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ÍNDICE
4
PEQUENOS GRUPOS E
UNIDADES DE AÇÃO

8
CARACTERÍSTICAS DO
PROFESSOR / LÍDER

18
11 O QUE ACONTECE
DURANTE A SEMANA
PROFESSOR DE PARA OS MEMBROS
2
ESCOLA SABATINA DA BASE?
COMO PASTOR NA
UNIDADE

22
14
O PROFESSOR
GESTÃO DA
ESCOLA SABATINA

COMO
MOBILIZADOR
MISSIONÁRIO

24
FOCO NAS
PESSOAS
EXPEDIENTE EDITORIAL
Presidente: Pr. André Dantas
Secretário: Pr. Davi França
Tesoureiro: Wilian Ferreira
Ministério Pessoal: Pr. Manoel Chaves
Secretária: Pâmela Junqueira
Revisão: Marcio Magno
Projeto Gráfico e diagramação: Érika Uchôa
Pr. André Dantas

Colaboradores:
ELE EM NÓS. Tudo o que é necessário
Amilton Cunha - Associação Bahia “Eu estou neles e tu estás em mim. Que eles ex-
perimentem unidade perfeita, para que todo o
Dione Oliveira - Missão Bahia Sudoeste mundo saiba que tu me enviaste e que os ama
tanto quanto me amas.” João 17:23 (NVT).
Gilson Oliveira - Missão Sergipe “A união com Cristo capacita os homens a exercer
uma influência que sobreleva a que é reconhecida 3
James Luciano - Associação Bahia Central neste mundo. Por copiarem o exemplo de Cristo
eles têm, com Sua graça, poder para beneficiar a
igreja e a comunidade.
Quirino Pimentel - Associação Bahia Norte Comunhão com Cristo dá-lhes ternura de coração;
haverá simpatia em seu olhar, no tom de sua voz,
Ulisses Mendes - Associação Bahia Sul e fervente solicitude, amor e energia em seus
esforços, o que os fará poderosos em Deus para
salvar almas para Cristo.” Beneficência Social, pág.
296.

Amados irmãos e irmãs em Cristo, o segredo para


uma vida cristã vibrante e vitoriosa está em nos-
sa íntima comunhão com Jesus que se reflete em
nossas relações sociais. Podemos crescer nisso

REDE
através dos nossos encontros informais no PG du-
rante a semana e da nossa ativa participação na
unidade de ação da Escola Sabatina aos sábados,

de Pastoreio quando desfrutamos da companhia daqueles que


estão buscando se tornar mais semelhantes a Je-
sus. É minha oração que em 2021 nos tornemos
ainda mais íntimos do Senhor, e dessa forma to-
das as pessoas possam ver que Ele vive em nós.

UM LEMBRETE:
Nossa meta é proporcionar aos membros da igre-
ja uma vida cristã vibrante, ativa, dependente do
Espírito Santo para enfrentar os desafios do tem-
ESTUDAR • VIVER • ENSINAR

po do fim. Sendo assim, lhes incentivamos a viver:


TODOS PELA PALAVRA – Estudando, vivendo e
ensinando a Palavra do Senhor.
PEQUENOS
GRUPOS E
UNIDADES DE
AÇÃO
BASE PARA A MISSÃO DA IGREJA

PR. ANDRÉ DANTAS


PR. MANOEL CHAVES

Qual foi a prioridade que Jesus estabeleceu para a Sua igreja? “Mas, importa que o
evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações.” Marcos 13:10. A missão de
4
proclamar as boas novas da salvação foi e continua sendo a prioridade, a razão da exis-
tência da igreja. “Cristo deu essa comissão aos Seus discípulos como principais ministros
Seus, os arquitetos que deveriam estabelecer as bases de Sua igreja. Sobre eles, e sobre
todos quantos os sucedessem como ministros Seus, depôs o encargo de transmitir o Seu
evangelho de geração a geração, de século em século.” Testemunhos para a Igreja, vol. 8,
pág. 14. Para que isso fosse possível, o próprio Senhor fez uma promessa especial – dar
à igreja tudo o que era necessário: “Porém, quando o Espírito Santo descer sobre vocês,
vocês receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Sa-
maria e até nos lugares mais distantes da terra.” Atos 1:8 (NTLH).
Atrever-se a cumprir a comissão de Cristo sem o poder habilitador do Espírito Santo é
certeza de fracasso. Assim Ellen White advertiu a igreja: “A ausência do Espírito é que torna
tão destituído de poder o ministério da pregação. Pode haver erudição, talento, eloquência,
ou qualquer dom natural ou adquirido; mas, sem a presença do Espírito de Deus, nenhum
coração será tocado, pecador algum ganho para Cristo. Por outro lado, se estiverem liga-
dos a Cristo, se os dons do Espírito lhes pertencerem, o mais pobre e ignorante de Seus
discípulos terá um poder que influenciará corações. Deus os faz condutos para espalhar a
mais elevada influência no Universo.” T. I. vol. 8, págs. 21-22.
O início da obra adventista no mundo foi impulsionado pelo Espírito Santo. Ao obser-
varmos os passos dados pelos pioneiros percebemos que eles foram guiados pelo divino
Espírito. Logo após o desapontamento Millerita em 1844, o grupo remanescente, que
posteriormente constituiria a Igreja Adventista do Sétimo Dia, obedeceu a orientação
do Santo Espírito e estabeleceu dois importantes pilares para o avanço da pregação do
evangelho eterno: a Escola Sabatina e a Escola Adventista, ambas iniciadas em 1853,
por Thiago White e Martha Byington, respectivamente, dez anos antes da organiza-
ção oficial da IASD. A Escola Adventista teria sua prioridade na formação de novos
líderes para os diversos ramos da obra no mundo, enquanto a Escola Sabatina teria
como suas principais responsabilidades fortalecer a comunhão dos alunos com Deus e
promover a missão local e mundial. O respaldo divino a essas iniciativas pode ser visto
nas palavras de EGW:
“Em cada missão estabelecida, devem ter uma escola para a educação de obreiros.”
The Review and Herald, 12 de outubro de 1886. – Filhas de Deus, pág. 104.
“Há urgente demanda de obreiros no campo evangélico. Necessitam-se rapazes
para essa obra; Deus os chama. Sua educação é de primeira importância em nossos
colégios, e em caso algum deve ser passada por alto, ou considerada como coisa se-
cundária.” Conselhos sobre Educação, pág. 121.
A mensageira do Senhor também enfatizou a importância e papel da escola saba-
tina:
5
“A Escola Sabatina oferece a pais e filhos preciosa oportunidade para o estudo da
Palavra de Deus.” Conselhos sobre a Escola Sabatina, pág. 41.
“Os oficiais e professores da Escola Sabatina necessitam da guia e instrução do
Espírito Santo, para serem verdadeiros educadores, capazes de inspirar pensamentos
e trazer à lembrança as coisas que ensinaram aos alunos.” Idem, pág. 160.
“Há, na Escola Sabatina, um vasto campo que precisa ser diligentemente cultivado,
a saber, inspirar nossa juventude a entregar-se inteiramente ao Senhor, para ser por
Ele usada em Sua causa. Deve haver, em nossas Escolas Sabatinas, zelosos e fiéis
obreiros que, discernindo sobre quem o Espírito Santo está operando, vigiem e cooper-
em com os anjos de Deus na conquista de almas para Cristo. Há sagradas responsab-
ilidades confiadas aos obreiros da Escola Sabatina, e esta deve ser o lugar em que,
por meio de viva comunhão com Deus, homens e mulheres, jovens e crianças sejam
preparados para ser uma força e bênção à igreja. Tanto quanto sua capacidade o
permitir, devem ir de força em força, ajudando a igreja a avançar para cima e para a
frente.” Idem, pág. 11.
“O objetivo da Escola Sabatina deve ser a conquista de almas.” Idem, pág. 61.
“Que evidência podemos dar ao mundo de que a Escola Sabatina não é mera pre-
tensão? Será julgada pelos seus frutos.” Pág. 62.
ESTUDAR • VIVER • ENSINAR

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LIDERANÇA
UNIDADE FUNCIONAL
COMUNIDADE

