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CONCRETO DE Prof.

Ricardo Fiorotti

CIMENTO PORTLAND Laís Costa


INTRODUÇÃO
O concreto é fabricado com cimento, agregados, aditivos químicos,
aditivos minerais e água, compreende em quantidade o maior de todos
os materiais sintetizados.

O desempenho do concreto depende da qualidade dos ingredientes, de


suas proporções, localização e condições de exposição.

O cimento Portland é produzido a partir de sílica, óxidos de


alumínio, cálcio e ferro, moídos e misturados submetidos a altas
temperaturas (~1450°C)
COMPONENTES DO CIMENTO
PORTLAND
Principais fases do cimento Portland
 Silicato tricálcico ( 3CaO.SiO2) – C3S;
 Silicato dicálcico (2CaO.SiO2) – C2S;
 Aluminato tricálcico (3CaO.Al2O3) – C3A;
 Fase ferroaluminatos de cálcio ( 4CaO.Al2O3.Fe2O3) – C4AF;
No clínquer comercial essas fases não se encontram na fase pura, estão combinadas com Mg, Na, P,
entre outros elementos
COMPONENTES DO CIMENTO
PORTLAND
C3S (ou alita)
50-60% da constituição do cimento Portland
responsável pelo desenvolvimento da resistência
C2S (ou belita)
contribui pouco com o desenvolvimento da resistência até os 28d, pronunciado em idades maiores
C3A
4-12% da constituição do cimento Portland
responsável pelo enrijecimento
C4AF
também encontrada como C2F, C6AF2, C4AF, and C6A
auxília no enrijecimento
NBR
16697
similar
CP I

CP
V
CP IV

CP III
NBR 16697:2018
COMPONENTES DO CIMENTO
PORTLAND
Silicato tricálcico

A hidratação do C3S funciona de forma bastante similar ao cimento Portland,


regido pela equação abaixo:

Equação é estimada, pois há variações na composição do C-S-H

Estimativa do C/S, C3S não reagido


e CHQDRX é usado para determinar C3S não reagido
TG, DTG, DTA, DSC, QDRX, IR, MEV foram aplicados para estimar o cal
COMPONENTES DO CIMENTO
PORTLAND
Silicato tricálcico

>80%

Em 1 ano assume que todo C3S hidratou

Fig. 1 - Fração do C3S consumido em


COMPONENTES DO CIMENTO
PORTLAND
Silicato tricálcico
Estudos de calorimetria de condução:
I – pré-indução: C3S em contato com a água, rápida evolução
do calor que cessa com 15-20min
II – dormente (ou indução): C3S não reage nesse período
cimento é plástico e trabalhável
III - o C3S recomeça sua hidratação
término da pega do cimento
IV - após atingir um novo pico, a taxa de hidratação do C3S
torna a diminuir
V - a hidratação do C3S é lenta e controlada
Das teorias que explicam o período de indução Tadros et al., consideram positivo potencial zeta da
hidratação C3S, indicando a possibilidade de quimisorção de íons Ca na superfície, resultando em uma
camada que poderia servir de barreira entre o C3S e a água.
COMPONENTES DO CIMENTO
PORTLAND
Silicato dicálcio

Hidratação do C2S:

Equação é estimada, pois há variações na composição do C-S-H

Diferenças com C3S:


• A hidratação do C2S libera menos calor do que a do C3S, por isso uma curva de
calorimetria de condução não é capaz de identificar picos durante a reação
• C2S forma menos CH comparado ao C3S
• A hidratação do C2S é mais lenta que a do C3S
COMPONENTES DO CIMENTO
PORTLAND
Silicato dicálcio

Com 28d:
C3S reagiu cerca de 80%
C2S reagiu menos de 30%

C2S vai ter hidratado


aproximadamente 90% quando
atingir a idade de 1 ano
COMPONENTES DO CIMENTO
PORTLAND
Aluminato tricálcico
Apesar do baixo teor, o C3A tem significativa influência nas reações iniciais,
sua hidratação é controlada com adição de gesso

