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Aulas: 01 e 02:

TEORIA GERAL DO
BIODIREITO
1. Introdução à matéria
- O biodireito é uma disciplina ainda muito
nova e, consequentemente, pouco cobrada
em concursos públicos e exames da OAB.
Contudo, esta realidade já está mudando,
principalmente em razão da popularização
de seus princípios fundamentais.

- O fato de ser uma nova disciplina não lhe


retira, todavia, a importância. Ela envolve
questões extremamente polêmicas do
ponto de vista jurídico científico. Ex.:
Eutanásia, Clonagem, Reprodução
Assistida, Transplante, Alimentos
Transgênicos, Cobaias Animais, Cobaias
Humanas.
1. Introdução à matéria

Aspectos Aspectos
Sociais Políticos
Aspectos Aspectos
Religiosos Psicológicos

Aspectos Aspectos
Interdisciplinaridade Educacionais
Profissionais

Aspectos Aspectos
Assistenciais Científicos

Aspectos Aspectos
Biológicos Econômicos

Aspectos Aspectos
Morais Aspectos Jurídicos
Éticos

©Fernandes-Goldim/2010
1. Introdução à matéria
Interdisciplinaridade Jurídica

 Direito Constitucional  Relaciona-se com o Biodireito no que


tange à proteção dos direitos fundamentais, tais como a VIDA,
LIBERDADE, SAÚDE, INTIMIDADE, DIGNIDADE, RELIGIÃO e etc.

 Direito Civil  Relaciona-se com o Biodireito no âmbito dos


direitos de PERSONALIDADE (CC/02 art. 2º); irrenunciabilidade e
intangibilidade dos DIREITOS DE PERSONALIDADE (CC/02, art. 11) e
nas questões relativas à DISPOSIÇÃO DO PRÓPRIO CORPO ou
PARTES DELE, durante a vida ou após a morte (CC/02 arts. 13 e 15).

 Direito Penal  Relaciona-se com o Biodireito ao definir como


crime o aborto, além da responsabilidade do médico no que tange
a transfusão de sangue e a eutanásia.
2. Bioética: fundamento

Por que estudar bioética no Direito?

O último século foi marcado pelo


início da corrida tecnológica, muitas
coisas até então inimagináveis
tornaram-se realidade palpável,
avanço este que também se fez
presente no âmbito das ciências
médicas.
Reprodução humana fora do útero? Bancos de embriões?
Manipulação genética de ser humano? Células-tronco? Genoma
humano? Sequenciamento genético? Aparelhos que substituem
órgãos humanos? Transplante de coração? Exame de DNA? Mudança
de sexo? Alimentos transgênicos?
2. Bioética: fundamento

Por que estudar bioética no Direito?

“Embora ainda exista mistérios, o


homem aprendeu a fazer o que era
atribuição exclusiva de um deus
(islâmico, judeu, hindu, cristão ou
qualquer outro)”.

Saberá o homem manter o EQUILÍBRIO até então mantido pelo


invisível, ou o que surgiu como benéfico tornar-se-á arma de
dominação social?
2. Bioética: fundamento

O fundamento da Bioética é propor respostas às seguintes questões?

• A ciência deve ser limitada?

• Como limitar a ciência sem paralisar o


progresso da raça humana?

• Qual é a medida perfeita?

• No âmbito científico, os fins justificam os meios? Até que ponto?

• Qual o ponto limítrofe entre o “poder fazer” e o “dever fazer”?

• Estaria o homem brincando de ser Deus?


2. Bioética: fundamento
Art. 1º. A República Federativa do Brasil (...) constitui-se
em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana;
 
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei (...) garantindo-se
(...) inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

IX - é livre a expressão da atividade intelectual,


artística, científica e de comunicação (...);

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra


e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação;
2. Bioética: fundamento

Frases para refletir:

“A ciência sem consciência não é senão a ruína da alma.” (Rabelais).

“Ciência é conhecimento, mas não é sabedoria.” (Potter).

“Descobriu-se, no nosso tempo, como divorciar conhecimento da reflexão”.


(Albert Schweitzer).
3. Bioética: conceito

Bioética: Disciplina que estuda a conduta humana no âmbito das


ciências da vida e da saúde. Avalia a Biomedicina à luz de valores e
princípios morais.

Bioética

Bios (vida) Ethos (conduta)

Ética da Vida
3. Bioética: conceito

 1970 foi o ano de início da produção


científica na área da bioética

 1971 “Bioética: uma ponte para o futuro” e


“Science of survival” de Van Rensselaer
Potter.

 1976:“Problemas morais da medicina”,


filósofo Samuel Gorovitz

 1978: “Encyclopedia of bioethics”.