“Professores e obreiros de cada departamento da Escola c) Sexta-feira, dia 26 - MM/PGs – realizar a Experiên-
6 Sabatina, a vós me dirijo no temor de Deus para dizer-vos cia do Sábado;
que, a não ser que tenhais viva união com Ele, permanecen- d) Sábado dia, 27 - Escola Sabatina especial – convi-
do sempre em Sua presença, em fervorosa oração, não sereis dados especiais e início dos estudos bíblicos;
capazes de fazer vosso trabalho com sabedoria celestial, con- c. Base Life (UA-PG) - As duplas missionárias começam
quistando almas para Cristo.” Págs. 74-75. ou dão sequência aos estudos bíblicos;
“Há também muito a ser feito na obra da Escola Sabatina, a) UA - Mobiliza e acompanha semanalmente o de-
no que respeita a levar o povo a sentir sua obrigação e fazer senvolvimento dos estudos;
sua parte. Deus os chama para que trabalhem para Ele, e os b) PG - executa os estudos com as duplas formadas
pastores devem guiar-lhe os esforços.” Pág. 83. ou classes bíblicas durante a semana;
Ao ler essas declarações inspiradas concluímos que a Es-
cola Sabatina foi estabelecida como um pilar para o preparo 2. Semana do Calvário
espiritual e missionário da igreja. Sua organização em grupos a. Opção A - a Igreja realiza a semana do calvário no
menores que se reúnem no templo como unidade de ação e templo com a participação de todas as Bases (UA-PG) – en-
com os mesmos membros nas casas como PGs é o que cha- cerrando com uma linda festa batismal;
mamos de Base Life. Essa unificação facilita a execução das b. Opção B - Os PGs realizam a semana do calvário nos
ações de pastoreio e missão, porque, dessa forma, convergi- lares e, no fim de , trazem os interessados para a festa batis-
mos as ações para uma mesma estrutura otimizando tempo, mal no templo;
recursos e energias. Veja alguns exemplos para uma melhor c. A Unidade de Ação - matricula os novos na fé e os
compreensão: ajuda no estudo da Bíblia (lição);
d. Os Pequenos Grupos - ajudam os novos na fé no pro-
1. 10 dias de Oração – CB/DM cesso do discipulado.
a. Dia 20/2 – Igreja local - Sábado de Festival Missionário;
b. MM/Ministério da Família - 10 dias de oração (20-27/ 3. Batismo da Primavera – Evangelismo Público
fev.); a. Dia do festival missionário;
a) Dia 20 - Dia D - Festival missionário para: orienta- b. Seleciona o evangelista tendo duas ou três BASES LIFE
ções, formação das duplas, entrega dos estudos bíblicos como equipe;
e momento de consagração de todos os que aceitaram o c. Estabelece um plano de ação – Passo a passo:
desafio; i. PG - Definir as ações e quem serão os responsáveis
b) Dias 18-27 - Período dos 10 dias de oração e con- no PG;
vidar os amigos para a sexta feira, 26/2, para um jantar ii. Membros do PG - Marcar o dia da Experiência do
(Experiência do Sábado); Sábado;
REDE
REDE
de Pastoreio
de Pastoreio
iii. Membros do PG - Definir a data do início do Estudo UNIDADE FUNCIONAL
Bíblico (CB ou DM); “A unidade funcional une as pessoas no grupo de uma 7
iv. Escola Sabatina - Organizar como será o dia da Es- forma que enriquece a utilidade de seus dons para toda a
cola Sabatina Especial; comunidade. Dar e receber ajuda mutuamente dentro da
v. Igreja - Marcar a data do batismo e organizar uma igreja não ocorre sem ajuda, estímulo, humildade e amor. Em-
marcante cerimônia batismal. bora seja muito mais fácil alinhar 100 pessoas nos bancos
Os exemplos mencionados nos mostram que ter uma só em frente do pregador, essa não é a maneira que a unida-
estrutura para a mobilizar as ações missionárias no pastoreio de funcional é criada. O ensino e o treinamento cuidadoso,
da igreja gera maior envolvimento e facilita o acompanha- possibilitando oportunidades e avaliando o desempenho, são
mento necessário. Por essa razão, conclamamos os pastores fundamentais. Os elogios e as críticas não ofensivas, todos
distritais, anciãos, líderes dos departamentos, professores da eles, contribuem para a unidade que leva a igreja a funcionar
Escola Sabatina e líderes dos pequenos grupos a formar uma organicamente. Assim, ela cresce em tamanho, e amadurece
sólida comunidade sob a direção do Espírito Santo para rea- na ‘estatura da plenitude de Cristo’ (Ef. 4.15).” (Russel Shedd
lizar a vontade de Deus conforme foi apresentada por Jesus. (2000). O líder que Deus usa: resgatando a liderança bíblica
Para tanto, observemos esses três elos importantes nessa para a Igreja no novo milênio, p. 40).
corrente:
COMUNIDADE
LIDERANÇA “Numa comunidade podemos contar com a boa vontade
“Liderança cristã, mais do que outra qualquer, precisa dos outros. Se tropeçarmos e cairmos, os outros nos ajudarão
escolher objetivos que são coerentes com a vontade e lei de a ficar de pé outra vez. Ninguém vai rir de nós, nem ridiculari-
Deus. A liderança positiva precisa ser exercida por um homem zar nossa falta de jeito e alegrar-se com nossa desgraça. Se
ou uma mulher que conheça a Deus e inclua os alvos dele. dermos um mau passo, ainda podemos nos confessar, dar
As prioridades do líder precisam ser prioridades bíblicas. Suas explicações e pedir desculpas, arrepender-nos se necessário;
qualidades precisam ser aquelas que lhe deem o nome de as pessoas ouvirão com simpatia e nos perdoarão, de modo
amigo de Deus (Jo. 15:15) e de cooperador com ele (l Co. 3:9). que ninguém fique ressentido para sempre. E sempre haverá
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Como Paulo, sua ambição única será́ agradar a Deus (2 Co. alguém para nos dar a mão em momentos de tristeza. Quan-
5:9). O apóstolo sabia que tinha sido escolhido por Deus para do passarmos por momentos difíceis e por necessidades
liderar outros, mesmo antes de seu nascimento (Gl.1:15). Deus sérias, as pessoas não pedirão fiança antes de decidirem se
lhe deu a responsabilidade de influenciar permanentemente nos ajudarão; não perguntarão como e quando retribuiremos,
outras pessoas para a glória dele.” (Russel Shedd, O líder que mas sim do que precisamos.” (Zigmund Bauman, (2003). Co-
Deus usa: resgatando a liderança bíblica para a Igreja no novo munidade: a busca por segurança no mundo atual, p. 8).
milênio, p. 6).
CARACTERÍSTICAS
DO PROFESSOR /
LÍDER
PR. ULISSES MENDES
Ministério Pessoal | Associação Bahia Sul

A primeira informação que você precisa saber é que ser pro-


fessor de uma unidade de ação não é ter um cargo impor-
tante. Não é uma obrigação a ser seguida. Ou apenas mais
um dos compromissos que temos. Ser um professor e líder de
uma unidade de ação é, em primeiro lugar, servir e entender
o chamado de Deus para nossas vidas.
O conceito mais básico de liderança de um professor é a IN-
FLUÊNCIA! Se você não influencia equivale a dizer que você
também não é líder. A força do cargo, somente, não torna
ninguém líder, pode até abrir caminho, mas a liderança da
era do conhecimento é a influência que gera movimento em
direção ao crescimento.
Você já se perguntou quem é a pessoa mais influente na
igreja? Alguns podem dizer o pastor ou ancião, mas definiti-
8 vamente a pessoa que mais influencia na igreja é o professor de vida bíblico. O médico missionário Albert Schweitzer afir-
da Escola Sabatina. E não é à toa. Ninguém possui 35 mi- ma que “Exemplo não é a coisa mais importante para influen-
nutos cativos semanalmente no horário nobre da igreja para ciar outras pessoas. É a única”1.
falar à mesma audiência durante o ano todo. Pastor não tem Precisa apresentar uma vida devocional consistente. E até
isso, nenhum diretor de ministérios da igreja tem isso, mas o mesmo ao lidar com suas fraquezas precisa ser de forma
professor tem. transparente. O professor precisa ser uma pessoa que honra
Por isso, a grande tarefa do professor e líder é mover as a Deus com suas atitudes.
pessoas de onde elas estão para onde Deus quer que elas
estejam. Assim, o professor depende do Espírito Santo. Não 2. O professor deve ter um coração ensinável
existe um líder espiritual que tenha vencido por seus próprios Um professor pode ter algumas dificuldades. Mas a dispo-
esforços. “Não por força nem por violência, mas pelo meu Es- nibilidade para ouvir e um coração aberto para ser ensina-
pírito, diz o Senhor dos Exércitos.” (Zac. 4:6). do é fundamental. O professor deve estar consciente da sua
Mas, afinal, quais as qualidades desse líder? O que ele pre- necessidade de melhorar. Precisa estar disposto a escutar e
cisa para exercer essa sublime função? Listamos 6 caracte- aprender. Um coração ensinável é atitude necessária a qual-
rísticas necessárias  que não podem faltar em um professor quer cristão. O educador Antônio Tadeu Ayres nos lembra
da Escola Sabatina. que “nenhum professor é considerado bom simplesmente por
acaso. Os alunos sabem perceber muito bem o mestre que
1. O professor deve ser cristão conhece o que ensina, tem prazer de instruir e sabe como fa-
Esta pode parecer uma característica óbvia. Mas é impor- zer isso. Percebem também a personalidade, o temperamen-
tante ressaltá-la. É indispensável que o professor faça parte to, os valores éticos e a capacidade de compreensão. Nesta
da membresia da igreja. Mas é preciso ir além da declaração questão particular, será bem-sucedido o professor que de
pública de fé. Um professor deve expressar uma real mudan- fato pratica a empatia”2.
ça de vida e e atitude. Uma vida cristã saudável. A fonte inesgotável onde esse professor deve sempre bus-
Isso não significa que a pessoa deva ter um vasto conheci- car é a palavra de Deus, nela encontramos o professor por
mento teórico bíblico. E sim prático. Afinal, a Bíblia nos relata excelência, Cristo Jesus, e devemos ser submissos ao que Ele
que somos conhecidos pelos nossos frutos (Mateus 7:15-20). nos ensina. Como diz o respeitado J. M. Price, em seu clássico
Ao sermos escolhidos para essa sublime função devemos es- A Pedagogia de Jesus, “ninguém esteve melhor preparado, e
tar atentos aos frutos que estamos gerando. ninguém se mostrou mais idôneo para ensinar do que Jesus.
Um professor irá influenciar muitas pessoas, por isso ele No que toca às qualificações, bem como noutros mais res-
precisa ser um bom exemplo a ser seguido, vivendo um estilo peitos, Jesus foi o mestre ideal. Isto é verdade tanto visto do
Aqueles que
se deixam ser
ensinados,
conseguem
ensinar melhor.”
 Josué Campanhã

