Você está na página 1de 36

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba

Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial

CONVERSORES A/D E D/A

Prof. Jeanne Elizabeth de Paula Braquehais


jeanne.braquehais@hotmail.com
Revisão:
Quantidade digital: terá um valor especificado
entre duas possibilidades (0 ou 1). Na prática,
uma quantidade digital como uma tensão tem
um valor que está dentro de faixas. Por exemplo
para a lógica TTL: 0 a 0,8 V é 0 lógico e 2 a 5 V
é 1 lógico.

Quantidade analógica: pode assumir qualquer


valor ao longo de uma faixa contínua e seu valor
exato é relevante.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 2


2015.2
Revisão:
A maioria das variáveis físicas (temperatura,
pressão, vazão, nível, velocidade, tempo, espaço,
som, intensidade luminosa etc.) são analógicas.

Qualquer informação que tenha de entrar em um


sistema digital deve ser colocada no formato digital.

Quando um computador ou qualquer outro sistema


digital é utilizado para monitorar e/ou controlar um
processo físico, temos que lidar com as diferenças
entre a natureza digital do computador (sistema
digital) e a natureza analógica das variáveis.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 3


2015.2
Processamento das informações entre o mundo
analógico e digital e entre o mundo digital e analógico.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 4


2015.2
Processamento das informações entre o mundo
analógico e digital e entre o mundo digital e analógico.
1. Transdutor: converte a variável física (temperatura, pressão, som
etc.) em uma grandeza elétrica também analógica. A saída de um
transdutor é uma tensão ou corrente analógica proporcional a
variável física monitorada.
2. Conversor A/D: converte o sinal elétrico analógico proviniente do
transdutor em sinal digital. Por exemplo um conversor A/D podria
converter os valores analógicos de 800 a 1500 mV para valores
binários na faixa de 01010000 (80) a 10010110 (150).
3. Computador ou sistema digital: a representação digital da
variável de processo obtida na saída do conversor A/D é
transmitida para o computador ou sistema digital para que seja
processada.
4. Conversor D/A: converte o valor binário fornecido pelo
computador ou sistema digital após o processamento numa
tensão ou corrente analógica proporcional a este valor binário.
5. Atuador: o sinal convertido pelo conversor D/A quase sempre
está conectado a algum dispositivo ou circuito que serve como
atuador para controlar a variável física. Exemplo: uma eletro
válvula controlando a vazão de água num sistema de
5
aquecimento.
Conversão digital-analógica:
Estudaremos conversão D/A primeiro pois
muitos métodos de conversão A/D usam
conversores D/A.

A conversão D/A é o processo em que


o valor representado em código digital
(binário) é convertido em tensão ou
corrente proporcional ao valor digital.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 6


2015.2
Conversão digital-analógica:

Observe que entradas digitais D,C,B e A possibilitam a


codificação de 24 níveis de tensão. Neste sistema
apresentado acima a relação de proporcionalidade é de
um, pois cada valor binário corresponde a um acréscimo
de 1 V.
Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 7
2015.2
Exercício:
Um conversor D/A de 5 bits tem saída em
corrente. Para a entrada digital 10100, é
gerada uma corrente de saída de 10 mA.
Qual será a corrente de saída para uma
entrada igual a 11101?

Qual o maior valor de tensão de saída de um


conversor D/A de 8 bits que gera 1 V para
uma entrada digital de 00110010?

