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Lição 7

A derrota
Dos assírios
“Ó Senhor dos Exércitos, Deus de Israel, que estás
entronizado acima dos querubins, somente Tu és o
Deus de todos os reinos da Terra; Tu fizeste os céus
e a Terra” (Is 37:16).
A lição desta semana mostra como um
discurso bem feito pode influenciar pessoas e
transformar destinos. O enviado de
Senaqueribe, denominado Rabsaqué
apresentou argumentos eloquentes e
logicamente irrefutáveis a Ezequias, no
intuito de motivar sua rendição.
Ênfases da semana
1. Em quem devemos confiar?
2. Por que Deus é confiável?
3. Deus e os sofrimentos pessoais
1. Em quem
devemos confiar?
PERGUNTA PARA A UNIDADE

O que aconteceu com Judá? (2Rs 18:13; 2Cr 32:1;


Is 36:1).
Quando o incrédulo Acaz
morreu e seu filho Ezequias
o sucedeu, o reino de Judá
havia perdido a total
independência. Tendo
comprado o auxílio dos
assírios contra a aliança da
Síria e do Israel do Norte,
Judá foi forçado a continuar
pagando à Assíria o
“dinheiro de proteção” na
forma de tributo (veja 2Cr
28:16-21).
Quando o rei assírio Sargão II morreu em um campo
de batalha distante e foi sucedido por Senaqueribe,
em 705 a.C., a Assíria parecia vulnerável. Evidências
de textos bíblicos e assírios revelam que Ezequias
aproveitou essa oportunidade para se rebelar (veja
2Rs 18:7), adotando ações agressivas como líder de
uma revolta contra a Assíria entre as pequenas
nações de sua região.
Infelizmente, Ezequias havia
subestimado a resistência do
poder da Assíria. Em 701 a.C.,
quando Senaqueribe tinha
subjugado outras partes de seu
império, ele atacou a Síria-
Palestina com força devastadora
e assolou Judá.
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Como Ezequias se preparou para um confronto com a


Assíria? 2Cr 32:1-8
Quando Ezequias percebeu que Senaqueribe pretendia tomar
Jerusalém, a capital, ele fez extensos preparativos para um
confronto com a Assíria. O rei fortaleceu suas fortificações, equipou
e organizou ainda mais seu exército e aumentou a segurança das
fontes das águas de Jerusalém (veja também 2 Reis 20:20; 2 Crônicas
32:30). O impressionante túnel de água de Siloé, homenageado por
uma inscrição que narrava sua construção, quase certamente data da
preparação de Ezequias para um possível cerco.
Tão importante quanto a liderança militar e
organizacional, Ezequias ofereceu uma liderança
espiritual enquanto buscava levantar o ânimo de
seu povo naquele momento assustador.

“No entanto, o rei de Judá estava determinado a


fazer sua parte na preparação para resistir o
inimigo; e havendo feito tudo que estava ao
alcance da energia e do planejamento humano,
reuniu seus exércitos e os animou a ser fortes e
corajosos”
(Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 351).
Os assírios eram brutais, mas também inteligentes. O objetivo deles
era riqueza e poder, não apenas a destruição (Is 10:13, 14). Por que
usar recursos para tomar uma cidade à força se você pode convencer
os habitantes dela a se renderem? Portanto, enquanto estava
sitiando Laquis, Senaqueribe enviou seu Rabsaqué, um alto oficial,
para tomar Jerusalém por meio de propaganda.
2. Por que Deus
é confiável?
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Quais argumentos o Rabsaqué usou para intimidar Judá? Is 36:2-


20; 2Rs 18:17-35; 2Cr 32:9-19
O Rabsaqué usou argumentos fortes:
(1) Judá não podia confiar no auxílio egípcio, pois o Egito era fraco e
indigno de confiança;
(2) Judá não podia depender do Senhor, porque Ezequias O tinha
ofendido ao remover Seus lugares altos e altares, mandando o povo
adorar no altar de Jerusalém. De acordo com o Rabsaqué, o Senhor
estava do lado da Assíria e mandara Senaqueribe destruir Judá. E
Judá não possuía homens suficientes para montar 2 mil cavalos.
Segundo o Rabsaqué, para evitar um cerco
no qual o povo não teria nada para comer
nem beber, eles deviam se entregar; assim,
seriam bem tratados. Ezequias não poderia
salvá-los e, como os deuses das outras
nações conquistadas pela Assíria não as
tinham salvado, o Deus dos judeus não os
salvaria.
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O Rabsaqué estava dizendo a verdade?


