efeito de cálculo:

 Quando os efeitos globais de 2ª ordem são inferiores a 10% dos respectivos


efeitos de 1ª ordem, basta considerar os efeitos globais e localizados de 1ª
ordem; Nós Fixos;

 Quando os efeitos globais de 2ª ordem forem superiores a 10% dos


respectivos efeitos de 1ª ordem, considera-se os efeitos globais e localizados
de 2ª ordem; Nós Moveis
COMO AVALIAR A ESTABILIDADE
GLOBAL?
 Segundo a NBR 6118:2014, em seu item 15.5, através dos parâmetros de
estabilidade:
 Que podem ser parâmetros aproximados:
 Gama Z;

 Alfa.

 Além destes:
 FAVT;

 RM2M1;

 B2B1;

 Fator de Carga Crítica Global de Flambagem.


COEFICIENTE γz
 Criado por Franco e Vasconcellos (1991);

 Um método aproximado capaz de avaliar a estabilidade da estrutura


quanto a não lineariedade geométrica, através de resultados
baseados em análises lineares;

 Capaz de realizar uma estimativa de esforços de segunda ordem.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Fonte: CEB (1978) adaptado por MONCAYO, 2011.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Fonte: MONCAYO, 2011.


CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS

 Se γz < 1.1 – a estrutura é considerada de nós fixos;

 Se 1.1 < γz < 1.3 – aproxima-se os valores dos esforços de 2ª ordem


através da majoração das cargas horizontais pelo coeficiente 0.95
γz;

 Se γz > 1.3 deve-se realizar uma análise de segunda ordem.


LIMITAÇÕES
 Para estruturas muito esbeltas não é possível estimar os valores de
segunda ordem;

 Segundo Oliveira (2013 apud Leal, 2016), diz que o Coeficiente Gama Z,
deve ser utilizado como ampliador dos momentos de primeira ordem e
não para os carregamentos horizontais;

 Segundo Avakian (2007 apud Leal, 2016), os valores de Gama Z, não se


mostraram satisfatórios para o caso de modelos com ligações não rígidas.

 Estruturas em que a deslocamentos provocados por cargas verticais e/ou


recalques;
COEFICIENTE FAVt
 Parâmetro exclusivo do CAD/TQS;

 Leva em consideração tanto os deslocamentos gerados por


carregamentos horizontais, quanto por carregamentos verticais;

 Fundamentação exatamente igual ao parâmetro Gama Z.


EXEMPLO

Fonte: MONCAYO, 2011.


COEFICIENTE FAVt x γz
  FAVt = γz:
 Em casos de estruturas simétricas.

 FAVt
 Presença de vigas de transição;
 Plantas não simétricas;
CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS

 Se FAVt < 1.1 – a estrutura é considerada de nós fixos;

 Se 1.1 < FAVt < 1.3 – aproxima-se os valores dos esforços de 2ª


ordem através da majoração das cargas horizontais pelo coeficiente
0.95 FAVt;

 Se FAVt > 1.3 deve-se realizar uma análise de segunda ordem.


CUIDADO A SE TOMAR

Fonte: MONCAYO, 2011.


COEFICIENTE RM2M1
 Calculado a partir dos esforços encontrados pela análise P-Δ;

 Leva em consideração tanto os deslocamentos gerados por


carregamentos horizontais, quanto por carregamentos verticais,
semelhante ao processo FAVt;

 Utilizado apenas para avaliar o impacto dos esforços de segunda


ordem.
COEFICIENTE B2
 Definido na NBR 8800:2008;

 Instabilidade gerada pela atuação de carregamentos normais e


deslocamentos nos extremos das estruturas;

 Utilizado para avaliar o impacto dos esforços de segunda ordem e


como majorador de esforços, calculado através de análise de 1ª
ordem.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O equilíbrio nessa situação inicial é
equivalente a:

Fonte: LEAL, 2016.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 O equilíbrio nessa situação deformada é
equivalente a:

Fonte: LEAL, 2016.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 A força equivalente necessária para determinar delta2

 Expressando os deslocamentos em função de um fator de proporcionalidade:

Fonte: LEAL, 2016.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Expressando delta2 em função de delta1:

 Resolvendo a equação anterior:

Fonte: LEAL, 2016.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Das duas equações de equilíbrio nós temos:

 Expressando B2 como a razão entre os deslocamentos:

Fonte: LEAL, 2016.


CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS

 Se B2 < 1.1 – a estrutura é considerada de pequenos deslocamentos;

 Se 1.1 < B2 < 1.4 – aproxima-se os valores dos esforços de 2ª ordem


através da majoração das cargas horizontais pelo coeficiente
B2*Msd;

 Se B2 > 1.4 deve-se realizar uma análise de segunda ordem.


EXEMPLOS
 Comparação entre os coeficientes FAVt e Gama Z:
 Dados:
 Seção do Pilar 100x50 cm
 Inércia = 0,041666 m^4
 Área = 0,50 m²
 Seção da Viga 50x100 cm
 Inércia = 0,041666 m^4
 Área = 0,50 m²
 Fck = 25MPa
 Eci = 28000MPa
 Ecs = 0,70 * 28000MPa = 19600MPa

Fonte: MONCAYO, 2011.


EXEMPLOS
  Determinação dos deslocamentos:
 Horizontal

 Vertical

Fonte: MONCAYO, 2011.


EXEMPLOS
  Gama Z:
 Mtot,1

 Mtot,2

Fonte: MONCAYO, 2011.


EXEMPLOS
  FAVt:
 Mtot,1

 Mtot,2

Fonte: MONCAYO, 2011.


EXEMPLOS
 Comparação entre os coeficiente B2 e Gama Z:

Fonte: LEAL, 2016.


EXEMPLOS
  B2 Pavimento 1:
 M1

 ΔM1
)

 =/(-

Fonte: LEAL, 2016.


EXEMPLOS
  B2 Pavimento 2:
 M1

 ΔM1
)

 /(-

Fonte: LEAL, 2016.


EXEMPLOS
  Gama Z:
 Mtot

 ΔMtot
 +)

Fonte: LEAL, 2016.


EXEMPLOS
 

 Invertendo a equação
Referências
 OLIVEIRA, D.M. (2013). Considerações sobre a determinação do coeficiente γz. Revista
IBRACON de estruturas e materiais. Volume 6, no 1, p.75- 100.

 LEAL, M.A.S. (2016). Verificação da utilização do Coeficiente B2 para a avaliação dos efeitos
da não linearidade geométrica de estruturas em concreto armado. Dissertação de Mestrado,
Universidade Federal da Bahia, Ba.

 MONCAYO, W. J. Z. (2011). Análise de 2ª ordem global em edifícios com estrutura de


concreto armado. Dissertação de mestrado, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade
de São Paulo, SP.

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2014). Projeto de Estruturas de Concreto


Armado – Procedimentos, NBR 6118, Rio de Janeiro, RJ.
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