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Lição 5

O nobre
Príncipe da Paz
“Um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu. O
governo está sobre os Seus ombros, e o Seu nome
será: ‘Maravilhoso Conselheiro’, ‘Deus Forte’, ‘Pai
da Eternidade’, ‘Príncipe da Paz’” (Is 9:6).
A paz é um sonho vago e
inatingível. Desde que a
História passou a ser
registrada, estima-se que o
mundo esteve
completamente em paz
apenas cerca de 8% do
tempo. Pelo menos oito mil
tratados foram violados.
Durante os cinquenta anos
seguintes ao fim da Primeira
Guerra Mundial (a guerra
que deveria supostamente
ter acabado com todas as
guerras), houve apenas dois
minutos de paz para cada
ano de guerra.
Ênfases da semana
1. Das trevas para a luz
2. O Messias como a luz do
mundo
3. O caráter do Messias
Das trevas para
a luz
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Por que Isaías 9:1 começa com a palavra “mas”, que


indica um contraste com o texto que vem antes?
Isaías 8:21, 22 descreve a condição desesperadora
daqueles que se voltaram para o ocultismo e não
para o Deus verdadeiro: onde quer que olhassem,
havia ali “angústia, escuridão e sombras de
ansiedade, e” seriam “lançados para densas trevas”
(Is 8:22).
Por outro lado, os que estavam aflitos não continuariam na
escuridão (Is 9:1). O povo da região da Galileia foi apontado
aqui como tendo recebido a bênção especial de uma
“grande luz” (Is 9:2). A nação seria multiplicada e se
alegraria porque Deus quebraria “o cetro do seu opressor”
(Is 9:4).
A região do Mar da Galileia foi descrita no texto porque tinha sido um
dos primeiros territórios a ser conquistados. Em resposta ao pedido
de ajuda de Acaz, Tiglate-Pileser III havia tomado as regiões da
Galileia e da Transjordânia de Israel do Norte, levado algumas
pessoas em cativeiro e transformado os territórios em províncias
assírias (2Rs 15:29). Por isso, a mensagem de Isaías era: o primeiro a
ser conquistado seria o primeiro a ver a libertação.
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Como foi descrito o menino que Deus usaria para libertar


Seu povo? (Is 9:6, 7).
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Quando e como foi cumprida a profecia de Isaías 9:1-5?


Mt 4:12-25
Não por acaso, Jesus iniciou
Seu ministério na Galileia,
onde Ele concedeu esperança
ao anunciar as boas-novas do
reino de Deus e ao curar
pessoas, inclusive libertando
endemoninhados da
escravidão do ocultismo
(Mt 4:24).
Esse é um exemplo perfeito de como a Bíblia toma eventos
que aconteceram nos tempos do Antigo Testamento e os usa
para prefigurar coisas que aconteceriam nos tempos do Novo
Testamento. O Senhor mesclou imagens de uma época com
as de outra, como em Mateus 24, em que Jesus combinou a
destruição de Jerusalém em 70 d.C. com a destruição no fim
do mundo.
O Messias como
a luz do mundo
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O que há de especial no Filho descrito nesses


versos? Is 9:6, 7
Ele foi chamado de “Maravilhoso”.
Semelhantemente, o divino Anjo do SENHOR
havia descrito, para o pai de Sansão, o Seu
próprio nome como “maravilhoso” (a raiz
hebraica é a mesma) e depois subido ao Céu
na chama sacrifical no altar de Manoá (Jz
13:18, 20), prefigurando assim a oferta de Si
mesmo que ocorreria mais de mil anos
depois.
Ele foi referido como divino (“Deus
Forte”) e Criador eterno (“Pai da
eternidade”; Lc 3:38: “[...] Adão,
filho de Deus”).
Ele é um Rei da dinastia de Davi;
Seu reino de paz será eterno.
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Dados esses atributos, quem somente poderia ser


esse Filho? (Lc 2:8-14).
Alguns tentaram identificá-Lo com Ezequias, mas a
descrição ultrapassa em muito qualquer ser humano
comum. Somente uma Pessoa Se encaixa: Jesus, o
Filho de Deus e Criador (Jo 1:1-3, 14; Cl 1:5-17; 2:9;
Hb 1:2), que nasceu para nós, a fim de nos salvar e nos
dar a paz. Ele recebeu toda a autoridade no Céu e na
Terra e está sempre conosco (Mt 28:18-20). Embora
tenha mantido Sua divindade, Ele também Se tornou
um ser humano para sempre, capaz de compadecer-Se
de nossas fraquezas (Hb 4:15).
“Quando Cristo veio ao nosso mundo, Satanás estava em
campo e disputou cada palmo de avanço em Sua vereda
desde a manjedoura até o Calvário. Satanás havia acusado a
Deus de exigir abnegação dos anjos, quando nada sabia Ele
mesmo do que isso significava, e quando Ele mesmo nenhum
sacrifício fazia em favor de outros. [...] Cristo veio ao
mundo para desfazer essas falsas acusações e revelar o Pai”
(Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 406, 407).
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Nos textos anteriores, vimos o sofrimento dos fiéis. Compare-


