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MACROECONOMIA

Origem: John Maynard Keynes


Obra: Teoria Geral do Emprego, Juro e da Moeda (1936)

Cenário: Grande Depressão dos anos 30

 Entre 1929 e 1932 produção industrial americana reduziu em 50%;

 Deflação de 30%;

 Desemprego 25%.

Motivo:
 Insuficiência de Demanda;

 Pensamento Econômico Neoclássico.


MACROECONOMIA
Anos 30: Keynes

As economias capitalistas não poderiam promover o pleno


emprego de forma autônoma, necessitando, assim, da
intervenção do Estado na Economia.

 A intervenção do estado dar-se-á por meio de políticas de


gastos públicos, política fiscal e política monetária.

 O envolvimento do Estado como articulador e regulador


dos problemas econômicos foi tão aceito que o conjunto de
suas idéias foram batizadas de “Revolução Keynesiana”.

 Keynesianos: variável chave do sistema: Investimento.


MACROECONOMIA

Anos 70: Friedman

 Estagflação: estagnação econômica, desemprego e altos


índices de inflação

 Contra-revolução: Milton Friedman

 Monetaristas: A Economia de mercado é auto-reguladora.

 Moeda: variável mais importante na determinação da


Demanda.

 Inflação: deve ser combatida a partir do controle do estoque


de moeda.
MACROECONOMIA
Metas de Política Macroeconômica:

 Alto nível de emprego (emprego dos fatores de produção:


terra, trabalho, capital, tecnologia e empreededorismo);

 Estabilidade nos preços (eliminar o processo de inflação);

 Distribuição de renda (justiça social, demanda em escala


maior);

 Crescimento econômico (meio para chegar ao


Desenvolvimento Econômico).
Políticas Macroeconômicas

Meios:

 Política Fiscal: instrumento que o governo dispõe para


arrecadar tributos, controlar as despesas e efetuar
investimentos (Ministério da Fazenda).

 Política Monetária: instrumento para controlar a liquidez do


sistema econômico (Bacen).

 Política Cambial: instrumento para atuar sobre a taxa de


câmbio (Bacen).
Medição da Atividade Econômica

A partir da medição da atividade econômica


podemos fazer uma análise da conjuntura
econômica do país em determinados períodos
de tempo, verificando porque ocorrem
períodos de expansão da economia e períodos
de recessão. Além disso, podemos apurar o
que deflagrou tal expansão ou recessão.
PIB

Produto Interno Bruto:

 Valor de todos os bens e serviços finais produzidos


dentro do território nacional, independentemente da
nacionalidade de empresa.

Órgão responsável: IBGE (www.ibge.gov.br)

Periodicidade: Anual
PIB
PIB per capita
PIB - Composição

COMPOSIÇÃO SETORIA DO PIB


5,60%

Primário
30,40%
Secundário
Terciário

64,00%
10,0
12,0
14,0
16,0

0,0
2,0
4,0
6,0
8,0

-6,0
-4,0
-2,0
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
TAXA DE CRESCIMENTO ECONÔMICO - 1970-2005

1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Política Fiscal

 Atuação do governo no que diz respeito à


arrecadação de tributos e gastos públicos.

Objetivo: promover o bem-estar da população mediante


obras de interesse da sociedade e eficácia na
arrecadação dos tributos. Além disso, ela busca o
crescimento econômico, o pleno emprego, distribuição
de renda, estabilidade dos preços, investimentos em
expansão etc.
Política Fiscal

Fluxos:

 Arrecadação

 Gastos
Política Fiscal

Curva de Lafer:

 O objetivo da curva de Lafer é demonstrar que a


partir de um aumento na alíquota de imposto a
arrecadação se eleva, mas existe um limiar máximo.
Após esse limiar a arrecadação tende a decrescer,
pois um expressivo aumento na alíquota irá provocar
a sonegação, bem como o desestímulo a atividade
produtiva.
Curva de Lafer

Arrecadação

Alíquota
Política Fiscal

 Déficit é uma situação em que o governo gasta


mais do que arrecada, ou seja, parte de seus gastos
não foi financiada pela arrecadação.

