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APOSTILAS BIBLICAS

APOSTILAS BIBLICAS
Blog: apostilasb.blogspot.com.br

Apresentação

Este projeto foi iniciado em 15 de fevereiro de 2015, e tem o objetivo


de incentivar a leitura de bons temas relacionados à Bíblia por parte
do povo cristão.

As apostilas foram elaboradas a partir de minhas pesquisas e


estudos bíblicos realizados como aluno e professor de teologia
sistemática.

Os leitores podem usar e distribuírem gratuitamente para seus


amigos.

Na capa de cada apostila temos as seguintes identificações:

Nome de autoria: Apostilas Bíblicas


Logomarca e URL (apostilasb.blogspot.com.br)

Para dicas e sugestões escreva-nos:


E-mail: jairalves13@live.com
Evangelista Jair Alves

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Sumário

I. A Santíssima Trindade......................................................................................3
1. O que é a Trindade?
2. Unidade composta
II. Resumo histórico da Santa Trindade............................................................5
1. O arianismo
III. Os fundamentos da Trindade.......................................................................8
1. As três pessoas
IV. A trindade santa não são três deuses.........................................................11
V. As três pessoas tem os mesmos atributos..................................................13
1. Ilustrando a trindade
Conclusão
Bibliografia...........................................................................................................16
Livros Indicados..................................................................................................17

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I. A Santíssima Trindade
A verdade a respeito de Deus é uma questão de vida ou morte. Essa
doutrina envolve a Trindade, o Senhor Jesus, sua identidade,
ministério e obra e o Espírito Santo. Adorar um deus errado significa
também seguir a um' Jesus errado e cujo resultado é terminar
também num céu errado.

O Senhor Jesus disse: "E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só


por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste", Jo
17.3.

A doutrina de Deus, chamada Teologia, uma disciplina da Teologia


Sistemática, é parte do primeiro e grande mandamento (Mc 12.28-
30).

A Bíblia diz que somente Jeová é Deus e qual não existe outro nem
no Céu e nem na Terra (Dt 4.39 e IRs 8.39).

Essa unidade na deidade de Jeová não anula a deidade absoluta do


Filho e nem do Espírito Santo.

O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três Deuses, mas três
Pessoas distintas em uma só Divindade, ou seja, um Deus em três
Pessoas (Dt 6.4 e Mt 28.19).

1. O que é a Trindade?

As Escrituras aplicam esse nome "Deus" ao Pai (Fp 2.11), da mesma


fornia ao Filho (Jo 1.1 e TJo 5.20) e ao Espírito Santo (At 5.3-4).

Aparece, na maioria das vezes, com referência à Trindade (Dt 6.4).


Isso também ocorre com o nome Jeová. Com referência ao Pai
sozinho (SI 110.1), ao Filho (compare Is 40.3; Mt 3.3) e ao Espírito
Santo (Ez 8.1-3).

No entanto, aplica-se à Trindade (Dt 6.4 e SI 83.18). Vale lembrar


que o nome "Deus", theos, no Novo Testamento grego, quando vem
acompanhado do artigo definido e sem outra qualificação, é sempre
uma referência ao Deus-Pai.

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Se o Pai é o verdadeiro Deus, e da mesma forma o são também o
Filho e o Espírito Santo, como fica o monoteísmo judaico-crisião?

As Escrituras ensinam que existe um só Deus e que Deus é um só.


Isso vale tanto para o Velho Testamento (Dt 6.4) como para o Novo
(Mc 12.29-30). O cristianismo é religião monoteísta (ICo 8.6).

A mesma Bíblia que ensina haver um só Deus, e que Deus é um só,


ensina também que tanto o Pai, o Filho, como o Espírito Santo é
Deus.

2. Unidade composta

A doutrina da Trindade não contradiz o monoteísmo do Velho


Testamento, pois convém salientar que a unidade de Deus, em
Deuteronômio 6.4: ―Ouve ó Israel o Senhor nosso Deus é o único
Senhor‖, é composta e não absoluta.

A palavra hebraica para essa unidade composta é echad (lê-se


"errad"), que aparece nesse versículo, a mesma usada em Génesis
2.24, quando diz que marido e mulher são ―uma só carne‖. Unidade
absoluta em hebraico é yachid (lê-se "iarrid"), como encontramos
em Génesis 22.2.

