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A Santa Missa

Parte por Parte


As Partes da Missa

Ritos Iniciais
1. Liturgia da Palavra
2. Liturgia Eucarística
Ritos Finais
 O sacerdote faz as vezes de Cristo.
 Memorial do Senhor / Sacrifício da Cruz
 “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu
no meio deles” (Mt 18, 20)
 Presença de Cristo:
 - Assembleia;
 - no ministro;
 - na Palavra;
 - forma substancial – espécies eucarísticas.
Ritos Iniciais

Os Ritos Iniciais têm a


finalidade de preparar a
Assembleia Cristã à uma
comunhão para ouvir e meditar
a Palavra de Deus e celebrarem
dignamente a Eucaristia.
Ritos Iniciais
Divide-se em:
 Monição
 Procissão e Canto de Entrada
 Saudação e Acolhida
 Ato Penitencial
 Senhor tende piedade (Kyrie Eleison)
 Hino de Louvor (somente aos domingos,
festas e solenidades, exceto na Quaresma e
no Advento)
 Oração do dia
Monição de Abertura

 É o comentário inicial. Tem o caráter de motivar a


assembleia a celebrar os mistérios de Cristo
inserindo no tempo litúrgico ou festa a ser
celebrado. É o momento de acolher a comunidade,
de situar a celebração, de colocar as intenções.
Não se deve dizer que vamos acolher o celebrante
fulano e nem que vamos acolher a procissão de
entrada.
Monição de Abertura

 Em primeiro lugar, não acolhemos o padre, pois é


ele que nos acolhe na celebração em nome de Cristo,
por outro lado somos todos celebrantes, a Igreja
celebra a Missa. A procissão de entrada não tem o
sentido de acolhimento. No final da monição deve-
se convidar a comunidade ficar de pé para o canto
de entrada ou para iniciarmos a celebração. Quando
for radiada, podemos dizer que a Missa será
presidida pelo padre fulano, apenas no sentido de
orientar os ouvintes.
Procissão e Canto de Entrada

 A procissão de entrada não tem caráter de


receber o presidente da celebração, mas é sinal
da Assembleia Cristã, da Igreja Peregrina, que se
dirige ao altar do Senhor para louvá-lo e suplicá-
lo.
 O Canto de Entrada deve promover a união da
assembleia e inseri-la no mistério litúrgico a ser
celebrado.
 Não se escolhe qualquer canto, devem-se
respeitar os cantos do Hinário Litúrgico da
Arquidiocese ou cantos devidamente
selecionados que refletem a ação litúrgica do dia
Saudação e Acolhida

 O padre e os ministros ao chegarem ao altar o saúdam em


sinal de reverência a Deus (veneração) que se encontra
nesse lugar sagrado.
 O padre beija o altar no mesmo sentido. O altar é sinal do
túmulo de Cristo, no qual Jesus é oferecido para a expiação
dos nossos pecados, por isso o crucifixo o acompanha.
 Logo após, é motivado o Sinal-da-cruz, sinal de nossa fé,
por esse sinal fomos batizados e nos colocamos a serviço de
Deus e dos irmãos. Pela Saudação o sacerdote acolhe os
fiéis com as palavras dos apóstolos, que estão no Novo
Testamento, isso congrega a Cristo desejando-os a paz.
Ato Penitencial

 Não tem caráter de sacramento de penitência e


reconciliação, ou seja, não absolve os pecados.
 É um convite diante da misericórdia de Deus ao
arrependimento, que perdoa pecados de caráter
venial.
 Pecado é toda ofensa a Deus, uma falta contra a
razão, a verdade, a reta consciência, uma falta ao
amor verdadeiro para com Deus, a si e ao
próximo, são desejos contrários a leis eternas.
Fere a natureza humana e ofende a solidariedade.
Ato Penitencial

 Distinguimos dois graus de pecado: venial e mortal.


