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da modalidade
Será que existe um padrão rígido estabelecido no Novo Testamento que deve ser
seguido à risca para as igrejas e missões? Veremos que Deus foi estratégico ao permitir
que os cristãos “copiassem” os pagãos e judeus em suas formas e estruturas ao invés de
estes terem que criar “do nada”.
Há, também, uma segunda estrutura um tanto quanto diferente no contexto do Novo
Testamento e, apesar de sabermos muito pouco sobra a estrutura das campanhas
evangelísticas que houve antes de Paulo, através dos judeus discipuladores, sabemos
que elas alcançaram todo o Império Romano e seria uma surpresa se Paulo não seguisse
os mesmos procedimentos.
Paulo foi, verdadeiramente, enviado pela igreja de Antioquia. Mas, uma vez fora de
Antioquia, ele parecia estar por si só. A pequena equipe que ele formou era
economicamente auto-suficiente quando as circunstâncias demandavam, mas revela-se
dependente quando as circunstâncias demandavam isso, tanto da igreja de Antioquia
quanto de outras igrejas que surgiram como um resultado de trabalhos evangelísticos.
Nós vimos como o movimento cristão se formou baseado nas estruturas que já existiam
antes, na tradição cultura judaica. Agora devemos verificar se estas estruturas tinham
algum equivalente funcional em outras tradições culturais de outras épocas, conforme o
evangelho se espalhou para outras regiões.
O padrão original baseado nas sinagogas perdurou como uma estrutura cristã por algum
tempo. Mas, a rivalidade entre cristãos e judeus fez com que os cristãos fossem
perseguidos, e em alguns casos expulsos, especialmente aonde era possível que os
judeus dispersos perseguissem publicamente as sinagogas cristãs, como se estes fossem
uns desviados. E enquanto cada sinagoga era considerada independente uma da outra, o
padrão cristão foi logo assimilado ao contexto romano, e os bispos logo se tornaram
investidos de autoridade sobre mais de uma congregação dentro de uma jurisdição
territorial, bem similar ao padrão de governo civil dos Romanos. Esta tendência fica
clara quando o Cristianismo se torna a religião oficial, anos depois: a própria palavra em
latim para territórios magisteriais romanos foi apropriada – o termo diocese – para
definir os níveis de locais das paróquias.
É importante notar que já no quarto século há dois tipos bem diferentes de estruturas – a
diocese e o monastério – ambas foram importantes para a transmissão e expansão do
cristianismo. Ambas as estruturas copiaram padrões do contexto cultural de sua época,
assim como as primeiras sinagogas cristãs e equipes missionárias. É importante também
notar que enquanto estas duas estruturas são formalmente diferentes e historicamente
separadas em relação às duas estruturas na época do Novo Testamento, elas são em
essência as mesmas em funcionalidade. Para poder falar sobre as similaridades na
função, vamos chamar a sinagoga e a diocese de “modalidade”, e a equipe missionária e
o monastério de “sodalidade
Ele pode até ter enviado relatórios para a congregação, mas ele não recebia ordens dela.
Sua equipe missionária (sodalidade) tinha toda a autonomia e autoridade de uma
“congregação viajante”. Mas, no primeiro período após as páginas da Bíblia, houve
pouco relacionamento entre modalidade e sodalidade, enquanto que no tempo de Paulo
sua equipe missionária nutriu especificamente as congregações – uma parceria muito
importante. Nós devemos olhar agora como o período medieval recuperou em essência
o relacionamento do Novo Testamento entre modalidade e sodalidade.
Livro base do Perspectivas, páginas 245 a 255: artigo de Ralph Winter, As duas
estruturas da missão redentora de Deus
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