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PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL

Marconi Raphael de S. Rêgo


PRÓTESE
Trata da reposição de dentes e tecidos bucais faltantes

por elementos artificiais que devem reproduzir a

anatomia e a função, restabelecendo ao paciente a

estética e a fonética, proporcionando saúde e conforto,

protegendo as estruturas remanescentes e restabelecendo

o equilíbrio do sistema estomatognático.


Kliemann, 1999.
PRÓTESE
Quanto a perda de elementos dentários
• Totais – para desdentados
• Parciais- pacientes com perdas de elementos dentários
•Quanto ao suporte :
•Sobre mucosa – mucossuportada
• Sobre elementos dentários - dentossuportadas
•Sobre mucosa e dentes - dentomucossuportada
• ou implantosuportadas
Quanto a fixação
Fixas - PPF
Removíveis – PPRs e PTs
PRÓTESE PARCIAL
REMOVÍVEL
 Parciais - pacientes com perdas de ALGUNS OU VÁRIOS elementos
dentários

Removíveis – dependem de elementos de fixação no interior da boca,


porém podem ser removidas em determinadas ocasiões (limpeza e
assepsia da prótese e da cavidade bucal, em separado)
ANTIGAMENTE admitia-se unilateral.
PRÓTESE PARCIAL
REMOVÍVEL
Biomecânica aplicada à PPR
Rego. M.R.S.
Biomecânica aplicada
Às Próteses Parciais
Removíveis
KAISER, F - PPR no Laboratório. Curitiba: Editora Maio,
2002.
KLIEMANN, C,; OLIVEIRA, W. - Manual de Prótese Parcial
Removível. São Paulo: Livraria Santos Editora Com. Imp.
Ltda, 1ª ed, 1999.
TAMAKI, Todachi – . São Paulo: Sarvier, 1975;
TODESCAN, Reynaldo; SILVA, E.E. B; SILVA, O J – Atlas de
Prótese Parcial Removível. São Paulo: Livraria Santos
Editora, 1998.
Biomecânica aplicada à
PPR

Pilar – é o dente sobre


o qual as estruturas de
retenção e estabilização
estarão colocados , para o
pleno funcionamento da
PPR

Rego. M.R.S.
Biomecânica aplicada à
PPR
Conceito:
Estuda as relações dos fenômenos
mecânicos sobre organismos vivos.
Leva em consideração a forma que os
esforços mecânicos são transferidos pela
PPR e como são recebidos pelos tecidos de
natureza biológica diferentes( dentes e
fibromucosa)
Kleimann, C.
Forças que atuam sobre a PPR
e são transmitidas aos pilares
- Verticais (deslocamento e assentamento)
- Horizontais (forças laterais)
- Torcionais( rotacionais – ocorrem sobre um
eixo)

Rego. M.R.S.
Movimentos que as PPRs
podem sofrer
ROTAÇÃO

TRANSLAÇÃO
Rego. M.R.S.
Rego. M.R.S.
Classificação das
PPR quanto ao
suporte
Dentosuportadas

Dentomucosuportadas
Biomecânica aplicada à
PPR
Sem pilares na extremidade
posterior dos espaços edêntulos.

Eixo de
rotação
real
Biomecânica aplicada à
PPR
Sistema de suporte dento-mucosuportado - ALAVANCA

Suporte da
Suporte a mucosa a
esforços de esforços de
tração sobre o Rego. M.R.S.
mastigação = de
dente= 0,1mm 1 a 3 mm
Sistema de suporte dento-mucosuportado
- ALAVANCA -
Quantos mais dentes
repusermos, maior
será o braço de
alavanca, sendo
maior a incidência de
carga sobre os
sistemas de suporte
(dente e mucosa),
gerando maior
deflexão do mesmo.
Biomecânica aplicada à
PPR
Sem pilares na extremidade
posterior dos espaços edêntulos.

Sistema
de
alavanca
Diminuindo os efeitos deletérios sobre o
sistema de suporte

- Diminuir o nº de dentes a
repor ( Reduz a alavanca);

- Colocar o apoio mais


afastado da área edêntula;

- Estender ao máximo a
área basal ate a papila
retromolar (Distribui a
carga sobre uma
superfície maior) .
Biomecânica aplicada à
PPR
Com pilares nas extremidades
dos espaços edêntulos

Sistema de viga simples


Biomecânica aplicada à
PPR
Com pilares nas extremidades
dos espaços edêntulos

A força aplicada em
A será distribuída
aos conectores B e
depois transmitidas
aos dentes pilares.

Sistema de viga simples


Com pilares nas extremidades
dos espaços edêntulos
Biomecanica quanto à
distribuição de forças
Presença ou ausência de
pilares posteriores.

Lembrar classificação de KENNEDY


CLASSIFICAÇÃO DE
KENNEDY

Classe I: Desdentado posterior


bilateral.
Classe II: Desdentado posterior
unilateral.

se
Classe III: Desdentado posterior
intercalar
ClasseIV:Desdentado anterior, envolvendo a linha
mediana, ou seja, ausência dos 2 incisivos centrais
( NO MÍNIMO ) .
REGRAS DE APPLEGATE
1. A classificação deve ser posterior às extrações.
2. Não se leva em conta a ausência do terceiro
molar, se este não for recolocado;
3. Se a área correspondente ao segundo molar não
for reposicionada, esta não deve ser considerada
para efeito de classificação;
4. Quando existem zonas edentadas adicionais na
mesma arcada, a zona ou as zonas mais posteriores
regem a classificação;
5.As zonas edentadas adicionais às que
determinam a classificação primária
são indicadas como modificações dessa
classe e são identificadas por um
algarismo arábico.
Classe III, modificação 1
6. A extensão da zona modificante não
influi, mas o fator determinante é o seu
número.
7. Só as classes I,II,III podem ter
modificações. A classe IV não sofre
modificações.

