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Lição 4

O caminho
difícil
“Esperarei no Senhor, que esconde o Seu
rosto da casa de Jacó; a Ele aguardarei”
(Is 8:17).
Nesta semana, a lição nos
ensina sobre o desejo sincero
de Deus no melhor para o Seu
povo, a rejeição de Israel à
sua orientação, e os métodos
que o Eterno utilizou para
ganhar a atenção do Seu
povo.
Ênfases da semana
1. Os inimigos estão vindo
2. A nação amiga vem para
Judá
3. Confie no Deus santo
Os inimigos
estão vindo
Isaías 7:14-16 nos mostra o medo de Acaz em
relação aos reis da Síria e Israel, uma vez que o
texto bíblico aborda que a terra seria
desamparada por dois reis, reiterando a
promessa de que seu reino seria extinto em
breve
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Por que Isaías mencionou a manteiga e o mel que o


menino comeria? Is 7:15
As plantações e os campos de Judá seriam
destruídos pelos assírios (Is 7:23-25). Portanto,
o povo, incluindo o Emanuel do AT, quem quer
que ele fosse (Is 7:14, 15), seria forçado a
voltar à dieta dos nômades (Is 7:21, 22). Mas,
embora fossem pobres, eles teriam o
suficiente para sobreviver.
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Quando foi cumprida a profecia sobre a Síria e o


Israel do Norte? 2Rs 15:29, 30; 16:7-9; 1Cr 5:6, 26
Essa profecia foi dada por volta de 734 a.C. Em resposta ao
suborno de Acaz, Tiglate-Pileser III fez o que provavelmente
teria feito de toda maneira: destruiu a coalizão do norte,
conquistou a Galileia e as regiões da Transjordânia de Israel
do Norte, deportou parte da população e transformou os
territórios em províncias da Assíria (734-733 a.C.).
O restante do povo foi salvo quando Oseias, após assassinar o
rei Peca, rendeu-se e prestou tributo. Em 733 e 732 a.C.,
Tiglate-Pileser III conquistou Damasco. Ele transformou a
Síria em províncias assírias. Portanto, em 732 a.C., dois anos
depois da profecia de Isaías, a Síria e Israel haviam sido
finalmente derrotados, e tudo acabou para os dois reis que
haviam ameaçado Acaz.
Logo depois que Salmaneser V substituiu Tiglate-Pileser III,
em 727 a.C., Oseias, rei de Israel, cometeu suicídio político
ao se rebelar contra a Assíria. Os assírios tomaram Samaria
em 722 a.C. e deportaram milhares de israelitas para a
Mesopotâmia e para a Média, onde foram absorvidos pelas
populações locais e perderam sua identidade (Is 7:8: “dentro
de sessenta e cinco anos Efraim [...] deixará de ser povo”).
Deus havia predito o que
aconteceria com os inimigos de
Judá, mas Seu argumento para Acaz
era que isso aconteceria de toda
maneira, sem que Acaz precisasse
confiar na Assíria.
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Leia Isaías 7:17-25. O que o Senhor disse que aconteceria
com a terra? Por que não devemos nos surpreender com
esse resultado?
“Convite sobre convite foi enviado ao rebelde Israel para
que retornasse à submissão a Jeová. As súplicas dos profetas
eram cheias de amor; e quando as apresentavam diante do
povo, exortando fervorosamente ao arrependimento e à
reforma, suas palavras produziam fruto para a glória de
Deus” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 325).
Portanto, para o medroso e incrédulo Acaz, a
boa notícia da parte de Deus era que a Síria e
Israel seriam exterminados. A má notícia era
que a Assíria, o aliado e “amigo” que o rei Acaz
havia escolhido para ajudá-lo, acabaria sendo
um inimigo muito mais perigoso do que a Síria e
Israel tinham sido. Ao recusar a libertação
oferecida gratuitamente por Deus, Acaz
garantiu a derrota. Se ele pensava que seu
mundo estivesse desmoronando naquele
momento, as coisas piorariam ainda mais!
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Leia 2 Reis 16:10-18 e 2 Crônicas 28:20-25. O que Acaz
fez no templo de Deus? Por que ele agiu assim? Por que
não devemos nos surpreender com essas ações? Que
princípio espiritual se revela aqui?
A nação amiga
vem para Judá
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O nome do menino tinha a ver com uma rápida