A Trindade, portanto, não é triteísmo e é erro crasso comparar a


Trindade bíblica, da religião cristã, com as tríades do paganismo,
como fazem as Testemunhas de Jeová e outros grupos religiosos
heterodoxos, para nos criticar.

Brahma, Vishnu e Shiva, por exemplo, na religião hindu, são três


deuses e não uma trindade.

A Bíblia ensina o monoteísmo, a Trindade, portanto é a união de três


Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, em uma só Divindade,
sendo iguais, eternas, da mesma substância, embora distintas, sendo
Deus cada uma dessas Pessoas (Mt 28.19; ICo 12.4-6; 2Co 13.13 e Ef
4.4-6).

O Credo de Atanásio diz: "Não separamos as pessoas e nem


confundimos a substância".

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II. Resumo histórico da Santa Trindade

A palavra "trindade" é um termo técnico para designar um Deus em


três Pessoas aplicada à Divindade no final do século 2 por Tertuliano
em Contra Práxeas, II: ―Todos são de um, por unidade de
substância, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação
que distribui a unidade numa Trindade, colocando em sua ordem os
três Pai, Filho e Espírito Santo; três contudo,... não em substância,
mas em forma, não em poder, mas em aparência, pois eles são de
uma só substância e de uma só essência e de um poder só, já que é
de um só Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos
com o nome de Pai, Filho e Espírito Santo".

No segundo século da Era Cristã surgiram os que Tertuliano chamou


de monarquianistas (do grego monarchia— "governo exercido por
uma única pessoa"). Estavam divididos em dois grupos: dinânimos e
modais.

Os monarquianistas dinâmicos, (do grego dynamis, "força, poder"),


diziam que Deus deu força e poder a Jesus, adotando-o como Filho,
negando assim a divindade absoluta de Jesus e também a Trindade.

Era o prenúncio do arianismo, que no início do quarto século negava


a eternidade de Jesus, considerando Cristo um deus de segunda
categoria, igual ao ensino das Testemunhas de Jeová. Essa doutrina
dos dinâmicos era defendida por Teodoro de Bizãncio, Artemão e
Paulo de Samosata.

Monarquianistas modais ensinavam que as três Pessoas da


Divindade se manifestavam por vários modos, daí o nome modalista.

Eram defendidos por Noeto de Esmirna e Práxeas de Cartago.


Ensinavam que o Pai nasceu e sofreu e que Jesus era o Pai. Por essa
razão, no Ocidente, eles eram chamados de patripassianistas (do
latim Pater "Pai" e passus de patrior, ''sofrer": o Pai se encarnou em
Cristo e sofreu com Ele). Tertuliano disse que eles crucificaram o Pai
e puseram em fuga o Espírito Santo.

No Oriente eram chamados sabelianistas, pois o heresiarca Sabélio


foi quem mais se destacou na propagação dessa heresia. Segundo

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essa doutrina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são apenas três
aspectos da Divindade sendo, portanto, uma mesma Pessoa.

Sabélio usava a palavra "pessoa'' para cada Pessoa da Divindade,


mas para ele essa ―pessoa‖ tinha o sentido de máscara ou de
manifestações diferentes de uma mesma pessoa divina.

Na sua concepção o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram nomes de


três estágios ou fases diferentes. Ele era Pai na Criação e na
promulgação da Lei, Filho na encarnação e Espírito Santo na
regeneração.

Essa doutrina foi combatida por Tertuliano em Contra Práxeas,


quando pela primeira vez esse apologista usa o termo Trinitas
("Trindade") para a Divindade e depois por Hipólito e Origines.

O sabelianismo ganhou espaço por mais ou menos cem anos em


Roma, Ásia Menor, Síria e Egito.

Em 263, Dionísio de Alexandria enfrentou o próprio Sabélio


derrotando assim esse movimento. Depois disso o cristianismo
passou a repudiar essas crenças e o combate a essa heresia
continuou até que ela desapareceu completamente da história.

Depois de muitos séculos essa heresia foi trazida de volta, das


profundezas do inferno, por John G. Scheppe, fundador da seita "Só
Jesus", em 1913.

Os unicistas de hoje, como o Movimento Só Jesus, a Igreja Voz da


Verdade, Tabernáculo da Fé. Igreja Local, Testemunhas de Jeová,
dentre outros movimentos, têm suas raízes no antigo sabelianismo.

