Você está na página 1de 56

MÁQUINAS

ELÉTRICAS

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


MÁQUINAS DE
CORRENTE CONTÍNUA

Capítulo 02 - Aula 01
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
INTRODUÇÃO

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Introdução
4

Máquina de corrente contínua é uma máquina


capaz de converter :

Energia mecânica em Com uma corrente de


energia elétrica saída na forma
(gerador) contínua

Energia elétrica em Com uma corrente de


energia mecânica entrada na forma
(motor) contínua
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
Introdução
5

A energia elétrica utilizada Porém os motores de


hoje em dia corrente contínua têm
na distribuição e transporte da tradicionalmente grandes
mesma é a corrente alternada aplicações nas industrias

Os motores de corrente contínua permitem facilmente a variação de


velocidade de rotação, como é o caso de uma esteira por exemplo

 Máquinas industriais
Os motores de corrente contínua
 Veículos elétricos
ainda são muito utilizados e
 Brinquedos
possuem diversas aplicações como
 Eletrodomésticos
por exemplo:
 Entre outros.
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
Motores de corrente contínua: Vantagens e
desvantagens
6

São muitas as vantagens, dentre elas podemos citar:


 Controle de velocidade para uma ampla faixa de valores acima e abaixo
do valor nominal

 É possível acelerar, frear e reverter o sentido de rotação de forma rápida

 Não está sujeito à harmônicos e não possui consumo de potência reativa

 Permite variar a sua velocidade mantendo seu torque constante

 Possui um alto conjugado de partida, que também conhecido como


torque ou força de arranque;

 Os conversores necessários para o seu controle são menos volumosos.

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Motores de corrente contínua: Vantagens e
desvantagens
7

O motores de corrente contínua também apresentam algumas


desvantagens, tais como:

 Possui maior manutenção devido aos desgastes entre as escovas com o


comutador, exceto para os motores brushless

 Em relação aos motores de indução CA de mesma potência possuem um


preço e tamanho maiores

 Por causa da centelha que ocorre entre suas escovas e os comutadores,


com exceção dos motores brushless, os motores de corrente contínua não
podem operar em ambientes explosivos

 Atualmente componentes eletrônicos de tensão alternada já são capazes


de controlar a velocidade do motor assíncrono facilmente e pelo seu menor
custo e recursos de aplicação estão substituindo os motores de corrente
contínua na maior parte das aplicações.
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
ESTRUTURA E REPRESENTAÇÃO
DAS MÁQUINA C.C.

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


ESTRUTURA E REPRESENTAÇÃO DAS MÁQUINA
C.C. 9

Representação da armadura e do campo na máquina CC


Estator
(Campo)

Enrolamento Estator Rotor


Escova de Campo
X
X

X
Rotor
Polo Polo
(Armadura)
X

X X X
X Enrolamento
Escova de Campo
Campo Armadura

Enrolamento
da Armadura

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


ESTRUTURA E REPRESENTAÇÃO DAS MÁQUINA
C.C. 10

Campo na máquina de corrente contínua (Estator)


Enrolamento
Núcleo da armadura
Carcaça
do polo Escovas
Núcleo da
Enrolamento
Enrolamento armadura
do interpolo
de campo

Núcleo do
Sapata interpolo
polar

Enrolamento Carcaça
Núcleo do do interpolo
interpolo
Sapata Comutador
polar
Eixo do rotor
Enrolamento
Núcleo
de campo
do polo
Pedestal Pedestal

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


ESTRUTURA E REPRESENTAÇÃO DAS MÁQUINA
C.C. 11

Armadura na máquina de corrente contínua (Rotor)


Enrolamento
Escovas da armadura

Núcleo da
Enrolamento
armadura
do interpolo

Núcleo do
Núcleo da
interpolo
armadura
Enrolamento
da armadura Carcaça

Sapata Comutador
polar
Eixo do rotor
Enrolamento
Núcleo
de campo
do polo
Pedestal
Comutador Eixo do rotor

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


DESCRIÇÃO FÍSICA DAS
MÁQUINAS C.C.

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Introdução
13

A máquina de corrente continua é constituída por duas partes


fundamentais:

Estator: parte estática da


máquina destinada a criar o
fluxo indutor

Rotor: parte móvel onde se


processa a conversão de
energia possíveis

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Estator

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Estator
O estator das máquinas  Polos físicos  Interpolos
C.C. é composto pela:  Carcaça  Enrolamentos

Enrolamento

Polo

Interpolo Interpolo

Carcaça

Polo

Enrolamento

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Estator
O estator das máquinas  Carcaça  Interpolos
C.C. é composto:  Polos físicos  Enrolamentos

Interpolo

Carcaça

Enrolamento

Polos
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
Estator
O circuito magnético do  Carcaça
estator é formado pela:
 Polos físicos

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Carcaça

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Estator - carcaça
19

Carcaça

 Forma de uma coroa


cilíndrica e tem a
função de criar e
conduzir um campo
magnético elevado.

