VIII.

Bombas Hidráulicas
1. 1. Introdução

A bomba é o componente do sistema responsável pela

geração da vazão do fluido. A função da bomba é
converter a energia mecânica em energia hidráulica.
As bombas podem ser divididas em dois grupos principais:

1.1. Bombas Hidrodinâmicas. Deslocamento não positivo.

1.2. Bombas Hidrostáticas: Deslocamento positivo.

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 1.1. Bombas Hidrodinâmicas

Este tipo de bomba é constituído pelas bombas

centrífugas.

Não é apropriada para os sistemas hidráulicos de

transmissão de força, pois um pequeno aumento na
pressão reduz consideravelmente a vazão.

Estas bombas são utilizadas para transferência de fluidos,

tendo como resistência o peso próprio do líquido e as
perdas de carga do sistema.
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 1.2. Bombas Hidrostáticas

São bombas de construção diversificada tendo como

característica comum a transferência do fluido em
quantidades fixas de volume a cada ciclo de
funcionamento. O volume de fluido transferido (vazão)
será independente do aumento de pressão do sistema,
dentro da capacidade de trabalho da bomba.
Como permitem a transmissão de potência, estas bombas
são aplicadas em circuitos hidráulicos.
Estes equipamentos podem ser de deslocamento fixo ou
variável, e fluxo em sentido único ou com reversão.

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 2. Tipos de Bombas
Serão estudadas as bombas hidráulicas aplicadas
nos sistemas óleo-hidráulicos.
- Bombas de vazão fixa - Bombas de vazão variável
a) Manuais a) Manuais
b) Engrenagens b) Palhetas
c) Parafusos c) Pistões - radiais
d) Palhetas - axiais
e) Pistões - radiais
- axiais
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 2.1. Bombas “Manuais”

São bombas em que o acionamento é feito pela

força exclusiva do operador.
Na bomba manual de dupla ação, o movimento da
alavanca alterna o deslocamento da haste, através
da abertura e fechamento das válvulas o fluido
escoa da entrada para a saída. O volume deslocado
depende da velocidade de acionamento.
(As figuras podem ser vistas no material das
cópias).
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 Aplicação de “bomba manual”

Um exemplo de aplicação está no freio do

automóvel. A pressão do pedal faz com que o
cilindro mestre desloque o fluido através da
canalização acionando os cilindros das rodas e
freando o carro. Quando soltamos o pedal a mola
de retorno traciona as sapatas e o fluido volta para
o reservatório.

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 2.2. Bombas de Engrenagem
A vazão das bombas de engrenagem é criada pelo
constante engrenamento e desengrenamento de duas ou
mais rodas dentadas.

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 2.2.2 Bombas de Excêntrico Interno
Estas bombas apresentam nível de ruído muito baixo, o
custo é elevado. O funcionamento é semelhante ao da
bomba de engrenagem interna.

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 2.2.3. Bomba de Rotores Lobulares

O princípio de funcionamento é o mesmo das

bombas de engrenagens, porém neste caso temos
os rotores tipo Roots, também chamados de
lóbulos, ao invés de engrenagens. O acionamento é
feito por engrenagens externas, não ocorrendo
contato entre os lóbulos. A aplicação é para casos
muito específicos.
.
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 2.3. Bomba de Parafusos

Neste caso as engrenagens são substituídas por

parafusos que agem como dois pares engrenados.
Estas bombas apresentam vazão uniforme sem
qualquer tipo de pulsação. O custo é elevado.
.

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 2.4. Bomba de Palhetas
As bombas de palhetas são basicamente constituídas por uma
carcaça que encerra um rotor com ranhuras normalmente
radiais ou ligeiramente inclinadas, nas quais se encontram as
palhetas. O conjunto é acionado por um eixo ligado a um
motor. Esse conjunto gira dentro de um anel ou carcaça e
forma, junto com eles e as placas laterais, uma câmara fechada.
.