Os argumentos do Rabsaqué foram persuasivos, dois deles implícitos
em seu raciocínio:
(1) Ele chegara de Laquis, a 48 quilômetros de distância, onde os
assírios mostraram o que acontecia a uma cidade fortificada que
ousava resistir a eles;
(2) Ele conduzia um poderoso exército (Is 36:2). Conhecendo o
destino de cidades como Samaria (2Rs 18:9, 10), que sucumbiram à
Assíria, nenhum judeu duvidaria de que Jerusalém estava condenada
(Is 10:8-11). O Rabsaqué estava certo ao dizer que Ezequias havia
destruído os locais de sacrifício para centralizar a adoração no
templo de Jerusalém (2Rs 18:4; 2Cr 31:1). Mas se essa reforma
ofendera o Senhor, quem seria a esperança do povo? Poderia Ele
salvá-los? Cabia a Deus responder a essa pergunta!
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Como a inteligente oratória do Rabsaqué impactou


Ezequias e seus oficiais? 2Rs 18:37–19:4; Is 36:21–37:4
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Como Deus encorajou Ezequias? Is 37:5-7


A mensagem foi breve,
mas suficiente. Deus
estava do lado do Seu
povo. Isaías profetizou
que Senaqueribe ouviria
um rumor que o faria
desistir de seu ataque a
Judá. Isso foi
imediatamente cumprido.
Temporariamente frustrado, mas sem
desistir, Senaqueribe enviou a Ezequias
uma mensagem ameaçadora: “Não deixe
que o seu Deus, em quem você confia, o
engane, ao dizer: ‘Jerusalém não será
entregue nas mãos do rei da Assíria [...].
Será que os deuses das nações livraram
os povos que os meus pais destruíram”
[...]? (Is 37:10, 12; veja também 2Cr
32:17).
3. Deus e os
sofrimentos pessoais
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Como a oração de Ezequias identifica o que estava em


jogo na crise de Jerusalém? Is 37:15-20
Senaqueribe atacou intencionalmente a defesa
mais forte de Ezequias: a fé em seu Deus. Em
vez de fraquejar, Ezequias apelou para que o
Senhor demonstrasse quem Ele era, “para que
todos os reinos da terra” soubessem que só Ele é
o Senhor (Is 37:20).
PERGUNTA PARA A UNIDADE
Leia a oração de Ezequias (Is 37:15-20). Em quais atributos de
Deus ele se concentrou? Qual princípio nessa oração nos incentiva
e fortalece a fim de permanecermos fiéis em nossas crises
pessoais?
Apesar de ser inclinado à propaganda como uma extensão de
seu imenso ego, não há textos nem quadros que afirmem
que Senaqueribe houvesse tomado Jerusalém. Essa omissão
é incrível, dado o implacável poder de Senaqueribe e o fato
de Ezequias ter liderado uma revolta contra ele. Os que se
rebelavam contra a Assíria tinham curta expectativa de vida
e mortes terríveis.
Mesmo que não tivéssemos a Bíblia, deveríamos admitir que
um milagre deve ter ocorrido. O fato de Senaqueribe ter
revestido as paredes de seu “Palácio Sem Rival” com figuras
esculpidas que descreviam seu cerco bem-sucedido a Laquis,
parece ter ocorrido devido à sua necessidade de manter as
aparências. Mas, se não fosse pela graça de Deus, essas
figuras teriam mostrado Jerusalém! Senaqueribe não contou
o restante da história, mas a Bíblia o faz.
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Qual é o restante da história? (Is 37:21-37).


