ARTE E FILOSOFIA AFRO

BRASILEIRA
Artista – Gilberto Gil

Gilberto Passos Gil Moreira (1942) mais conhecido como Gilberto Gil, nasceu em
Salvador – BA, é um cantor, compositor e ex-político brasileiro. O candomblé, cabelo
crespo, as comidas e costumes que dão identidade para os negros no Brasil, estão e
sempre estiveram fazendo parte das composições do ex-ministro da cultura. Ele
destacava que deveríamos insistir na multiplicidade e na diversidade de nossas
definições, para que houvesse o avivamento da identidade negra. Uma de suas obras
como músico é, Oração Pela Libertação Da África do Sul, no qual, escreveu em
1985, quando não havia mais escravidão nem no Brasil nem na África do Sul. Porém
ele se refere ao Apartheid, regime racista que discriminava os negros na sociedade
sul-africana. Gil chama o Apartheid de escravidão, porque de fato os negros e
mestiços daquele país eram tratados como cidadãos de segunda categoria, não
desfrutando dos mesmos direitos dos brancos.
 
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BRASILEIRA
Artista - Mateus Aleluia

Mateus Aleluia (1943) nascido em Cachoeira – BA, é um cantor e

compositor brasileiro. Se mudou para Angola em 1983, onde passou a
desenvolver um trabalho de pesquisa cultural para o governo angolano.
Em 2002, regressou ao Brasil. Desde então, sua obra se caracteriza por
temas da cultura afro-brasileira, do candomblé e da filosofia. Em 2017
lançou Fogueira Doce, produzida de maneira independente e
estabelecendo a conexão Brasil e África. As 12 canções do disco estão
baseadas no conceito afro-barroco desenvolvido pelo artista.
 

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BRASILEIRA
Artista – Carlinhos Brown

Antônio Carlos Santos de Freitas (1962) mais conhecido como

Carlinhos Brown, nasceu em Salvador – BA, é um cantor, compositor e
candomblecista brasileiro. Seu nome artístico é uma homenagem à James
Brown e H. Rap Brown, líderes da música negra na década de 70. Com
trabalhos realizados por todo Brasil e no exterior, o que se vê não é só o
avanço do artista, mas, principalmente da cultura afro-brasileira. Brown
promove um resgate da cultura africana em suas letras com muitas
referências à orixás e ritos religiosos do candomblé, usa a música para se
aproximar de questões sociais e também é responsável pela criação do
Museu Du Ritmo, que abrigou o primeiro centro de música negra do
mundo.

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Artista – Martinho da Vila

Martinho José Ferreira (1938) mais conhecido como Martinho da vila,

nasceu em Duas Barras – RJ, é um compositor, cantor e escritor. Em
1988, criou o memorável enredo Kizomba – a festa da raça. Apresentou
no teatro municipal do Rio de Janeiro em setembro de 2000, seu projeto
Concerto Negro, enfocando a presença da cultura negra na música
erudita. Escreveu alguns livros, como, Ópera Negra (1998), onde exalta
as qualidades da raça negra, reivindica igualdade de oportunidades na
sociedade e aponta a discriminação racial e social, sobretudo às classes
pobres, pretas e oprimidas, incentivando-as ao combate suave em prol
daquilo que o negro tem direito, como cidadão brasileiro.

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Artista – Elza Soares

Elza da Conceição Soares (1930) mais conhecida como Elza Soares,

nasceu no Rio de Janeiro – RJ, é uma cantora, compositora e militante
brasileira, tendo uma das vozes da luta contra o racismo, machismo e
todas as formas de opressão. Ela é um ícone na luta por justiça no Brasil.
A música não só para Elza, como para outros artistas negros, foi uma
ferramenta potente para alcançar uma vida melhor do ponto de vista
econômico e material. O olhar sensível para as desigualdades sociais,
raciais e de gênero, fez desse dom de Elza um canal importante para
enfrentar as injustiças do mundo. Em sua obra A Carne, lançada visando
a consciência negra, ela faz uma crítica à discriminação racial e
desigualdade social.

