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A G E N T E S B I O L Ó G I C O S

Teresa Rangel
A G E N T E S B I O L Ó G I C O S

Definição de saúde

• Segundo a Oms, saúde é o completo bem


estar físico, psíquico, social e não apenas
a ausência de doença ou enfermidade.
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Introdução

• Os agentes biológicos constituem um grupo de agentes,


que juntamente com os agentes químicos, ergonómicos
e os físicos, são objecto de estudo no âmbito da
Segurança e Saúde no Trabalho como agentes
causadores de doenças.
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Legislação

• Decreto-lei nº 84/97 de 16 de Abril – Estabelece as


regras de protecção dos trabalhadores contra os riscos
de exposição a agentes biológicos durante o trabalho;
• Portaria nº 1036/98 de 15 de Dezembro – Altera a lista
dos agentes biológicos classificados para efeitos da
prevenção dos riscos profissionais, aprovada pela
Portaria nº 405/98 de 11 de Julho.
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Relação Homem - Ambiente


• O nosso organismo está continuamente sujeito à acção
de agentes patológicos, nomeadamente vírus, bactérias,
fungos, protozoários e vermes parasitas. Estes agentes
são capazes de invadir o organismo, multiplicando-se
nas células e tecidos do hospedeiro, com as
consequentes infecções e alteração na função de
orgãos vitais.
• Esta situação ocorre quando o organismo não consegue
mobilizar as suas defesas de uma forma rápida e eficaz,
de modo a impedir a actividade daqueles agentes.
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Relação Parasita - Hospedeiro

• Parasitismo – diz-se quando um organismo se associa a


outro organismo diferente, resultando por parte deste
benefício em detrimento do outro (pulgas, carraças,
ténia).
• Mutualismo – Traduz-se no benefício para ambos.
• Comensalismo – quando apenas o organismo comensal
tira vantagens da associação não se verificando
qualquer benefício ou desvantagem para o hospedeiro.
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Conceito de Flora

• A pele e as mucosas possuem uma grande variedade de


microrganismos, os quais se podem classificar em dois
grupos:
Flora normal ou Comensal
Flora transitória
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Flora normal

• A flora normal começa a instalar-se nas 1ªs horas de


vida como consequência da diferença de ambiente entre
o interior do útero e o ambiente exterior. Constituida
principalmente por bactérias, alguns fungos e
protozoários.
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Flora Normal

• Mucosas – lactobaccilus spp.


• Vias respiratórias – S. Aureus; S. Pneumoniae; H.
Influenzae
• Pele – S. Aureus;
• Estômago - Steptococcus spp; H. Pylori
• Intestino – Trichomonas; leveduras; Enterococos,
Candida
• Ânus – E. Fecalis; Candida vibrious
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Flora Transitória

• Constituída por microrganismos não patogénicos ou


potencialmente patogénicos. Encontra-se na pele e nas
mucosas. Sempre que haja qualquer alteração na flora
normal, a flora transitória pode proliferar e produzir
doença.
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Flora Transitória

• Patogénicos oportunistas – são bactérias que residindo


num determinado local, passam a outro local do
organismo e podem aí causar doença.
• Patogénicos – microrganismos que apresentam a
capacidade intrínseca de causar doença.
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Factores de influência na lesão

• Local de exposição
• Dimensão do inóculo
• Tecido afectado
• Capacidade de reacção ao intruso – sistema imunitário
• Virulência do microrganismo
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Virulência dos microrganismos

• Infecciosidade – possibilidade de se instalarem no


indivíduo
• Invasibilidade – capacidade de invadir as células
vizinhas a partir do local onde se encontram
• Patogenicidade – capacidade de produzirem doença,
resulta da combinação das anteriores e da aptidão em
elaborarem substâncias tóxicas no hospedeiro.
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Poder patogénico

• A virulência de um microrganismo é a sua capacidade


intrínseca de causar doença.
• A virulência ou o poder patogénico de um microrganismo
pode ser devido a:
• Produção de toxinas
• Produção de enzimas
• Capacidade de vencer os mecanismos de defesa do
hospedeiro.
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Conceito de infecção

• Quando um microrganismo capaz de causar doença se


instala num hospedeiro.
• Doença infecciosa – quando a infecção produz sintomas
(gripe, hepatite B, C)
• Infecção assintomática – quando não existe
sintomatologia clínica, apesar do microrganismo se ter
instalado (hapatite A, D e E).
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Doença Infecciosa

• Causas:
Agentes patogénicos estritos
Agentes patogénicos oportunistas
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Doença Infecciosa

• Agentes patogénicos estritos – são organismos que


estão sempre associados a doença.
Mycobacterium tuberculosis
Neisseria gonorrheae
Plasmodium
Vírus da Raiva
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Doença Infecciosa