 Deve suportar toda a massa da máquina e possuir uma resistência


mecânica elevada de modo a suportar a máquina sem deformações
(insensível a vibrações). 

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:09 AM


Estator - carcaça
20

Carcaça

 A carcaça é
confeccionada em ferro
fundido, pois nela, o
fluxo magnético é
constante não ocorrendo
às perdas de Histerese e
Foucault.

 Uma outra característica que deve possuir é a permeabilidade


magnética elevada, ocorrendo saturação com elevados valores de
campo.

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:09 AM


Polos físicos

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Estator – Polos físicos
22

Núcleo
 Polos Físicos São compostos:
Sapata polar

 Para máquinas de pequeno porte (até 50 kW) o núcleo e a sapata polar são
feitos juntos pela superposição de laminas de aço silício. 

O polo é laminado para minimizar as


perdas no ferro que são as perdas
por correntes de Foucault e perdas
por Histerese.

Núcleo e a sapata polar construída


pela superposição de laminas de aço
silício. 

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:09 AM


Estator – Polos físicos
23

Núcleo
 Polos Físicos São compostos:
Sapata polar

 Para máquinas de maior porte o núcleo dos polos é maciço de ferro fundido
(fofo) e a sapata polar é feita com laminas de aço silício.

Sapata polar construída pela


superposição de laminas de aço
silício. 

Núcleo dos polos é maciço de ferro


fundido. É no núcleo dos polos onde
são enrolados os enrolamentos de
campo.
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
Estator – Polos físicos
24

Núcleo
 Polos Físicos São compostos:
Sapata polar

 Têm por funções criar um elevado


campo magnético e suportar as
bobinas do enrolamento indutor.

 Devem apresentar reduzidas


perdas magnéticas, e elevada
permeabilidade magnética para
atingir a saturação com elevados
valores de campo

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:09 AM


Enrolamento de campo

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Estator – Enrolamento de campo
26

Também chamado de
 Enrolamento de campo “excitação da máquina”

 É um enrolamento de baixa potência


que tem a função apenas de produzir
um campo magnético fixo para
interagir com o campo da armadura

 Tem a finalidade de magnetizar o


circuito magnético da máquina e
permitir a conversão elétrica
mecânica de energia no rotor

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:09 AM


Estator – Enrolamento de campo
27

As bobinas são enroladas


 Enrolamento de campo em torno do núcleo dos
polos físicos

 Cada bobina possui :

 Número elevado de espiras


(milhares)

 Opera com pequena corrente


(≤ a 5% da corrente de armadura)

 Alta resistência

 Alta indutância própria ( L  N 2 / )

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Estator – Enrolamento de campo
28

 Enrolamento de campo
Detalhe de uma bobina indutora em um polo

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Estator – Enrolamento de campo
29

 Enrolamento de campo
 As bobinas são constituídas por espiras de fio de cobre isolado

 As bobinas são percorridas por


corrente contínua destinada a criar
um campo magnético elevado

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:09 AM


Estator – Enrolamento de campo
As bobinas são colocadas de
 Enrolamento de campo modo a obter alternadamente
um polo norte e um polo sul.

 As bobinas são ligadas em série e


I
percorridas pela mesma corrente
de forma a produzir fluxo de
sentidos opostos nos polos
adjacentes
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
Estator – Enrolamento de campo

Representação da conexão das bobinas de uma máquina de


dois polos

Conexão das
bobinas

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Interpolos

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Estator – Interpolos
33
Interpolos
 Interpolos

São pequenos polos


colocados entre os polos
principais da máquina.

Os Interpolos tem a
finalidade de criar campo
magnético na região da Linha
Neutra Geométrica.

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Estator – Interpolos
34

 Linha Neutra Geométrica - LGN


LGN

LGN
Região entre os polos
principais da máquina
onde o campo
magnético é nulo.

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Rotor

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Rotor
O rotor das máquinas  Núcleo  Escovas
C.C. é composto :  Enrolamento
 Comutador

Núcleo
Escovas
Comutador

Enrolamento
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
Núcleo Rotor

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


rotor – núcleo do induzido
38

 Núcleo do rotor
 É construído em material
ferromagnético, cuja periferia são
abertas cavas no sentido longitudinal
onde é montado o enrolamento do
induzido.
 Deverá permitir obter um fluxo intenso
através do induzido, possuindo para tal
permeabilidade magnética elevada, e
suportar mecanicamente o enrolamento.