 Superávit é quando a arrecadação é maior que os


gastos do governo.
Política Fiscal

 Para Keynes os gastos públicos determinam no curto


prazo o nível do Produto Interno Bruto;

 Através da Política Fiscal o governo pode estimular e


até mesmo desestimular o crescimento da economia.
Política Fiscal

Expansiva:
 Aumento dos gastos públicos (investimento público);
 Redução da carga tributária (estímulo ao investimento
privado e ao consumo das famílias).

Restritiva:
 Redução dos gastos públicos;
 Aumento da carga tributária (desestímulo ao
investimento privado e ao consumo das famílias).
Efeitos da Política Fiscal

Expansiva Restritiva
Aumento dos gastos públicos e Redução dos gastos públicos e
redução da carga tributária aumento da carga tributária
Aumento nos investimentos Redução nos investimentos
Aumento no nível de emprego Queda no nível de emprego
Aumento na renda Queda na renda
Aumento no consumo Queda no consumo
Crescimento Econômico Recessão
Política Fiscal e
Crescimento Econômico
 A Política Fiscal pode desencadear um processo
de crescimento econômico a partir do aumento nos
gastos públicos (voltados para investimentos) e
redução nos tributos, estimulando a demanda e a
oferta agregada.

 Ou seja, com uma Política Fiscal expansiva.


Política Fiscal

 Nos anos 90 a carga tributária aumentou no país.

 No final dos anos 80 foi de 21,2% do PIB. Em 2002


chegou a 34% do PIB.

 Gasto Público: até início dos anos 90 o gasto com


investimento girava em torno de 3,5% do PIB, passando a
ser inferior a 2% ao final da década.
Política Monetária

 Intervenção governamental sobre o mercado financeiro


através do controle da oferta de moeda, atuando sobre as
taxas de juros e interferindo sobre a liquidez do sistema.

 Moeda: “algo” aceito pela coletividade para desempenhar


a função de meio de troca, denominador comum e reserva
de valor.

 Dinheiro: expressão monetária do valor.

 Taxa de Juros: é o preço do dinheiro.


Histórico da Moeda

FASES

 Escambo: troca realizada entre mercadoria x mercadoria, sendo


necessária a coincidência de desejos para que a troca se
realizasse.
Troca: ocorria através dos excedentes gerados pelas famílias
primitivas.

 Moeda Mercadoria: troca realizada a partir de uma “terceira”


mercadoria que cambiava as demais mercadorias.
Ou seja, a população passou a eleger um único produto como
referencial de troca. Variou no tempo e no espaço, são
exemplos o gado, o sal entre outras.
Moeda Mercadoria
Antiguidade até 410 D.C.
REGIÃO MOEDA
Egito Cobre
Babilônia Cobre, prata, cevada
Pérsia Gado
Índia Animais domésticos, arroz
China Conchas, seda, sal
Idade Média (410 a 1453)
Alemanha Gado, cereais, mel
Noruega Gado, escravos, tecido
Rússia Gado, prata
China Arroz, chá, sal, prata
Japão Cobre, pérolas, arroz
Idade Moderna (1453 a 1789)
Estados Unidos Fumo, cereais, madeira, gado
Canadá Peles, cereais
França Metais precioso, cereais
Japão Arroz
Histórico da Moeda
 Moeda Metálica: troca realizada com o uso de moeda cunhada,
onde o Soberano garantia o valor do metal (cunhagem da
esfinge do governante).
Utilização do cobre, bronze e ferro, que foram substituídos pela
prata e ouro, por uma questão de “Valor Econômico”.
Problema: o transporte a longas distâncias, em função do peso
e do risco de assalto. Após o século XIV o intenso fluxo
comercial na Europa exigiu uma nova forma de moeda, a
moeda papel.