Rego. M.R.S.
Biomecânica aplicada à
PPR
Com pilares nas extremidades
dos espaços edêntulos
Com pilares nas extremidades
dos espaços edêntulos
Atenção!!!!!!!!!!
Devido ao torque pela ação da alavanca
distal sobre o dente NUNCA se coloca o
apoio próximo da região edêntula nos
casos de extremidades livres ( sem pilar
posterior)
Atenção!!!!!!!!!!
Biomecânica aplicada à
PPR
Sem pilares na extremidade
posterior dos espaços edêntulos.

Desenho incorreto dos apoios


Biomecânica aplicada à
PPR
Biomecânica aplicada à
PPR
SEM PILARES NA EXTREMIDADE
POSTERIOR DE UM DOS ESPAÇOS
EDÊNTULOS.

Classificação de Kennedy??????
Biomecânica aplicada à
PPR
Avaliação e estudo inerente à construção de
próteses parciais: removíveis, fixas
convencionais e adesivas, através de
pesquisa realizada em laboratórios de
próteses
Navarro, Hamilton.
Tese: Apresentada a Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia para obtenção do grau de
Livre-Docente.
São Paulo; s.n; 1995. 272 p. ilus, tab.
Foi feita uma pesquisa em 34 laboratórios de
prótese da Grande São Paulo para verificar a
porcentagem de próteses unitárias, parciais
)
fixas convencionais, adesivas e próteses parciais
removíveis realizadas. Foram feitas estimativas
mensais fornecidas pelos técnicos de
laboratórios, bem como visitas para a colheita
de dados para a execução de gráficos
ilustrativos e posterior análise estatística. Os
modelos com interesse didático foram
fotografados. Observou-se que a prótese
removível é realizada em porcentagem elevada,
bem como as prótese fixas unitárias.
As próteses adesivas são feitas em pequena
escala. Foi verificado que os cirurgiões-
dentistas, não se preocupavam com o
)
planejamento, preparo de boca e delineamento
dos modelos, não dando a devida importância à
área edentada. Em relação à prótese parcial
fixa, observou-se que os cirurgiões-dentistas
não se preocupavam quanto a qualidade do
trabalho, pois não preparavam corretamente os
dentes, não realizavam troquéis e não faziam a
delimitação dos mesmos.
Biomecânica aplicada à
PPR
Princípios de Roth
aplicados às PPRs
RETENÇÃO
É a força contrária á cargas
funcionais que atuam
sobre a prótese no sentido
gengivo-oclusal, como, por exemplo,
durante a mastigação de alimentos
pegajosos.
RETENÇÃO
Retenção direta: dada pelos elementos de
retenção: GRAMPOS ou encaixes(attachments)
SUPORTE
É a resistência às forças que atuam
sobre a prótese no sentido ocluso-
cervical, durante a mastigação de
alimentos duros.
Lembrando: PPR são próteses de
suporte do tipo:
Dentosuportadas
Ou
Dentomucosuportada
SUPORTE
Estruturas do paciente
envolvidos no suporte:
1.Dentes (nichos) ;
2. Mucosa;
3. Base óssea suprajacente à
mucosa e dentes.
SUPORTE
Componentes protéticos
envolvidos:
1.Apoios;
2. Superfície basal da sela;
3. Conectores maiores das
proteses maxilares.
SUPORTE
Nesse momento é importante que lembremos que a mucosa e o
ligamento periodontal que suportam os dentes tem diferentes GRAUS
DE RESILIÊNCIA ;
RESILIENCIA pode ser entendindo como a quantidade de
deformação (ou de flexibilidade) que um corpo pode sofrer quando
sobre ele incide sobre o mesmo uma determinada força, sem perder
suas características, voltando a sua posição original após a remoção
da aplicação da mesma!

Tecido Resiliencia Resiliencia Resiliencia


minima maxima média
Mucosa 1mm 3 mm +/- 1,5 mm
Ligamento 0,05mm 0,5 mm +/- 0,1mm
periodontal ( só???)
Força aplicada sobre o pilar
X
resiliência da mucosa
BIO
ME
CÂN
ICA
APL
ICA
DA
À Suporte a Suporte da
PPR esforços de mucosa a
tração sobre esforços de
o dente= mastigação =
0,1mm de 1 a 3 mm
ESTABILIDADE
É a capacidade da prótese e
resistir às forças que atuam sobre
plano horizontal, a partir de contatos
oclusais que ocorrem
transversalmente, no lado de trabalho.

A estabilidade impede que a prótese se


desloque ou rotacione.
ESTABILIDADE
Depende:

-Do número, distribuição e da mobilidade dos


dentes remanescentes (incluindo os pilares);
- Do tipo de rebordo e sua resiliência;
- Da relação da prótese com os tecidos
paraprotéticos;
- Da viscosidade da saliva;
- Da relação interoclusal.
ESTABILIDADE
Componentes protéticos de estabilidade:
 Grampos
 Apoios,
 Sela,
 Conectores maiores
 Conectores menores
Reciprocidade
Dada pelo conjunto do braço de
retenção e com o braço de oposição(
ou reciprocidade)
Abraçamento de elemento dental
sem deslocamento do mesmo.
Reciprocidade
Biomecânica aplicada à
PPR
Classificação dos rebordos segundo Elbrech
Kliemann, C.
Manual de Prótese Parcial
Removível.

Capitulo 1, pág. de 1 a 8 (só até


o ítem 10)

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