Você está na página 1de 35

Lição 8

Consolem
o Meu povo
“Ó Sião, você que anuncia boas-novas, suba a um
alto monte! Ó Jerusalém, você que anuncia boas-
novas, levante a sua voz fortemente! Levante-a, não
tenha medo. Diga às cidades de Judá: ‘Eis aí está o
seu Deus!’” (Is 40:9).
A lição desta semana nos mostra como
Deus é poderoso e misericordioso,
anunciando para o Seu povo que o tempo
de tensão e sofrimento havia terminado.
Ênfases da semana
1. Da destruição ao consolo
2. Preparem o caminho
3. A glória do Senhor
revelada
1. Da destruição
ao consolo
PERGUNTA PARA A UNIDADE
Em Isaías 40:1, 2, Deus consolou Seu povo. O
tempo do castigo dele finalmente havia terminado.
Qual castigo foi esse?
Existem muitas respostas para essa pergunta. Houve o castigo
infligido pela Assíria, o cetro da ira de Deus (Is 10), do qual o Senhor
livrou Judá ao destruir o exército de Senaqueribe em 701 a.C. (Is
37). Houve também o castigo infligido por Babilônia, que
posteriormente levaria bens e pessoas de Judá em virtude de
Ezequias ter mostrado sua riqueza aos mensageiros de Merodaque-
Baladã (Is 39). E houve o castigo infligido por uma das outras nações
contra as quais Isaías escreveu mensagens de advertência (Is 14–23).
Entretanto, embora a “Assíria” e os “assírios” sejam
mencionados 43 vezes de Isaías 7:17 a 38:6, essa nação
aparece uma única vez no restante do livro, em Isaías 52:4,
onde há uma referência à opressão do Egito e depois dos
assírios. Na última parte do livro, é mencionada a libertação
do povo do exílio de Babilônia (Is 43:14; 47:1; 48:14, 20), e
seria Ciro, o persa que conquistou Babilônia em 539 a.C.,
que deveria libertar os exilados de Judá (Is 44:28; 45:1;
45:13).
Isaías 1–39 enfatiza os eventos
que levaram à libertação do
povo da mão dos assírios em
701 a.C., mas no início do
capítulo 40, o livro avança um
século e meio para o fim de
Babilônia, em 539 a.C., e para o
retorno dos judeus pouco
tempo depois disso.
PERGUNTA PARA A UNIDADE

O tema do retorno do exílio babilônico está relacionado a


alguma coisa anterior em Isaías?
Os oráculos de Isaías 13, 14 e 21 profetizavam a queda de Babilônia e
a liberdade que isso traria ao povo de Deus: “Porque o Senhor Se
compadecerá de Jacó e voltará a escolher Israel, estabelecendo-os
na sua própria terra. [...] no dia em que Deus vier a dar-lhe descanso
do sofrimento, das angústias e da dura servidão que lhe foi imposta,
você proferirá esta sátira contra o rei da Babilônia” (Is 14:1-4).
Observe a relação com Isaías 40:1, 2, em que Deus prometeu ao Seu
povo um fim para seu sofrimento.
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Como o povo de Deus recebeu consolo? Is 40:1-8


Após o exílio, o povo de Deus recuperou o que
recebera no Sinai e que depois acabou rejeitando
durante toda a sua apostasia, pela qual foi
castigado, isto é, a presença de Deus e a Sua
Palavra, elementos fundamentais da aliança de Deus
com Israel, consagrados em Seu santuário (Êx 25:8,
16). Por terem transgredido a Sua Palavra, Deus
abandonadora Seu templo (Ez 9–11), mas Ele estava
voltando. Sua presença e Sua Palavra trazem
conforto, libertação e esperança.
2. Preparem o
caminho
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Qual preparação era necessária para a vinda do Senhor? Is 40:3-5


Não era apropriado que um rei
fosse sacudido ao ser transportado
por uma estrada irregular. Sua
vinda era precedida por uma
preparação do caminho. Quanto
mais o Rei dos reis! Sua vinda,
aparentemente do leste, onde Ele
estivera no exílio com Seu povo
como um santuário para eles (Ez
11:16), exigiria uma
reorganização do terreno.
O Novo Testamento aplica a profecia de Isaías à obra realizada por
João Batista (Mt 3:3). Sua mensagem era: “Arrependam-se, porque
está próximo o Reino dos Céus” (Mt 3:2), e o batismo que ele
realizou foi “de arrependimento para remissão de pecados” (Mc 1:4).
Portanto, a preparação era o arrependimento e afastamento do
pecado para receber o consolo do perdão e da presença de Deus.
Jeremias 31:31-34 proclamou a mesma mensagem espiritual com
bastante antecedência para que os exilados de Judá entendessem a
natureza espiritual da obra de preparação do caminho para Deus. O
Senhor prometeu um novo começo aos que estivessem dispostos:
uma “nova aliança” em que Ele colocaria Sua lei no coração deles.
Ele prometeu ser o Deus deles. Eles conheceriam o Seu caráter, pois
Ele os tinha perdoado.
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Qual acontecimento é descrito em Isaías 40:9-11?