 Moeda Papel: emissão de um certificado de depósito pelas


Casas de Custódia, onde se depositavam as moedas metálicas
sob “garantia”.
Os certificados passaram a circular e tomaram o lugar das
moedas metálicas.
Problema: as Casas de Custódia passaram a emitir recibos
sem lastro, necessitando da intervenção do Estado para corrigir
o volume de moeda em circulação.
Histórico da Moeda

 Moeda Fiduciária (Papel-Moeda): inicialmente lastreada em


ouro (o padrão ouro) abandonado após a II GM. Com o
acordo de Bretton Woods (EUA) a emissão foi lastreado
segundo as reservas em dólar de cada país, processo
abandonado em 1971. Atualmente os sistemas monetários
são fiduciários.
Funções da Moeda
a) Meio de Troca: intermediação da troca.

b) Denominador Comum: expressão monetária de diversas


mercadorias.

c) Reserva de Valor: é possível guardar para aquisições futuras


e para a acumulação de riqueza.

 A moeda deverá assumir estas três funções simultaneamente,


sendo assim uma moeda forte e confiável
Política Monetária
OFERTA DE MOEDA

 Controle das Emissões: Banco Central do Brasil (Bacen);

 Depósitos Compulsórios: depósitos que os bancos


comerciais efetuam junto ao Bacen, a partir de seus
depósitos a vista (Bacen controla a taxa);

 Open Market: compra e venda de títulos públicos balizados


pela Selic;

 Redesconto: liberação de recursos do Bacen a bancos


comerciais.
Política Monetária

DEMANDA DE MOEDA

 Transação: os indivíduos demandam por moeda para


efetuar o pagamento de suas transações (depende da
renda);

 Precaução: os indivíduos tendem a reter moeda por


motivos de doenças, desemprego (depende da renda);

 Especulação: é baseada na taxa de juros.


Política Monetária

EXPANSIVA

 Depósito compulsório: Bacen REDUZ taxa do compulsório junto


aos Bancos

 Open Market: Bacen COMPRA títulos;

 Redesconto: Bacen REDUZ a taxas de empréstimos e AUMENTA


prazos para pagamento aos Bancos.

 Conseqüência:
- AUMENTO da liquidez do sistema econômico.
- REDUÇÃO na taxa de juro.
Política Monetária

RESTRITIVA

 Depósito compulsório: Bacen AUMENTA taxa do compulsório junto


aos Bancos;

 Open Market: Bacen VENDE títulos;

 Redesconto: Bacen AUMENTA a taxas de empréstimos e REDUZ


prazos para pagamento aos Bancos.

 Conseqüência:
- REDUÇÃO da liquidez do sistema econômico.
- AUMENTO na taxa de juro.
Política Monetária
Expansiva Restritiva
Diminui oferta de moeda
Aumento na oferta de moeda
Eleva a taxa de juros
Reduz a taxa de juros
Reduz o nível de investimentos
Eleva o nível de investimentos
Reduz o nível de emprego
Eleva o nível de emprego
Reduz o nível de renda
Eleva o nível de renda
Reduz o consumo
Aumenta o consumo
Recessão
Crescimento Econômico
Política Monetária

Equilíbrio no Mercado Monetário

Taxa OM (Oferta de Moeda)


de
Juros

tx E

DM (Demanda de Moeda)

Quantidade de
Moeda
Política Monetária Expansiva

Aumento na Oferta Monetária

OM
Taxa
OM’  EFEITO: redução na
de
taxa de juros
Juros

tj¹ E

tj² E’
DM

Quantidade de
Moeda
Política Monetária Restritiva

Redução na Oferta Monetária


Taxa
de OM’
Juros  EFEITO: aumento na
tj² E’ OM
taxa de juros

tj¹ E

DM

Quantidade de
Moeda
Investimento X Taxa de Juros
 A expectativa de LUCRO é a variável que irá determinar a
decisão de investir por parte dos empresários.

 Porém, esta expectativa é baseada a partir da Taxa Interna de


Retorno (TIR) de um investimento, a qual é confrontada com o
Custo do Capital, ou seja, com a taxa de juros vigente no
mercado.