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Pensadora – Angela Davis

Angela Yvonne Davis (1944) mais conhecida como Angela Davis,

nasceu em Birmingham – Alabama, é uma professora e filósofa socialista
estadunidense que ficou reconhecida mundialmente por sua militância no
partido comunista e sua participação ativa nos movimentos negros e
feministas, no grupo Panteras Negras. Em 1981, escreveu seu livro
Women, Race e Class, onde descreve um poderoso cenário histórico e
crítico das ligações entre a luta anticapitalista, a luta feminista, a luta
antirracista e a luta escravagista, passando pela problemática
contemporânea da mulher, realçando a luta das mulheres negras contra a
exploração que ainda se perpetua no presente.

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Pensadora – Bell Hooks

Glória Jean Watkins (1952) mais conhecida como Bell Hooks,

nasceu em Hoekinsville – Kentucky, é escritora, crítica cultural, feminista
e ativista estadunidense. Seus principais estudos estão dirigidos à
discussão sobre raça, gênero, classe e as relações sociais opressivas,
como enfoque em temas como, história, feminismo e educação. Hooks já
escreveu mais de trinta livros dos mais variados gêneros, como críticas
culturais, teorias, memórias e outros. Dentre suas obras, há o livro Black
Looks, publicado em 1992, no qual discute sobre as formas alternativas
de se observar a negritude, buscando criar uma intervenção radical na
forma como se fala de raça e representação. Outra obra muito conhecida
que aborda essa perspectiva ativista, é o livro Ain´t I A Woman – Black
Women And Feminism.
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Pensador – Joel Rufino

Joel Rufino dos Santos (1941 – 2015) mais conhecido como Joel
Rufino, nasceu no Rio de Janeiro – RJ, foi historiador, romancista e
intelectual engajado na causa negra, tendo sido um dos nomes de
referência sobre o estudo da cultura africana no Brasil. Atuou como
subsecretário de defesa e promoção das populações negras do Rio de
Janeiro. Foi censurado e exilado por seus ideais serem contra à ditadura
militar, devido isso, foi morar na Bolívia, porém, em 1973, quando
retornou ao Brasil, foi detido. Uma de suas principais obras é o livro
Zumbi, onde é narrada a biografia do líder negro, a criação, a resistência e
a destruição.

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Pensadora – Conceição Evaristo

Maria da Conceição Evaristo de Brito (1946) mais conhecida como

Conceição Evaristo, nasceu em Belo Horizonte – MG, é professora,
escritora e militante. Por essa razão, sempre registra sua participação em
eventos relacionados à militância política social. Como escritora, possui
entre suas obras principais, o romance Ponciá Vivêncio, escrito em 2003,
onde é abordado temas muito discutidos por ela, como, a discriminação
racial, de gênero e de classe. Sua luta principal está no reconhecimento da
mulher negra como legítima, produtora do saber e difusora do
conhecimento. Por isso, segue na crença de que escrever e contar
histórias, é a melhor maneira de enfrentar o preconceito.

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Pensador – Frantz Fanon

Frantz Omar Fanon (1925 – 1961) mais conhecido como Frantz

Fanon, nasceu na ilha da Martinica, no Caribe francês, foi um psiquiatra,
ensaísta e militante político ao lado da Frente de Libertação Nacional da
Argélia (FLN), com a qual compartilhava a causa independentista. Além
disso, fez parte de um grupo de intelectuais negros, onde contribuiu para
aclarar não só a história, mas também, reflexões e debates
contemporâneos. Como um anticolonialista radical, ajudou a esclarecer
impactos do racismo do colonialismo. Fanon escreve em sua obra
póstuma, The Wretched of the Earth - publicada após sua morte em
1961-, o manifesto de um combatente que afirma a necessidade da
violência para enfrentar e superar a colonização.

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