 A reação do C3A com gesso forma etringita, que posteriormente se converte em


monosulfato
 Reação do C3A com água gera os produtos instáveis C2AH8 e C4AH13
 Altos teores de C3A podem levar a problemas de durabilidade
COMPONENTES DO CIMENTO
PORTLAND
Fase ferro aluminato de cálcio

Constitui de 8-13% do cimento Portland


É conhecida como fase ferrita, porque pode ter composição variável

C3A e C4AF são considerados com comportamento bastante similar,


principal diferença é que o C4AF tem uma reação mais lenta
COMPONENTES DO CIMENTO
PORTLAND
Comportamento

Ordem resistência relativa dos componentes: Ordem resistência relativa dos componentes:
10d e 14d - C3S > C2S > C3A > C4AF 10d - C4AF > C3S > C2S > C3A
1 ano - C3S > C2S > C3A > C4AF 14d - C3S > C4AF > C2S > C3A
1 ano - C3S > C2S > C4AF > C3A
HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
PORTLAND
Embora os estudos de hidratação dos compostos de cimento puro sejam úteis no
acompanhamento dos processos de hidratação do próprio cimento Portland, eles
não podem ser aplicados diretamente devido a interações complexas

Observe!
C-S-H não tem a mesma composição sempre
O teor de Ca+ e OH- em solução afeta a velocidade de hidratação
Aos 28d os compostos hidrataram:
• belita e a ferrita – ~50-60%
• aluminato – ~80-90%
• alita – ~90%

Em 1 ano os compostos hidrataram:


• aluminato e ferrita – 100%
• alita – >90%
• belita – ~80-90%

Aos 90 dias quase nenhuma alita ou


aluminato podem ser encontrados
HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
PORTLAND
A taxa de hidratação dos compostos depende do tamanho do cristal do composto,
imperfeições, tamanho das partículas de cimento, distribuição do tamanho das partículas de
cimento, taxa de resfriamento, área superficial, presença de misturas e temperatura

a/c mínimo para completa hidratação é de 0.35-0.4 (alguns estudos registram 0.22)
A calorimetria da hidratação do cimento é similar a do C3S a diferença é a adição de um
terceiro pico para a formação de monosulfato

Produtos de hidratação:
C-S-H gel
Ca(OH)2
Etringita (fase AFt)
Monosulfato (AFm)
Possivelmente fases amorfas ricas em íons Al+ e SO4
HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
PORTLAND
C-S-H
Amorfo ou semicristalino
teor C/S depende do tempo de hidratação:
. 1d C/S=2
. vários anos C/S=1.4-1.6

CH
Cristalino
20-25% dos materiais sólidos
HIDRATAÇÃO DO CIMENTO
PORTLAND
Etringita (AFt) Monosulfato (AFm)
Formada nas primeiras horas, perdura no Formado a partir da conversão da etringita
cimento apenas por alguns dias. Constitui em torno de 10% do material sólido do
cimento
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Pega
O tempo para o enrijecimento da pasta de cimento (perda de trabalhabilidade)
é dado pela pega

 Definido pelo início e fim de pega.


 O gesso é o maior responsável pelo adiamento da hidratação dos aluminatos e maior
tempo de pega
 Ausência de gesso ou gesso desidratado gera os fenômenos de pega imediata e falsa
pega
 Hidratação do C3S começa junto com o começo da pega
 A cristalização da etringita é o maior responsável pelo começo da pega
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Microestrutura
Constitui a natureza do corpo sólido e a da porção não sólida, a saber, a
estrutura porosa.

As características microestruturais dependem de:


 natureza física e química do cimento
 o tipo e a quantidade de mistura adicionada ao cimento
 a temperatura e o período de hidratação do cimento
 ao fator a/c
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Microestrutura
O estudo da microestrutura engloba:
 morfologia
 ligações de superfície
 área superficial
 densidade
 porosidade
 formato dos poros
 distribuição dos poros

As técnicas mais eficientes são: Microscopia Eletrônica de Transmissão (TEM) e


Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Microestrutura
Tipos de C-S-H:
 Tipo I – Característico de pequenas idades
Partículas alongadas e fibrilares
 Tipo II – Partículas em formato de colmeia ou reticulares formados em conjunto com o Tipo
I Só ocorre em pastas de C3S e C2S na presença de aditivos
 Tipo III – Característica da pasta endurecida
Partículas achatadas ou geométricas;
 Tipo IV – Um produto de hidratação tardio, compacto e formato ondular;
C-S-H tipo I