 A decisão de investir, então, depende da taxa de juros.

 Quanto MAIOR for a taxa de juros, MENOR será o nível de


investimento e vice-versa, ou seja, o investimento é
inversamente proporcional à taxa de juros.

 Em um cenário de Política Monetária Restritiva, onde os juros


são altos, o investimento privado reduzirá.
Investimento X Taxa de Juros

Nível de Investimento

Taxa
de
 Um aumento na taxa
Juros
de juros reduz o nível
de investimentos.
tj²

tj¹

Nível de
ni² ni¹
Investimento
Determinação da Taxa de Juros

Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic)

 A Selic é considerada a taxa básica porque é usada em


operações entre bancos e, por isso, tem influencia sobre
os juros de toda a economia.

 A partir dela, os bancos também definem quanto cobram


em empréstimos a empresas e pessoas físicas.

 A meta da taxa Selic é definida em reuniões mensais do


Copom (Comitê de Política Monetária)
Determinação da Taxa de Juros
Taxa Básica Selic;

O risco e prazo das operações – vale destacar que em um


cenário de crise, onde empresas passam dificuldades e o
desemprego é elevado, o risco de liberar crédito é mais alto,
logo a taxa de juros será maior;

Concentração do sistema bancário – quanto mais


concentrado for o sistema bancário de um determinado país,
maior será a taxa de juros cobrada pelos bancos.
COPOM
 O Copom foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo
de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a
taxa de juros.
É comandado pelo Presidente do Bacen e formado pelos
membros da Diretoria

Exemplos:
 Federal Open Market Committee (FOMC) do Banco Central dos
Estados Unidos (Fed);
 Central Bank Council do Banco Central da Alemanha;
 Monetary Policy Committee (MPC) do Banco da Inglaterra.
Política Cambial

Objetivo: Administração da taxa de câmbio e o controle


das operações cambiais, buscando o equilíbrio das
contas externas a partir das relações com o resto do
mundo.

Taxa de câmbio: preço de uma moeda em relação a


outra.

Quando falamos em Política Cambial estamos falando na


relação entre Real (R$) e Dólar (US$).
Regime Cambial

1 - Câmbio fixo:

O valor da taxa é determinada pelo Bacen através de


intervenções no mercado.

2 - Câmbio flutuante:

A taxa é determinada a partir da oferta e demanda da


moeda estrangeira (mercado).
Regime Cambial

3 - Bandas Cambiais:

Adoção de limiares mínimos e máximos para a taxa de


câmbio. O Brasil adotou esse regime no período de 1995
a 1999 (isso foi propiciado pela elevada reserva de
dólares no país).

Limiar Máximo

Cotação
Limiar Mínimo
Regime Cambial

4 - Dirty Floating:

A expressão dirty floating quer dizer flutuação suja.


Neste regime ocorre um misto entre câmbio fixo e
câmbio flutuante, ou seja, a taxa de câmbio flutua, mas,
ocorrem intervenções do Bacen quando necessário.
Política Cambial

Política Cambial e Crescimento Econômico


 
 A taxa de câmbio influencia o desempenho do setor
exportador. Um aumento no dólar provocará um aumento nas
exportações gerando mais empregos. O aumento no número
de empregos acarretará em um aumento no consumo interno.

 As exportações aumentam o produto, logo a renda, aumento,


assim, o consumo, alavancando o crescimento econômico do
país.

