EBD

Adultos - Tudo entregarei

Aula 01. Um chamado ao discipulado

Introdução

Quem aqui já brincou de siga o mestre? Em uma roda de pessoas, todas imitam o
mestre. O objetivo da brincadeira é descobrir quem está sendo imitado.

Quando observamos os Evangelhos, narrativas que contam a história da encarnação,
vida, morte e ressurreição de Jesus, vemos que muitas pessoas o seguiam.

Numerosa multidão o seguiam (Mt 4.25)
Multidões o seguiam (8.1; 10,18)

Contudo, havia um grupo de pessoas que o seguiam de forma diferente, eles foram
chamados de “discípulos” de Jesus (Mt 5.1; 8.23; 9.10; 9.19; 10.1).

Em linguagem teológica, chamamos o ato de seguir a Jesus de discipulado.

O termo “discipulado tem dois sentidos. Primeiro, discipulado é o ato de seguir
a Cristo e, somente depois, é o ato de ajudar outros a seguirem a Cristo.

Nós os discípulos somos chamados a fazer discípulos. Mas o pressuposto, as
letras miúdas, mostram que devemos primordialmente ser seguidores de Jesus.

O que é um discípulo?

Hoje em dia ser um seguidor é algo muito simples, basta clicar no botão de seguir e
você passa a acompanhar tudo o que aquela pessoa posta.
Então, a pergunta é: como ser um discípulo de Cristo? O que é necessário para ser um
discípulo de Jesus?

(dois minutos para conversarem sobre isso em grupos de três ou quatro pessoas).

Lc 14.25-33

Um certo tipo de amor
Um certo tipo de morte
Um certo tipo de renúncia
Um certo tipo de cálculo

Ninguém pode seguir a Jesus a não ser nos termos do próprio Jesus.

Mt 7.15-23

Os falsos profetas são os que entram pela porta larga. Ou seja, eles não querem seguir
a Jesus nos termos de Jesus. Eles querem seguir a Cristo nos termos deles. Os frutos (a
forma como vivem expressa isso, mas do que as suas palavras e ações aparentemente
espirituais).

“Nem todo o que me diz: Senhor Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade do meu Pau, que está nos céus” (Mt 7.21).

Não é isso a essência da idolatria? Por que uma pessoa constrói um ídolo? Um
ídolo pode ser manipulado, um ídolo é construído, todo modelo de adoração é
construído pelo adorador e não pelo ser adorado.

Resumindo tudo até aqui:

Já vimos que não dá ser um discípulo senão for nos termos de Jesus Cristo (Mt
10.37-39; 16.24; Lc 14.33). Não basta querer ser discípulo de Jesus no nível da
superficialidade. Ele somente aceita os que se entregam totalmente.


Quais as implicações deste ensino para a vida cristã?

Ou Cristo reina sobre tudo em minha vida ou não sou um discípulo.
O discipulado significa renuncia, morte do Eu dia após dia [desenho no quadro do
coração e o trono]

Quais as implicações deste ensino para o evangelismo?

- Normalmente o evangelismo diz “aceita Jesus”, o que não está necessariamente
errado, mas pode ser simplista e diminuir a pessoa de Cristo como Rei que vem
reivindicar o seu trono, aceitando os pecadores arrependidos.

Jesus tem sido pregado como “um gente boa”, que nunca rejeita ninguém, e
que o amor aceita todos. É o Jesus inclusivo da pós-modernidade, que deturpa
o verdadeiro Cristo das Escrituras.

- Calcular bem o custo de seguir a Cristo.... vale a pena, Ele ofereceu a si mesmo para
que os pecadores arrependidos fossem salvos.

Quais as implicações deste ensino para a igreja local?

A igreja é um grupo de pessoas que seguem Jesus. Em outras palavras, a igreja é grupo
de pessoas que estão em um processo de discipulado.

A igreja não é uma empresa, uma startup interessada em consumidores. A igreja não
faz consumidores, a igreja faz discípulos de Jesus. [veja a Valley Church, Cristianismo
sem Cristo, p. 42-43]

Quais implicações para mim, pessoalmente?


Conclusão

Equilíbrio x dedicação? Bem, Cristo não deseja amor parcial, seguidores parciais. Cristo
requer dedicação total e exclusiva.