• Agentes patogénicos oportunistas – são organismos


responsáveis pela maioria das infecções que não
produzem doença no seu ambiente normal mas apenas
em determinadas circunstâncias, como por exemplo:
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Doença Infecciosa

• Situações em que há um desiquilíbrio da flora


microbiana local (resultado da utilização de antibióticos e
imunosupressores).
• Quando são introduzidos em locais estéreis (corrente
sanguínea, tecidos e orgãos) ou em pacientes com o
sistema imunitário comprometido.
Ex: Staphylococcus aureus, E. Coli, Candida albicans
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Doença Infecciosa

• Na maioria das situações, o mesmo microrganismo pode


causar muitas manifestações de doença (S. Aureus –
intoxicação alimentar ou pneumonia) e uma determinada
doença pode ser provocada por muitos microrganismos
(a meningite pode ser provocada por vírus, parasitas,
bactérias ou fungos).
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Mecanismos de Patogenicidade
Microbiana

• Infecção e lesão celular


• Interferência com as células do hospedeiro causando
directamente a morte celular.
• Libertação de endotoxinas ou exotoxinas que destroem
as células à distância e de enzimas que destroem os
tecidos.
• Indução de respostas celulares do hospedeiro que
podem causar lesão tecidular.
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Mecanismos de defesa do
hospedeiro contra a infecção

• O indivíduo saudável é capaz de proteger-se dos


agentes biológicos potencialmente nocivos pela
intervenção de um certo número de mecanismos
eficazes que dispõe desde o crescimento e que não
dependem do contacto prévio com o microrganismo.
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Mecanismos de defesa do
hospedeiro contra a infecção

• As defesas podem ser agrupadas em:


Mecanismos de defesa inata
Mecanismos de defesa adquirida
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Mecanismos de defesa do
hospedeiro contra a infecção

Mecanismos de defesa inata


Os mecanismos de defesa inata não são específicos, na
medida em que são eficazes contra uma vasta gama de
agentes potencialmente infecciosos. Estes mecanismos
são influenciados pela idade, sexo, factores nutricionais
e equilíbrio hormonal.
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Mecanismos de defesa do
hospdeiro contra a infecção

Mecanismos de defesa inata


Como exemplos de mecanismos de defesa inata temos
a pele e as mucosas.
A pele reveste a zona mais externa e através do pH e da
presença de lisozima protegem o indivíduo. Mucosas
revestem o interior do organismo (aparelho respiratório,
digestivo, genito – urinário e conjuntiva).
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Mecanismos de defesa inata

• Cavidade oral – lisozima


• Tracto respiratório – cílios e muco
• Estômago – pH ácido
• Pele – pH, ácidos orgânicos, lisozima
• Tracto genito – urinário – pH ácido
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Mecanismos de defesa do
hospedeiro contra a infecção

• No caso de haver um comprometimento destas


barreiras, ou o agente patogénico entrar de qualquer
modo, o organismo dispõe de mecanismos de defesa
inespecíficos como a resposta inflamatória e a
fagocitose – imunidade natural – que rapidamente
respondem ao desafio microbiano e tentam impedir a
disseminação pelo organismo.
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Mecanismos de defesa do
hospedeiro contra a infecção

Mecanismos de defesa adquirida


Quando estas respostas se mostram ineficientes no
controlo da infecção, ocorre a intervenção de
mecanismos de defesa especificamente dirigidos contra
o agente agressor, com a componente humoral
(anticorpos) e a componente celular (macrófagos e
linfócitos), de forma a contrariar a instalação do
microrganismo e a sua multiplicação.
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Vias de entrada do hospedeiro

• Pele
• Aparelho respiratório
• Aparelho gastrointestinal
• Aparelho urogenital
• Conjuntiva
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Principais agentes da doença

• Vírus
• Bactérias
• Fungos
• Parasitas
• Artrópodes
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Classificação dos agentes


biológicos
• De acordo com o Decreto – lei nº 84/97 de 16 de Abril, os agentes
biológicos são classificados conforme a sua perigosidade ou índice do risco
de infecção.
Grupo Definição
1 Agente biológico cuja probabilidade de causar doença no ser humano é baixa.
2 Agente biológico que pode causar doenças no ser humano e constituir um perigo para
os trabalhadores, sendo escassa a probabilidade de se propagar na colectividade e
para o qual existem, em regra, meios eficazes de profilaxia ou de tratamento.
3 Agente biológico que pode causar doença no ser humano e constituir um risco grave
para os trabalhadores, sendo susceptível de se propagar na colectividade, mesmo
que existam meios eficazes de profilaxia ou de tratamento.
4 Agente biológico que causa doenças graves no ser humano e constitui um risco gtrave
para os trabalhadores, sendo susceptível de apresentar um elevado nível de
propagação na colectividade e para o qual não existem, em regra, meios eficazes de
profilaxia ou de tratamento.
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Vírus