 Pecado mortal (1857-61) é todo pecado que
destrói a caridade no coração do homem por uma
infração grave da Lei de Deus, desviando o homem
de Deus ao preferir um bem inferior.
 Pecado venial (1863) é todo pecado que deixa
subsistir (perdurar) a caridade, embora a ofenda ou
fira, quando não se observa, em matéria leve, a
medida prescrita pela lei moral, ou quando se
desobedece a lei moral em matéria grave, mas sem
pleno conhecimento ou consentimento desses. ( as
pequenas invejas, ciúmes, críticas, julgamentos leves, vaidades,
pequenas iras, preguiças de fazer bem feito os trabalhos e orações).
Ato Penitencial

 O pecado venial acarreta em vícios e possa se


transformar em pecados mortais, por isso a
importância do Sacramento da Confissão.
 O Ato penitencial pode ser substituído nos
domingos e festas pelo rito de Aspersão, de
preferência no tempo quaresmal e pascal para
recordação do Batismo, ou em festas do
padroeiro e domingos de ramos por uma
procissão.
Senhor tende piedade (Kyrie Eleison)

 Não é próprio do ato penitencial.


 “Depois do Ato penitencial inicia-se o ‘Senhor
tende piedade’, a não ser que já tenha sido rezado
no próprio ato penitencial” (IGMR, n. 52). [IGMR:
Introdução Geral do Missal Romano].

 É uma antiga ladainha usada em todas as liturgias.


 Um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e
imploram a sua misericórdia
Senhor tende piedade (Kyrie Eleison) -
ñ

 Por isso, no ato penitencial pode usar


qualquer canto que se refere a pedido de
perdão ou de confissão de pecados.
 Quando o ‘Senhor tende piedade’ for
usado no ato penitencial se usa em cada
invocação um pedido ou como observa
no Ordinário da Missa, podendo ser
cantado.
Hino de Louvor (Glória)

 A Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica


e suplica a Deus e ao Cordeiro
 Não é um hino trinitário, é Cristológico e muito
menos se refere ao ato penitencial.
 É um louvor antigo da Igreja, que tem origem na
Igreja do Oriente, cantado ou rezado nas
solenidades, festas e domingos.
 No começo era reservado ao bispo, depois como
um hino de Natal por causa de suas primeiras
palavras. Aos poucos se inseriu na festa da páscoa.
Hino de Louvor (Glória)

 Hoje é cantado em todos os domingos,


com exceção no tempo da Quaresma e no
Advento. Devem-se evitar glórias
abreviados, seguindo o texto integral.
 “O texto (deste) hino não pode ser
substituído por outro” (IGMR, n. 53).
Hino de Louvor, versão do missal

 Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por


ele amados. Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-
poderoso: nós vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos
adoramos, nós vos glorificamos, nós vos damos graças por
vossa imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. Vós
que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Vós
que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós
que estais a direita do Pai, tende piedade de nós. Só vós
sois o Santo, só vós, o Senhor, só vós o Altíssimo, Jesus
Cristo, com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Amém.
Oração do Dia

 Reúne numa só oração todas as orações e


intenções dos fiéis e insere no mistério da
celebração do dia.
 A pausa colocada depois que o sacerdote
diz ‘oremos’ convida a assembleia a
colocar suas orações: louvores e súplicas.
 Em seguida, de braços erguidos, o
sacerdote eleva a Deus as nossas orações.
O ‘Amém’ é nosso sim, assim seja feito.
LITURGIA DA PALAVRA

A liturgia da palavra divide-se em:

a) Primeira Leitura (Na vigília pascal são sete e na vigília de pentecostes


são até quatro com seus respectivos salmos)
b) Salmo responsorial
c) Segunda Leitura
d) Sequência (facultativa no decorrer do ano, exceto Páscoa, Pentecostes e
Corpus Christi)
e) Aclamação do Evangelho
f) Evangelho
g) Homilia
h) Profissão da fé (Símbolo – somente aos domingos, festas e solenidades)
i) Oração dos fiéis (ou da comunidade ou universal)
Liturgia da Palavra

 É o próprio Deus que fala. É o próprio Cristo que anuncia o


Evangelho.
 É dirigida a todos os homens de todos os tempos – de modo
inteligível – para maior compreensão e eficácia há a homilia.