ângulo divino como do humano. No sentido mais profundo, Je- por Ele
9
sus foi um mestre vindo da parte de Deus”3.
Aqueles que se deixam ser ensinados conseguem ensinar 4. O professor/líder precisa ser honesto e íntegro
melhor. Um coração ensinável está muito ligado à humilda- Há uma enorme diferença entre viver pregando e pregar
de. Josué Campanhã, em seu livro Discipulado transformando vivendo. Alguns se tornaram pregadores de Cristo. Falam so-
Igrejas, diz que “Discípulos sem o ensino se tornam crentes bre Ele e o que Ele tem feito, mas não demonstram isto em
raquíticos. Crentes que não são discipulados se tornam mem- suas vidas. Outros demonstram isto por meio de sua vida e
bros ativistas, mas discípulos com ensino bíblico transformam dispensam até mesmo palavras.
o mundo”4. Que o professor aprenda, ensine e que seus alu- Viver o que se fala é essencial na vida de um professor e
nos transformem o mundo, pelo poder da palavra de Deus! líder. O carácter e as habilidades devem andar juntos. Dessa
forma, a confiança entre um professor e seus alunos é ge-
3. O professor precisa entender o seu chamado rada. Um professor precisa ter atitudes corretas para com a
No Dicionário da Bíblia de Almeida encontra-se a seguinte sociedade e as pessoas próximas. Tendo uma conduta irre-
definição para a palavra “chamado”: “Convocar certas pes- preensível. “A vida cristã é uma batalha e uma marcha. Nesta
soas para que se dediquem a trabalhos especiais no Reino guerra não há trégua; o esforço deve ser contínuo e perse-
de Deus.”5 verante. É assim fazendo que mantemos a vitória sobre as
A palavra de Deus tem sido levada ao mundo. E isso tem tentações de Satanás. A integridade cristã deve ser buscada
acontecido porque pessoas como Abraão, José, Moisés e ou- com irresistível energia, e mantida com resoluta fixidez de
tras entenderam que todas as pessoas têm um chamado à propósito”7.
liderança. O professor da Escola Sabatina precisa não apenas saber,
Todos somos chamados a cuidar do povo de Deus. Disposi- mas ser. E o que ele é tem até mais valor do que o que sabe.
ção é uma característica muito importante na liderança.  Um Se o professor cristão não vive de acordo com o que ensina o
professor precisa entender o propósito para o qual foi criado. efeito de suas palavras poderá ser nulo. Ele deve ensinar pelo
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E buscar servir a Deus através do seu chamado, pois “Ricas que diz, pelo que faz e, principalmente, pelo que é. Sua auto-
bênçãos estão preparadas para os que se entregam sem re- ridade, portanto, deriva de sua experiência pessoal. Acredito
servas ao chamado de Deus”6. que muitas vezes só deveríamos falar de Jesus depois que
A liderança exige, sim, alguns sacrifícios. Mas é um gran- nossa própria vida conseguiu chamar a atenção dos outros.
de privilégio podermos liderar pessoas quando entendemos
e aceitamos completamente o amor de Deus. E entendemos
que todas as pessoas podem ser alcançadas e transformadas
5. O professor/líder precisa ter bons relacionamentos com mão dupla na qual ensino e aprendo.
as pessoas
Conclusão
É importante que essa pessoa se esforce para ter um bom Se o professor e líder deseja alcançar sucesso ele precisa
relacionamento com as demais. Que entenda que o seu pa- seguir os passos de Jesus. Em seu ministério Cristo manteve
pel é o de servo. E que relacionamento implica entender de o foco em um grupo pequeno, que pode ser visto como um
pessoas e saber se comunicar. De forma simplificada, po- protótipo do discipulado. Jesus dedicou grande parte do seu
demos definir um bom relacionamento como aquele que dá ministério a esse grupo. O objetivo do professor da unidade
igualdade de oportunidades aos envolvidos e que harmoniza de ação é trabalhar com esse grupo, pastoreando cada um
o ambiente. É aquele tipo de relação em que há respeito, au- deles, e levar essas pessoas a conhecerem a salvação que
tonomia, atenção e liberdade em doses equilibradas. está em Jesus e, a partir daí, essas pessoas também serem
Para ter bons relacionamentos é importante aprender a ou- discípulas e seguidoras do Senhor Jesus. No ditado popular é
vir as pessoas, entender como elas pensam e porque pensam “ovelha gerando ovelha”.
assim e, só então, emitir sua própria opinião sobre o assun- Finalmente, o Mestre Jesus jamais ensinou algo que não fos-
to. Isso permite conhecer melhor as pessoas com as quais se pertinente ou necessário aos Seus ouvintes. Tudo o que Ele
se relaciona e abrir um canal de comunicação positivo. Ouvir falou tinha relevância e aplicabilidade à vida das pessoas. É
quem nos rodeia é importante para conhecer os sentimentos, também o desafio de cada professor não meramente falar
ideias e opiniões que podem ser relevantes para a nossa vida. bonito, mas tornar a lição relevante à vida dos alunos, fazen-
Em todos os relacionamentos o respeito é muito importante. do com que os ensinamentos sejam pertinentes para cada
Não existe bons relacionamentos sem o respeito. Respeitar estudante que ouve e participa da unidade de ação. Agindo
o outro é entender suas características, além de aprender a dessa forma, o professor e a professora terão como resultado
conviver com as diferenças de maneira positiva e agregado- um ensino que transforma.
ra. Nós também somos seres únicos, por isso, quando junta-
mos o nosso melhor ao melhor do outro, nos tornamos mais __________________________
fortes e mais livres.
Mas não podemos esperar que um líder e professor seja Bibliografia:
1 – PEGGY, Anderson. Great Quotes for Great Leaders. Franklin
perfeito. Que ele não tenha dúvidas. Ou até mesmo que ele
Lakes, NJ: Career Press, 1997. p. 35
sempre saiba como agir. Ninguém nasce um professor. Preci-
2 – AYRES, Antônio Tadeu. Prática Pedagógica Competente: Ampli-
samos treinar e desenvolver nossos dons nos espelhando em ando os Saberes do Professor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004, p. 55.