• Os vírus são partículas infecciosas de reduzidas


dimensões cujo diâmetro situa-se na gama dos 10µm
aos 30µm.
• Consistem em ADN e ARN e proteínas necessária para
a sua replicação e patogenicidade; estes componentes
estão envolvidos por uma cápsula proteica (capsídeo) e
alguns vírus têm ainda uma cobertura de natureza
lipídica.
• São parasitas intracelulares obrigatórios, pois dependem
do metabolismo celular do hospedeiro para a sua
replicação.
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Vírus

• Existem vírus que são causa frequente de doença


aguda (vírus da gripe), outros são capazes de latência
por toda a vida e reactivação temporal (herpes) e alguns
podem originar doença crónica (vírus da hepatite B).
• São os principais responsáveis pela ocorrência de
infecções.
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Vírus

Exemplos de alguns vírus e respectiva classificação


Vírus Classificação Sistema afectado
Sarampo 2 pele
Hepatite B 3 Fígado, genital
Varíola 4 Pele, sangue
Polio 2 Nervoso central
Influenza 2 Tracto respiratório,
coração
Sida 3 Nervoso central
Ébola 4 Sangue, nervoso central
Raiva 3 Nervoso central
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Vírus

• Vírus da Hepatite B – contacto com produtos biológicos


contaminados;
• Vírus da Raiva – Mordedura de animais contaminados.
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Bactérias

• As bactérias sintetizam o seu próprio ADN, ARN e


proteínas mas dependem do hospedeiro para a
obtenção de condições favoráveis de crescimento.
• As suas dimensões variam de 1 a 20 µm.
• São seres uniceleulares procariótas.
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Bactérias

• Exemplos de bactérias que provocam processos


infecciosos no homem:
Bactéria Classificação Sistema afectado
Steptococcus 2 Nervoso central; tracto
pneumoniae respiratório inferior e
superior, olhos
Shigella boydii 2 Tracto gastrointestinal
Escherichia coli 3 Tracto urinário
Salmonella typhi 3 Ossos, articulações
Vibrio colerae 2 Sangue
Legionella spp. 2 Tracto respiratório inferior
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Bactérias

• Antrax – contacto directo com animais infectados ou os


seus produtos. Ingestão ou inalação de esporos.
• Brucela – animais ou produtos, tosquias e cardação de
lã, manipulação ou ingestão de alimentos contaminados.
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Fungos

• Dividem-se em bolores e leveduras


• São seres unicelulares e pluricelulares, eucariótas, com
estrutura celular complexa; produzem esporos; formas
filamentosas (bolores).
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Fungos

• As infecções por fungos são classificadas segundo as


camadas tecidulares infectadas:
• Micoses superficiais – infecção limitada às camadas
superficiais da pele e do cabelo.
• Micoses cutâneas – atingem a epiderme e infecções
invasivas do cabelo e unhas.
• Micose subcutânea – infecção que envolve a derme,
tecidos subcutâneos, músculo e fáscia.
• Micoses sistémicas – que se originam primariamente no
pulmão mas que podem disseminar-se a muitos orgãos.
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Fungos

• Exemplos de infecções causadas por fungos

Fungo Classificação Tipo de infecção


Aspergillus 2 Sistémica
fumigatos oportunista
(aspergilose)
Candida albicans 2 Sistémica
oportunista
(candidiase)
Histoplasma 3 Sistémica
capsulatum oportunista
(histoplasmose)
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Fungos

• Dermatofitos (Trichophylum rubrum) – contacto com


animais infectados
• Histoplasmose – inalação dos elementos de reprodução
do fungo (aviários, construção civil).
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Parasitas

• Os parasitas são organismos muito complexos e podem


ser unicelulares (protozoários) ou pluricelulares
(helmintas).
• O seu tamanho é muito variável
• Protozoários – 1 a 2µm
• Helmintas – até 10m de comprimento.
• As vias mais comuns de penetração no organismo são
ingestão oral, a cutânea.
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Parasitas

• Exemplos de infecções causados por parasitas e


classificação dos agentes

Parasita Natureza Classificação Tipo de


infecção
Plasmodium Protoz 3 Malária
falciparum
Toxoplasma Protoz 2 Toxoplasmose
gondii
Taenia solium Helminta 3 teniases
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Artrópodes