Tanto os antigos como os modernos negam a doutrina da Santíssima


Trindade e defendem a crença de que o Pai, o Filho e o Espírito
Santo sejam uma só Pessoa e não três Pessoas distintas em uma só
Divindade.

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1. O arianismo

O outro conceito heterodoxo sobre a Divindade foi o arianismo.


Fundado entre 321-325, foi a maior controvérsia da história do
cristianismo. Ário pregava que o Filho era criatura (doutrina
advogada ainda hoje pelas Testemunhas de Jeová) e esta inovação
sacudiu o cristianismo da época.

Foi por volta de 320 dC que Ário, de Alexandria, Egito, encontrou


em Provérbios 8.22, no texto da Septuaginta, o seguinte: "O Senhor
me criou no princípio dos seus caminhos", e assim procurava
fundamentar sua doutrina, de que Jesus era criatura, negando a
doutrina da Trindade.

O imperador romano, Constantino, enviou 'mensageiros com o


propósito de uma conciliação, mas foi tudo em vão, até que
convocou um concílio, que aconteceu na cidade de Nicéia, em
325dC.

Até hoje não está claro se a "Sabedoria" de Provérbios 8.22 se refere


a Cristo. Foi aplicada ao Filho por Tertuliano como um dos dois
estágios da história do Logos (Contra Praxeas, VII).

Para Justino, o Mártir, esta sabedoria divina é o Logos (Diálogo com


Trifon, LXI.), mas para Irineu a Sabedoria é o Espírito Santo (Contra
Heresias Livro IV.XX).

Até hoje, muitos expositores da Bíblia não concordam em que essa


sabedoria seja o Logos.

Essa interpretação da patrística não é uniforme, além disso, é


questionada por muitos expositores, ao longo da história do
cristianismo e, ainda que o fosse, fala de sua eternidade, pois, do
contrário, seríamos obrigados a admitir que Deus esteve sem
sabedoria na eternidade passada.

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III. Os fundamentos da Trindade

A Trindade está fundamentada em toda a Bíblia. O Velho


Testamento revela a pluralidade divina em várias passagens, a
começar pelo nome divino Elohim. "Deus", que é plural, como
podemos ver em Génesis 1.1. Veja o relacionamento dessas três
Pessoas (Gn 1.26; 3.22; 11.7; Is 6.8 e Jo 17.5).

Apesar de a Bíblia ensinar a unidade de Deus, convém nunca perder


de vista que "a Bíblia também ensina que Deus não é uma mônada
estéril, mas existe eternamente em três pessoas".

"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do


Pai, e do Filho, e do Espírito Santo", Mt 28-19.

A expressão "em nome" esta no singular. Os unicistas modernos


dizem que esse "nome" é Jesus, portanto o nome de Jesus, segundo
ele é "Pai, Filho e Espírito Santo", mas essa interpretação não esta
correia.

A palavra "nome", no singular, é distributiva como no texto


hebraico de Rute 1.2.

Embora apareça no plural na Versão Almeida Corrida: "e os nomes


de seus dois filhos, Malom e Quiliom", no entanto, no hebraico e na
Septuaginta esta no singular "e se refere tanto a Malom quanto a
Quiliom, e não faz confusão entre eles.

Se tivesse sido empregado o plural, 'nomes, a Bíblia precisaria dar


mais de um nome a cada".

O texto sagrado de Mateus 28.19 está falando de três Pessoas


distintas em uma só Divindade. "Em nome"' quer dizer em nome de
Deus, do único Deus que subsiste eternamente em três Pessoas.

"Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há


diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há
diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em
todos", 1Co 12.4-6.

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Como nessa Trindade não há primeiro nem último, as três pessoas
são iguais, aqui estão na ordem inversa de Mateus 28.19 porque os
capítulos 12, 13 e 14 de 1Coríntios tratam dos dons do Espírito Santo.

O culto cristão é adoração a Deus, e Deus, portanto é quem opera no


culto.

"A graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus e a comunhão do


Espírito Santo seja com vós todos". 2Co 13.13.

É a mais bela bênção das epístolas paulinas, conhecida como a


bênção apostólica, que poderia também ser chamada de "bênção
trinitariana",

A Trindade também se faz presente na bênção sacerdotal: "O Senhor


te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto
sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o seu
rosto, e te dê a paz". Nm 6.24-26. Deus determinou que o sacerdote
assim abençoasse os filhos de Israel.

"Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados


em uma só esperança da vossa vocação: um só Senhor, uma só fé,
um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e
por todos, e em todos".