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 8


2015.2
Saída analógica:
A saída de um conversor D/A não é
tecnicamente analógica, porque pode assumir
valores específicos como os 16 níveis de
tensão do slide anterior. No entanto o número
de valores de saída pode ser aumentado e a
diferença entre valores sucessivos pode ser
diminuída com o aumento do número de bits
de entrada. Isso nos permite gerar uma saída
cada vez mas próxima de um sinal analógico.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 9


2015.2
Resolução:
A resolução de um conversor D/A é definida
como a menor variação na saída “analógica”
como resultado de mudança na entrada
digital. Em outras palavras a resolução é igual
ao peso do bit LSB

Para o conversor apresentado no slide 7 a


resolução é de 1V

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 10


2015.2
Exercício:
Um conversor D/A de cinco bits gera uma
saída de 0,20 V para a entrada digital de
00001. Determine o valor da saída para a
entrada 11111. Determine também a
resolução deste conversor.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 11


2015.2
Circuitos conversores D/A

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 12


2015.2
Exercício
a) Determine o peso de cada bit de entrada
do circuito do slide anterior.
b) Mude RF para 250 Ω e determine a saída
de fundo de escala.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 13


2015.2
Especificações de DAC’s
• Há uma grande variedade de DACs
disponíveis em Cis;
• É importante conhecer quais são as
especificações de um DAC para decidir
se ele é adequado há uma aplicação em
particular.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 14


2015.2
Especificações de DAC’s
• Resolução: depende do numero de bits,
quanto maior o número de bits maior a
resolução.
• Precisão: é determinada pelos parâmetros
erro de fundo de escala e de linearidade.
– EFE é expresso como porcentagem do fundo de
escala.
– Erro de Linearidade: é o desvio máximo a partir
do tamanho ideal do degrau (diferença entre
dois níveis vizinhos)

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 15


2015.2
Exercício
Determinado DAC de oito bits tem saída
de fundo de escala de 2mA e erro de
0,5% F.S. Qual a faixa de saídas
possíveis para uma entrada 10000000?

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 16


2015.2
Especificações de DAC’s
• Erro de offset: é a tensão de saída
apresentada quando a entrada binária está
com todos os bits em 0. Este erro se não
corrigido será somado à saída esperada do
DAC para todas cominações de entrada.
Muitos DACs tem ajuste de offset externo. Isso
é feito aplicando-se 0 a todas as entradas e
ajustando um potenciômetro até que a saída
apresente 0v.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 17


2015.2
Especificações de DAC’s
• Tempo de estabilização: a velocidade de um
DAC é especificada através do tempo de
estabilização. É o tempo necessário para a
saída do DAC ir de 0 até o fundo de escala.
• Monotonicidade: um DAC é monotônico se
sua saída aumenta conforme a entrada binária
é incrementada de um valor para o seguinte.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 18


2015.2
Rede R/2R.
• DAC amplamente utilizado pois só usa
dois valores de resistência.

19
Exercício:
Considere um Vref = 10 V para o DAC
R/2R do slide anterior. Quais são as
resoluções e o fundo de escala desse
conversor?

20
Um circuito integrado DAC
• O CI AD7524 é um conversor D/A de oito
bits que usa uma rede R/2R.
• Tempo de estabilização igual 100ns.
• Vref pode variar entre tensões negativas
e positivas de 0 a 25V.
• E a precisão é de ±0,2% F.S.
• A corrente de saída pode ser convertida
em tensão por meio de um amplificador
operacional conectado. 21
Um circuito integrado DAC

22
Aplicações de DACs
São usados sempre que um circuito digital tem que
fornecer tensão ou corrente analógica.
• A saída digital de um computador pode ser convertida
em sinal analógico para controlar a velocidade de um
motor ou a temperatura de um forno.
• Computadores podem ser programados para gerar
sinais de teste automáticos.
• Auxiliam na reconstrução de sinais originalmente
digitalizados para o formato analógico.
• Fazem parte de diversos tipos de ADCs.
• Pode ser usado para reduzir a amplitude de um sinal
analógico.
23
Conversão Analógica Digital
Um conversor analógico digital recebe
uma tensão analógica de entrada e, após
certo tempo, produz um código digital de
saída que representa a entrada
analógica. O processo de conversão A/D
é mais complexo e consome mais tempo
que o D/A e ocorre por diferentes
métodos.