10 Jesus que é o modelo de liderança que seguimos, pois Ele é “o 3 – PRICE, J. M. A Pedagogia de Jesus. 3ª edição. São Paulo: JUERP,
único modelo perfeito, infalível”8. 1983, p. 5.
4 – CAMPANHÃ,  Josué.  Discipulado Transformando Igrejas. São
Paulo: Eclésia, 2002, p. 46.
6. O líder precisa ser discipulador
5 – ALLMEN, J. J. V. Vocabulário Bíblico, p. 81.
O discipulador é alguém que, na prática, faz outro discípulo. 6 – WHITE, Ellen G.: Atos dos Apóstolos: Casa Publicadora Brasileira,
Mas o que significa ‘fazer um discípulo’? Segundo Juan Carlos pág. 87.
Ortiz, “Fazer discípulos significa fazer uma cópia”9, ou seja, é 7 – ________________: A ciência do Bom Viver: Casa Publicadora Bra-
sileira, pág. 201.
o processo em que um cristão mais maduro, no caso o profes-
8 – ________________: Conselhos para a Igreja: Casa Publicadora
sor, toma um novo e o conduz, pelo ensino transformador, ao
Brasileira, pág. 355.
crescimento e maturidade, ajudando a descobrir seus dons 9 – ORTIZ, Juan Carlos. O discípulo. São Paulo: Editora Betânia,
e utilizá-los num ministério de serviço para o avanço e a ex- 1980, pág. 30.
pansão do reino de Deus.
Temos que nos desfazer da mentalidade do instantâneo.
Temos que aprender que um dos papéis chaves dos profes-
sores é ter sempre umas poucas pessoas nas quais estejam
investindo e que possam semanalmente reunirem-se a elas
ajudando-as a amadurecer em Cristo dentro de um contexto
relacional da unidade de ação e dos pequenos grupos.
No discipulado o relacionamento pautado na amizade é
fundamental. Esse vínculo de amizade deve estar presente
em todos os momentos, pois o próprio Jesus chamou os seus
discípulos de amigos: “Vós sois meus amigos”; “tenho-vos
chamado de amigos,”; “Digo-vos, pois, amigos meus”. Isso
quer dizer que o discipulado envolve a amizade, não deve
ser imposto, mas, sim, voluntário, já que ninguém é amigo de
outro por imposição. É por meio de uma amizade amadureci-
da entre discipulador e discípulo que encontramos ambiente
favorável para o cuidado, a correção, a transformação de ca-
ráter, a cura das emoções, o crescimento pessoal, ministerial
e espiritual, tudo acontecendo mutuamente em uma via de
PROFESSOR DE
ESCOLA SABATINA
COMO PASTOR DA
UNIDADE
PR. DIONE OLIVEIRA
Ministério Pessoal | Missão Bahia Sudoeste

Olá caro professor! Alguma vez você já se perguntou qual Aqui encontramos o princípio da responsabilidade do pas-
é o seu papel como professor de Escola Sabatina? Seria, toreio. Isso nos faz pensar que a responsabilidade do pro-
apenas, a recapitulação da Lição diante de uma Unidade de fessor de Escola Sabatina vai além do “recapitular” a lição
Ação inerte? Aliás, o nome Unidade de Ação, de início, nos da semana. Embora o estudo seja um ponto forte neste pro-
faz pensar em algo cheio de vida e movimento, não é mesmo? cesso, precisa-se de gente que transforme uma Unidade de
Nos próximos parágrafos faremos uma reflexão e você des- contemplação (papa lição) em uma Unidade de Ação. Isso
cobrirá que pode fazer muito mais. só acontece quando o professor/pastor chama para si a res-
Quando o assunto é pastoreio precisamos, inevitavelmen- ponsabilidade de planejar, executar, acompanhar e avaliar o
te, recorrer ao curto ministério terrestre de Jesus com sua trabalho com o grupo.
Unidade de Ação modelo, os 12 discípulos. O evangelho de
Mateus 4:18-22 nos diz o seguinte: Depois, subiu ao monte ESTAR COM – (Associação)
e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele. O princípio da presença é fundamental no processo de de- 11
Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar senvolvimento pessoal. Antes de serem enviados os discípu-
a pregar e a exercer a autoridade de expelir demônios. Neste los receberam um chamado para passar tempo em associa-
texto encontramos pelo menos três pontos fundamentais na ção com o mestre e os demais. Este período era fundamental
proposta de pastoreio de Jesus. para a unidade do grupo e para que o Mestre identificasse
fragilidades e potenciais nos mesmos. O “estar com’’ precede
CHAMAR PARA SI – (Responsabilidade) o “enviar para”. Oliveira, 2019, diz que a ênfase do pasto-
O verbo que o autor usa para a expressão chamar reio está fundamentada na necessidade que o líder tem de
(προσκαλέω) vai além do ato comum de chamar. Foi acrescen- conhecer seu rebanho para poder suprir melhor suas neces-
tada uma preposição de direção que reforça a ideia de con- sidades e conhecer as potencialidades. Isso, sem dúvida al-
vocar para si. As narrativas dos evangelhos mostram Jesus guma, não será possível sem um plano bem organizado de
tomando para si a responsabilidade de pastorear o pequeno visitação semanal.
rebanho todo o tempo, e em qualquer circunstância. Sua vida
seria multiplicada nos discípulos.

PLANEJAR

EXECUTAR

ACOMPANHAR

AVALIAR
Vale lembrar que o professor deve, antes de tudo, promo- de acordo com suas aptidões, eram submetidos a circunstân-
ver uma atmosfera de pertencimento dentro do grupo, pois o cias que promoviam o crescimento individual. Um processo
que garante um alto índice de presença na Unidade de Ação educativo com experiências teórico-práticas se instaurava e,
não tem a ver, em primeira instância, com o que se estuda, pouco a pouco, eles se preparavam para cumprir o objetivo
mas a intensidade do que se vive uns com os outros durante final: pregar o evangelho.
a semana. Assim como Jesus, cabe ao professor identificar os talen-
Segundo o Manual da Escola Sabatina, 2013, há quatro tos na sua base e desenvolvê-los. Sobre isso, White afirma
motivos básicos pelos quais as pessoas deixam de ir à igreja: que:
conflito, expectativas não atendidas, falta de afinidade ou di- “Em muito menino ou menina de aparência tão pouco
ficuldades de relacionamento. atraente como a pedra não lavrada, pode-se encontrar pre-
cioso material que resista à prova do calor, tempestade e
Conflito pressão. O verdadeiro educador, conservando em vista aqui-
Mais da metade de todos os membros inativos deixam a lo que seus discípulos podem tornar-se, reconhecerá o valor
igreja devido a conflitos não resolvidos com o pastor, com ou- do material com que trabalha. Terá um interesse pessoal em
tros membros, por questões teológicas ou devido aos padrões cada um de seus alunos, e procurará desenvolver todas as
12 e regulamentos da igreja. O conflito cria desconforto, e a ten- suas faculdades. Por mais imperfeitos que sejam eles, estim-
dência da maioria das pessoas é simplesmente retirar-se. ulará neles todo o esforço por conformar-se com os princípios
retos. (Educação, p. 231, 232).
Expectativas Não Atendidas
Algumas vezes os membros ficam desencorajados porque
sentem que a igreja os ignora ou não os ajuda em tempos de ESTAR COM – (Testemunho)
estresse em sua vida. Algumas vezes as pessoas se entriste- Os setenta e dois voltaram alegres e disseram: "Sen-
cem quando ficam sobrecarregadas com os trabalhos da igre- hor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome". Lc.
ja e não são devidamente reconhecidas. As pessoas esperam 10:17. NVI. Este texto nos informa dois detalhes importantes:
encontrar amigos na igreja e se não forem capazes de fazer Primeiro, há alegria no labor missionário. Os discípulos vol-
parte dos grupos existentes irão se retirar. taram entusiasmados porque se sentiram úteis, porém, mais
do que isso, porque comprovaram na prática o poder trans-
Falta de Afinidade formador do evangelho. Segundo, eles queriam compartilhar
Uma mãe que cria os filhos sem a presença do cônjuge as experiências.
pode se sentir fora de lugar com os casais; uma pessoa jovem Caro líder, você já parou para pensar que o baixo índice
pode se sentir alienada em uma congregação com maioria de de pessoas na sua Unidade de Ação, no Sábado pela manhã,
idosos. Os profissionais podem ter dificuldade em se comuni- pode ser um reflexo da ociosidade na semana? Por que não
car com pessoas pouco instruídas. há testemunhos como este? Talvez por que você, como pastor
do grupo, não desafiou para a missão! Só há alegria e teste-
Dificuldades Para Manter Relacionamentos munho quando os membros da classe vão aos mendigos e
Algumas pessoas são desajustadas em todos os ambien- desafortunados, ao abrigo de idosos, aos vizinhos necessit-
tes. Têm dificuldade para se relacionar com as demais pesso- ados, ao velório na comunidade, ao encontro de estudo da
as de forma geral e no estabelecimento de relacionamentos Bíblia etc.
significativos.

ESTAR COM – (Instrução)


Os discípulos permaneciam ao lado do Mestre para apren-
der. Quer fosse no Monte das Oliveiras em oração, numa
planície repleta de pessoas famintas, ou até mesmo dentro
de uma embarcação, tudo era usado para a instrução. Eles,
O verdadeiro educador,
conservando em
vista aquilo que seus
discípulos podem
tornar-se. (...) Por mais
imperfeitos que sejam
eles, estimulará neles
todo o esforço por
conformar-se com os
princípios retos.

ELLEN WHITE

CONCLUSÃO

Professor, Deus lhe chamou para um lindo ministério de


pastoreio. Assim como Cristo, você tem a oportunidade de li-
derar uma Unidade de Ação, conviver com ela, acompanhá-la
e educá-la de forma que cada indivíduo cumpra a sua missão 13
de acordo com seu dom. Agora, “arregace as mangas” e cons-
trua uma linda história de sucesso com seus alunos, siga o
exemplo de Cristo com os doze. Que Deus o abençoe!