 A participação do Brasil nas exportações mundiais não chega


a 1% (do total de 11 trilhões de US$).
Inflação

O fenômeno macroeconômico inflação pode ser definido


como o processo persistente de aumento no nível geral de
preços resultando em perda do poder de compra da
moeda – aumento contínuo e generalizados dos preços.
Inflação

Tipos de Inflação:

a) Inflação de Demanda: ocorre a partir do excesso de


Demanda Agregada em relação à produção (Oferta
Agregada).

b) Inflação de Custos (de Oferta): ocorre a partir do aumento


nos preços dos custos de produção, decorrentes do câmbio
(matéria-prima importada), salários (aumentos reais via
sindicatos), estrutura de mercado (oligopólios).
Inflação

c) Inflação Inercial: ocorre quando os agentes econômicos


adaptam suas expectativas a uma determinada taxa de
inflação, sendo esta taxa esperada denominada de “Inflação
Inercial”.
Uma vez incorporada, ela passa a ser integrada em contratos
e acordos informais.
A tendência é que esta taxa de inflação se eleve no decorrer
do tempo, em virtude de aumentos nos preços superiores às
expectativas devido à falta de credibilidade na moeda
corrente, o que provocará uma distorção nos preços e uma
caminhada para a hiperinflação.
INFLAÇÃO - 1980-2005
ANO IPCA
1980 99,3
1981 95,6

Inflação
1982 104,8
1983 164,0
1984 215,3
1985 242,2
1986 79,7
1987 363,4
Medida pelo 1988
1989
980,2
1.972,9
IPCA 1990
1991
1.621,0
472,7
(Índice de 1992
1993
1.119,1
2.477,2
Preços ao 1994
1995
916,5
22,4

Consumidor 1996
1997
9,6
5,2

Amplo) 1998
1999
1,7
8,9
2000 6,0
2001 7,7
2002 12,5
2003 9,3
2004 7,6
2005 5,7
Fonte: IBGE
Inflação

EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO - 1980-2005


10.000,0

1.000,0

100,0

10,0

1,0
1982

1986

1988

1996
1980

1984

1990

1992

1994

1998

2000

2002

2004
Efeitos da Inflação
 Distribuição de Renda: provoca a redução do poder aquisitivo das
classes que dependem de rendimento fixo (classe assalariada). Na
população com baixos rendimentos por exemplo, a inflação funciona
como um “imposto” (imposto inflacionário), pois “suga” parcela do
rendimento mensal.

 Balança Comercial: encarece o produto nacional, estimulando a


importação, o que poderá aumentar o déficit na Balança.

 Efeito Tanzi: corrosão da arrecadação do governo, necessitando da


indexação dos tributos.

 Expectativas dos Agentes Econômicos: o setor empresarial é sensível


às distorções de preços causadas pela inflação, comprometendo assim
as expectativas futuras, ou seja, as decisões empresariais são
postergadas.
Metas de Inflação: Bacen
 É um mecanismo pelo qual o Bacen anuncia metas para a
inflação que devem ser atingidas a partir da Política Monetária
(Restritiva), ou seja, se a inflação ameaçar sair da meta os juros
subirão como medida de contenção.

 Funciona como um coordenador de expectativas sobre a


inflação futura, inibindo a indexação ligada à inflação passada.

 O índice utilizado para a meta é o IPCA (Índice de Preços ao


Consumidor Amplo) publicado pelo IBGE.

 IPCA: é um instrumento de medição da inflação, cujo universo


da pesquisa abrange pessoas com rendimento entre 1 a 40
salários mínimos, a partir de 7 cestas de consumo: Alimentação,
Artigos de Residência, Habitação, Transporte e Comunicação,
Vestuário, Saúde e Despesas Pessoais.
Metas de Inflação: Bacen
Índices de Preços

 O Sistema Nacional de Índices de Preços ao


Consumidor - SNIPC, consiste em uma combinação de
processos destinados a produzir índices de preços ao
consumidor.

 O objetivo é acompanhar a variação de preços de um


conjunto de produtos e serviços consumidos pelas
famílias.
Inflação - IPCA

 É produzido pelo IBGE desde 1980 com o objetivo de


medir as variações de preços ao consumidor.

 Reflete a variação dos preços das cestas de consumo


das famílias com recebimento mensal de 1 a 40 salários
mínimos, qualquer que seja a fonte e o INPC, a das
famílias com rendimento mensal de 1 a 8 salários mínimos,
com chefes assalariados.