• As doenças transmitidas por artrópodes foram


responsáveis por numerosas epidemias devastadoras
(peste, tifo, malária, febre amarela e dengue).
• Transmissão de doenças através de meios macânicos
(moscas que contaminam alimentos).
• Fontes de lesões cutâneas (picadas).
• Parasitas como os piolhos, pulgas, carrapatos e ácaros.
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Artrópodes

• Exemplos de infecções causados por artrópodes:


Doença de Chagas
Doença do sono
Malária
Febre da carraça
Alergias
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Legislação

Constituição da República
Decreto – lei nº 441/91
Decreto – lei nº 133/99

Legislação específica
Decreto – lei nº 84/97 de 16 de Abril
Portaria nº 405/98 de 11 de Julho
Portaria nº 1036/98 de 15 de Dezembro
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Definições do Decreto – lei nº


84/97

• O Decreto – lei nº 84/97, de 16 de Abril, classifica por


agentes biológicos, “os microrganismos, incluindo os
geneticamente modificados, as culturas celulares e os
endoparasitas humanos, susceptíveis de provocar
infecções, alergias ou intoxicações”.
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Definições do decreto – leri nº


84/97

• Microrganismo: qualquer entidade microbiológica, celular


ou não celular, dotada de capacidade de reprodução ou
de transferência de material genético.
• Nível de confinamento: o conjunto das medidas que , no
local ou área de trabalho, garantem as condições de
segurança e saúde adequadas à realização do trabalho
ou manipulação de agentes patogénicos.
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Avaliação dos riscos (DL nº 84/97)

• A avaliação dos riscos deve ter em conta todas as


informações disponíveis, nomeadamente:
• Classificação dos agentes biológicos
• Riscos suplementares (sensibilidade acrescida devido a
doença anterior, medicação, deficiência imunitária,
gravidez ou aleitamento)
• Recomendações da DGS sobre as medidas de controlo
de agentes biológicos nocivos
• Informações técnicas existentes sobre as doenças
relacionadas com o trabalho
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Avaliação de riscos (DL nº 84/97)

• Potenciais efeitos alérgicos ou tóxicos resultantes do


trabalho
• Conhecimento de doença verificada num trabalhador
relacionada directamente com o seu trabalho
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Redução dos riscos de exposição


(DL nº 84/97)

• Artigo 9º
• a) limitação ao mínimo do número de trabalhadores
expostos ou com possibilidade de o serem
• b) modificação dos processos de trabalho e das
medidas técnicas de controlo para evitar ou minimizar a
disseminação dos agentes biológicos no local de
trabalho
• c) aplicação de medidas de protecção colectiva e
individual, se a exposição não puder ser evitada por
outros meios.
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Redução dos riscos de exposição


(DL nº 84/97)

• d) aplicação de medidas de higiene compatíveis com os


objectivos da prevenção ou redução da transferência ou
disseminação acidental de um agente biológico para
fora do local de trabalho
• e) utilização do sinal indicativo de perigo biológico,
constante do anexo II, e de outra sinalização apropriada,
de acordo com a sinalização de segurança em vigor
• f) elaboração de planos de acção em casos de
acidentes que envolvam agentes biológicos.
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Redução dos riscos de exposição


(DL nº 84/97)

• g) verificação da presença de agentes biológicos


utilizados no trabalho fora do confinamento físico
primário, sempre que for necessário e tecnicamente
possível
• h) utilização de meios de recolha, armazenagem e
evacuação de resíduos, após tratamento adequado,
incluindo o uso de recipientes seguros e identificáveis
sempre que necessário
• i) utilização de processos de trabalho que permitam
manipular e transportar, sem risco, os agentes
biológicos.
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Classificação dos agentes


biológicos

• O agente biológico que não puder ser classificado num


dos grupos definidos, deve ser classificado no grupo
mais elevado em que puder ser incluído.
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Organismos geneticamente
modificados

• Decreto – lei nº 2/2001 de 4 de Janeiro


• Regula a utilização confinada de microrganismos
geneticamente modificados, tendo em vista a protecção
da saúde humana e do ambiente.
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Confinamento

• Por confinamento entende-se como os diferentes


métodos e meios de segurança biológicos utilizados na
manipulação e manutenção de microrganismos
potencialmente ou efectivamente infecciosos.
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Confinamento

• O objectivo do confinamento é minimizar ou eliminar a


exposição dos trabalhadores a microrganismos
perigosos, para o Homem e o ambiente.
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Confinamento

• Confinamento primário
• Consiste na adopção de boas técnicas e
práticas microbiológicas e na utilização de
equipamento de segurança adequado, e
de outras medidas quer possam reforçar o
nível de protecção pessoal (vacinação).
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Confinamento

Confinamento secundário
Visa proteger o ambiente externo ao laboratório contra a
libertação de materiais infecciosos, resulta de uma
combinação entre as condições oferecidas pelo tipo e
adequação das instalações, e as práticas operacionais.
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Confinamento
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Níveis de confinamento (DL nº


84/97)

• Corresponde à manipulação de agentes biológicos dos


grupos 2,3 e 4 em laboratórios.
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Níveis de confinamento
Níveis de confinamento
Medidas de confinamento 2 3 4
O local de trabalho deve estra separado de quaisquer Não Recomendado Sim

outras actividades no mesmo edifício.