C-S-H tipo III

C-S-H tipo IV

C-S-H tipo II
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Ligações
A fase C-S-H é o principal ligante no cimento Portland, a estrutura exata do C-S-H não
é facilmente determinada
O modelo mostra possíveis maneiras pelas quais grupos siloxanos, água e íons cálcio podem se
ligar ao C-S-H por ligação de superfícies ou entre camadas de C-S-H mal cristalizado
Os espaços vazios do tetraedro de sílica vão se associando com cátions, como por exemplo o Ca++

Modelo sugerido para a ligação do C-S-H


PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Densidade
A densidade é um parâmetro bastante simples pois depende apenas da massa e do
volume do material a uma determinada temperatura.
Uma avaliação precisa da densidade, é uma dos fatores mais importantes na
determinação da porosidade da matriz e durabilidade

 Densidade da pasta de cimento hidratada é feita por métodos picnométricos usando solução
satura de cal, estando as amostras no estado d-dry
Amostra com 11% de r.h. feita em solução saturada de cal encontrou 2.38g/cm³ enquanto
em picnometro a helio é 2.35g/cm³
O valor mais alto da ensaio em solução de cal é a pentração da água nas posições
interlayer
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Métodos de secagem de amostra – D-dry
Removal of some bound water; preservation of the microstructure of hardened samples;
slow method for arresting hydration(Scrivener et al, 2016)
Método de secagem pouco agressivo

Consiste em posicionar a amostra em um dessecador a vácuo, onde no seu


fundo há um dispositivo que está em banho de gelo e álcool (-79°C),
criando uma a pressão do vapor da água no ambiente é 5104 Torr (678832
Pa) (Korpa e Trettin, 2006)
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Métodos de secagem de amostra – D-dry

Comparando técnicas de secagem de amostra


Troca de solvente e d-dry para amostras p/ BET

O d-dry não retira a água de poros menores que


2nm, assim não foi possível acessar esses poros

Scrivener et al (2016)
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Estrutura dos poros
A estrutura dos poros influencia no desenvolvimento da resistência e durabilidade do
concreto

Normalmente determinada por porosimetria de mercúrio ou nitrogênio (mais comum


atualmente), e ainda por adsorção de água;

envolve forçar o fluido nos poros vazios de um corpo pela aplicação de


pressão, mede diâmetros de poros até cerca de 3 nm
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Área superficial
Área superficial é a área disponível aos gases ou fluídos por meio de poros e área
externa

Raio hidráulico define a característica geral de uma estrutura de poros, definido como a
relação entre o volume total dos poros e a área superficial.
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Propriedades mecânicas
A resistência mecânica da pasta de cimento hidratado depende da porosidade total,
tamanho, formato e localização dos poros.

Essa relação é descrita semi-empiricamente por algumas equações


Ryshkewitch

Schiller
M - resistência mecânica na porosidade M - resistência mecânica na porosidade
P P
M0 – resistência mecânica com D - é uma constante
porosidade zero PCR – porosidade com zero resistência
boa correlação com (relacionada
b – constante baixa porosidade
a posição e boa correlação com alta porosidade
forma do poro)
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Propriedades mecânicas
Existe uma grande quantidade de teorias sobre o efeito do clínquer na resistência, como a
composição, perda ao fogo e teores de material alcalino, no entanto os resultados são
conflitantes e sem consenso.

No entanto, sabe-se que a textura, finura, distribuição de tamanho das partículas e quantidade de
gesso, terão uma influência significativa na resistência potencial do cimento

Permeabilidade
Definida como a taxa de movimentação da água pela matriz, sob um gradiente de
pressão – diretamente relacionada a porosidade
PROPRIEDADES DA PASTA DE
CIMENTO
Variações dimensionais
Trata de alterações no volume sólido, volume aparente, porosidade e algumas
mudanças químicas (excluindo a hidratação) que ocorrem por longos períodos de
tempo.