 É utilizado pelo Bacen para o acompanhamento das


metas de inflação.
Índices de Preços

 O Sistema Nacional de Índices de Preços ao


Consumidor - SNIPC, consiste em uma combinação de
processos destinados a produzir índices de preços ao
consumidor.

 O objetivo é acompanhar a variação de preços de um


conjunto de produtos e serviços consumidos pelas
famílias.
Inflação - IPCA

 É produzido pelo IBGE desde 1980 com o objetivo de


medir as variações de preços ao consumidor.

 Reflete a variação dos preços das cestas de consumo


das famílias com recebimento mensal de 1 a 40 salários
mínimos, qualquer que seja a fonte e o INPC, a das
famílias com rendimento mensal de 1 a 8 salários mínimos,
com chefes assalariados.

 É utilizado pelo Bacen para o acompanhamento das


metas de inflação.
Inflação - IPCA
GRUPOS MÊS ANO PESO
Índice geral 0,21 1,65 100,00
Alimentação e bebidas -0,27 -0,69 21,38
Habitação 0,58 1,48 16,53
Artigos de residência -0,72 -0,65 5,27
Vestuário 1,18 0,86 5,33
Transportes
Saúde e cuidados -0,01 3,43 22,80
pessoais 1,18 2,88 10,49
Despesas pessoais 0,2 1,89 9,23
Educação 0,02 5,81 5,04
Comunicação 0,14 0,27 3,93
Fonte: IBGE
Inflação - IPCA
IPCA ACUMULADO NO ANO - 2006

Comunicação

Educação

Despesas pessoais

Saúde e cuidados pessoais

Transportes

Vestuário

Artigos de residência

Habitação

Alimentação e bebidas

-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5


Mercado de Trabalho

 Expansão da produção capitalista.

 Compra-se e vendem-se serviços de mão-de-obra.

 Dimensões: formal e informal.

 Indicador fundamental de conjuntura econômica.


Mercado de Trabalho

Trabalho é uma AÇÃO, cujo objetivo é CONSTRUIR algo (Marx).

N1 – T – N2
H

N1: Natureza primitiva


N2: Natureza secundária
T: Trabalho
H: Homem
Mercado de Trabalho

IBGE

Ocupação remunerada em dinheiro, produtos,


mercadorias ou benefícios (moradia, alimentação,
roupas etc.), desenvolvida durante pelo menos uma hora
na semana.
Mercado de Trabalho - Conceitos

a) População em Idade Ativa (PIA): pessoas com 10 anos e


mais, aptas para ingressar no mercado de trabalho.

b) População Economicamente Ativa (PEA): pessoas


ocupadas e desocupadas, representando o potencial do mercado
de trabalho.

c) Pessoas Ocupadas (POC): pessoas que estão trabalhando


no mercado de trabalho formal e informal.

d) Pessoas Desocupadas: pessoas sem trabalho e que estão


tomando providência efetiva de procurar trabalho.

e) Pessoas não Economicamente Ativas: estudantes, donas de


casa, aposentados.
Mercado de Trabalho - Conceitos
f) Taxa de Desemprego: é relação entre o número de pessoas
desocupadas (POC) e número de pessoas economicamente ativas
(PEA).

Taxa de Desemprego = Desocupados x 100


PEA

g) Índice de Emprego: é a relação entre o número de pessoas ocupadas


(POC) e número de pessoas economicamente ativas (PEA).