Os dispositivos de admissão e evacuação de ar do local Não Sim na


evacuação de
Sim na admissão e
evacuação de ar
de trabalho devem ser munidos de filtros absolutos ar
(Hepa) ou equivalentes

O acesso deve ser restrito aos trabalhadores autorizados Recomendado Sim Sim através de um
compartimento
estanque

O local de trabalho deve poder ser hermeticamente Não Recomendado Sim

fechado a fim de permitir a desinfecção

Medidas de desinfecção específicas Sim Sim Sim

O local de trabalho deve ser mantido a uma pressão Não Recomendado Sim

negativa em relação à atmosfera


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Níveis de confinamento

• NP EN 1620, 1999
• Corresponde à manipulação de agentes biológicos dos
grupos 2, 3 e 4 para os processos industriais.
Níveis de confinamento
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Medidas de confinamento 2 3 4
Níveis de confinamento
Os microrganismos viáveis devem ser confinados num
Sim Sim Sim

sistema que separa fisicamente o processo do ambiente


Os gases de escape provenientes do sistema fechado Minimizar a libertação Evitar a
libertação
Evitar a libertaç

devem ser tratados de modo a minimizar a libertação


A recolha de amostras, a adição de materiais ao sistema Minimizar a libertação Evitar a
libertação
Evitar a libertaç

fechado e a trànsferência de microrganismos viáveis


para outro sistema fechado devem ser efectuadas de
modo a:
Os fluidos de culturas em grande quantidade Inactivar por
processos
Inactivar por
processos
Inactivar por
processos
comprovados químicos comprovados
comprovados

Os sistemas de fecho devem ser concebidos de modo a Minimizar a libertação Evitar a


libertação
Evitar a libertaç

Os sistemas fechados devem focalizar-se numa área Facultativo Facultativo Construção


específica
controlada.
Níveis de confinamento
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Medidas de confinamentoNíveis de confinamento


2 3 4
Devem ser afixados sinais de periogo biológico Facultativo Sim Sim

O acesso deve ser permitido apenas a pessoal Facultativo Sim Sim

autorizado

O pessoal deve usar vestuário de protecção Recomendado Sim Uma muda


completa

Dvem ser previstas instalações de descontaminação e Sim Sim Sim

lavagem destinadas ao pessoal

O pessoal deve tomar um duche antes de abandonar a Não Faculatativo Sim

área controlada
Os efluentes provenientes dos tanques e chuveiros Não Facultativo Sim

devem ser recolhidos e inactivados antes de serem


escoados
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Níveis de confinamento

Níveis de confinamento

Medidas de confinamento 2 3 4
A área controlada deve ser convenientemente ventilada Facultativo Facultativo Sim

de modo a minimizar a contaminação do ar

As áreas controladas devem ser mantidas a uma Não Facultativo Sim

pressão negativa em relação à atmosfera

O ar de alimentação e o ar extraído da área controlada Não Facultativo Sim

deve ser filtrado (Hepa)


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Níveis de confinamento

Níveis de confinamento
Medidas de confinamento 2 3 4
A área controlada deve ser concebida de modo a conter Não Facultativo Sim

o derramamento de todo o conteúdo do sistema fechado

A área controlada deve poder ser selada de modo a Não Facultativo Sim

permitir a fumigação

Tratamento de efluentes antes da descarga final Inactivados po


processos
Inactivados por
processos
Inactivados po
processos
comprovados físicos e comprovados
químicos
comprovados
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Localização

• Quando a análise de risco o justifique, o edifício deve


estar afastado de aglomerados populacionais
• Zonas confinadas com o fornecimento/saída de ar
independente
• O laboratório deve permanecer fechado fora das horas
de serviço.
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Perimetro das áreas confinadas

• Revestimentos e vedantes
• Paredes, tectos e chão resistentes a produtos químicos
• Paredes, tectis e chão com o mínimo de juntas
• Janelas
• Janelas seladas
• Vidros anti - estilhaço
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Áreas confinadas

• Portas
• Portas com fechaduras
• Portas com mola para manutenção da passagem
fechada
• Restrição de entradas com controlo electrónico de
acesso
• Portas com estrutura sólida
• Largura planeada para a passagem de equipamentos
• Entrada e saídas sinalizadas
• Saídas de emergência sinalizadas
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Níveis de confinamento