REFERÊNCIAS

BIBLIA. A Bíblia Sagrada: Revista e Atualizada. Tradução João Ferrei-


ra de Almeida 2a ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Manual da Escola Sabatina: diretrizes para os oficiais da Escola Sa-


batina/tradução e adaptação do departamento da Escola Sabatina
da Divisão Sul-Americana. – Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira,
2013.

Oliveira, Edmar Sena. Pastoreio: missão dos filhos de Deus a qualquer


hora, em qualquer lugar, a qualquer custo. – Tatuí – SP: Edmar Sena,
2019.

Bíblia de Estudo Palavras Chave Hebraico e Grego. 4a ed. Rio de Ja-


neiro: CPAD, 2015.
ESTUDAR • VIVER • ENSINAR
O PROFESSOR
COMO
MOBILIZADOR
MISSIONÁRIO
PR. GILSON OLIVEIRA
Ministério Pessoal | Missão Sergipe

Quando falamos em mobilização logo vêm ao pensamento as imagens de grandes per-


sonalidades da História que conseguiram impulsionar, estimular e movimentar um grande
número de pessoas para defender uma causa, realizar sonhos, executar projetos etc. Como
exemplo disso temos
14
Alexandre, o Grande (356 a.C.-323 a.C.), considerado o maior conquistador do mundo
antigo. Napoleão Bonaparte (1769-1821), que foi um dos maiores estrategistas da história.
Mahatma Gandhi (1869-1948), considerado um líder que conquistou o mundo com a sua
sabedoria. E Martin Luther King (1929-1968), um dos maiores líderes do movimento dos
direitos civis dos negros nos Estados Unidos e no mundo.
Mas nenhum deles teve mais sucesso que Jesus Cristo. Ele alcançou todas as nações
com seus ensinos e influência. Atualmente os cristãos somam mais de 2,3 bilhões de adep-
tos em todo o mundo e a estratégia que Jesus utilizou se baseava em pessoas, ele minis-
trava para as grandes multidões, mas dedicou a maior parte do seu ministério preparando
um grupo pequeno de discípulos que formaria a base do seu método para ganhar o mundo
para o reino de Deus.
Segundo Coleman (2006), “o objetivo inicial do plano de Jesus era o
de arregimentar pessoas que fossem capazes de testemunhar a respei-
to de sua vida e manter sua obra em andamento depois que retornasse ao Pai”.
Foi exatamente com esse propósito que Jesus escolheu acompanhar um grupo de 12
pessoas, pois para formar discípulos se faz necessário passar tempo juntos, desenvolver
relacionamento, conquistar a confiança, ensinar e treinar.
Jesus preparou aqueles homens para dar continuidade à missão iniciada por Ele e o
resultado foi um número de cristãos que se multiplicava diariamente (Atos 2:47).
Como professores das unidades de ação da Escola Sabatina, além de ensinar a
Palavra de Deus por meio da lição, precisamos colaborar com as atividades pastorais
buscando aproximar-se de seus alunos, desenvolvendo os laços de amizade, atenden-
do suas necessidades e envolvendo os membros com a missão da igreja local de acordo
com seus dons.
Ellen White (2006), escrevendo, disse: “A Escola Sabatina é um campo missionário
e, nessa importante obra, devemos manifestar muito mais espírito missionário do que
se tem manifestado até aqui”.
Quando o professor compreender seu papel como promotor missionário o envolvi-
mento dos membros e o processo de discipulado se tornará mais eficiente. Seguindo o
exemplo de Cristo o professor deve criar em seu pequeno grupo um estímulo para que,
através de ações planejadas, possa então motivá-los, obtendo o total envolvimento
dos membros na missão de salvar pessoas. Esse, de fato, se tornou o grande desafio
de um líder: conduzir pessoas ao comprometimento com os planos e projetos da Igreja.
Dentro desta perspectiva seguem algumas orientações sugestivas para o profes-
sor executar com sucesso seu papel como mobilizador missionário da sua Unidade de
Ação:
15
I – Motive sua classe a testemunhar:
O professor deve aproximar-se dos seus alunos, construindo um relacionamen-
to permanente, ganhando a confiança e, de forma intencional, utilizar toda a sua influ-
ência conquistada para envolvê-los nas diversas atividades da igreja que promovem o
cumprimento da missão.
Godinho (2013) sugere que “o professor deve visitar e motivar os membros que não
estão engajados em atividades missionárias”.

II – Promova a Oração Intercessora:


A Igreja que deseja ter sucesso em suas investidas missionárias precisa fortalecer
o hábito da oração intercessora. Na sua Unidade de Ação o professor deve estabelecer
um plano de oração com seus alunos. Cada um orando por cinco pessoas que desejam
alcançar com a pregação do evangelho. Essas pessoas devem fazer parte do ciclo de
relacionamento dos membros, pode ser amigos, familiares, vizinhos e adventistas ina-
tivos.
Dennis Smith (2005), escrevendo sobre a oração no trabalho evangelístico, disse: “Se
alguém se recusar a orar pelos perdidos, os esforços que fizer no sentido de ganhá-los
para Cristo serão de nenhum proveito”.
ESTUDAR • VIVER • ENSINAR
Coloquem os professores,
em seu trabalho, alegria,
gratidão e a alma cheia
de ternura e compaixão
à semelhança de Cris-
to, e imbuam o coração
dos alunos com o espírito
de abnegado amor, pois é
esse espírito que enche o
Céu”

ELLEN WHITE

16

III – A prática de atos de compaixão: V – A visitação a membros afastados:


Mobilizar a Unidade de Ação e o Pequeno Grupo para A Unidade de Ação pode desenvolver um programa per-
realizar ações sociais conforme as necessidades da comu- manente de visitação a adventistas que estão afastados.
nidade abrirá portas para a pregação da Palavra. Esse foi Um trabalho de reconquista destes irmãos tem uma grande
o método de Cristo para conquistar pessoas, conforme es- importância, mas infelizmente pouco se tem feito neste as-
creveu Ellen White (2006): “O Salvador misturava-se com os pecto. Ellen White (2006) disse o seguinte: “Ajudai os que co-
homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Mani- meteram faltas, relatando-lhes vossas experiências. Mostrai
festava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades como, ao cometerdes erros graves, a paciência, bondade e
e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-me’ auxílio de vossos cobreiros vos deram ânimo e esperança”.
João 21:19”.
Conclusão
IV – A Formação de Duplas Missionárias na Unidade Estamos vivendo os momentos finais da História, o mun-
de Ação: do vive um verdadeiro caos e o único objeto de esperança
O professor precisa organizar sua classe em duplas mis- que Deus estabeleceu aqui foi sua igreja, que infelizmente se
sionárias, motivando os membros à obra de dar estudos bí- acha paralisada com a indiferença e o individualismo de mui-
blicos aos interessados. Após formadas, as duplas precisam tos dos seus membros que perderam o foco na missão e vi-
ser treinadas para que sejam capacitadas a darem estudos vem uma fé centralizada em seus próprios interesses. A Esco-
bíblicos de forma eficiente, recebendo, assim, os materiais la Sabatina precisa resgatar os seus propósitos e despertar
para o trabalho. a igreja para dar a última mensagem de salvação ao mundo,
De acordo a quantidade de duplas formadas o professor ampliando cada vez mais o número de classes e despertando
poderá estabelecer os alvos de estudos bíblicos e de batis- o interesse dos seus alunos no estudo diário das Escrituras,
mo da sua Unidade de Ação. Observe os conselhos de Ellen pois o tempo dedicado ao estudo fortalece a convicção na
White (2008): “Entre os membros de nossas igrejas deve ha- Palavra de Deus e simultaneamente o aluno testemunha so-
ver mais trabalho de casa em casa, dando estudos bíblicos e bre Cristo.
distribuindo literatura”.
REDE
de Pastoreio 17

Nesse processo o professor deve atuar como um mobiliza- SMITH, Dennis. O Batismo do Espírito Santo. Tradução José Barbo-
dor missionário, despertando em sua classe o senso de mis- sa Silva, 2a ed. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2005,
p. 134.
são e coordenando com dinamismo o compromisso as ações
missionárias. WHITE, Ellen G. A Ciência do Bom Viver. 2006, p. 143.
“Coloquem os professores, em seu trabalho, alegria, gratidão
e a alma cheia de ternura e compaixão à semelhança de Cris- WHITE, Ellen G. Conselhos Sobre a Escola Sabatina. 2006, p. 10.
to, e imbuam o coração dos alunos com o espírito de abnega-
WHITE, Ellen G. Conselhos Sobre a Escola Sabatina. 2006, p.101.
do amor, pois é esse espírito que enche o Céu” (White, 2006).
Amigo professor, Deus lhe chamou para uma obra muito WHITE, Ellen G. Conselhos Sobre a Escola Sabatina. 2006, p.107.
maior que simplesmente recapitular a lição da Escola Saba-
tina a cada sábado, Ele deseja que você promova com dedi- WHITE, Ellen G. Serviço Cristão. 2008, p. 113.
cação a obra de salvação em sua unidade, motivando seus
alunos a se tornarem fiéis missionários na grande seara.