 O volume da pasta de cimento varia com o seu teor de água, encolhendo quando seco e
inchando quando re-molhado.
 O concreto exibe o fenômeno da fluência, envolvendo deformação a uma tensão constante
que aumenta com o tempo (em parte, irrecuperável, assim como a retração por secagem)
A fluência aumenta com fator a/c, sendo sensível à umidade relativa e ao teor de água.
Também pode ser afetado por misturas.
MODELOS PARA O CIMENTO
HIDRATADO
Existem modelos com objetivo de prever a organização e performasse do cimento
hidratado
Powers-Brunauer Feldman-Sered
Considera uma estrutura cristalina O gel é considerado formado por camadas de um
em camadas, onde as partículas são silicato pouco cristalino
ligadas por Van der Wall

O gel nos poros é acessível somente


por 2 moléculas de água, o espaço
não ocupado por gel é considerado
capilar
PROPRIEDADES DO
CONCRETO
Concreto = cimento + agregado miúdo e graúdo + água + aditivo + adições

60-80% do volume

Agregado graúdos para concretos até C40 são a parte mais resistente da matriz
PROPRIEDADES DO
CONCRETO
Trabalhabilidade
A qualidade do concreto fresco é determinada pela facilidade e homogeneidade com a
qual pode ser misturado, transportado, compactado.
Também pode ser definida como a quantidade de trabalho interno necessário para produzir compactação completa
Não pode apresentar muita exsudação e segregação

Trabalhabilidade engloba fluidez, moldabilidade, coesão e compactação

Fatores que afetam a trabalhabilidade:


 fator a/c
 plastificantes e incorporadores de ar
 proporção de pasta e agregados
 tamanho máximos e distribuição dos agregados
 características de forma e superfície do agregado
PROPRIEDADES DO
CONCRETO
Pega
NBR 16607 – Tempo de pega do cimento

NBR 16697 define:


• Início de pega: >60min – todos os tipos de cimento
• Fim de pega: <600 min – para CP I, CP II e CPV
<720min – para CP III e CP IV
PROPRIEDADES DO
CONCRETO
Exsudação e segregação
A movimentação para assentamento do concreto fresco pode levar a exsudação e
segregação.
o Exsudação é a formação de uma camada de água na superfície do concreto, podendo criar
zonas de baixa resistência
o Segregação é a separação dos agregados graúdos da mistura, resultando em uma massa não
uniforme
PROPRIEDADES DO
CONCRETO
Exsudação e segregação

A exsudação pode ser reduzida


usando teores adequados de finos,
aumentando o teor de cimento e
os aditivos, como pozolanas, ou
aditivos que incorporadores de ar

Lamond e Pielert (2006)


PROPRIEDADES DO
CONCRETO
Propriedades mecânicas
O comportamento mecânico do concreto deve ser visto como um material compósito
O modelo simplificado para o concreto é um compósito contendo agregado incorporado em
uma matriz de pasta de cimento

Os fatores que influenciam o comportamento mecânico do concreto são:


 formato das partículas
 tamanho e distribuição das partículas
 concentração, orientação e morfologia dos agregados
 ligação entre as fases do compósito

O importante papel desempenhado pela pasta de cimento já está descrito.


DURABILIDADE DO
CONCRETO
Um dos requisitos mais importantes do concreto é que ele seja durável
sob certas condições de exposição
DURABILIDADE DO
CONCRETO
Reação álcali-agregado
Agregados são considerados inertes, no entanto alguns podem conter
sílicas reativas que na presença excessiva de alcalinas foram um gel
expansivo