3. Bioética: conceito

“Nem tudo que é cientificamente possível é eticamente aceitável”.

“A bioética estuda a moralidade da conduta humana no campo das ciências da

vida” (PESSINI, Leo; BARCHIFONTAINE, Christian de Paul de).

“A bioética estuda a visão moral, as decisões de conduta e aspectos políticos do

comportamento humano em relação aos fatos e fenômenos biológicos (BOREM,


Aluízio; SANTOS, Fabrício R).

Bioética é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da

intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência


racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações”
(JUNQUEIRA, Cilene Rennó).
4. Bioética: classificação

Microbioética: É o ramo da bioética que trabalha especificamente com a


repercussão dos avanços biotecnológicos e a dignidade da pessoa humana, além
das relações jurídicas existentes entre paciente, médico e instituições de saúde.
Visa proteger o homem do próprio homem.

Macrobioética: É ramo da bioética que tem por objeto questões ambientais e a


busca pela preservação da raça humana, ou seja, está intimamente vinculada
com as ações de salvaguarda do meio ambiente, abordando assuntos como
ecologia, sustentabilidade, reciclagem, camada de ozônio e etc.
5. Bioética: Evolução Histórica

 Hipócrates (400 a.C)


Sempre que se fala em Bioética (ou Biodireito), em especial na sua
evolução histórica, importa fazer uma viagem até 400 anos antes de Cristo,
período em que viveu o pai da Medicina, o grego Hipócrates.

Hipócrates certamente foi o primeiro pensador a relacionar a medicina


com a ética. No seu contexto histórico os médicos eram vistos como
verdadeiros deuses, pois tinha o “poder” de salvar vidas.

Acontece que todo esse poder corrompeu a categoria, fazendo com que
os médicos realmente achassem que eram deuses e, assim sendo, também
tinham poder para tirar a vida, desde que houvesse um propósito com isso
(pesquisa).
5. Bioética: Evolução Histórica

Hipócrates (400 a.C)


Neste cenário, o médico Hipócrates faz um juramento, o qual até hoje é
pronunciados nas formaturas de medicina:

Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higia e Panacea e por todos os


deuses e deusas, a quem conclamo como minhas testemunhas, juro cumprir,
segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: (...) Aplicarei os
regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para
causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio
mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a
nenhuma mulher uma substância abortiva. Conservarei imaculada minha vida e
minha arte. (...)”.
5. Bioética: Evolução Histórica

2ª Guerra Mundial


Um dos principais símbolos do holocausto é o campo de concentração e extermínio de
Auschwitz, localizado no sul da Polônia, onde aproximadamente um milhão e trezentas
mil pessoas morreram.

Dentro do complexo de Auschwitz, no “Bloco 10”, existia um laboratório de


experiências médico-científicas, local onde trabalhava o Dr. Josef Megele, o “Anjo da
Morte”.

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5. Bioética: Evolução Histórica

 2ª Guerra Mundial – algumas experiências:


Hipotermia;
Câmaras de gás;
Água salgada;
Esterilização;
Mudança de cor dos olhos;
Gêmeos;
5. Bioética: Evolução Histórica

2ª Guerra Mundial – Tribunal de Nuremberg:

Todas essas atrocidades foram reveladas no Tribunal de


Nuremberg, instaurado em 09 de Dezembro de 1946, em que 12
processos foram julgados, sendo o primeiro deles o processo dos
Experimentos Científicos Nazistas. Vinte e três pessoas (vinte
médicos) foram condenadas, sete delas à pena de morte.

Fruto deste julgamento foi o Código de Nuremberg (1947), o


primeiro documento na história da humanidade a estabelecer limites
éticos às experiências científicas realizadas com seres humanos. Tudo
isso, resultou ainda, na Declaração Universal dos Direitos Humanos
(1948)
5. Bioética: Evolução Histórica

2ª Guerra Mundial – Código de Nuremberg - 1947


1. O consentimento voluntário do ser humano é absolutamente essencial.
2. O experimento deve ser tal que produza resultados vantajosos para a sociedade.
3. O experimento deve ser baseado em resultados de experimentação em animais. 
4. Deve ser evitado todo e qualquer sofrimento e danos desnecessários.
5. Não deve ser conduzido qualquer experimento quando existirem razões para acreditar que
pode ocorrer morte ou invalidez permanente.
7. Devem ser tomados cuidados especiais para proteger o participante do experimento.
8. O experimento deve ser conduzido apenas por pessoas cientificamente qualificadas. 
9. O participante do experimento deve ter a liberdade de se retirar no decorrer do experimento. 
10. O pesquisador deve estar preparado para suspender os procedimentos experimentais em
qualquer estágio, se ele tiver motivos razoáveis para acreditar que a continuação do
experimento provavelmente causará dano, invalidez ou morte para os participantes.
5. Bioética: Evolução Histórica

1961 - Aparelho de Diálise

O Dr. Belding Scribner inventou uma máquina capaz de substituir o


rim humano. O problema foi que a quantidade de pacientes que
necessitavam de diálise era muito maior do que o número de
aparelhos e de pessoas capacitadas para realizar o procedimento.