REFERÊNCIAS

BIBLIA. A Bíblia Sagrada: Revista e Atualizada. Tradução João


Ferreira de Almeida 2a ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
1999.
ESTUDAR • VIVER • ENSINAR

COLEMAN, Robert E. Plano Mestre de Evangelismo. Traduzido por


Osmar de Souza, 2a ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2006, p. 17.

GODINHO, Paulo S. A Dinâmica do Evangelismo Pessoal. Um minis-


tério que transforma vidas. Maringá, Paraná: Editora Massoni, 2013,
p. 154.
O QUE ACONTECE
DURANTE A SEMANA
PARA OS MEMBROS
DA BASE?
PR. QUIRINO PIMENTEL
Ministério Pessoal | Associação Bahia Norte

Faz 26 anos, mas as lembranças estão muito vívidas em de pecadores, os testemunhos por eles apresentados no culto
minha mente. Tinha apenas 15 anos de idade e estava feliz do sábado estarão cheios de poder. Com alegria contarão a
em ser membro matriculado na Escola Sabatina. Naquele sá- preciosa experiência que alcançaram em trabalho pelos ou-
bado o professor da Unidade de Ação, usando seu discerni- tros”. Testemunhos Seletos volume 3. P. 82.
mento ministerial e pensando em me envolver na missão, fez
uma proposta para a classe ali reunida. Disse ele: “Irmãos, o 1. OS MEMBROS DA IGREJA PRECISAM PÔR EM PRÁTICA
18 que vocês acham de darmos uma atribuição ao nosso novo DURANTE A SEMANA O QUE OUVIRAM NO SÁBADO
aluno Quirino? Uma função missionária para nosso grupo”. "Em muitas de nossas igrejas nas cidades, o pastor prega
Todos os olhares se voltaram para mim naquele momento e sábado após sábado e, sábado a sábado os membros vão
nosso professor continuou: “Ele será nosso coordenador de à casa de Deus sem palavras que dizer sobre bênçãos rece-
ação missionária. Será o responsável por planejar as ações bidas em resultado das que comunicaram. Não trabalharam
que faremos durante a semana, nos munirá de panfletos e durante a semana pondo em prática as instruções." Teste-
aos sábados testemunharemos das bênçãos aqui na classe munhos Seletos volume 3. P. 82.
e sairemos à tarde em duplas para darmos mais estudos bí-
blicos”. Todos concordaram e ali nascia um líder de ministério 3. QUEM FAZ TRABALHO MISSIONÁRO DUANTE A SE-
pessoal. O tempo passou e o raciocínio continua: Precisamos MANA TEM O QUE RELATAR NA ESCOLA SABATINA
fazer ações missionárias durante a semana e celebrarmos "Que os membros da igreja cumpram fielmente durante a
em nossas unidades de ação. Algum problema em dar estu- semana a sua parte, e narrem ao sábado suas experiências.
dos bíblicos, panfletar ou fazer visitas missionárias aos sá- A reunião será então como alimento a seu tempo, trazendo a
bados? De forma alguma, mas será se é plano de Deus que todos os presentes nova vida e vigor. Quando o povo de Deus
abarrotemos o sábado com tantas atividades e deixemos vir a grande necessidade de trabalhar como Cristo fazia pela
para testemunhar apenas neste dia? Deixemos que o Espírito conversão de pecadores, os testemunhos dados por eles nos
de Profecia fale. cultos de sábado serão cheios de poder. Com alegria testifi-
carão quanto ao valor da experiência que têm adquirido em
CITAÇÕES DO ESPÍRITO DE PROFECIA trabalhar por outros. Obreiros Evangélicos. Pág. 199

1. OS MEMBROS DA IGREJA PRECISAM FAZER SUA PAR- 4. DEDICAR NOSSA ENERGIA DURANTE A SEMANA
TE DURANTE A SEMANA TAMBÉM AO TRABALHO MISSIONÁRIO
“Os  que  se  uniram  ao  senhor em  concerto  de  serviço, "Não permitais que, durante a semana, toda vossa força e
acham-se sob obrigação de a Ele se unir também na gran- energia sejam empregadas em atividades mundanas e tem-
de, sublime obra de salvar almas. Durante a  semana, fa- porais."Testemunho sobre Escola Sabatina, pág. 14.
çam os membros da igreja fielmente sua parte e, no sábado,
relatem sua experiência. A reunião será então como alimento 5. INSTAR A TEMPO E FORA DE TEMPO
em tempo oportuno, comunicando a todos os presentes vida "Instemos a tempo e fora de tempo, admoestando os jovens,
nova e renovado vigor. Ao ver o povo de Deus a grande ne- intercedendo junto aos pecadores, manifestando o amor que
cessidade de trabalhar como Cristo trabalhou pela conversão Cristo teve para com eles." Evangelismo, pág. 291.
6. INSTAR A TEMPO E FORA DE TEMPO: NAS HORAS DE
CULTO E NAS ATIVIDADES DA SEMANA
Que os membros da igreja
"Instar a tempo" é estar alerta quanto aos privilégios da
casa e hora de culto, e às ocasiões em que os homens estão
cumpram fielmente
conversando sobre religião. E "fora de tempo" é estar pron- durante a semana a sua
to, quando no lar, no campo, de viagem ou nos negócios, a parte, e narrem ao sábado
encaminhar habilmente o espírito dos homens aos grandes suas experiências.
temas das Escrituras, fazendo-os sentir com espírito suave e
fervoroso, as reivindicações de Deus. Muitas, muitas dessas
ELLEN WHITE
oportunidades se deixam escapar desaproveitadas, porque
os homens estão persuadidos de que é fora de tempo. Mas,
quem sabe qual será o resultado de um sábio apelo dirigido à
consciência?" Obreiros Evangélicos, pág. 186

PRECISAMOS FAZER AÇÕES

MISSIONÁRIAS DURANTE A SEMANA E


19
CELEBRARMOS EM NOSSAS UNIDADES
QUALIDADES INDISPENSÁVEIS
DE AÇÃO.
AOS LÍDERES DA IGREJA,

FRENTE AOS ATUAIS

DESAFIOS MISSIONÁRIOS

ESTUDAR • VIVER • ENSINAR


SUGESTÕES DE
PRÁTICAS
MISSIONÁRIAS
PARA A SEMANA

Eis aqui algumas sugestões para nosso envolvimento na


pregação ao longo da semana fora da igreja mesmo que es-
tejamos com pouco tempo disponível.

1. ESTUDO BÍBLICO ONLINE


Com a vinda da pandemia do Coronavírus, esta alterna-
tiva missionária se mostrou muito eficaz. Podemos utilizar
recursos de vídeo para fazer classes bíblicas online, dar es-
tudos bíblicos via link e até mesmo dar estudos com o auxí-
lio do “Robô Esperança” da TV Novo Tempo. Como exemplo,
"Instemos a tempo e fora
deixamos aqui este link em que poderão ser acessados vários
de tempo, admoestando
tipos de estudos bíblicos: https://www.dropbox.com/sh/lnfm-
os jovens, intercedendo
2dkfsax9npe/AADmZiLZ1U9Zo_xolwHqLqXQa?dl=0
junto aos pecadores,
manifestando o amor
2. CONTATO PESSOAL
que Cristo teve para com
Seguindo o conselho do Espírito de Profecia no livro
eles."
Obreiros Evangélicos, pág. 186: “Estar pronto, quando no lar,
20 no campo, de viagem ou nos negócios, a encaminhar habil- ELLEN WHITE
mente o espírito dos homens aos grandes temas das Escritu-
ras, fazendo-os sentir com espírito suave e fervoroso, as rei-
vindicações de Deus”. Se tão somente adquirimos o hábito de
fazer contato missionário em cada oportunidade da semana,
está de bom tamanho.
Quando o povo de Deus
3. ORAÇÃO POR TELEFONE vir a grande necessidade
Escolher alguns poucos contatos telefônicos de amigos, de trabalhar como Cristo
vizinhos etc. e oferecer uma curta oração. fazia pela conversão de
4. ENTREGA DE LIVROS MISSIONÁRIOS pecadores, os testemu-
Deixar um exemplar deste livro ao viajar de ônibus, em nhos dados por eles nos
seu ambiente de trabalho, escolas etc. cultos de sábado serão
cheios de poder. "
5. BASE-LIFE
Frequentar as bases durante a semana e incentivar seu ELLEN WHITE
líder da Escola Sabatina a sempre abordar ações para os
membros.
Diante do cenário mundial o estilo de vida das pessoas
mudou. Os dias parecem mais agitados e os seres humanos
estão cada vez mais agitados, estressados e confusos. Os
fiéis filhos de Deus têm tentado andar na contramão des-
tas coisas, mas é inevitável não ser afetado. Apesar disso,
precisamos buscar a Deus e fazer Sua obra. São necessárias
muita disciplina e fé na providência divina, afinal “é inútil le-
vantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que pe-
nosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquan-
to dormem. Salmo 127: 2. A graça do Senhor Jesus Cristo, o
amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com
todos vós! 2 Cor, 13:14.
21