A formação do gel expansivo cria tensões internas no concreto que fissura


num padrão específico.
Esse efeito pode aparecer em meses ou anos
DURABILIDADE DO
CONCRETO
Reação álcali-agregado
Três tipos de reação álcali-agregado:
 Reação alcali-sílica: causadas pela presença de sílica amorfa (opala, calcedônia, cristobalita,
tridimita) que reage com íons hidroxila e com os álcalis (sódio e potássio) no cimento, formando
um gel sílico-alcalino, que começa a absorver água e a se expandir, causando fissuras
 Reação álcali-carbonato: causada por certos calcáreos dolomíticos que também podem conter
argilominerais expansivos. O mecanismo de reação é diferente, não há formação de um gel
expansivo. A hidratação do magnésio da dolomita formando o mineral expansivo brucita
(Mg(OH)2).
 Reação álcali-silicato: causada pela presença de quartzo tensionado, quartzo microcristalino a
criptocristalino e minerais expansivos do grupo dos filossilicatos, um gel sílico-alcalino,
comumente presentes em quartzito. O mecanismo de expansão é similar a reação álcali-sílica
DURABILIDADE DO
CONCRETO
Carbonatação
Devido a penetração do CO2 e sua reação com os produtos de hidratação do
cimento, há a diminuição do pH da matriz que em valores inferiores a ~10
despassivisa a armadura e permite a ocorrência de corrosão

Processo:
1. Difusão do CO2 nos poros seguido pela sua dissolução na solução dos poros
2. Reação com um hidróxido álcali-metálico solúvel provavelmente reduz o pH permitindo
que mais Ca(OH)2 entre na solução
3. O Ca(OH)2 reage com o CO2 primeiramente formando Ca(HCO3) e depois CaCO3, que
precipita nas paredes dos poros;
4. O consumo do Ca(OH)2 reduz o PH levando também a quebra de outros compostos da
hidratação (C-S-H e sulfoaluminatos)
DURABILIDADE DO
CONCRETO
Exposição a água do mar

A água do mar contém uma diversidade de sais, ricos em cloreto e sulfato.


Por isso, a deterioração do concreto por água do mar é devido a diversos
ataques e reações simultâneas
DURABILIDADE DO
CONCRETO
Exposição a água do mar

Zona de Spray
Concreto exposto a atmosfera salina, está susceptível a corrosão da
armadura, devido a cloretos
Zona de Respingo

Além da corrosão da armadura devido a cloretos, concreto dessa


Zona Flutuação de Maré região é exposto a decomposição química de produtos hidratados,
erosão mecânica e umedecimento e secagem.
Zona Menos vulnerável
Submersa
DURABILIDADE DO
CONCRETO
Corrosão da armadura

Pode ser causada pela presença de CO2


(carbonatação) ou por íons Cl- (ataque
de cloretos)

Bertolini et al 2004
DURABILIDADE DO
CONCRETO
Corrosão da armadura

Por carbonatação Por ataque de


cloretos

Felix et al 2018
Bertolini et al 2004
DURABILIDADE DO
CONCRETO
Corrosão da armadura
DURABILIDADE DO
CONCRETO
Reações tardias
Íons sulfatos (presentes dentro do concreto ou de fonte externa) reagem com
portlandita e ocorre uma conversão do monosulfato em etringita tardia,
reação expansiva que gera fissuração

O sulfato pode vir:


• fontes internas – combinado ao C-S-H ou através de algum contaminante presente
na fabricação do concreto
• fontes externas – esgoto, água do mar, água de solos (devido a presença de
fertilizantes)
PRINCIPAIS
REFERÊNCIAS
1. RAMACHANDRAN, Vangipuram Seshachar et al. Handbook of thermal analysis of construction
materials. William Andrew, 2002.
2. LAMOND, J. F. & PIELERT, J. H. Significance of Tests and Properties of Concrete and Concrete-
Making Materials. Bridgeport: ASTM International, 2006
3. BERTOLINI, L. et al. Corrosion of Steel in Concrete. Weinheim: Wiley, 2004
4. FÉLIX, Emerson Felipe, et al. "Análise da vida útil de estruturas de concreto armado sob
corrosão uniforme por meio de um modelo com RNA acoplado ao MEF." Revista de la Asociación
Latinoamericana de Control de Calidad, Patología y Recuperación de la Construcción-
ALCONPAT 8.1 (2018): 1-15.
5. SCRIVENER, Karen; et al. A practical guide to microstructural analysis of cementitious materials. Boca
Raton: Crc Press, 2016.
6. KORPA, A.; TRETTIN, R. The influence of different drying methods on cement paste microstructures as
reflected by gas adsorption: comparison between freeze-drying (F-drying), D-drying, P-drying and oven-
drying methods. Cement and Concrete Research, v. 36, n. 4, p. 634-649, 2006.

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