conquista. Qual seria o reino conquistador e qual
seria conquistado? (Is 8:4).
Isaías 8:1-10 reforça a mensagem do capítulo 7. Antes que a
criança alcançasse certa idade, a Assíria tomaria os despojos de
guerra das capitais da Síria e do Israel do Norte. Além disso,
visto que Judá havia recusado a mensagem divina de segurança,
representada pelas águas que fluíam brandamente de Siloé em
Jerusalém, Judá seria dominada pelo forte poder da Assíria,
representado pela inundação do grande rio Eufrates.
Como Acaz tinha se voltado para a Assíria, os nomes dos filhos de
Isaías se referiam a Judá, bem como ao Israel do Norte: “Rápido-
Despojo-Presa-Segura”, mas “Um-Resto-Volverá”. Por que ainda
havia esperança? Porque, embora a Assíria inundasse a terra de
Emanuel (Is 8:8, NVI), Deus era com eles (Is 8:10). Vemos um
tema que permeia o livro de Isaías: ainda que houvesse juízos
sobre os inimigos de Deus em Judá e em outras nações, enviados
na forma de desastres militares, sofrimento e exílio, o Senhor
estaria com os fiéis sobreviventes do Seu povo e os restauraria à
sua terra.
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Por que Isaías declarou que registrou legalmente o
nome de seu filho e que teve relações conjugais
com sua esposa, “a profetisa”? Is 8:1-3
A precisão temporal do
nascimento desse filho era
fundamental para o seu
significado como sinal.
Semelhantemente ao sinal do
Emanuel, o período desde a
concepção e o nascimento da
criança até o momento em
que a Assíria derrotaria Israel
e a Síria seria menor do que o
tempo que o garoto levaria
para chamar o pai ou a mãe
(Is 8:4).
Confie no Deus
santo
Deus advertiu Isaías a não
temer o que seu povo temia,
mas a temê-Lo (Is 8:12, 13).
Esse é um tema importante
nas Escrituras. Por exemplo,
em Apocalipse 14:6-12, três
anjos proclamam uma
mensagem mundial: “Temei a
Deus e dai-Lhe glória”, em
vez de temer e dar glória ao
poder da besta que emerge da
terra descrito no capítulo 13.
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Em sua opinião, o que significa “temer” a Deus,


especialmente à luz do mandamento de amarmos ao
Senhor (Mt 22:37)?
O verdadeiro temor a Deus como santo significa
reconhecê-Lo como o poder supremo do Universo.
Quer O amemos ou não, esse temor supera qualquer
outro medo. Se Ele é por nós, ninguém mais pode
nos tocar sem a Sua permissão. Se Ele é contra nós
porque nos rebelamos contra Ele, podemos até
correr, mas não conseguiremos nos esconder!
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A ideia de que devemos temer a Deus não contradiz 1 João 4:18?


“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o
medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não
é aperfeiçoado no amor.”
Existem diferentes tipos de
temor. Se alguém com poder
impressionante é nosso amigo,
com quem compartilhamos
amor mútuo, não tememos
essa pessoa no sentido de
pensar que ela possa nos fazer
mal. Mas temos uma espécie
de temor no sentido de
conhecer e respeitar o poder
dessa pessoa e os limites do
nosso relacionamento.
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Qual é o tema de Isaías 8:16-22? O que isso tem a


ver com o rei Acaz?
Acaz estava profundamente envolvido com a religião pagã
(2Rs 16:3, 4, 10-15; 2Cr 28:2-4, 23-25), que, por sua vez,
possuía forte conexão com o ocultismo (compare com Dt
32:17; eles “sacrificam aos demônios” [1Co 10:20; ARC]).
Vários aspectos da feitiçaria moderna têm paralelos
marcantes com os rituais antigos do Oriente Próximo,
conforme atestados por escritos antigos exteriores à
Bíblia. De fato, mesmo muitas práticas da Nova Era de
hoje são simplesmente manifestações contemporâneas
dessas práticas ocultas antigas.
Isaías descreveu o desespero resultante da
confiança em outros espíritos em lugar da
confiança no Senhor (Is 8:21, 22). Essa
descrição se encaixa bem com o rei Acaz
(compare com 2Cr 28:22, 23). Isaías se referiu
ao povo que ficaria furioso e amaldiçoaria o seu
rei (Is 8:21). Isso iria advertir Acaz de que, por
causa de sua influência em levar o povo ao
ocultismo, as pessoas o amaldiçoariam.
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O que esses textos revelam sobre o ocultismo?


(Lv 20:27; Dt 18:9-14).
O afastamento do ocultismo é uma questão de
lealdade para com Deus. 1 Crônicas 10:13, 14
aplica esse princípio ao caso do rei Saul:
“Assim, Saul morreu por causa da transgressão
cometida contra o Senhor, por causa da
palavra do Senhor, que ele não tinha
guardado; e também porque consultou uma
médium e não ao Senhor, que, por isso, o
matou e transferiu o reino a Davi, filho de
Jessé”.
“O próprio nome ‘feitiçaria’ é desprezado hoje. A ideia de
que os seres humanos podem estabelecer comunicação com
os espíritos maus é considerada uma lenda da Idade Média.
Porém o espiritismo, esse grande engano que conta com
centenas de milhares ou milhões de adeptos, que entrou nos
centros científicos, invadiu igrejas e foi aceito nas
corporações legislativas e mesmo nas cortes reais, é nada
menos que o reaparecimento, sob novo disfarce, da
feitiçaria condenada e proibida na antiguidade”
(Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 556).
Reflita sobre a ideia de
amar e temer a Deus ao
mesmo tempo. Em que
aspecto nosso amor advém
desse temor? Ou o nosso
temor é proveniente do
nosso amor?

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