Índice de Desemprego = POC x 100


PEA
Mercado de Trabalho

INDICADORES MERCADO DE TRABALHO - 2006


PEA 22.242.000
POC 19.929.000
DESEMP 2.313.000
TAXA DESEMPREGO (%) 10,4
FONTE: IBGE
Comércio Exterior

 Objetivo: Alavancar o Crescimento Econômico

Vantagens:

a) Recursos Naturais;
b) Fatores Climáticos;
c) Estrutura de Capital;
d) Mão-de-obra Qualificada;
e) Desenvolvimento Tecnológico.
Comércio Exterior
Determinantes das importações

a) Renda Nacional – um aumento no produto e na renda nacional


provocará um aumento nas importações como de matérias-primas,
bens de consumo e bens de capital.

b) Taxa de Câmbio – um aumento na taxa de câmbio,


desvalorização cambial, inviabiliza as importações.

c) Preços Externos – um aumento nos preços externos provocará


uma queda nas importações.

d) Preços Internos – um aumento nos preços dos produtos internos


provocará uma elevação nas importações.

e) Barreiras – a imposição de barreiras tarifárias e não-tarifárias


pode provocar uma redução nas importações.
Comércio Exterior
Determinantes das exportações

a) Renda Mundial – um aumento na renda mundial tende a estimular o


consumo no âmbito mundial, propiciando um aumento nas
exportações.

b) Taxa de Câmbio – uma desvalorização na taxa de câmbio estimula


as exportações.

c) Preços Externos – um aumento nos preços internacionais estimulará


as exportações.

d) Preços Internos – um aumento dos preços dos produtos exportáveis


no mercado interno provocará uma redução nas exportações.

e) Incentivos à Exportação – estímulos ao setor exportador como


subsídios e políticas públicas tendem a elevar as exportações.
Comércio Exterior

Balança Comercial

 Registro das Exportações (X) e Importações (M).

X > M : superávit na Balança Comercial

X < M : déficit na Balança Comercial


Comércio Exterior

Política Cambial:

 Câmbio desvalorizado: tende a estimula o setor


exportador.

 Câmbio valorizado: tende a desestimular o setor


exportados.
Crescimento Econômico

 A idéia de crescimento econômico é relativamente recente, pois


antes do capitalismo as sociedades viviam “literalmente”
estagnadas, cuja base econômica era predominantemente
agrícola.
 O capitalismo, através de mudanças tecnológicas e
acumulação de capital, alterou a forma de vida das sociedades.
 No século XX a produção industrial cresceu entre 30 a 40
vezes e a população praticamente dobrou. Logo, a produção
per capita cresceu entre 15 e 20 vezes.
 Esse expressivo aumento do produto trouxe consigo um
aumento na qualidade de vida de diversas sociedades.
Crescimento Econômico

 Crescimento Econômico é o aumento contínuo do produto


interno bruto (PIB) global e per capital ao longo do tempo.
Ou seja, para que ocorra crescimento econômico em uma
sociedade é necessário que a taxa de crescimento do PIB seja
significativa e permanente, e seja maior que a taxa de
crescimento da população para que a renda per capita aumente.

 PIB ou Renda per capita = PIB


População
Crescimento Econômico
RENDA PER CAPITA DE PAÍSES
SELECIONADOS - 2000
PAÍS RENDA em US$
Suiça 38.120,00
EUA 34.260,00
Japão 34.120,00
Noruega 33.650,00
Alemanha 25.050,00
Inglaterra 24.500,00
França 23.670,00
Itália 20.010,00
Emirados Árabes 18.060,00
Argentina 7.440,00
Arábia Saudita 6.900,00
México 5.080,00
Brasil 3.570,00
FONTES: IBGE, FMI
Crescimento Econômico

Vetores do Crescimento:

 Sustentabilidade

 Demanda

 Investimento
Sustentabilidade

1º) Acumulação de Capital – aumento de máquinas,


equipamentos e indústrias; obras em infra-estrutura como
estradas e energia; investimentos em recursos humanos com
melhoria na produtividade da mão-de-obra.

2º) Crescimento da População – o aumento na população gera


um contingente de mão-de-obra e, conseqüentemente,
consumidores para uma nação, ou seja, conduz para a formação
de um mercado interno.

3º) Progresso Tecnológico – o crescimento econômico deve


trazer consigo significativas mudanças no padrão de tecnologia
de uma nação.
DI e DII

 Departamentos:
- Departamento I (DI), na produção de máquinas e
equipamentos

- Departamento II (DII), na produção de bens de


consumo, o qual se desdobra em bens de consumo duráveis e
bens de consumo não duráveis.