Em resposta à oração de fé
de Ezequias, Deus lhe enviou
uma mensagem de segurança
para Judá e de fúria contra o
rei assírio, que tinha
afrontado o Rei dos reis (Is
37:23). Deus logo cumpriu
Sua promessa de defender
Jerusalém (2Rs 19:35-37; 2Cr
32:21, 22; Is 37:36-38).
Uma grande crise exigiu um
grande milagre. O número de
mortos foi alto: 185 mil.
Portanto, Senaqueribe não
teve escolha senão voltar
para casa, onde encontrou a
própria morte (compare com
a profecia de Isaías 37:7-38).
“O Deus dos hebreus havia prevalecido sobre a orgulhosa
Assíria. A honra de Jeová foi vindicada aos olhos das nações
vizinhas. Em Jerusalém, o coração do povo estava cheio de
santa alegria” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 361).
Além disso, se Senaqueribe tivesse
conquistado Jerusalém, ele teria
deportado a população de tal
maneira que Judá teria perdido
sua identidade, como ocorreu com
o Israel do Norte. Portanto, de
uma perspectiva, não haveria povo
judeu de quem o Messias pudesse
nascer. A história deles teria
terminado ali. Mas Deus manteve
a esperança viva.
Os eventos de Isaías 38 e 39 (2Rs 20)
aconteceram perto do momento em que
Deus libertou Ezequias de Senaqueribe,
mesmo que a libertação ainda não tivesse
ocorrido (Is 37; 2Rs 19). De fato, Isaías 38:5,
6 e 2 Reis 20:6 mostram que os judeus ainda
enfrentavam a ameaça assíria.
“Satanás estava determinado a causar a morte de Ezequias e a queda
de Jerusalém. Sem dúvida, ele pensava que, se Ezequias estivesse
fora do caminho, seus esforços para a reforma cessariam, e a queda
de Jerusalém poderia acontecer mais rapidamente” (Comentário
Bíblico Adventista, v. 4, p. 249).
PERGUNTA PARA A UNIDADE

O que essa citação revela sobre a importância de uma boa


liderança para o povo de Deus?
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Qual sinal o Senhor deu a Ezequias para confirmar sua fé?


2Rs 20:8-10; Is 38:6-8
Ao rejeitar os sinais oferecidos por Deus (Is 7), Acaz tinha dado início
às circunstâncias que levaram aos problemas com a Assíria. Mas agora
Ezequias havia pedido um sinal (2Rs 20:8); então, Deus o fortaleceu
para enfrentar a crise que seu pai havia causado. Fazer com que a
sombra no relógio solar de Acaz retrocedesse só era possível por meio
de um milagre.
Os babilônios estudavam os movimentos dos corpos celestes
e os registravam com precisão. Portanto, eles teriam notado
o comportamento estranho do Sol e se perguntado o que isso
significava. Não foi por acaso que o rei Merodaque-Baladã
enviou mensageiros naquele tempo. Os babilônios
descobriram a relação entre a recuperação de Ezequias e o
sinal miraculoso.
Agora sabemos por que Deus escolheu esse sinal específico.
Assim como mais tarde o Senhor usou a estrela de Belém
para trazer sábios do Oriente, Ele usou uma mudança solar
para trazer mensageiros de Babilônia. Essa era uma
oportunidade singular para que eles aprendessem sobre o
verdadeiro Deus.
“Somente por intervenção direta de Deus a sombra no relógio solar
poderia voltar atrás dez graus; e isso devia ser um sinal a Ezequias de
que o Senhor tinha ouvido sua oração. Concordando, ‘o profeta Isaías
clamou ao Senhor; e fez retroceder dez graus a sombra lançada pelo
Sol declinante no relógio de Acaz’”
(Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 342).
Seria Satanás como o
Rabsaqué assírio? Ele fala a
verdade quando diz que
pecamos? Como Deus
responde? (Zc 3:1-5). Qual é a
nossa esperança contra essas
acusações? (Rm 8:1)

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