À luz da profecia de Isaías, não parece coincidência que
Ana, uma profetisa, tivesse sido a primeira a anunciar
publicamente ao povo de Jerusalém, no monte alto do
templo, que o Senhor havia chegado: “E, chegando naquela
hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a
todos os que esperavam a redenção de Jerusalém” (Lc
2:38). Esse foi o início do evangelismo cristão como o
conhecemos: a proclamação do evangelho, as boas-novas
de que Jesus Cristo veio para trazer a salvação.
Posteriormente, Cristo confiou a outra mulher, Maria
Madalena, a primeira notícia de Sua ressurreição triunfante
(Jo 20:17, 18), que garantia que Sua missão evangélica no
planeta Terra havia sido cumprida. A carne é como a erva,
mas a Palavra divina que Se tornou carne é eterna (veja Is
40:6-8)! 
3. A glória do
Senhor revelada
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Como Isaías 40 desenvolve os temas da misericórdia e


poder de Deus?
Misericórdia (Is 40:1-5): consolo, a vinda do Senhor
para libertar.
Poder (Is 40:3-8): glória, permanência em oposição à
fraqueza humana.
Misericórdia (Is 40:9-11): boas-novas de libertação,
Pastor do Seu povo.
Poder (Is 40:12-26): Criador incomparável.
Misericórdia (Is 40:27-31): como Criador, Ele dá poder
aos fracos.
Após ter apresentado o poder de
Deus em termos de Sua glória e
permanência (Is 40:3-8), Isaías
detalhou Seu poder e sabedoria
superior, que fazem com que a
Terra e seus habitantes pareçam
insignificantes (Is 40:12-17).
Nessa passagem, o estilo de
Isaías, com perguntas retóricas e
analogias vívidas referentes à
Terra e suas partes, parece a
resposta de Deus a Jó (Jó 38–41).
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Qual foi a resposta para a pergunta retórica de Isaías:


“Com quem vocês querem comparar Deus?” (Is 40:18)?
Para Isaías, assim como para Jó, a resposta
era evidente: ninguém. Deus é incomparável.
Mas o profeta se referiu à resposta sugerida
pelas ações de muitos povos antigos, a de que
Deus era como um ídolo (Is 40:19, 20).

Isaías refutou essa noção. Já parecia tolice


utilizar um ídolo à semelhança de Deus, mas,
para ter certeza de que as pessoas
entenderiam o argumento, ele detalhou a
singularidade do Senhor e introduziu o
argumento irrefutável de que Ele era o santo
Criador (Is 40:21-26).
A idolatria destrói um relacionamento íntimo e
singular com Deus ao substituí-Lo por outra coisa (Êx
20:4, 5; Is 42: 8). Portanto, os profetas se referiram
à idolatria como “adultério” espiritual (Jr 3:6-9; Ez
16:15-19).
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Como Isaías caracterizou os ídolos (Is 41:29)? Por que


essa descrição de um ídolo é tão precisa?
Os idólatras antigos acreditavam que adoravam poderosas
divindades por meio de imagens ou símbolos dessas divindades. A
adoração de um ídolo como representação de outro deus é uma
transgressão do primeiro mandamento: “Não tenha outros deuses
diante de Mim” (Êx 20:3). Mas se a intenção era que o ídolo
representasse o Deus verdadeiro, como no caso do bezerro de ouro

(Êx 32:4, 5), o Senhor também rejeitava o ídolo como uma


semelhança de Si mesmo, pois ninguém sabe retratá-Lo (Dt 4:15-
19), e nada pode representar Sua glória e grandeza incomparáveis.
Portanto, um ídolo em si funciona como outro deus, e adorá-lo é
uma transgressão do primeiro e do segundo mandamentos.
PERGUNTA PARA A UNIDADE

Que tipo de idolatria enfrentamos hoje? A idolatria tem


aparecido em formas mais sutis na igreja? Como?
“Muitos que levam o nome de cristãos têm servido a outros
deuses além do Senhor. Nosso Criador exige suprema
devoção e primazia na lealdade. Qualquer coisa que tenha a
tendência de diminuir nosso amor a Deus ou de interferir no
serviço devido a Ele, torna-se dessa forma um ídolo” 
(Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 2, p.
1118).
Os escritos antigos mostram que a idolatria era sedutora, pois se
tratava de materialismo. Usando modos de adoração com os quais as
pessoas se identificavam, os idólatras honravam forças que, segundo
sua crença, proporcionavam fertilidade e prosperidade. Era a
religião de autoajuda. Parece familiar?

Pouco antes da volta do Senhor, tendo Seu caminho sido preparado


pela obra de uma mensagem de reconciliação final de Elias (Ml 4), a
escolha será a mesma dos dias de Isaías: adoraremos o Criador ou
adoraremos outra coisa? (Ap 13; 14). No fim, sempre adoramos algo.
“Nos dias de Isaías, o entendimento espiritual da humanidade havia sido
obscurecido por uma concepção errada a respeito de Deus. Durante muito tempo,
Satanás havia procurado levar os seres humanos a ver seu Criador como o autor do
pecado, do sofrimento e da morte. Aqueles que ele tinha conseguido enganar
consideravam Deus como Alguém duro e exigente. Achavam que Ele estivesse
sempre pronto para denunciar e condenar, e que não estivesse disposto a receber
o pecador enquanto ainda existisse um motivo legal para não ajudá-lo. A lei de
amor pela qual o Céu é regido havia sido falsamente apresentada pelo
arquienganador como uma restrição imposta à felicidade dos seres humanos, um
pesado jugo do qual deviam sentir-se alegres por se verem livres. Ele declarou que
os preceitos dessa lei não podiam ser obedecidos, e que as penalidades da
transgressão eram impostas arbitrariamente”
(Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 311).
A eternidade da Palavra e a
esperança da ressurreição
anulam o medo da morte (Is
40:6-8; Jó 19:25-27; Dn 12:2;
1Co 15:51-57; 1Ts 4:13-18)?

Você também pode gostar