 O DI é o impulsionador do crescimento capitalista, pois é o


setor que produz os insumos indispensáveis para o
desenvolvimento do DII.

 Quando o DII é insuficiente o processo de industrialização


fica comprometido.
Demanda
1º) Renda – o nível de renda é, sem dúvida, o principal
determinante da Demanda Agregada por parte das famílias,
pois à medida que a renda das famílias se eleva o consumo
por bens e serviços aumentam, e vice-versa.

2º) Distribuição de Renda – o Crescimento Econômico


associado a concentração de renda retarda a expansão do
mercado interno, além de elevar o nível de pobreza de parcela
da população. É crucial que a distribuição de renda seja
igualitária, pois a distribuição eqüitativa da renda eleva o
dispêndio das famílias.

3º) Mecanismos de Crédito – a disponibilidade de crédito e seu


custo são muito importantes para determinar o consumo das
famílias, principalmente em economias de baixa renda.
Investimento

1º) Capacidade Ociosa – a capacidade ociosa refere-se à não


utilização plena do potencial de uma empresa;

2º) Ambiente de Negócios – um ambiente propício para se


fazer negócios é fundamental para propagar o nível de
investimento na economia;

3º) Retorno – a taxa de retorno de um empreendimento é


fundamental para determinar a decisão de investir. Quanto
mais atrativas forem as taxas de juros em uma economia,
maior tende a ser o retorno esperado por um empreendimento.
Investimento

Políticas Macroeconômicas:

 Fiscal

 Monetária

 Cambial
Desenvolvimento Econômico

 É o aumento no produto interno bruto (PIB), bem como na


renda per capita, acompanhado de modificações técnicas na
estrutura produtiva e melhoria nas condições de acesso às
necessidades humanas como habitação, saúde, alimentação e
educação pela população.

 Para caracterizar o processo de Desenvolvimento Econômico


deve-se observar:

a) Crescimento Econômico;

b) Redução da pobreza e das desigualdades sociais;

c) Melhoria nos indicadores sociais como saúde, educação,


habitação, violência etc.
Medição do Desenvolvimento
Econômico
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

 O IDH é um índice que varia entre 0 e 1, abrangendo três


dimensões do desenvolvimento econômico: Longevidade
(expectativa de vida ao nascer), Educação e PIB per capita.

 Quanto maior for a expectativa de vida de uma sociedade,


menor é o nível de desigualdade social, pois as condições
básicas de vida como habitação, alimentação e saúde estão
sendo atendidas, reduzindo assim, doenças, envelhecimento
precoce, epidemias, desnutrição etc.
Medição do Desenvolvimento
Econômico

 Quanto maior for o nível de educação de uma sociedade,


maior é a produtividade do trabalho e maior é o
desenvolvimento de pesquisas, refletindo diretamente na
eficiência tecnológica da economia.

 O aumento no PIB per capita, acompanhado de distribuição


eqüitativa na renda, permite o maior acesso da população
aos bens de consumo, podendo desfrutar do crescimento
econômico e da tecnologia desenvolvida na economia.
Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH)

Classificação Variação

Baixo desenvolvimento: 0 a 0,500


Médio desenvolvimento: 0,501 a 0,800
Alto desenvolvimento: 0,801 a 1

 Seu resultado expressa uma vida longa e saudável, o


acesso ao conhecimento e um padrão de vida econômico
descente.

 Expressa, de certa forma, a qualidade de vida.


IDHM - 1991
IDHM - 2000
Crescimento e
Desenvolvimento Econômico
Diferença:

 Crescimento Econômico: é um conceito quantitativo do


produto gerado em uma economia.
Procura demonstrar quanto a economia cresceu.

 Desenvolvimento Econômico: é um conceito qualitativo


do produto gerado em uma economia.
Procura demonstrar como a economia cresceu e como
distribuiu os “frutos” do crescimento na sociedade.

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