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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA E MICROBIOLOGIA


DISCIPLINA MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA

IMUNIDADE INATA

Profª. Dra. Josie Haydée Ferreira


IMUNIDADE INATA
► Todos os organismos multicelulares, incluindo plantas,
invertebrados e vertebrados, possuem mecanismos
intrínsecos de defesa contra infecções microbianas.

► Como esses mecanismos de defesa estão sempre


presentes, prontos para reconhecer e eliminar os
micróbios, diz-se que constituem imunidade inata
(Também chamados de naturais ou nativas, a imunidade).

► A resposta inata e a adquirida apresentam grande


diferenças.
IMUNIDADE INATA X ADIQUIRIDA
Introdução
► Durante muitos anos acreditava-se que a imunidade inata é
inespecífica e fraca e não é eficaz no combate a maioria das
infecções.

► Na verdade imunidade inata, visa especificamente os


micróbios e é um poderoso mecanismo de defesa precoce,
capazes de controlar e erradicar a infecção, mesmo antes de
imunidade adaptativa torna-se ativa.

► A imunidade inata não só fornece a defesa antecipada contra


infecções, mas também instrui o sistema imunitário adaptável
para responder aos micróbios diferentes formas que são
eficazes para lutar contra estes micróbios.
Introdução

► Por outro lado, a resposta imune adaptativa


freqüentemente usa mecanismos da imunidade inata para
erradicar a infecção.

► Por estas razões, existe um grande interesse na definição


dos mecanismos de imunidade inata e aprendendo a
aproveitar estes mecanismos para otimizar a defesa contra
infecções.
Imunidade Inata
Objetivos

► Como funciona o sistema imune inato no


reconhecimento dos micróbios?

► Como os diferentes componentes da função da


imunidade inata para combater diferentes tipos de
micróbios?

► Como estimular a reação imune inata respostas


imunes adaptativas?
Reconhecimento dos microrganismos
pelo sistema imunológico inato

► Os componentes da imunidade inata reconhecem


estruturas que são compartilhados por vários tipos de
micróbios e não estão presentes em células hospedeiras.

► Os componentes da imunidade inata tem evoluído para


reconhecer estruturas de micróbios que são muitas vezes
essenciais para a sobrevivência e infectividade desses
micróbios.

► Os receptores do sistema imune inato são codificados na


linhagem germinativa e não são produzidos por
recombinação somática de genes.
Reconhecimento dos microrganismos
pelo sistema imunológico inato
► O sistema imune inato não reagir contra o hospedeiro.

► O sistema imunitário inato responde da mesma maneira


para repetir o encontro com um micróbio, ao passo que o
sistema imune adaptativo responde de forma mais
eficiente para cada encontro sucessivo com um micróbio.
Figura 2-1 A
especificidade
da imunidade
inata e
imunidade
adaptativa.

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Receptores celulares para os
microrganismos
► Os receptores do sistema imune inato usa para reagir contra
os micróbios são expressos em fagócitos, células dendríticas,
e muitos outros tipos de células, incluindo linfócitos e células
epiteliais e endoteliais, todos os que participam na defesa
contra vários tipos de micróbios.

► Esses receptores são expressos em diferentes


compartimentos celulares onde os micróbios podem ser
localizados.

► Várias classes desses receptores foram identificadas e são


específicas para diferentes tipos de produtos microbianos
("padrões moleculares").
Figura 2-2 Locais dos receptores celulares do sistema imune inato.
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Receptores celulares para os
microrganismos
► Os receptores do tipo Toll são homólogos a uma proteína
de Drosophila, chamada Toll, que foi descoberta por sua
participação no padrão dorsal-ventral e mais tarde
mostrou-se essencial para a proteção da mosca contra
infecções.

► Esses receptores são específicos para diferentes


componentes dos microrganismos.

► Sua função, em resumo, é o reconhecimento do patógeno


e a estimulação da resposta imunológica contra agentes
patológicos.
Receptores celulares para os
microrganismos
► Os sinais gerados pela ligação dos TLRs ativam fatores de
transcrição que estimulam a expressão dos genes que
codificam citocinas, enzimas e outras proteínas envolvidas
nas funções antimicrobiana dos fagócitos ativados e das
células dendríticas.