 Participação: o ato penitencial, a profissão de fé, a oração universal


e a oração dominical.
 Silêncio : no ato penitencial e a seguir ao convite à oração, o
silêncio destina-se ao recolhimento interior; a seguir às leituras ou à
homilia, é para uma breve meditação sobre o que se ouviu; depois
da Comunhão, favorece a oração interior de louvor e ação de graças
Primeira leitura

 Deve ser proclamada do ambão, a


mesa da palavra, no Lecionário,
livro próprio da missa.
 É geralmente uma leitura do Antigo
Testamento ou dos Atos dos
Apóstolos, no tempo pascal.
Salmo responsorial

 é uma resposta de louvor a primeira leitura, como


o nome sugere.
 Não é preenchimento de espaço, nem lhe é
permitido substituí-lo por canto de meditação ou
outro canto compatível.
 O salmo responsorial é aquele do dia que está no
Lecionário. De preferência seja cantado em
domingos, festas e solenidades.
Segunda Leitura

 Geralmente são cartas de são Paulo, cartas


apostólicas ou o livro do Apocalipse, no tempo
pascal.
 Durante a semana é omitida.
 A Segunda Leitura nos domingos e solenidades
mostra a experiência da Igreja Primitiva, a
doutrina cristã e orientações práticas da vida de
comunidade, favorecendo a viver na fé.
Sequência

 Facultativa na maior parte do ano


litúrgico, é um hino cristão cantado antes
da Aleluia.
 Os mais conhecidos e próprios são a
Sequência Pascal, a de Pentecostes, a de
Corpus Christi e a de Nossa Senhora das
dores.
Aclamação ao Evangelho

 É um momento de louvor a Jesus que vai falar.


 Tal aclamação constitui um rito próprio,
geralmente com estrofes da Palavra de Deus
encontrados no próprio Lecionário com o refrão
de aleluias, exceto na Quaresma.
 No Advento se canta aleluia. No tempo
quaresmal ao invés de cantar aleluia é proposto
um versículo no Lecionário com um refrão de
louvor a Jesus.
Proclamação do Evangelho

 é o momento de ouvirmos o próprio Cristo falar.


Em sinal de acolhida fazemos três sinais da cruz:
uma na fronte, pois ouviremos a Palavra e
guardaremos na mente; outra na boca, para
proclamar a mensagem ouvida; e outra no coração,
sinal de amor a Palavra que vamos vivê-la. Não se
faz o sinal-da-cruz depois disso.
 Na Missa, ele é proclamado primeiramente pelo
diácono e na falta deste o sacerdote. A mensagem
de Jesus Salvador é uma só, porém foi escrita por
quatro evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João.
Homilia

 é um momento de reflexão, interpretação e atualização da


Palavra de Deus. Quem o faz é o sacerdote ou o diácono.
 É a ocasião de meditarmos e refletirmos a Palavra hoje e
ver na pessoa do sacerdote o próprio Cristo que nos
ensina. É recomendado a pessoa do sacerdote a pregação
pelos seus estudos em Teologia.
 Os leigos e leigas também podem fazer pregação fora da
Missa, desde que sejam capacitadas em estudos bíblicos e
teológicos ou legítima formação, o que é recomendado
para os que presidem a Celebração da Palavra.
 Logo após a homilia é recomendado um momento de
silêncio.
Profissão de Fé
 Ou Símbolo dos Apóstolos. A assembleia cristã levanta e
reza ou canta a sua fé.
 Essa atitude quer expressar a fé na Palavra proclamada e
meditada, estando prontificados a pô-la em prática.
 Existem duas fórmulas: o Símbolo Apostólico (mais usado
e é resumido), e o Niceno-constantinopolitano, mais bem
elaborado (teológico).
 O Símbolo é rezado somente em domingos, festas e
solenidades, podendo ser cantado ou rezado em dois coros
alternando entre um refrão e outro.
Oração da Comunidade

