Filosofia Helenística separavam. Assim, as pessoas, sendo
também feitas de átomos, iriam um dia O Período Helenístico (séc IV a.C. a II a.C.) parar de existir. Por isso, pregava que na Em 322 a.C., a Macedônia (cidade estado do vida devemos buscar na vida o prazer e norte da Grécia), sob comando de Felipe II, evitar a dor. Dos prazeres, devemos buscar conquistou as demais pólis gregas(cidades- os que são duradouros (como as amizades estado). O filho de Felipe II, chamado e contemplação da natureza) e não os Alexandre, o Grande (356 - 323 a.C.), entrou fugazes (festas, banquetes, embriaguez). em guerra com os Persas e criou um dos Além disso, não temos porque temer os maiores impérios do mundo. Esse período de deuses: enquanto somos vivos, nossa vida é esgotamento das pólis e interação do muito insignificante para eles; quando conhecimento grego com o oriental é morremos, não somos mais nada. conhecido de período Helenístico (em contraposição ao período Heleno ou Ceticismo propriamente Grego), no qual houve uma Pirro (364 – 270 a.C.), que de fato seguiu helenização do oriente (isto é, uma grande com Alexandre para o Oriente, foi seu penetração da cultura e língua gregas no maior representante. O contato com as oriente). Esse império fragmentou-se após a culturas Orientais o fizeram perceber que morte precoce de Alexandre aos 33 anos. cada povo tem suas verdades, crenças e Durante o período helenístico, quatro escolas concepções de vida. Isso alimentou em filosóficas floresceram: Cinismo, Epicurismo, Pirro sua convicção de que a crença na Estoicismo e Ceticismo. Todas elas tinham o verdade é o que leva ao sofrimento. Então, objetivo de conduzir os homens à ataraxia, ou para atingirmos a ataraxia, devemos paz de espírito. suspender nossos juízos sobre o maior número de coisas possíveis e não pretender Cinismo conhecer a verdade. Enquanto não Seu fundador foi Diógenes (404 – 323 a.C.), afirmarmos que sim, nem que não, também conhecido como “o cão”, de onde se apreciamos os dois pontos de vistas e não derivou o nome da escola (kynos = cão). Diziam criamos grandes expectativas: chegamos à que a paz de espírito era alcançada pela recusa paz de espírito. da necessidade de bens materiais, como um cão, que se sente satisfeito com o que tem. Estoicismo Conta-se que Diógenes caminhava quase nú, Zenão de Citio (334 – 262 a.C.) criou a morava em um barril e só tinha no pescoço escola “do pórtico”, que acreditava ser o uma concha pendurada por um barbante para destino implacável com todos. Nada beber água. Um dia, viu uma criança bebendo acontecia por acaso, tudo era determinado, água com as mãos em concha e, na mesma pois a Natureza era um ser Uno e Racional. hora atirou a sua no chão. Um fato histórico Assim, não há porque se queixar demais real é que Diógenes foi convidado por das dores e sofrimento, nem festejar Alexandre, o grande, para ser seu mestre em demais com as glórias e felicidade, pois a suas conquistas: “- diga o que quer, que eu lhe Natureza é quem governa todos os dou!” disse Alexandre; Diógenes respondeu “- eventos. Devemos, isto sim, aceitar o que a Apenas quero que saia da frente do sol! Tenho vida trás com serenidade, seja o bem ou o tudo o que quero!” mal, para atingir a ataraxia. Essa escola foi muito influente em Roma e abriu espaço Epicurismo para a popularidade do Cristianismo. Seu fundador foi Epicuro (341 – 270 a.C.). Ele defendia que o mundo era feito de pedaços indivisíveis, os átomos, que se juntavam e se
Os Mitos (Personagens Mitológicos São Seres Com Características Humanas e Sobrenaturais) Tinham Como Objetivo Transmitir, Através Da Oralidade, Conhecimentos e Explicações Sobre Os Fatos Que Influenciavam o Cotidia