os com as maldições de Levítico 26:14-39. Por que Deus
puniu Seu povo em etapas, e não de uma só vez? O que isso
indica sobre Seu caráter e objetivos?
Se Deus quisesse destruir o povo, poderia tê-lo
entregado aos assírios imediatamente. Mas Ele é
paciente, “não querendo que ninguém pereça, mas
que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 3:9).
Como no período dos “juízes”, Deus deixou o povo de Judá
e Israel sofrer os resultados de sua insensatez, para que
pudessem entender o que estavam fazendo e fizessem uma
escolha melhor. Quando eles persistiram no mal e
endureceram o coração contra os apelos que Ele tinha
enviado por meio de Seus mensageiros, Deus retirou Sua
proteção. Mas o povo continuou se rebelando. Esse ciclo foi
repetido numa espiral descendente até que não houve mais
nada que Deus pudesse fazer.
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Leia Isaías 9:8–10:2. De quais pecados o povo era
culpado? Contra quem ele os cometeu? Quem era
culpado entre eles?
Deus criou o ser humano livre (essa liberdade era necessária;
caso contrário, o homem jamais poderia amá-Lo
verdadeiramente), e a liberdade envolve a opção de fazer o
que é errado. E embora Deus sempre busque nos atrair ao
revelar Seu amor e caráter, Ele também nos permitirá
enfrentar o resultado de nossas decisões erradas; ou seja,
dor, sofrimento, medo, conflito, etc., a fim de nos ajudar a
perceber exatamente as consequências do nosso afastamento
Dele.
Contudo, mesmo assim, essas coisas muitas vezes não
fazem as pessoas repudiarem o pecado e se voltarem
para o Senhor. O livre-arbítrio é maravilhoso; não
poderíamos ser humanos sem ele. No entanto, ai
daqueles que o usam incorretamente!
O caráter do
Messias
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Quem é o “rebento” que sai “do tronco de Jessé”?


Is 11:1; Zc 3:8; 6:12
Isaías 11:1 retoma a imagem da árvore
derrubada em Isaías 10:33, 34. O “tronco de
Jessé” representa a ideia de que a dinastia de
Davi (filho de Jessé) perderia seu poder (Dn
4:10-17, 20-26). Porém, surgiria um
“rebento/renovo” do “tronco” aparentemente
condenado; isto é, um Governante
descendente de Davi.
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Por que o novo Governante davídico também foi chamado


de a “Raiz de Jessé” (Is 11:10)? Qual é o significado da
raiz? Ap 22:16
A descrição se encaixa apenas
em Jesus, “a Raiz e a Geração
de Davi” (Ap 22:16). Cristo
veio da linhagem de Davi (Lc
3:23-31), que era
descendente de Adão, que,
por sua vez, era “filho de
Deus” (Lc 3:38), no sentido de
que Cristo o criou (Jo 1:1-3,
14). Cristo era o ancestral de
Davi, assim como seu
descendente!
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Como o novo Governante davídico reverteu os


efeitos do pecado? Is 11
Ele pensaria e agiria em harmonia com o Senhor, julgaria
de maneira justa, castigaria os iníquos e traria a paz.
Quando Ele assumisse o trono, o Senhor traria de volta,
restauraria e uniria um remanescente fiel de Israel e Judá
(Is 10:20-22). Haveria uma monarquia forte e unida, como
nos dias de Davi, que derrotou os filisteus e outros povos.
Mas o novo Governante seria superior a Davi, na medida em
que restauraria a paz até à essência da criação: os
predadores não mais seriam carnívoros e coexistiriam com
sua antiga presa (Is 11:6-9).
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Isaías 11 se refere apenas à primeira vinda de Cristo,


apenas à segunda, ou a ambas? Anote quais textos falam
sobre quais vindas.
Isaías 12 é um pequeno salmo (cântico) de louvor a Deus por
Seu conforto misericordioso e poderoso. O salmo, entoado por
um membro do remanescente restaurado, compara a
libertação prometida à dos hebreus no Êxodo do Egito (Is
11:16); esse salmo é como o cântico de Moisés e dos israelitas
quando eles foram salvos do exército do faraó no Mar
Vermelho (veja Êx 15).
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Compare esse cântico, em Isaías 12, ao cântico de Moisés


e do Cordeiro, em Apocalipse 15:2-4. Em ambos os casos,
pelo que Deus é louvado?
Isaías 12:2 quase
identifica o Libertador
vindouro como Jesus. O
verso diz que “Deus é a
minha salvação” e “Ele Se
tornou minha salvação”.
O nome Jesus significa “O
Senhor é salvação”
(compare com Mt 1:21).
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Qual é o significado da ideia, contida no nome de Jesus,


de que o Senhor é salvação?
O Senhor não apenas realiza a salvação (Is
12:2); Ele mesmo é a salvação. A presença do
Santo de Israel em nosso meio (Is 12:6) é tudo
para nós. Deus é conosco! Jesus não apenas fez
milagres; Ele “Se fez carne e habitou entre
nós” (Jo 1:14; ênfase nossa). Ele não apenas
levou nossos pecados na cruz; Ele Se fez
pecado por nós (2Co 5:21). Ele não apenas traz
a paz; Ele é a nossa paz (Ef 2:14).
“O coração do pai humano se compadece do filho. Olha a fisionomia
da criança e treme ao pensar sobre os perigos da vida. Anseia
proteger seu querido filho do poder de Satanás, bem como guardá-lo
da tentação e do conflito. Para enfrentar o mais amargo conflito e o
mais terrível risco, Deus deu Seu Filho unigênito, para que o caminho
da vida fosse garantido aos nossos pequeninos. ‘Nisto consiste o
amor’ (1Jo 4:10). ­Maravilhem-se, ó Céus, e admire-se, ó Terra!”
(Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 49).
Por que é importante
entender adequadamente
a natureza de Cristo?

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