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O Livro Didático de Alfabetização
O Livro Didático de Alfabetização
Alfabetização:
mudanças e
perspectivas de
trabalho
PROFESSORA MSC. RAQUEL ELZA OLIVEIRA GLOTZ
Livro Didático: regulador de muitos
aspectos da prática docente:
1) Os conteúdos a serem ensinados;
2) A ordem em que eles deveriam ser trabalhados;
3) As atividades a serem desenvolvidas;
4) Os textos a serem lidos;
5) A forma de correção dos exercícios.
Críticas aos livros didáticos a partir da
década de 80:
1) Passou o Livro didático a ser vinculado a uma prática tradicional de ensino, que
precisaria ser ultrapassada;
2)Foi o Livro Didático apontado como vinculada à desqualificação profissional de
professores;
3) Apresentação de erros conceituais e por se constituírem em um campo da
ideologia e das lutas simbólicas, revelando um ponto de vista parcial e
comprometido sobre a sociedade;
5) Afirmação de que as cartilhas se baseiam em métodos tradicionais de
alfabetização, apresentando textos forjados
1995- Desenvolvimento do MEC do PNLD (Programa Nacional do Livro
Didático) os livros inscritos no programa vêm sendo submetidos a um trabalho de
análise e avaliação pedagógica que resulta na publicação de um Guia de Livros
Didáticos informação sobre esses livros, constituindo-se em um material que
orienta a escolha do livro didático pelo professor.
Desde 1998: Os professores da rede pública só podem escolher livros didáticos
recomendados no Guia do Livro Didático.
CONTUDO...
Os livros que têm chegado na escola não correspondem às suas expectativas, pois
apresentam “um nível elevado” e “são difíceis de serem trabalhados”.
Por que não usar as antigas cartilhas de
alfabetização?
Uso de textos forjados, os chamados PSEUDOTEXTOS, para alfabetizar;
Desenvolvimento dos métodos tradicionais sintéticos (ensino das unidades
menores das palavras como letras, fonemas e sílabas, para depois os alunos
poderem ler frases e textos);
Os textos cartilhados se caracterizam, então, por um amontoado de frases que,
juntas não correspondem a um texto, uma vez que não possuem uma unidade de
sentido;
Existência de frases artificiais nas cartilhas e sem sentido, como as clássicas “o
boi bebe”, ou “ o bebê baba” ou “Ivo viu a uva”.
Desenvolvimento de uma prática descontextualizada, ao invés de inserir textos
que circulam na sociedade, os autores dos livros didáticos passaram a colocar nos
livros textos completamente artificiais;
Desenvolvimento de leitura de sílabas, palavras e frases e textos cartilhados,
cópias de sílabas, palavras e frases, escrita de palavras, exploração dos diferentes
tipos de letras.
As Mudanças nos novos livros de
alfabetização:
Perspectiva construtivista ou sócio-construtivista defendida distanciamento da
perspectiva empirista que permeavam as cartilhas;
Defesa da diversidade textual ( bilhete, instrução de jogo, poesia, conto de fadas,
reportagem, receita trava-línguas cartaz publicitário, notícia de jornal, verbete de
enciclopédia etc) da imersão no mundo letrado desde o início da escolarização, no
processo de alfabetização;
Busca de apropriação do conceito de letramento e de suas implicações para a
alfabetização;
(MORAIS; ALBUQUERQUE, 2005):