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Capítulo 10: MASP

MASP: Métodologia de análise e solução de problemas, via PDCA

1. Identificação
2. Observação
P
3. Análise
4. Plano de Ação
D 5. Ação
C 6. Verificação
7. Padronização
A
8. Conclusão

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.1


1. Identificação

Especifique o tipo de problema,


usando diagramas sequenciais
(ver planilha 14):

1. Periódico (dente de serra)?


2. Episódico? (análise de falha)
3. Necessidade de melhoria?
4. Mudança de comportamento
(aumento ou decréscimo)?

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.2


1. Identificação

Defina o problema claramente: “Aumento do número de


defeitos do tipo A à partir de Agosto”.

Defina uma data para solução: “ Problema precisa ser resolvido


até dezembro”.

Nomeie um responsável pelo acompanhamento do plano de ação


(a ser definido): Antônio

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.3


2. Observação

Este tópico é composto (idealmente) de 4 pontos principais:

1. Estudo da literatura: procure padrões internos, especificações dos clientes,


normas oficiais, artigos publicados e patentes. Veja o apêndice 1 para uma
listagem de fontes.

2. Estudo do fenômeno: estude os dados atualmente disponíveis, usando as


ferramentas estatísticas.

Faça uma estratificação considerando pelo menos o seguinte:

Tempo (dia, noite, Sábado, Domingo, ...)


Local (primeiro, último, acima, abaixo, ...)
Tipo (de produto, de máquina, de matéria prima, de fornecedor,...)
Sintoma (porosidade, cavidades, trincas, oxidação, ...)

Use sempre ANOVA ou Comparação entre Médias, para comparações dentro de cada
estratificação.

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.4


2. Observação

3. Estudo do processo: faça um diagrama de fluxo do processo (apêndice 3)


e mostre onde está ocorrendo o problema. Verifique se os padrões de
operação foram (e estão sendo) cumpridos.

4. Observação no local : vá ao local de ocorrência e faça observação pessoal


da operação, até que o problema ocorra na frente dos seus olhos. Na
impossibilidade, entreviste as pessoas que viram a ocorrência.

No final faça um resumo do que foi observado.

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.5


3. Análise

Usando os dados obtidos na observação, e fazendo um “brain storm” com as


pessoas envolvidas, monte um diagrama “espinha-de-peixe” incluindo todas
as possíveis causas e então escolha as causas mais prováveis (aquelas que
tem dados atestando a validade), possíveis fatores agravantes e sintomas
intermediários, para
Fig. 2.18 Possíveis testes.
causas de peças fora de medida.

Material Mão-de-obra Método

Deficiência visual Troca devido


Material duro
à Férias
Material sem Pouco treinamento Padrão antigo
tratamento
Peça fora
da medida
Desalinhamento Bancada baixa Sistema
Métrico/ Inglês
Vazamento
Luz fraca

Máquina Meio-ambiente Medida

CAUSA EFEITO
(fator) (característica)

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.6


3. Análise (cont.)

Testando as causas mais prováveis: existem várias maneiras de se testar as


causas mais prováveis, como, análise de correlação, análise de Pareto, etc,
mas se possível use o método Taguchi (ou outro “PDE”) para planejar e
executar os experimentos. Para isto:
Análise técnico-científica para Identificação das variáveis influentes.

Análise de engenharia para Identificação dos níveis de trabalho.

Experimentos segundo arranjos para Descoberta dos pesos relativos entre


ortogonais as diversas variáveis.

Análise dos dados com uso de para Escolha da melhor situação,


diagramas de resposta maximizando relações S/R.

Experiência final com melhor


para Confirmação da melhor situação.
situação

Neste ponto as causas mais prováveis (e seus níveis) estão


provavelmente identificados, se não escolha outras possíveis causas para
testes. Confira se houve fatores agravantes e sintomas intermediários.

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.7


4. Plano de Ação

1
Monte uma estratégia de ações (esteja certo de que as ações estão
sobre as CAUSAS e não sobre os EFEITOS), incluindo etapas que
contemplem a causa mais importante, os fatores agravantes e os
sintomas intermediarios.

Monte um Plano de Ação, a ser monitorado pelo Antônio, usando


2
(5W 1H):

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.8


5. Ação

3 Eduque todas as pessoas envolvidas e faça o Plano de Ação


acontecer.

4 Acompanhe o andamento do Plano de Ação, através de


discussões com o Antônio, utilizando um “check list” e
fazendo cobranças das pessoas envolvidas.
( Cuidado com os efeitos colaterais)

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.9


6. Verificação
Antes

Faça uma comparação de 150


Depois
resultados (antes e depois do 100

Plano de Ação.) 50
150

100
0
A B C D E
50

0
A B C D E

Confira os resultados com um


diagrama sequencial. Indique no
eixo dos tempos o início e fim de
aplicação da ações.

Verifique se as ações de bloqueio foram eficientes. Se não volte a etapa de


observação.
Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.10
7. Padronização

Se as ações de bloqueio foram eficientes então escreva um Padrão de Operação


para o processo, incluindo as variáveis de controle mais importantes, e apresente
para colegas envolvidos. Rode então o SDCA:

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.11


8. Conclusão

• Liste os problemas remanescentes

• Planeje o que fazer com os problemas remanescentes

• Monte um diagrama de 3 gerações (como era, como ficou, como gostaria


que fosse)

• Verifique a possibilidade de ampliar esta solução para outros


problemas/produtos similares (Análise de Abrangência).

• Considere o que pode ser melhorado neste método (MASP) para ser usado
nos próximos problemas.

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.12


Exercício

1) Estude o “Capítulo.10_ Exemplo de MASP” e faça um resumo


deste exemplo, focando nas ferramentas estatísticas utilizadas.

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.13


Apêndice 1: Referências
Artigos internacionais (resumos):
http://scholar.google.com.br/
http://www.scirus.com/
Normas técnicas:
http://www.gedweb.com.br/

Livros:
1) “Estatística Aplicada à Engenharia”, D. Montgomery, G. Runger e N.
Hubele, LTC Editora.

2) “Estatística – Teoria e Aplicações, usando o Microsoft Excel”, D. Levine e


outros, LTC Editora.

3) Publicações da Fundação Christiano Ottoni, Belo Horizonte.


(Ex. TQC: Controle da Qualidade Total, Vicente Falconi Campos)

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.14


Apêndice 2: Fluxograma do processo (a)

Exemplo de fluxo de processo simplificado

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.15


Apêndice 3: Fluxograma do processo (b)

Exemplo de fluxo de processo mais detalhado

Estatística - Francisco Boratto Capítulo 8, p.16

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