 Deve também apresentar pequenas


perdas magnéticas.
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
rotor – núcleo do induzido
39

 Núcleo do rotor

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Comutador (coletor)

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Rotor - COMUTADOR OU COLETOR
41

Tem o formato de uma coroa


 Comutador ou Coletor cilíndrica

 O comutador é :
 Formado por um grande
número de segmentos (peças
cônicas de cobre)

 Montado no eixo da máquina

 Cada segmento do comutador


possui uma torre no qual são
soldados os dois terminais da
bobina do enrolamento do rotor

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:11 AM


Rotor - COMUTADOR OU COLETOR
42

Detalhe do Comutador ou Coletor

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:11 AM


Rotor - COMUTADOR OU COLETOR
43

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:11 AM


Rotor - COMUTADOR OU COLETOR
44

 Comutador ou Coletor
 As escovas são montadas em
portas escovas e se se apoiam na
pista do comutador

 As escovas servem de ligação


elétrica entre os terminais do
enrolamento do rotor [que são
soldados nas torres dos segmentos do
comutador] e circuito externo do
rotor [peças cônicas de cobre]

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:12 AM


Rotor - COMUTADOR OU COLETOR
45

 Comutador ou Coletor
 Os porta-escovas são fixados no
estator.
 Assim as escovas são fixas e sob
elas o comutador gira solidamente

 Em cada porta-escovas há um a
mola que pressiona a escova contra
o comutador (150 a 250 g/cm2).
 Os porta-escovas são isolados do
estator

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:12 AM


escovas

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Rotor - escovas
47

 Escovas
 Geralmente são constituídas
por um aglomerado que incluí
grafite e carvão.

 É através das escovas que a


corrente do enrolamento rotor
(induzido) circula para o
circuito exterior.

 As escovas estão em contato com


o comutador, devendo ser macias
para permitir um desgaste mínimo
deste.
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues 12:01:12 AM
Enrolamento
Do rotor (induzido)

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


rotor – enrolamento do rotor
49

 Enrolamento do rotor
 É construído por condutores de cobre, isolados,
colocados nas cavas do núcleo do rotor e
ligados às lâminas do comutador (coletor).

Testa das
bobinas

Ranhuras
com o Lado
útil da bobina

Conexões do terminal
da bobina ao coletor
 Todas as armaduras contruida atualmente são do tipo
tambor (cilíndricas)
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
rotor – enrolamento do rotor
50

 Enrolamento do rotor
Cada enrolamento é constituído por um número determinado de bobinas,
cujos terminais são soldados entre dois segmentos diferentes do
comutador, seguindo um critério geométrico.

Bobinas
Ranhuras

Ranhuras com os
condutores das
bobinas

Conexões dos
terminais
Rotor
Comutador
Comutador

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Rotor - enrolamento do rotor
51

 Enrolamento do rotor
Para facilitar a representação dos esquemas de enrolamento, as bobinas são
desenhadas com um único fio
Testa da bobina

Número
da ranhura

Lado util da bobina


Lado util da bobina colocado no fundo
colocado no topo da ranhura
da ranhura

Testa da bobina
Terminais da
bobina
Segmentos do
comutador

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Seção induzida
52

 Seção induzida É cada uma das bobinas que constitui


uma bobina múltipla
Uma bobina com uma única seção induzida tem dois terminais de conexão. Se
houver duas seções induzidas, ele possui quatro terminais de conexão e assim
por diante.

1 seção induzida 2 seções induzidas 3 seções induzidas


(Bobina simples) (Bobina dupla) (Bobina tripla)
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
Seção induzida
53

O número de seções induzidas (S) de um enrolamento é igual ao


número de segmentos do comutador (C):

S C

O número de seções induzidas pela bobina (u) é o resultado da


divisão entre o número de segmentos do comutador (C) pelo
número de ranhuras (K) na armadura:

C
u
K
Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues
Seção induzida
54

Representação dos lados úteis da bobina que vão


dentro das ranhuras
1- Usando linhas sólidas individuais 2- Utilizando linhas coloridas grossas, uma
para a primeira camada (saída) e para a primeira camada e outra para a
usando linhas tracejadas para a segunda. Destas virão as testas das bobinas
segunda camada (entrada). de cada uma das seções induzidas.

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


bobinas de maquinas de grande potência
55

As bobinas de maquinas de
grande potência são
construídas com barras
metálicas de cobre ao invez
de usar fio esmaltado.

Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues


Prof. Dsc. Elenilton T. Domingues

Você também pode gostar