► Dois dos mais importantes fatores de transcrição ativados


por sinais TLR são NF-kB (nuclear factor kB), que promove
a expressão de várias citocinas e moléculas de adesão
endotelial e IRF-3 (interferon resposta factor-3), que
estimula a produção do tipo I interferons, citocinas, que
bloqueiam a replicação viral.
Figura 2-3
Especificidades e as
funções dos receptores
Toll-like (TLRs).

PAMP’s: padrões moleculares


associados a patógenos.

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Receptores celulares para os
microrganismos
► Barreiras epiteliais;

► Fagócitos: neutrófilos e monócitos/macrófagos;

► Células dentríticas;

► Células Natural Killer;

► Outras classes de linfócitos;

► Citocinas;

► Outras moléculas plasmáticas;


Figura 2-4 Funções do epitélio na imunidade inata.
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Figura 2-5 Morfologia de neutrófilos. Esta micrografia luz de um dos
neutrófilos no sangue mostra o núcleo multilobulado, por causa de que estas
células também são chamadas de leucócitos polimorfonucleares, e os grânulos
citoplasmáticos fraco
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Figura 2-6 Estágios na maturação dos fagócitos mononucleares.
Os fagócitos mononucleares surgir a partir de precursores na medula
óssea.

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Figura 2-7 A seqüência de eventos na migração dos leucócitos aos locais de infecção.

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Figura 2-8 Ativação de receptores e respostas funcionais de fagócitos.

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Figura 2-9 Fagocitose e morte intra-celular de micróbios.
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Figura 2-10 Funções de
"natural killer (NK). A,
células NK matam as células
do hospedeiro infectado por
microorganismos
intracelulares, eliminando os
reservatórios da infecção. B,
células NK responder à
interleucina-12 (IL-12)
produzidas por macrófagos
e secretam interferon-γ
(IFN-γ), que ativa os
macrófagos para matar
micróbios fagocitados.

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Figura 2-11 Receptores ativadores e inibidores de natural killer (NK).

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Figura 2-12 Vias de ativação
do complemento. A ativação
do sistema complemento
podem ser iniciadas por três
vias distintas, as quais levam à
produção de C3b (primeiros
passos). C3b inicia as etapas
finais da ativação do
complemento, culminando na
produção de peptídeos
numerosos e C9 polimerizado
(que constitui o complexo de
ataque à membrana, assim
chamado porque ele cria
buracos no plasma de
membranas). As principais
funções das proteínas
produzidas em diferentes
etapas são mostradas. Downloaded from: StudentConsult (on 3 May 2010 03:17 PM)

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Figura 2-13 As citocinas
da imunidade inata.
A, As células dendríticas e
macrófagos responder aos
micróbios produtores de
citocinas que estimulam a
inflamação (recrutamento
de leucócitos) e ativar
natural killer (NK) para
produzir o ativador de
macrófagos citocina IFN-γ.
B, Algumas características
importantes das principais
citocinas da imunidade
inata são listados.

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Evasão da Imunidade inata pelos
Microrganismos
► Os patógenos evoluíram de forma a resistir contra os
mecanismos da imunidade inata.

Figura 2-14. Evasão do sistema imunológico inato pelos microrganismos.


O papel da imunidade inata na
estimulação das respostas da imunidade
adquirida
► A resposta imunológica inata tem a importante função de alertar
o sistema imunológico adquirido de que é necessária uma
resposta imunológica eficaz.

► A resposta imunológica inata gera moléculas que funcionam


como “segundos sinais” que, junto com os antígenos, ativam os
linfócitos T e B.

► Sinal I: próprio antígeno;


► Sinal II: molécula produzida ou induzida pelos microrganismos;
resposta imunológica inata; danos as células do hospedeiro.

► Essa necessidade do segundo sinal garante que o sistema


adaptativo resposta a agentes infecciosos e não a substâncias
não inofensivas
Figura 2-15.
Requerimento de dois
sinais para ativação de
linfócitos.

Em situações
experimentais e
vacinas: Sinal II =
adjuvante.

Os segundos sinais
não só ativam a
resposta adquirida
como influenciam a
natureza da resposta.

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Figura 2-16. O
papel da
imunidade inata
no estímulo da
resposta
imunológica
adquirida

- Papel da IL -12

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