• Relação dos grupos de risco com níveis de segurança biológica, práticas e equipamentos
Grupo de risco Nível de segurança Tipo de laboratório Práticas de Equipamento de
laboratório protecção
1 Básico – nível 1 Ensino Básico, BTM Nenhum:
pesquisa mesa/bancada de
trabalho
2 Básico – nível 2 Serviços básicos de BTM e fatos de Bancada de
saúde, serviços de protecção, sinal de trabalho e CSB para
diagnóstico, perigo biológico aerossóis potenciais
pesquisa
3 Confinamento – Serviços especiais Anteriores mais CSB e/ou outros
nível 3 de diagnóstico roupa especial, dispositivos
acesso controlado e primários para todas
ventilação dirigida as actividades
4 Confinamento Serviços de Anteriores mais CSB, fatos de
máximo – nível 4 manipulação de entrada hermética, pressão positiva,
agentes saída com duche, autoclave duas
patogénicos eliminação especial portas, ar filtrado
perigosos de resíduos
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Higiene e protecção individual

• As luvas devem ser descalçadas cuidadosamente e


deve-se evitar o uso de luvas reutilizáveis
• Os adornos como anéis e pulseiras devem ser retirados
• Limitação e extremo cuidado no uso de agulhas e outros
materiais cortantes
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Higiene e protecção individual

• Proibido pipetar com a boca


• Lavagem e desinfecção das mãos após descalçar as
luvas
• Utilização de equipamento de protecção adequado
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Equipamento de protecção
colectiva

• Sistema de ventilação/exaustão do ar
• Hottes/cabines de aspiração
• Lava – olhos
• Duche
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Equipamento de protecção
individual

• Óculos
• Bata
• Luvas/fatos de laboratório
• Aventais
• Calçado
• Máscaras
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Actividades Profissionais que


apresentam risco biológico
• Para que se possa ter uma ideia da importância do risco biológico aqui estão
algumas actividades onde existe uma maior exposição:
• Actividades agrícolas e em unidades de produção alimentar – o leite não tratado
pode ser veículo de infecções bacterianas e a manipulação de azeites vegetais pode
ocasionar doenças cutâneas – Carbúnculo, Brucelose
• Actividades ligadas à pecuária - contacto com animais ou produtos de origem
animal.
• Actividades ligadas à saúde e a laboratórios - os riscos biológicos a que os
trabalhadores se expõem derivam do contacto directo ou indirecto com doentes ou
cadáveres infectados. Nos laboratórios o risco será devido ao manuseamento de
microrganismos, patogénicos ou desconhecidos, ou de contacto com animais para
experimentação.
• Dermatites, Tuberculose, Febre tifóide, Vírus da hepatite A.
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Actividades Profissionais que


aprsentam risco biológico

• Actividades em unidades de recolha, transporte e


eliminação de resíduos – os detritos são um meio ideal
para a proliferação de microrganismos
• Trabalho em instalações de tratamento de águas
residuais – as águas residuais podem veicular diversas
doenças.
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Avaliação dos riscos e medidas de


prevenção e protecção

• Por força da legislação comunitária e nacional as


empresas devem avaliar os riscos inerentesaos agentes
biológicos e reduzir os mesmos através de medidas de:
• Eliminação ou substituição
• Prevenção ou controlo da exposição
• Informação e formação dos trabalhadores
• Controlo médico adequado.
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Avaliação dos riscos e medidas de


prevenção e protecção

• Evitar a formação de aerossóis e de poeiras, inclusive


durante as actividades de limpeza ou manutenção.
Muitos agentes são transmitidos pelo ar.
• Manter uma boa higiene, procedimentos de trabalho
higiénicos e utlização de sinais de aviso pertinentes são
condições indispensáveis e seguras de trabalho.
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Avaliação de riscos e medidas de


prevenção e protecção

• Adoptar medidas de descontaminação de resíduos,


equipamento e vestuário, bem como medidas de higiene
dirigidas aos trabalhadores, pois muitos microrganismos
desenvolvem mecanismos de sobrevivência ou
resistência ao calor, à desidratação ou à radiação,
atarvés da formação de esporos.
• Dar instruções sobre a eliminação com segurança de
resíduos, procedimentos de emergência e primeiros
socorros.
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Transporte de agentes biológicos