Ef 4.4-6. Espírito Santo, e cada uma dessas três Pessoas


desempenha um papel na Igreja.

O texto sagrado ensina o que está no Credo de Atanásio: não


confundir as Pessoas, Pai é Pai, Filho é Filho e Espírito Santo é
Espírito Santo. Um só Pai, um só Filho e um só Espírito Santo.

1. As três pessoas

O termo "Pessoa" é inadequado para aplicar às três identidades


distintas da Trindade.

Os Pais da Igreja evitavam usar a palavra "pessoa" para identificar o


Pai, o Filho e o Espírito Santo na Trindade.

A palavra "pessoa" vem do grego "mascara" usada para designar a


máscara que o ator usava para representar um personagem no teatro
grego.

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Aplicando essa palavra para o que chamamos de "Pessoas" na
Trindade, poderia induzir alguém ao sabelianismo ou modalismo.

Por essa razão os Pais da Igreja preferiam chamar essas "Pessoas" de


homoousios, "um ser", ou hipostasis, "forma de ser ou de existir" .

O nosso conceito da palavra "pessoa", diz respeito à parte consciente


do homem que pensa, decide e sente, constitui seu caráter,
identidade e individualidade. Por isso não devemos confundir
"pessoa" com o "homem".

A pessoa é o "eu" de cada um. É até possível o uso alternativo de


"pessoa'' e "homem" como ser, indivíduo, sujeito, personalidade,
identidade, caráter, mas isso nunca deve acontecer quando o assunto
diz respeito às três Pessoas da Trindade.

Nesse caso é necessário haver restrição, pois não se trata de três


seres, indivíduos ou sujeitos, mas de três identidades conscientes.

A Trindade é a união de três identidades pessoais em um só Ser,


Indivíduo, Deus, uma só substância ou essência. A natureza divina é
uma, mas as Pessoas divinas três.

Quando falamos, portanto, das três Pessoas da Trindade não


estamos falando de três Seres.

Tudo o que sabemos sobre a Trindade vem das Escrituras Sagradas.


Os credos são explicações de uma doutrina revelada na Palavra de
Deus.

Nosso conceito de Trindade é nos termos do Credo Atanasiano:


―Adoramos um Deus em trindade, e trindade em unidade. Não
confundimos as Pessoas, nem separamos a substância. Pois a
pessoa do Pai é uma, a do Filho outra, e a do Espírito Santo, outra”.

As palavras chave são confundir e separar. As Testemunhas de Jeová


separam a substância e os unicistas confundem as Pessoas.

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IV. A trindade santa não são três deuses
Deus não é três pessoas independentes ou três deuses diferentes; e
também Deus não é uma pessoa que veste três máscaras diferentes
ou simplesmente Se revela em três formas diferentes.

O Deus das Escrituras existe simultaneamente como três pessoas


distintas e iguais que são um em sua natureza e essência divina, e
que vivem em perfeita igualdade e unidade.

Os textos das Escrituras estão claro que o Pai, Filho, e Espírito Santo
são três pessoas distintas.

Funções distintas

Embora o Pai, Filho e Espírito Santo são iguais e existem em perfeita


unidade, eles costumam realizar funções distintas, e Se manifestam
de maneiras diferentes.

A. O Pai - é o Deus invisível que nenhum homem viu (João 118).

B. O Filho - é Deus que se fez carne e a perfeita revelação do Pai


(João 1.1, 14,18; 14. 9).

C. O Espírito Santo é Deus vivendo nos Cristãos (Romanos 8.9; João


14.16-17, 23).

Tentando entender a trindade

1. Deus é Um. Não existem três Deuses diferentes na Trindade.

2. Deus é Três. Existe um Deus que subsiste em três pessoas: o Pai, o


Filho e o Espírito Santo.

3. As três pessoas da Trindade são Pessoas reais e distintas.

4. As três pessoas da Trindade são perfeitamente iguais. O Filho não


é o menor do que o Pai, nem o Espírito menor que o Filho.

5. As três pessoas da Trindade podem se manifestar de maneiras


diferentes e podem exercer funções diferentes.

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As duas grandes verdades sobre a trindade

As Escrituras afirmam duas verdades importantes: Deus é um e


Deus é três.