 encerra a Liturgia da Palavra, sendo um


momento em que a Assembleia Cristã suplica
a Deus pelas suas necessidades de maneira
universal.
Geralmente as intenções seguem essa ordem:
 Pelas necessidades da Igreja Universal;
 Pelos poderes públicos da nação e pela
salvação de todo o mundo;
Oração da Comunidade

 Pelos que sofrem quaisquer dificuldades;


 Pela comunidade local;
 Em celebrações rituais tais como: matrimônio,
confirmação (crisma), exéquias, as intenções podem
referir-se a essas circunstâncias.
Observação: As orações devem ter caráter universal e não
particular, salvo as missas rituais.
Liturgia Eucarística

 A oração eucarística ou anáfora é uma


oração rezada apenas pelo sacerdote, com
três aclamações que são rezadas
conjuntamente com a assembleia: o santo,
a anamnese ou memorial e o amém.
Liturgia Eucarística

 As orações eucarísticas são universais


para toda Igreja Católica
originalmente em latim e traduzidas
para a língua de cada país.
LITURGIA EUCARISTICA

 As anáforas I e III são próprias para dias festivos e solenes.


 As anáforas II e V são para missas comuns e domingos.
 A oração eucarística IV não se pode mudar o prefácio e
contém um resumo da história da salvação, podendo ser
rezada no Tempo Comum, Quaresma e Advento, mas não é
própria para missa de fiéis defuntos ou exéquias.
 A oração eucarística mais antiga é a II da Tradição de São
Hipólito, restaurada e adaptada pelo Concílio Vaticano II por
Paulo VI, fora essa o cânon romano (I) data do século IX.
LITURGIA EUCARISTICA

 A Liturgia Eucarística se divide em:


 1. Preparação das Oferendas;
 2. Oração Eucarística;
 3. Rito da Comunhão.
1. Preparação das Oferendas

 1.1. Procissão dos dons ou oferendas;


 1.2. Apresentação das oferendas;
 1.3. Purificação;
 1.4. Convite a oração;
 1.5. Oração sobre as oferendas;
2. Oração Eucarística

 2.1 Prefácio
 2.2 Aclamação do santo;
 2.3 Epiclese (Invocação do Espírito Santo);
 2.4. Consagração – Narrativa do memorial;
 2.5. Anamnese – memorial;
 2.6. Oblação;
 2.7 Intercessões;
 2.8 Doxologia.
3. Rito da Comunhão

 3.1 Oração do Senhor;


 3.2 Embolismo;
 3.3 Doxologia;
 3.4 Rito da Paz
 3.5 Fração do Pão;
 3.6 Cordeiro de Deus;
 3.7 Convite ao Banquete
 3.8 Comunhão e canto;
 3.9 Silêncio;
 3.10 Canto de Louvor;
 3.11 Oração após comunhão.
RITOS FINAIS

 Avisos: são recados paroquiais e da


comunidade de forma breve e de
importância geral. Pode ser lida nesse
momento uma reflexão de maneira geral.
 Bênção final: a fórmula dessa bênção pode
ser simples ou solene de acordo com a festa
celebrada. Ressalta a bênção de Deus pela
ação celebrada, que por si só é uma bênção a
celebração.
RITOS FINAIS

 Envio ou despedida: “ITE MISSA EST” ,


antiga despedida na missa em latim, que significa
“Vos sois enviados” ou “É o envio”. O “Ide em
paz e o Senhor vos acompanhe” remete o envio a
missão, porque tudo aquilo que ouvimos,
meditamos e celebramos devem ser agora
vividos.

 A Missa termina e começa a Missão.


Relembramos que desse modo não podemos sair
da Igreja antes de sermos enviados.

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