• Remessas pelo correio


• As embalagens destinadas a substâncias infecciosas e
amostras de diagnóstico são compostas por três
camadas:
• Um recipiente primário apertado no qual a amostra é
colocada
• Um recipiente secundário que deve ser resistente e
estanque
• Uma cobertura externa para proteger o recipiente
secundário das influências externas durante o transporte
e de uma possível manipulação.
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Sistemas de ventilação e
condicionamento de ar
• A contaminação biológica representa um conjunto de
diversos agentes que estão presentes no ambiente.
• Esta contaminação inclui a presença no ar de:
• Agentes infecciosos como vírus, bactérias e fungos
• Toxinas produzidas por alguns fungos e bactérias com
efeitos importantes na saúde
• Alergéneos (esporos, ácaros, pólens)
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Sistemas de ventilação e
condicionamento de ar

• Determinadas condições ambientais são propícias ao


desenvolvimento dos agentes biológicos: elevadores
teores de humidade e o depósito de poeiras podem
constituir factos importantes.
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Sistemas de ventilação e
condicionamento do ar

• Por outro lado, todos os sistemas com água –


humidificadores, desumidificadores, torres de
arrefecimento de ar condicionado – são reservatórios
com boas condições para o desenvolvimento de fungos
e bactérias, que são lançados para o ambiente.
Sistemas de ventilação e
condicionamento de ar
• Em relação à contaminação biológica e na óptica da
qualidade do ar interior, tomam particular importância os
caos relacionados com:
• Legionella (bactéria que se desenvolve na água e é
veiculada pelos aerossóis
• Os alergéneos
• As toxinas
Sistemas de ventilação e
condicionamento de ar

• A legionella é uma bactéria cujo reservatório no


ambiente é a água, e que é propagada por via aérea por
aerossóis. Trata-se de um agente infeccioso que pode
afectar seriamente a saúde e provocar a morte.
Sistemas de ventilação e
condicionamento de ar

• Na problemática da qualidade do ar interior, o combate à


legionella nos locais, passa por uma cuidada
manutenção de todos os sistemas que envolvam meioa
aquosos, em particular as torres de arrefecimento, os
filtros e as condutas do ar condicionado.
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Ventilação

• A ventilação é uma técnica que permite a substituição do


ar de um ambiente interior por ar do exterior, com o
objectivo de reduzir as concentrações dos
contaminantes e/ou razões de conforto.
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Ventilação

• A concepção de um sistema de ventilação deverá,


portanto, corresponder às exigências de higiene no local
(criação de ar mais limpo), mas por outro lado tem de
ser compatível com o ciclo produtivo e aceite pelas
pessoas que permanecem no local.
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Ventilação

A ventilação nos locais de trabalho pode ser obtida por três


processos:
Ventilação natural
Ventilação geral
Ventilação local
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Ventilação

Ventilação natural
A ventilação natural é obtida a partir de forças
gravitacionais, ou pelo fenómeno de convecção, ou por
forças dinâmicas originadas por diferenças de pressão
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Ventilação

Ventilação geral
Este sistema de ventilação consiste na introdução de ar
limpo em quantidade suficiente para que as
concentrações dos contaminantes no ar ambiente se
reduzam a níveis aceitáveis.
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Ventilação

• A ventilação geral, considerando a quantidade de ar que


terão de ser movimentadas, tem limitações:
• Quando as quantidades de ar poluente libertadas são
importantes e, portanto, para o controlo das
concentrações é necessário movimentar grandes
quantidades de ar.
• Quando os postos de trabalho estão localizados muito
próximo da fonte emissora e, portanto, ser difícil apenas
por diluição atingir níveis aceitáveis.
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Ventilação

• Este tipo de ventilação só pode ser aplicado eficazmente


quando os contaminantes em causa são de baixa
toxicidade, são libertados uniformemente em pequenas
quantidades, estando contra – indicado no caso de
controlo de empoeiramento.
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Ventilação

• A ventilação geral envolve, portanto, a movimentação de


grandes massas de ar e como tal é preferível utilizá-la
como complemento da ventilação local.
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Ventilação

Ventilação local
O objectivo da ventilação local é captar os
contaminantes o mais perto possível da sua fonte
emissora e antes do trabalhador.
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Ventilação

• Este processo precisa de movimentar quantidades de ar


muito menores que a ventilação geral, e por isso, os
custos de investimento e manutenção são menores.
• Um aspecto condicionador é , uma vez instalado, o
processo produtivo não pode ser mudado de lugar para
garantir a sua eficiência.
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Ventilação

• Na ventilação local ou aspiração localizada, é feita a


captação do contaminante na fonte, a sua condução é
em tubagem até um colector que o retém, lançando o ar
na atmosfera.
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Ventilação

• Em certos casos pode não existir colector do


contaminante, mas sim um percurso suficiente do ar
poluído de modo a que a por diluição sejam obtidos os
níveis aceitáveis, mesmo para as emissões.
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Ventilação