Nesse processo o professor deve atuar como um mobiliza- SMITH, Dennis. O Batismo do Espírito Santo. Tradução José Barbo-
dor missionário, despertando em sua classe o senso de mis- sa Silva, 2a ed. Tatuí, São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2005,
p. 134.
são e coordenando com dinamismo o compromisso as ações
missionárias. WHITE, Ellen G. A Ciência do Bom Viver. 2006, p. 143.
“Coloquem os professores, em seu trabalho, alegria, gratidão
e a alma cheia de ternura e compaixão à semelhança de Cris- WHITE, Ellen G. Conselhos Sobre a Escola Sabatina. 2006, p. 10.
to, e imbuam o coração dos alunos com o espírito de abnega-
WHITE, Ellen G. Conselhos Sobre a Escola Sabatina. 2006, p.101.
do amor, pois é esse espírito que enche o Céu” (White, 2006).
Amigo professor, Deus lhe chamou para uma obra muito WHITE, Ellen G. Conselhos Sobre a Escola Sabatina. 2006, p.107.
maior que simplesmente recapitular a lição da Escola Saba-
tina a cada sábado, Ele deseja que você promova com dedi- WHITE, Ellen G. Serviço Cristão. 2008, p. 113.
cação a obra de salvação em sua unidade, motivando seus
alunos a se tornarem fiéis missionários na grande seara.

REFERÊNCIAS

BIBLIA. A Bíblia Sagrada: Revista e Atualizada. Tradução João


Ferreira de Almeida 2a ed. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
1999.

COLEMAN, Robert E. Plano Mestre de Evangelismo. Traduzido por


Osmar de Souza, 2a ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2006, p. 17.
ESTUDAR • VIVER • ENSINAR

GODINHO, Paulo S. A Dinâmica do Evangelismo Pessoal. Um minis-


tério que transforma vidas. Maringá, Paraná: Editora Massoni, 2013,
p. 154.
GESTÃO DA ESCOLA
SABATINA
COMO PLANEJAR E PROMOVER
O SISTEMA DE ACOMPANHAMENTO
PR. JAMES LUCIANO - Ministério Pessoal | Associação Bahia Central
PR. CARLOS FERREIRA - Secretário | Associação Bahia Central

Não resta dúvida de que a Escola Sabatina é um instru- secretário geral da Escola Sabatina é responsável pelos re-
mento estabelecido por Deus para potencializar a Igreja. A gistros, matérias, ofertas e detalhes da secretaria de todas
Escola Sabatina precisa ser bem organizada, supervisionada as divisões.
e motivada. Cada membro da equipe que dirige a Escola Sa- Os secretários das classes da Escola Sabatina são res-
batina deve desempenhar seu dever com prazer e eficiência. ponsáveis perante o secretário-geral da Escola Sabatina por
O (a) diretor (a) da Escola Sabatina precisa certificar-se de fornecer informações sobre os membros, a frequência, o es-
que os alvos e objetivos da Escola Sabatina estão sendo al- tudo diário da lição, o trabalho missionário e as ofertas. Essas
cançados. informações podem ser colhidas de duas formas: através do
cartão de registro ou pelo 7me.
A Escola Sabatina tem três principais objetivos:
a) Promover o estudo da Bíblia através da lição da Escola Mas o que é o 7me?
22 Sabatina para que cada membro cresça espiritualmente. É um aplicativo direcionado à igreja e seus adoradores
O Projeto Maná tem um papel importante neste processo. em que você terá acesso a diversas informações de sua con-
b) Criar uma rede de relacionamento saudável que con- gregação na palma da sua mão. Por esse aplicativo podemos
tribua com a conservação dos membros da igreja. devolver o nosso dízimo como também fazer os apontamen-
c) Fazer da Escola Sabatina uma agência ganhadora de tos da classe da Escola Sabatina.
almas. Ellen White disse que “A Escola Sabatina deve ser Segue abaixo um tutorial de como usar o 7me para regis-
um dos maiores instrumentos, e o mais eficaz, em levar trar as informações do membro nas classes:
almas para Cristo.” (TSS, 20).
USANDO O 7ME NA ESCOLA SABATINA
No entanto, para que a Escola Sabatina alcance seu obje- Baixe o aplicativo no celular ou no computador .
tivo, é necessário um bom gerenciamento por parte do (a) seu O módulo de escola sabatina contempla, em sua primeira
(sua) diretor (a). É preciso que haja uma mobilização por par- fase, a criação das classes já existentes em sua congrega-
te da equipe. Cada um deve desempenhar bem o seu papel. ção e o agrupamento de alunos por classes. Este módulo tem
como principal objetivo a informatização das classes e um
Dicas para mobilização: melhor gerenciamento do departamento da Escola Sabatina
a) Ter um bom planejamento anual - São diversas opções em sua congregação.
de programas durante o ano e, por falta de planejamento, Criação das Classes
eles acabam não acontecendo como deveriam. Para criar novas classes acesse o menu departamento,
b) Canalize todos os programas da Escola Sabatina para sub-menu Escola Sabatina e clique na opção Pesquisa/Novo.
o cumprimento da missão. Clique no botão   localizado no canto superior di-
c) Empenhe-se ao máximo para que a Unidade de Ação reito para iniciar a criação de uma nova classe da Escola Sa-
seja uma BASE LIFE (PG). batina.
d) Divida a Unidade de Ação (BASE LIFE) em duplas mis- Preencha com as informações da classe:
sionárias. • Número – Informe o número da classe da Escola Saba-
e) Incentive as Unidades de Ação a fazerem classe bíbli- tina.
ca nos lares (Lares de Esperança). • Nome – Preencha com o nome da classe.
• Tipo – Selecione o “tipo” conforme a faixa etária da
No que diz respeito a gerenciamento da Escola Sabatina, classe.
tanto o secretário geral da Escola Sabatina quanto os secre-
tários das Classes têm um papel importante no processo. O
A ESCOLA SABATINA É UM

INSTRUMENTO ESTABELECIDO

POR DEUS PARA POTENCIALIZAR

A IGREJA.

23

Será possível inserir pessoas do tipo  em uma classe, basta clicar no botão  que
abrirá um pop-up para que possam ser realizadas as buscas dos nomes das pessoas:

ESTUDAR • VIVER • ENSINAR


• Caso queira pesquisar um membro de outra congregação, desmarque a opção local para realizar uma busca global.
• Caso a pessoa desejada não tenha sido encontrada na pesquisa, clique no botão Não encontrado e preencha uma nova
ficha.

Para adicionar membros por cargo clique no botão    para inserir os oficiais do departamento de Escola
Sabatina já cadastrados em sua congregação. Ver mais detalhes sobre cadastro de oficiais em https://help.sdasystems.org/acms/
index.php/pt/oficiais-de-igreja/

Quando tudo estiver preenchido clique no botão Gravar para que a nova classe seja criada no sistema.

Quando a classe já estiver criada será possível gerenciar, incluindo ou excluindo alunos, e atribuir o cargo de professor para um
determinado membro:

24

Ao repetir esse procedimento para todas as classes da Escola Sabatina sua congregação terá o registro de todas as classes
agrupadas por alunos e seus devidos professores para um melhor gerenciamento do departamento.
A ESCOLA SABATINA PRECISA SER BEM ORGA-

NIZADA, SUPERVISIONADA E MOTIVADA. CADA

MEMBRO DA EQUIPE QUE DIRIGE A ESCOLA

SABATINA DEVE DESEMPENHAR SEU DEVER COM

PRAZER E EFICIÊNCIA.