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 Princípio de funcionamento da bomba de palhetas

O rotor gira em alta rotação fazendo com que a ação da

força centrifuga mantenha as palhetas em contato
permanente com o anel externo que é excêntrico ao eixo de
rotação. Com esta excentricidade são formadas câmaras
com volume variável . O aumento progressivo das câmaras
provoca a sucção do fluido. A diminuição da câmara irá
expelir o fluido para fora da bomba. A entrada e saída do
fluido é feita através de rasgos existentes no prato de
pressão.

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 2.5. Bomba de Pistões
2.5.1. Bomba de Pistões Radiais
O deslocamento do fluido é feito pelos pistões radiais.

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 2.5.1. Bomba de Pistões Axiais

O giro do eixo provoca o deslocamento axial dos pistões

que gera o deslocamento do fluido.

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 3. Cuidados na Instalação
3.1. Alinhamento das bombas: verificar o alinhamento angular e paralelo e
utilizar acoplamento flexível.

3.2. Sentido de Rotação: a rotação em sentido errado causa aquecimento e danos

a bomba. Verificar o sentido correto indicado na carcaça da bomba.

3.3. Cavitação: caso exista ruído característico de cavitação verificar a instalação.

Linha de sucção, entrada de ar e especificação do fluido.

3.4. Qualidade do fluido: cuidados com a contaminação do fluido.

3.5. Temperatura do fluido: o fluido não deve ultrapassar a temperatura e

trabalho limite. O aquecimento excessivo pode danificar as vedações da bomba.

3.6. Sobrepressão: devem ser previstas válvulas de alívio para evitar danos na
bomba por sobrepressão.

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 Cuidados com a manutenção do sistema
a) Verifique o nível do fluido no reservatório
frequentemente;
b) Certifique-se diariamente de que não existem
vazamentos;
c) Troque o elemento filtrante e o fluido dentro dos
intervalos recomendados;
d) Use o filtro adequado para cada situação;
e) Verifique que o fluido permaneça na faixa de
viscosidade recomendada;
f) Opere o equipamento de maneira correta.

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 5. Considerações Finais

A bomba normalmente é um dos últimos componentes a

ser especificado no sistema hidráulico. Devemos conhecer
as perdas de carga , a vazão e pressão que devemos ter nos
atuadores para especificar uma bomba que possa trabalhar
folgadamente.

As bombas devem ser protegidas através de válvulas

reguladoras de pressão. Algumas bombas, como por
exemplo a bomba de palhetas com compensação
dispensam estas válvulas.

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 Associação de Bombas
Existem aplicações em que a capacidade de uma bomba
não é suficiente para succionar o fluido do reservatório.
Em outras aplicações a vazão fornecida por uma bomba
não é suficiente para o sistema.
Nestes casos é necessário efetuar a associação de uma
outra bomba para atingir o desempenho desejado.
5.1. Bombas em Série: para aumentar a capacidade de
pressão do sistema.
5.2. Bombas em Paralelo: para aumentar a capacidade de
vazão do sistema.
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 IX. Válvulas
As válvulas constituem o sistema de controle da
unidade hidráulica.
As válvulas podem ser divididas nos seguintes
tipos:
1. Válvulas Reguladoras de Pressão
2. Válvulas de Controle Direcional
3. Válvulas Reguladoras de Vazão

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 1. Válvulas Reguladoras de Pressão
As válvulas reguladoras de pressão têm por função básica
limitar ou determinar a pressão do sistema hidráulico para
a obtenção de uma determinada função do equipamento
acionado.
As situações de aplicação são:
-Limitar a pressão máxima do sistema;
-Determinar um nível de pressão de trabalho;

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 2. Válvulas de Controle Direcional

Os sistemas hidráulicos necessitam de meios para

controlar a direção e o sentido do fluxo do fluido.
Este controle permite obter os movimentos dos atuadores
para efetuar o trabalho desejado.

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 3. Válvulas Reguladoras de Vazão

As válvulas reguladoras de pressão permitem o

controle da força ou torque do atuador. O controle
de velocidade do atuador é feito por válvulas
reguladoras de vazão.
O funcionamento da válvula reguladora de vazão
é baseado na abertura de um orifício de passagem.

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