A solução encontrada foi estabelecer um comitê, formado por


pessoas leigas, as quais decidiriam quem receberia o tratamento
salvador.

Em 1962, isso se tornou público através de um artigo de Shana


Alexander, publicado na revista Life, cujo título era “Eles decidem
quem vive e quem morre”.
5. Bioética: Evolução Histórica

 1966 – Artigo “Ética e Pesquisa Clínica”.

Através deste artigo, o Dr. Henry Beecher apresentou 22 casos de


pesquisas abusivas, algumas financiadas por instituições governamentais e
universidades, em que seres humanos considerados de segunda classe
(negros, soldados, idosos e deficientes mentais) eram utilizados como
cobaias.

A conclusão do Autor era de que práticas imorais em pesquisas não eram


exclusividade de médicos nazistas, como se pensava até então.
5. Bioética: Evolução Histórica

1967 – O primeiro transplante de coração

O primeiro transplante de coração foi realizado pelo médico


Christian Barnat, no hospital Grote-Schuur em Cape Town. O
paciente sobreviveu 18 dias, tendo morrido por uma infecção
generalizada no pulmão.

No ramo da bioética, este episódio foi uma grande quebra de


paradigma, por um só detalhe: o coração transplantado era um órgão
ainda vivo.

Nesse momento foi criado o termo “morte cerebral”.


5. Bioética: Evolução Histórica

1972 – Caso Tuskegee

Um escândalo divulgado nos EUA, o Caso Tuskegee diz respeito a


uma pesquisa científica realizada por médicos americanos,
autorizados pelo Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos, em
que 399 homens negros com sífilis, foram utilizados para fazer uma
“avaliação do desenvolvimento natural da sífilis, livre de tratamento”.

Os homens não faziam ideia de que eram portadores de uma


doença grave. Sabiam que estavam doentes, mas pensavam que
estavam sendo “tratados”.
5. Bioética: Evolução Histórica

1972 – Caso Tuskegee

Em decorrência deste escândalo, em 1974, a fim de reparar ou


pelo menos diminuir os efeitos sociais desta e outras pesquisas, o
governo americano cria uma comissão (NCPHSBBR) que, após
debates, reflexões e pesquisas, elaborou um documento
denominado “Relatório Belmont”, certamente o principal marco
normativo da Bioética, pós Código de Nuremberg.

Este documento estabeleceu os Princípios Fundamentais da


Bioética.
5. Bioética: Evolução Histórica

 Hipócrates (400 a.C)

 2ª Guerra Mundial  Código de Nuremberg.

 1961: Invenção da hemodiálise (Dr. Belding Scribner)

 1962: “Eles decidem quem vive e quem morre” (Shana


Alexander – Life).
 1966: Henry Beecher – 22 casos de pesquisas em humanos.

 1967: Primeiro transplante de Coração – África do Sul.

 1932-1972: Caso Tuskegee – “A evolução natural da sífilis”.

 1974: Relatório Belmont.


6. Bioética: Princípios Fundamentais

O Relatório Belmont:

em 1974 a “Comissão Nacional para a Proteção de Sujeitos


Humanos na Pesquisa Biomédica e Comportamental” (EUA)
confeccionou um documento que ficou conhecido como Relatório
Belmont, que até hoje é considerado o principal marco histórico e
normativo da bioética.

Estabeleceu-se as bases para a adequação ética da pesquisa


científica nos E.U.A, traçando princípios e diretrizes éticas para a
proteção de pacientes humanos em pesquisas.
6. Bioética: Princípios Fundamentais

A proposta do Relatório Belmont (1978) era criar três princípios


éticos universais para bioética, quais sejam:

Princípio da beneficência:
Avaliação entre os riscos e benefícios. Bem-estar.

Princípio do respeito pela pessoa:


Consentimento informado. Autonomia.

Princípio da justiça:
Igualdade de acesso. Proteção.
6. Bioética: Princípios Fundamentais

PRINCIPIALISMO: escola bioética baseada no uso dos princípios


como modelo explicativo. Teoria baseada na obra “Princípios da
Ética Biomédica” de Tom Beauchamp e James Chidress

Proposta do Principialismo (1979) :


Princípio da beneficência: Dever moral de “fazer o bem”.
Princípio da não-maleficência: Não causar danos.
Princípio (do respeito pela) da autonomia: Autodeterminação.
Liberdade. Agente ativo.
Princípio da justiça: Alocação de recursos. Proteção dos
vulneráveis. Redução das desigualdades.