25

ESTUDAR • VIVER • ENSINAR


FOCO NAS NOTAS

PESSOAS
1. O nome é Talith.
2. Um detalhe curioso é que não era nem
permitido citar mais de um verso bíblico
de memória, dada a santidade conferida
ao rolo sagrado.
3. Sobre isso, ver o livro
A Vida Diária nos Tempos de Jesus,
de Henri Daniel-Rops.
DIEGO ROGACIANO

Na sinagoga Cristo se assenta na cadeira de Moisés para contado juntamente com a apresentação dos conteúdos.
ensinar. Lenço sobre a cabeça, púlpito a sua frente, ele era Mostram-se às pessoas “os mandamentos recebidos do Pai”
responsável por ler uma porção do texto sagrado. A leitura (João 5:19).
cuidadosa pedia o silêncio atento dos ouvintes. Terminada Como dito acima, descobrir a linha de raciocínio do autor
a leitura, Cristo se levanta e comenta o texto lido, trazendo do material de estudos é fundamental. Como fazer isso? É
lições para seus irmãos de fé. Durante alguns sábados, a si- simples. Basta estudar os materiais identificando como cada
nagoga de Nazaré viveu essa experiência (Lucas 4:16). Con- parte está relacionada com o tema principal. Perguntar-se
tudo, é bom lembrar: a sinagoga não era o templo, o local dos “por que isto está aqui?” ou “por que ele disse isto?” vai aju-
rituais e sacrifícios, ela era, sobretudo, o lugar de ensino onde dar a ligar os pontos da lição; acompanhar o passo-a-passo
o judeu aprendia as lições necessárias para experimentar as dos argumentos do escritor do material; e também a detalhar

26 verdades do santuário e aprender sobre as sagradas escri- o tema abordado. Como um tema é enriquecido pelos argu-
turas. Muitas vezes, na ausência das sinagogas oficiais, as mentos que apresenta, esse esforço do professor gerará um
casas eram utilizadas para este fim. resumo ou esboço da lição. Isso vai permitir ao instrutor cons-
Assim como as sinagogas, nossas igrejas e lares – que truir uma apresentação mais resumida dos temas, deixando
abrigam as Bases Life – são espaços de aprendizado nos tempo para a participação dos alunos – afinal, participação e
quais o tema é a verdade celeste. Todo aquele que se levanta aprendizado andam juntos.
para ler e comentar sobre as Escrituras dá prosseguimento a Após esses passos precisa haver pesquisa. Isso é muito
esta cena de Cristo, ensinando às pessoas como a vida com falado em textos e encontros, mas ainda é pouco praticado.
Deus é cheia de vigor e sentido: Cristo ensinou, nós ensina- O que precisa ser pesquisado? Duas coisas: os argumentos
mos, seguindo o Seu exemplo. do autor e os textos bíblicos que são utilizados no material.
Por isso, instrutores bíblicos e professores de Escola Sa- Sobre os argumentos, segue um exemplo. Num tema como
batina representam hoje uma extensão do trabalho salvífico participação na missão, o autor fala sobre oração interces-
do doce Nazareno, sendo eco de Sua voz no século presente. sora, testemunho e ensino da palavra, desenvolvendo o tema
Cientes de tamanha responsabilidade, passa a ser importan- por esses pontos. Neste caso, a pesquisa deve estar foca-
te pensar sobre como é se preparar para estas situações de da nestes três pontos, possibilitando enriquecimento para o
ensino-aprendizado. Sabendo que há um guia de estudos instrutor. Já os textos bíblicos devem ser pesquisados porque
para ser seguido (a lição da Escola Sabatina e as séries para são eles que servem de fundamento para os temas. Pesqui-
PGs são exemplos) e cuidando sempre para que o foco se vol- sá-los permitirá uma apresentação equilibrada e alinhada
te para as pessoas, existem passos que vão ajudar neste pro- com o contexto bíblico. Aqui os comentários bíblicos e os li-
cesso de exposição de temas bíblicos, como descrito a seguir. vros denominacionais ajudarão muito; vídeos e materiais do
Primeiramente, sabendo se tratar de verdades bíblicas, Centro White também são ótimas fontes.
essas verdades precisam fazer sentido para o professor/lí- Tendo a linha de raciocínio identificada e pesquisada,
der. Para dizer de outra forma, os temas devem tocar quem unida aos pontos que fizeram diferença para si, o professor
fala para ter condições de alcançar quem ouve. Ao estudar já pode planejar sua aula. Esta exposição do tema deve ser
os manuais deve-se perceber a linha de raciocínio que existe pensada com base nos alunos. O fato de o tema ser padroni-
em cada lição, mas, tão importante quando isto, é destacar zado não quer dizer que a apresentação precisa ser. Assim,
os pontos que fazem diferença na vida espiritual do profes- listando uma pergunta e um comentário dentro de cada ar-
sor, e isso deve ser trazido para as discussões. Apresentar gumento, este exercício deverá ser feito com oração e tendo
as descobertas empolgantes gera mais interesse para quem foco no efeito positivo sobre as pessoas; não simplesmente
ouve, afinal, isso não deixa de ser um pequeno testemunho seguindo qualquer roteiro.
CRISTO ENSINOU,

NÓS ENSINAMOS,

SEGUINDO SEU

EXEMPLO.

Pensar nos alunos ao ensinar, assim como “conhecer o pú- é curto”. É importante, ao contrário, conduzir as falas dos alu- 27
blico”, significa desenvolver relacionamento. Mas vale explicar nos, de modo que estas participações se aproximem daquilo
isso: o bom professor/líder se esforça para conhecer quem é que foi planejado para a temática. Quando as participações
cada pessoa que frequenta sua classe e comunidade. Conta- forem muito descontextualizadas (sim, acontece), o instrutor
tos semanais, ligações para uma ligeira oração (previamente deve comentá-las, com o devido cuidado e carinho, tentando
acertadas), atenção ao que é dito nos momentos de comparti- ajustá-las aos objetivos da discussão.
lhamento (conhecidos como “pedidos e agradecimentos”) irão Na prática, este roteiro vai funcionar como bússola para
ajudar a conhecer esse aluno – saber o que o incomoda e o a discussão. Depois da motivação trazida pela introdução,
que deixa feliz, e lembrar a ele, com sabedoria, que existem as perguntas selecionadas pelo instrutor/professor tendem
verdades bíblicas para cada uma dessas situações. a gerar participação no grupo. Aqui vale destacar que estas
Tendo os alunos em mente, é importante estabelecer o perguntas devem evitar respostas com a sensação de “cer-
roteiro ou “plano de aula” que será seguido durante o estudo – to” e “errado” para não inibir os estudantes mais tímidos (um
esse passo normalmente é mais conhecido. Depois de estabe- exemplo de pergunta é: “como vocês acham que a oração
lecer o foco daquele tema no grupo, vale pensar no percurso a intercessória pode ajudar na pregação do evangelho?”). As
ser seguido: uma introdução ao tema que desperte interesse respostas devem ser valorizadas pelo professor e, na medida
(aqui a criatividade é sempre bem-vinda); as perguntas e co- do possível, relacionadas com o comentário já planejado para
mentários que serão feitos para cobrir os subtemas tratados fechar o subtema da lição.
no material de estudo; qual o significado prático para a vida Por fim, os pontos expostos neste texto buscam mostrar
dos alunos – aplicar é traduzir aquele assunto para a vida; e como a devida preparação é fundamental para formar um
qual a atividade a ser cumprida durante a semana, atividade ambiente de ensino que transforme pessoas. Cristo ensi-
esta que precisa estar associada ao tema (alguns exemplos nou para restaurar vidas e esse é o ideal de todo instrutor de
são: ouvir uma música, ler algum trecho bíblico ou assistir a CLs e professor da Escola Sabatina, sob influência do Espíri-
um vídeo). Este roteiro deve ser feito sempre, mesmo que haja to Santo. Quando o foco da preparação está no tema, sim-
uma divisão de tópicos entre os alunos, o que tende a evitar plesmente, existirão apresentações ricas e eloquentes, mas
que se fuja do tema durante a discussão. sem o sentido que existia nas falas de Cristo. Quando o alvo
Ao pensar a apresentação com perguntas evita-se a tra- da apresentação é o tema existirão pequenos sermões em
ESTUDAR • VIVER • ENSINAR

dicional disputa entre alunos e instrutores pela oportunidade cada classe, mas sermões caem no esquecimento. Já quando
de falar. É comum ver instrutores que querem “transmitir” o o foco está nas pessoas, como Cristo fez, será possível ver
conhecimento, não dando espaço para os estudantes. Aqui que todo e qualquer tema bíblico (mesmo os mais difíceis) en-
vai outra reflexão: as Unidades de Ação e PGs não são locais contrarão existência na vida de alguém. Afinal, as verdades
de luta pelo “poder da fala”, sob a justificativa de que o “tempo ensinadas só têm sentido quando há alguém para vivê-las.
REDE
de Pastoreio
UNIÃO LESTE BRASILEIRA
R u a J o ã o M a rq u e s O l i v e i ra , 8 1 9 .
B a i rro B u ra q u i n h o
La u ro d e F re i t a s – B A
C EP 4 2 . 7 1 0 - 9 0 0

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