Embora não podemos compreender completamente como isso pode


ser, nós devemos acreditar e ensinar ambas as verdades com igual
convicção. Uma heresia (i.e. falsa doutrina) ocorre quando
afirmamos uma verdade e negamos a outra, ou enfatizar uma
verdade acima da outra. Nós devemos nos apegar a toda verdade
igualmente e evitar todo extremo.

O Mistério da Trindade não é um motivo para sua negação.

Alguns dizem que não podem acreditar naquilo que não conseguem
entender, ou se alguma coisa não pode ser explicada, não pode ser
verdade.

Se formos aplicar a mesma lógica na Bíblia inteira, ou até mesmo à


nossa própria existência, iria sobrar muito pouco para nós
acreditarmos.

Mesmo as mais simples verdades das Escrituras e da realidade


humana vão além do nosso entendimento. Nós não acreditamos por
que podemos entender, mas acreditamos por que é verdade – o
testemunho das Sagradas Escrituras.

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V. As três pessoas tem os mesmos atributos

Eternidade: Pai (Sl 90.12); Filho (Ap 1.8,17; Jo 1.2; Mq 5.2); Espírito
Santo (Hb 9.14).
Poder infinito: Pai (1Pe 1.5); Filho (2Co 12.9); Espírito Santo (Rm
15.19).

Onisciência: Pai (Jr 17.10); Filho (Ap 2.23); Espírito Santo (1Co
2.11).
Onipresença: Pai (Jr 23.24); Filho (Mt 18.20); Espírito Santo (Sl
139.7).
Santidade: Pai (Ap 15.4); Filho (At 3.14); o Espírito é chamado de
Espírito Santo, foi por isso que os anjos clamaram: ―Santo, santo,
santo é o Senhor dos Exércitos‖ (Is 6.3).
Verdade: Pai (Jo 7.28); Filho (Ap 3.17); Espírito Santo (1Jo 5.6).
Benevolentes: Pai (Rm 2.4); Filho (Ef 5.25); Espírito Santo (Ne
9.20).
Comunhão: Pai (1Jo 1.3); Filho (idem); Espírito Santo (2Co 13.14).

Trindade não é: 3 deuses em 1 deus (triteísmo); o filho não é criado


pelo pai (arianismo e TJ); as pessoas de Deus não são apenas
manifestações (modalismo). Nenhuma pessoa sem as outras é Deus;
cada pessoa com as outras é Deus.

O Pai não é o Filho; o Filho não é o Espírito Santo e o Espírito Santo


não é o Pai. Eles são co-iguais, co-eternos e co-poderosos.

Trindade: 1. Deus é três pessoas; 2. Cada pessoa é plenamente Deus;


3. Há um só Deus‖ (Wayne Grudem)‖.

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1. Ilustrando a trindade

Esquema ilustrativo

Diversidade: o Pai não é o Filho; o Pai não é o


Espírito Santo; o Filho não é o Espírito Santo.

Trindade não é: 3 deuses em 1 deus


(triteísmo); o filho não é criado pelo pai
(arianismo e TJ); as pessoas de Deus não são
apenas manifestações (modalismo).

Nenhuma pessoa sem as outras é Deus; cada


pessoa com as outras é Deus.

O Pai não é o Filho; o Filho não é o Espírito Santo e o Espírito Santo


não é o Pai. Eles são co-iguais, co-eternos e co-poderosos.

Conclusão

Encontramos a Trindade Divina formada por pessoas distintas.


Vejamos então.
1) Duas e três pessoas chamadas Deus foram vistas pelos mesmos
homens ao mesmo tempo e lugares como sendo pessoas distintas (Dn 7.9-14;
Mt 3.16,17; Jo 1.31-34; At 7.54-60; Ap 6.16; 7.9-17; 21.22; 22.3).

2) Dois Senhores são mencionados em Génesis 19.24; um na terra e


outro no céu.

3) Duas pessoas são mencionadas no Antigo Testamento. Veja Salmos


8.5,6 com Hebreus 2.5-18; Salmos 16.8-10 com Atos 2.25-36; Salmos 22.1-22
com Mateus 27.35,39-43,45,46; Hebreus 9.14; 10.5-12; Salmos 40.6-10 com
Hebreus 10.5-7; e Salmos 45.6,7 com Hebreus 1.8,9.

4) Dois Senhores são mencionados sentando-se lado a lado (Sl 110.1,5;


Mt 22.44,26.64; At 2.33,34; 7.54,56; Rm 8.34; Ef 1.20; Cl 3.1; Hb 1.3,13; 8.1;
10.12; 12.2; 1 Pé 3.22; Ap 22.3).