• Na montagem de um sistema de ventilação por


exaustão devem ser tomados em consideração alguns
aspectos:
• O dispositivo de captação deve ser colocado o mais
perto possível da emissão do contaminante e de forma
envolvente da fonte
• O trabalhador não deve ser colocado entre a captação e
a fonte, ou seja a deslocação de ar aspirado deve estar
no sentido contrário às vias respiratórias do trabalhador.
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Ventilação

• O sistema de aspiração deve corresponder ao


movimento natural dos contaminantes. Por exemplo, no
caso de poluentes mais densos que o ar, asua
movimentação é no sentido descendente por isso a
aspiração deve ser a nível inferior.
• A velocidade de captação deve corresponder ao caudal
de emissão do contaminante e às suas características
físicas.
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Ventilação

• Para uma captação eficiente, o ar aspirado deve ser


compensado com a entrada do ar exterior. Recomenda-
se que o ar entrado tenha um caudal 10% superior ao
caudal de aspiração.
• As saídas de ar poluído não devem ser colocadas perto
das entrada de ar novo.
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Ventilação localizada

• O sistema de ventilação por aspiração local – extracção


localizada – é constituído por 4 componentes:
Dispositivo de captação
Condutas
Elemento despoluidor
Elemento motor
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Ventilação localizada

• Na concepção e colocação do dispositivo de captação


devem ser tidos em consideração os seguintes
aspectos:
• Tipo, tamanho e posição da fonte emissora
• Características físicas e químicas dos poluentes
emitidos (partículas, nevoeiros, gases ou vapores)
• Velocidade de emissão do poluente
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Ventilação localizada

• Direcção da corrente criada pelo movimento da emissão


• Local dos postos de trabalho relativamente à fonte
emissora
• Posição do trabalhador quando executa a tarefa
• Movimento da massa de ar criado pela ventilação geral
existente no local.
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Ventilação localizada

• Hottes ou cabines total ou parcialmente fechadas – a


fonte emissora encontra-se dentro da hotte ou cabine
• Campânula – a fonte emissora encontra-se sob a
campânula
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Ventilação localizada

Hottes ou cabines
• No caso das hottes ou cabines o fluxo de ar entra pela parte da
frente, local onde se encontra o trabalhador, atravessa a fonte
emissora e sai através de aberturas colocadas:
• A nível superior do local de trabalho (tecto da hotte)
• A nível inferior do local de trabalho (por baixo do tampo)
• Ao nível do plano de trabalho (lateralmente ou em frente do
trabalhador do lado oposto)
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Ventilação localizada

• As hottes e as cabines devem ser projectadas de modo


a permitir conter não só todo o equipamento necessário
à operação a realizar, mas também a execução das
tarefas em condições de segurança.
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Ventilação localizada

Campânula
• As campânulas devem ser colocadas o mais perto
possível da fonte emissora e a sua forma e tamanho são
determinados pelas características da fonte
• A forma e a colocação da campânula devem por um
lado, permitir a realização da tarefa e, por outro lado,
encaminhar o fluxo de ar poluído na direcção contrária
às vias respiratórias.
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Ventilação localizada

Condutas (tubagens)
• As condutas têm por função conduzir o ar poluído até ao
elemento despoluidor, e em seguida para o exterior.
• O amterial usado na construção das condutas deve ser
adequado ao poluente que vai ser conduzido e deve
resistir ao desgaste.
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Ventilação localizada

• Devem ser evitadas mudanças bruscas na direcção, de


modo a evitar a resistência ao fluxo e deposição de
partículas.
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Ventilação localizada

Elemento despoluidor
• O ar extraído atinge níveis consideráveis de
contaminação, pelo que antes de ser lançado no exterior
tem que ser submetido a uma limpeza.
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Ventilação localizada

• Filtração mecânica
• Colectores de partículas
• Remoção de gases e vapores
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Ventilação localizada

• Elemento motor
• O sistema motor é que vai movimentar o ar poluído
através dos diferentes sistemas despoluidores.
• Deve ser calculado tendo em conta:
• Tipo de poluente
• Elemento despoluidor
• Percurso da conduta
• Tipo de chaminé exigido
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Ventilação localizada

• A velocidade de transporte do ar através das condutas


tem que ser suficiente para transportar, suspensos, os
poluentes sólidos.
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Saúde ocupacional

Saúde no trabalho
• Abordagem que integra além da vigilância médica nos
controlo dos elementos físicos, sociais e mentais que
possam afectar a saúde do trabalhador.
A G E N T E S B I O L Ó G I C O S

Saúde ocupacional

Medicina no trabalho
• Tem como missão prevenir a ocorrência de alterações
na saúde que sejam provocadas ou agravadas pelo
exercício de uma actividade profissional.
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