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AGOSTINHO
"Santo Agostinho nasceu Aurélio Agostinho, em 354 d.C. Seu local de nascimento foi a
cidade de Tagaste, no território atualmente composto pela Argélia, na época sob domínio do
Império Romano. O pai de Agostinho era pagão (algo comum na época, pois o cristianismo era
recente e tinha deixado marcas problemáticas no império por conta da imagem subversiva de
Jesus Cristo). Sua mãe, Mônica (mais tarde canonizada como Santa Mônica), era cristã
devota."
"Agostinho cresceu no caminho considerado pelo cristianismo como pecaminoso e
pagão, por conta da influência de seu pai. As biografias de Agostinho e de Mônica afirmam que
a mãe viveu muito angustiada pela conduta do filho e sempre rezou por sua conversão. No
entanto, ela sabiamente nunca forçou ou impôs a religião ao filho, mesmo quando ele era
criança."
"Agostinho estudou lógica, filosofia e retórica. Tornou-se um grande professor de retórica,
sendo reconhecido no Império Romano. Ele procurou, com base em seus estudos, vários modos
de encontrar um certo conforto espiritual. Agostinho aproximou-se do maniqueísmo, doutrina
religiosa com base sincrética (cristã e pagã, advinda do zoroastrismo), que enxergava um dualismo
moral no mundo, o qual seria dividido apenas entre duas forças em equilíbrio: o bem e o mal. Além
disso, Agostinho aproximou-se de doutrinas filosóficas gregas antigas, como o hedonismo e o
ceticismo."
"É difícil traduzir a filosofia de Agostinho em poucas palavras, pois ele tratou sobre os mais
variados temas ao defender as primeiras bases teológicas do cristianismo. Agostinho escreveu, por
exemplo, sobre o tempo. Algo que intriga religiosos, cientistas e filósofos, o tempo é, segundo o
filósofo patrístico, algo que ele sabe o que é, mas não sabe responder caso seja perguntado. Isso
leva o interlocutor a pensar algo que seria muito importante na contemporaneidade: o
conhecimento intuitivo.
Além do tempo e de outros assuntos importantes para a filosofia e para a Igreja Católica,
Agostinho escreveu sobre o bem e o mal. Na visão do filósofo, ao tentar-se resolver o antigo
paradoxo da onipotência e da suprema benevolência de Deus sobre o mal, afirma-se que Deus é o
supremo bem e o único caminho possível para o bem. No entanto, há a possibilidade deixada pelo
livre arbítrio de que o homem afaste-se do bem e vá em direção ao mal. Deus seria o bem e a
distância de Deus seria o mal, o caminho oposto à iluminação divina."
Deus Trindade: Agostinho de Hipona
e o dogma trinitariano
“Com respeito às relações mútuas na Trindade, se aquele que gerou é principio do gerado, o Pai é principio em referencia ao Filho, porque o gerou. Entretanto não é
uma investigação de pouca importância inquirir se o Pai é também principio com relação ao Espírito Santo, pois está escrito: procede do Pai. Se assim for, é principio
não somente do que gera ou faz (o Filho), mas também da pessoa que ele dá (o Espírito). Isso lançaria uma possível luz sobre a questão que a muitos preocupa,
sobre a possibilidade de dizer-se que o Espírito Santo também seja Filho, já que sai do Pai, como se lê no Evangelho (Jo 15.26). Saiu do Pai, sim, mas não como
nascido, mas como Dom, e por isso, não se pode dizer filho, já que não nasceu como o Unigênito e nem foi criado como nós, que nascemos para a adoção filial pela
graça de”
2. A distinção das pessoas
Agostinho entendia que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram três pessoas
distintas entre si e de mesma substância. Entretanto, essas três pessoas não estão
separadas como acontece com três indivíduos humanos. Embora a Trindade seja
constituída de três pessoas, não é correto dizer que Deus é tríplice, pois não são
três deuses, mas um único em que, cada uma das pessoas habita nas outras ou é
inerente às outras.
Agostinho teve uma mente brilhante e inegavelmente iluminada pelo Espírito Santo. Foi um teólogo que
batalhou pela fé que uma vez nos foi dada (Jd 6) e que estava preparado para responder sobre a razão
de nossa esperança (1 Pe 3.15).
O Bispo de Hipona deve servir de inspiração para os amantes da Palavra de Deus, pois era um homem
estudioso e sedento da verdade que nos santifica (Jo 17.17). Suas grandes contribuições teológicas
ecoam ainda hoje e continuarão a embasar e influenciar a teologia enquanto o plano divino não se
consumar por completo, “porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o
que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado” (1 Co 13.9,10).
Deus seja louvado!
Referencias