24
ADC’s que usam DAC
A temporização da operação é fornecida por um sinal de
clock de entrada. A unidade de controle contém um
circuito lógico para a geração da seqüência apropriada
de operações em resposta ao comando START, que
inicia o processo de conversão. O amplificador
operacional comparador tem duas entradas analógicas
e uma saída digital, que muda de estado dependendo
da maior entrada analógica.

25
ADC’s que usam DAC

26
ADC’s que usam DAC
Funcionamento:
1. O pulso de comando start inicia a operação;
2. De acordo com a freqüência do clock a unidade de controle
modifica continuamente o número binário armazenado no
registrador;
3. O número binário do registrador é convertido em tensão analógica
pelo ADC;
4. O comparador compara a tensão VA com a tensão de saída do
DAC VAX enquanto VA > VAX a saída do comparador é ALTA.
Quando VAX > VA a saída do comparador vai para nível baixo e
para o processo de modificação do número no registrador;
5. A lógica de controle ativa o sinal de conversão EOC finalizando o
processo.

27
ADC’s que usam DAC
As diversas variações desse esquema de
conversão A/D diferem na maneira pela
qual a seção de controle modifica
continuamente o número no registrador,
no entanto a idéia básica é a mesma.

28
ADC de Rampa Digital

29
ADC de Rampa Digital
1. Um pulso START é aplicado para levar o contador para 0. O nível ALTO
em START também inibe os pulsos de clock a passar pela porta AND
2. para o contador;
3. Com todas as entradas em 0, a saída do DAC será VAX = 0V;
4. Visto que VA > VAX, a saída do comparador, EOC, será nível ALTO;
5. Quando START retorna para nível BAIXO, a porta AND é habilitada e os
pulsos de clock vão para o contador;
6. Conforme o contador avança, a saída do DAC, VAX, aumenta um degrau
por vez, como mostra a figura;
7. Isso continua até que VAX alcance o degrau que excede VA por uma
quantidade maior ou igual que VT (normalmente de 10 a 100µV). Nesse
EOC
ponto vai para nível BAIXO e inibe a passagem dos pulsos para o
contador, que interrompe a contagem;
8. O contador manterá o valor digital até que um próximo pulso START inicie
uma nova conversão.

30
Exercício 1
Suponha os seguintes valores para o ADC mostrado no
slide 31: frequência de clock igual a 1Mhz, Vt=0,1mV e
fundo de escala do DAC igual a 10,23 V e entrada de 10
bits. Determine os valores a seguir:
(a) O equivalente digital obtido para VA=3,728V;
(b) O tempo de conversão;
(c) A resolução desse conversor.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 31


2015.2
Precisão e Resolução de ADCs
• Erro de quantização é a diferença entre a quantidade
real (analógica) e o valor digital associado;
• Resolução é a maior diferença entre VA e VAX;
• Precisão pode ser expressa como porcentagem do
fundo de escala, em geral é especificada como ±nLSB
em que n é um valor fracionário ou 1;

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 32


2015.2
Exercício 2
• Um ADC de oito bits semelhante ao do
slide 31, tem entrada de fundo de escala
de 2,55V. A precisão é de ±1/4LSB.
Determine o erro máximo de medição.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 33


2015.2
Tempo de conversão
• De acordo com o slide 31 o tempo de conversão é a
diferença entre o fim do pulso START e a ativação da
saída
EOCde
• Deve ficar claro que o tempo de conversão depende
VA , um valor grande de VA requer mais tempo para ser
convertido;
• O tempo de conversão máximo é dado por
Tc = (2N – 1) * ciclo de clock

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 34


2015.2
Exercício 3
O que acontecerá na operação de um ADC de rampa
digital se a entrada analógica VA for maior que o valor de
fundo de escala ?

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 35


2015.2
REFERÊNCIAS:

TOCCI, RONALD J. “Sistemas Digitais: princípios e aplicações” –


11ª. Ed. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.

Sistemas Digitais – CSTAI IFPB - 36


2015.2

Você também pode gostar