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ESA

EM PR

DEFINIÇÃO; OBJETIVOS;CLASSIFICAÇÃO
E ORGANIZAÇÃO
CONTEXTUALIZAÇÃO
As empresas fazem parte da vida das pessoas,
assim como a família e a escola. Na idade adulta,
se torna a instituição social mais presente na vida
de muitas pessoas.
Em média, cada trabalhador passa 8 horas por
dia em uma empresa até se aposentar. As
empresas possuem uma função Importante na
sociedade porque geram empregos e estimulam a
economia por meio de bens e serviços.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Segundo o dicionário Aurélio, empresa é
uma Unidade econômica de produção de
origem privada, pública ou de economia
mista. As definições para empresa variam
de autor ou área, não havendo um
consenso unificado sobre o que é uma
empresa:
Na concepção jurídica, do direito comercial, atividade
empresarial, ou empresa, é uma atividade
econômica exercida profissionalmente pelo
empresário por meio da articulação dos fatores
produtivos para a produção ou circulação de bens ou
de serviços.
É importante por fim, saber que a empresa não se
confunde com as pessoas que exercem a atividade,
ou seja, o empresário individual ou a sociedade
empresária. Da mesma forma não se pode confundir a
empresa com o estabelecimento onde ela é exercida.
As empresas passaram por mudanças ao longo dos
tempos, sendo o seu maior desenvolvimento tendo
ocorrido a partir da revolução industrial. Podemos
dividir a história da empresa em 6 (seis) fases:

Fase artesanal: É a primeira fase das empresas e


que se originou com o início da civilização e foi até
1780. Nessa fase a produção e o trabalho eram
realizados por artesões, agricultores e pecuaristas. As
mercadorias eram trocadas umas pelas outras
(escambo).
Fase da industrialização: A partir de 1780 até 1860 ocorreu a
primeira revolução industrial que proporcionou enorme
mudança na estrutura das empresas. A industrialização trouxe a
utilização de máquinas e fontes de energia que até então eram
essencialmente oriundas do trabalho de homens e de animais.
É nessa época que o uso do carvão como fonte de energia
permitiu o surgimento da máquina a vapor que impulsionou o
modo de produzir e permitiu um forte desenvolvimento nos
países. O dinheiro como forma de pagamento já estava se
consolidando no comércio.
Fase do desenvolvimento industrial: Entre 1860 a 1914
ocorreram a segunda e terceira revolução industrial. A indústria
substitui o ferro pelo aço e o vapor pela eletricidade e petróleo.
As máquinas passam a utilizar motor de explosão e motor
elétrico. As empresas passam a obter benefícios com o
desenvolvimento dos transportes, eletricidade e das
comunicações, proporcionando maior intercâmbio comercial e
desenvolvimento acelerado da economia.
Fase do gigantismo industrial: Ocorreu no período de 1914 a
1945, entre as duas grandes guerras mundiais. Muitas
empresas passam a servir a guerra. Os navios, automóveis,
aviões são disseminados e aprimorados. As redes ferroviárias e
as autoestradas são ampliadas. O televisor surge nessa época
também.
Fase moderna: Entre 1945 (pós-guerra) até 1980 com o
desenvolvimento científico e tecnológico surgem novos
materiais como o plástico, fibras sintéticas e componentes
eletrônicos que possibilitam a sofisticação e a qualidade de vida
das pessoas. As empresas se modernizam e passam a utilizar
a publicidade para elevar o consumo. A competição aumenta e
a ciência passa a ser patrocinada por algumas empresas.

Fase pós-moderna ou da incerteza: A partir de 1980 as


empresas se deparam com um ambiente externo dinâmico e
turbulento. A globalização e a tecnologia impuseram um forte
nível de concorrência entre as empresas e a inovação passa a
ser o grande diferencial competitivo.
No Brasil existem aproximadamente 6,5 milhões de empresas
formais, das quais 99% são consideradas microempresas e
pequenas empresas. As empresas podem ser classificadas de
diversas formas:
Pelo setor econômico
Quando a empresa é classificada pelo seu objetivo, passa a
receber a denominação:
• Setor primário: correspondente as empresas ligadas ao
setor de agropecuária;(extração direta de produtos da
natureza)
• Setor secundário: correspondente as empresas ligadas ao
setor industrial ou manipulação de produtos;
• Setor terciário: correspondente as empresas do setor de
serviços.
Pela legislação
A legislação brasileira classifica as empresas da seguinte forma:
- Empresa em nome individual: empresa com apenas um proprietário;
- Sociedade por quotas: empresa com dois ou mais proprietários;
- Empresa de responsabilidade limitada: formada por sociedade no qual
cada sócio participa com uma cota de capital que limita sua atuação. Possui
a terminação “Ltda” no nome da empresa;
- Sociedade anônima: empresa na qual os sócios possuem ações que
podem ser transacionadas livremente. É utilizada a terminação “SA” no
nome da empresa;
- Cooperativas: todos da empresa são sócios. É utilizada a terminação
“CRL” no nome da empresa;
- Em comandita: empresa onde os sócios têm responsabilidades
diferenciadas.
Pela qualificação
Pelo tamanho
Classificação que leva em consideração o tamanho da
empresa, de acordo com critérios como número de funcionários
ou receita financeira. Existem vários tipos de classificação de
empresa. A classificação abaixo apresentada é do BNDES.
- Micro empreendedor individual: empresa individual com
faturamento mensal até R$ 5 mil;
- Microempresa: empresa com receita igual ou inferior a R$
2,4 milhões no ano;
- Empresa de pequeno porte: empresa com receita bruta
anual entre R$ 2,4 milhões e 16 milhões;
- Média empresa: indústrias com 100 a 499 empregados ou
empresas com faturamento anual entre R$ 16 milhões e 90
milhões;
-
Empresa de grande porte: indústrias com mais de 500
funcionários ou empresas com faturamento anual superior a
R$ 300 milhões.