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7. Biodireito

• O Biodireito surge como um novo sistema jurídico, baseado nos


princípios Bioéticos. Todo o trabalho da Bioética precisava, agora,
ser regulamentado do ponto de vista jurídico.

• Mas o que é Biodireito? Biodireito é o ramo do Direito que trata


da teoria, da legislação e da jurisprudência relativas às normas
reguladoras da conduta humana em face dos avanços da Biologia,
da Biotecnologia e da Medicina.
7. Biodireito
Jose Alfredo de Oliveira Baracho ensina que:

O Biodireito é estritamente conexo à Bioética, ocupando-se da formulação das


regras jurídicas em relação à problemática emergente do progresso técnico-
científico da Biomedicina. O Biodireito questiona sobre os limites jurídicos da
licissitude da intervenção técnico-científica possível.

Piñero ensina que o biodireito,

“É o ramo do saber jurídico didaticamente autônomo, que tem por área de


conhecimento o conjunto das proposições jurídicas atinentes, imediata ou
mediatamente, à vida, desde o momento em que surge um novo ser até o
derradeiro momento em que não há mais vida, envolvendo, também aquelas que
têm por escopo delimitar o uso das novas tecnologias biomédicas’.
8. Biodireito: Princípios

• Precaução/Prevenção: Impossibilidade de realização de pesquisas


até que se comprove:

- a inexistência de consequências maléficas ao ser humano.

- possibilidade de reversão das consequências da pesquisa.

• Autonomia Privada: Está diretamente ligado ao livre consentimento


esclarecido. Respeito pela vontade do paciente. Direito de decisão do
paciente. (Res. 106/96 Min. Saúde – Art. 6º Declaração Universal de
bioética e Dtos Humanos – Art. 5º, II e III CR/88 e Art. 15 CC).
8. Biodireito: Princípios

• Responsabilidade: Responsabilidade para com as futuras gerações.

• Dignidade da Pessoa Humana (sacralidade da vida):


- Base da existência do Estado e fim de suas atividades.

- Art 2º da Convenção sobre Direitos Humanos e Biomedicina: ‘os


interesses e o bem-estar do ser humano devem prevalecer sobre o
interesse isolado da sociedade ou da ciência.’
- A dignidade é um atributo inato, natural do ser humano. A pessoa deve,
apenas pela sua existência e essência, ser respeitada pelo Estado. Art.
1º, III, CF.
9. Dignidade da Pessoa Humana

Um dos princípios mais importantes para o Biodireito é o da


Dignidade da Pessoa Humana. Há quem diga que este princípio, o
qual se aplica a todas as áreas relacionais do Direito, surgiu a partir
das discussões de nossa matéria, antes mesmo de ser disciplinada,
principalmente no período pós tribunal de Nuremberg.

Mas, afinal, o que é o princípio da Dignidade da Pessoa Humana?


Como este princípio veio parar no Brasil?? Trata-se de algo exclusivo
do nosso Direito???
9. Dignidade da Pessoa Humana

• O que significa ter dignidade?

Segundo Immanuel Kant, reconhecer a dignidade da pessoa


humana, significa dizer que a pessoa tem valor superior ao objeto.
Vale dizer, a pessoa não pode e não deve ser tratada como tal.
Jamais.

“A ausência de dignidade possibilita a identificação do ser


humano como instrumento, como coisa”.
9. Dignidade da Pessoa Humana

 Dignidade da pessoa humana trata-se de um direito (princípio)


inerente a todos os seres humanos. “Para ter, basta ser”.

 Dignidade é aquilo que diferencia a pessoa humana dos demais


seres vivos e objetos inanimados. É o que faz do ser humano um
animal de maior valor.
“A ausência da dignidade possibilita a identificação do ser
humano como instrumento, como coisa”.
Textos Complementares

COSTA, Sérgio Ibiapina Ferreira, GARRAFA, Volnei e OSELKA, Gabriel.


Apresentando a bioética. Disponível em: http
://www.portalmedico.org.br/include/biblioteca_virtual/bioetica/partei.htm

http://www.bioetica.ufrgs.br/bioetica.htm

http://www.portalmedico.org.br/include/biblioteca_virtual/bioetica/ParteIIprincipios.htm

http://www.portalmedico.org.br/include/biblioteca_virtual/bioetica/ParteIIautonomia.htm

http://www.portalmedico.org.br/include/biblioteca_virtual/bioetica/ParteIIjustica.htm

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