5) Duas pessoas são mencionadas e necessárias para se entender a


clara linguagem de Salmos 2; 9.19; 132.17; Provérbios 30.4; Isaías 4.2;
10.16,17; 28.16; 49.1-10; 50.4-11; 52.13-53.12; 62.11; Mi-quéias 5.1-5; Jeremias
23.4-8; 33.14-26; Zacarias 3.8-10; 6.12-13.

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Nestas passagens um é ungido, se torna o filho, é enviado, e ensinado e se torna
o servo de outro; e ambos são chamados de Senhor.

6) Três pessoas de ações próprias - o Senhor Deus, o Messias e o Espírito


Santo, são mencionados, abençoando, ungindo, ensinando e fazendo coisas uns
polos outros em Isaías 11.2; 42.1-7; 48.16; 59,21; 61.1-2; 63.1-14; Zacarias 12.10-
13.2.

7) Em Zacarias 1.7-21 o Senhor dos Exércitos e o anjo do Senhor


(também chamado Senhor, 1.19-20; 2.1-13) estão conversando.

Um Senhor diz que o outro Senhor o enviou para Israel (2.8-13). Um senhor
refere-se a si mesmo como Eu. e ao Senhor dos Exércitos como Ele (2.8-11). A
conferência continua através de Zacarias até 13.6,7, onde ambos Senhores são
chamados amigos, ou associados.

8) Jesus Cristo é chamado de filho de Abraão, Davi, Maria e de Deus (Mt


1.1; Mc 1.1; 6,3). Ele é uma pessoa distinta de Deus, assim como é destas outras.

9) Duas pessoas são mencionadas muitas vezes no Novo Testamento


(Mt 11.27; Lc 23.46; Jo 1.1,2,18; 5.19,20; 14.1-9; 16.15; 17.3,10; At 2.38,39; 3.13-
26; Fp 2.5-11; Ef 3.5; Cl 1.S; 2 Ts 2.16,17; Tt 2.13; Hb1.1-3; Ap 20.6; 22,3).

10) Duas e três pessoas são mencionadas nas introduções dos livros
do Novo Testamento (Rm 1.1-4,7; 1 Co 1.3; Tg 1.1; 1Pe 1.1 – 3; 2 Jo 3; Ap1.1-
6).

11) Deus é a cabeça de Cristo, e por isso maior Ele em posição (1 Co 3.23;
11.3; 1 Cr 29.11; Jo 14.28).

12) Cristo é o mediador entre Deus e os homens, não entre Ele mesmo e
os homens (1 Tm 2,5).

13) Existem três distintas e separadas testemunhas que testificam de


Cristo (1 Jo 5.5-11,13,20). Tanto Deus quanto o homem requerem estas
testemunhas separadas e distintas para confirmar um ponto (Mt 18.16; 2 Co
13.1).

A água e o sangue de 1 João 5.8 não poderiam ser aceitos como testemunhas
pessoais por si próprias, o Pai, o Filho, e o Espírito Santo são as únicas
testemunhas pessoais nesta passagem.

1 João 5.7,3 confirma o fato de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são três
testemunhas distintas, em vez de serem uma única pessoa ou testemunha.

Outros textos bíblicos confirmam estas três testemunhas:

(1) O Pai (Jr 29.23; Ml 3.5; Jo 5.31-37; Rm 1.9; Hb 1.1,2; 2.3,4)


(2) o Filho (Is 55.d; Jo 18.37; 1 Tm 6.13; Ap 1,5)

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(3) O Espírito Santo (Rm 8.16; Jo 15.26; Hb 10.15; 1 Jo 3.6)

Se os três são testemunhas, então precisam ser pessoas distintas, A água e o


sangue simplesmente confirmam os testemunhos das três pessoas da Trindade e
dão um peso adicional à filiação de Jesus Cristo.

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Bibliografia:
* Bíblia de Estudo Dake – CPAD
* Livro: A doutrina da Santíssima Trindade, Instituto Bíblico Abba
* Revista Resposta Fiel, ano 3 – n°7, por PR. Esequias Soares - CPAD

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Livros Indicados

1) Maçonaria: Uma Religião não cristã


Acesse aqui: pcalivros.blogspot.com.br

2) A visão Bíblica do Homossexualismo


Acesse aqui: pcalivros.blogspot.com.br

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