Pelo fim
Classificação que leva em consideração a destinação do lucro
da empresa.
- Fim lucrativo: São empresas que exploram uma atividade
com objetivo de lucro;
- Fim não lucrativo: São empresas cujo objetivo é social. Os
lucros são revertidos para os custos da atividade. Como
exemplo tem-se as ONG´s.
As empresas no Brasil precisam ser registradas legalmente
para exercer qualquer atividade empresarial. Quando uma
empresa não é registrada, passa a atuar informalmente e em
desacordo com as leis vigentes, o que acarreta em uma série
de infrações legais. Todos perdem com a informalidade: o país
deixa de arrecadar impostos, os funcionários não possuem
amparo e a empresa a qualquer momento pode ser autuada
pelo órgão público competente.
As empresas registradas possuem o direito de explorar seu
negócio e contribuem para o desenvolvimento do país com a
geração de empregos e pagamento de tributos. Toda empresa
registrada é cadastradas pelo governo e recebe um número: O
CNPJ, também chamado em outra época de CGC.
O CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica das empresas
equivale ao CPF – Cadastro de Pessoa Física das pessoas.
Importante ressaltar que as empresas nascem a partir da
necessidade ou
desejo do homem em empreender seu sonho em algo concreto
para gerar bens ou
serviços à sociedade. A história tem inúmeros casos de
empreendedores de
sucesso que tornaram seus sonhos em realidade empresarial.
Vejamos a história de
dois empreendedores que criaram grandes empresas:
HENRY FORD (1863-1947) Nascido e criado em uma fazenda, passou
EUA sua infância desmontando coisas,
especialmente relógios.
Começou sua carreira como mecânico e
mesmo sem uma faculdade, tornou-se
dono de um império com indústrias,
siderúrgicas, usinas, ferrovias, minas de
carvão... Gostava de fábricas e não do
escritório, suas competências eram
essencialmente técnicas e não gerenciais,
as quais delegava a outros profissionais.
Para produzir veículos baratos, inventou a
linha de montagem. Com isso conseguiu
padronizar e reduzir a perda de tempo na
fabricação, reduzindo os custos dos seus
modelos. Foi um dos homens mais ricos
em sua época. Morreu aos 83 anos de
hemorragia cerebral.
William Henry Gates (1955) Mais conhecido como Bill Gates, fundou a
Estados Unidos Microsoft em parceria com o sócio Paul
Allen. A maior empresa de software do
mundo. Enquanto fazia sua faculdade em
Harvard, desenvolveu juntamente com Paul
Allen o interpretador de linguagem Basic
para computador pessoal. Desde o início Bill
Gates acreditava que o software se tornaria
tão ou mais importante que o hardware.
Abandonou seus estudos para se dedicar a
sua empresa de software. Desde 1995, Bill
Gates passou a fazer parte do ranking dos
mais ricos do mundo, segundo a revista
Forbes. Atualmente Bill Gates e sua esposa
dedicam grande parte do tempo a projetos
filantrópicos.
O surgimento das empresas depende dos empreendedores,
sem o qual as empresas não se materializariam. Três
habilidades são fundamentais e necessárias para um
empreendedor: Habilidades técnicas, gerenciais e pessoais. O
sucesso dos negócios, segundo pesquisadores, está
fortemente relacionado ao comportamento, características e
atitudes do empreendedor.
Uma das principais razões para o fechamento ou falência das
empresas é a falta de planejamento. O plano de negócio é um
documento que auxilia o empreendedor na estruturação do seu
empreendimento, permitindo analisar sua viabilidade
econômica e técnica antes mesmo de iniciar sua atividade.
Quando usado de forma correta, o plano de negócio pode
proporcionar uma maior segurança ao empreendedor antes de
arriscar o seu investimento.
Em síntese, poderíamos dizer que as empresas se modificaram ao longo da
história, de artesanais passaram para a informatização. O número de empresas
também aumentou e a facilidade com que elas têm acesso aos transportes e a
tecnologia elevou a competitividade nos negócios.
A forma de classificar uma empresa pode ser feita de diversas formas: Pelo
setor econômico, pela legislação, pela qualificação, pelo tamanho ou ainda pela
destinação do lucro. Independentemente da classificação de uma empresa,
todas precisam estar registradas legalmente. Cada vez mais as empresas são
decisivas para a prosperidade de um país pela geração de empregos e
arrecadação de impostos. Quando uma empresa atua clandestinamente, todos
acabam perdendo com a informalidade e o maior custo disso é o social.
O empreendedorismo é o passo inicial para criação das empresas. Toda
empresa é concebida por um empreendimento e idealizada por um
empreendedor que depositou todos os seus esforços para a realização do seu
sonho. O plano de negócio é uma importante ferramenta de planejamento e
análise para novos empreendimentos.
“A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”.
(Peter Drucker)

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