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Escola Básica e Secundária Anselmo de Andrade

Não, não é cansaço


Álvaro de Campos

Beatriz Gonçalves Nº4, 12º B


Diogo Afonso Nº10, 12ºB
Português
2020/2021
Professor: Jorge Carvalho
Tópicos
1. De Fernando Pessoa a Álvaro de Campos
2. Álvaro de Campos
3. Poema – “Não, não é cansaço”
3.1 Análise
4. Webgrafia e Bibliografia
Carta
 Derivação oposta à de Ricardo Reis
 Surgimento
 Impetuoso
 Espontâneo

 “Quando sinto um súbito impulso para


escrever e não sei o quê.” – Fernando Pessoa
Álvaro de Campos
 Nasceu em Tavira, a 1890

 Engenharia Naval, na Escócia

 Viagem de barco ao Oriente

 Revista Orpheu
 Ode Triunfal, Ode Marítima, Opiário

 Descrição segundo Pessoa


 Alto, elegante, cabelo liso e preto, com risca
ao lado, usando monóculo e com um “tipo
vagamente de judeu português”
 Sensacionista
 Discípulo de Alberto Caeiro

 Modernista e Vanguardista
Três Fases

1. Fase 2. Fase 3. Fase


decadentista futurista intimista
• Ideias de tédio • Celebra o triunfo • Fracasso de
• Falta de sentido da máquina e a todos os sonhos
na vida força da e inspirações
• Necessidade de civilização • Reencontro com
novas sensações moderna Fernando Pessoa
Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...


É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço porquê?

Não, não é É uma sensação abstracta


Da vida concreta
Qualquer coisa como um grito

cansaço
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...
Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,


Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.


Confesso: é cansaço!...
Análise: estrutura
interna
 Fase intimista;
 Angústia existencial, desistência perante
o mundo;
 Nada o motiva;
 Cansaço

 Desilusão com a vida;


 Monotonia da vida;
1º estrofe

Não, não
não éé cansaço...
cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha
entranha nana espécie
espéciede
depensar,
pensar,
É um domingo às avessas
Do sentimento,
ANÁLISE Um feriado passado no abismo...
ESTRUTURA INTERNA

Recusa
2º estrofe

Não, cansaço não é...


É eu estar
estar existindo
existindo
E também
também oomundo,
mundo,
Com tudo aquilo que contém,
ANÁLISE Com tudo aquilo que nele se desdobra
ESTRUTURA INTERNA E afinal é a mesma
mesma coisa
coisavariada
variadaem
emcópias
cópiasiguais.
iguais.

Recusa
3ª e 4ª estrofe
Não. Cansaço
Cansaço porquê?
porquê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
ANÁLISE Sim, ou por sofrer como...
ESTRUTURA INTERNA Isso mesmo, como...

Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este
falso
falso cansaço.
cansaço.

Confusão
5º estrofe

(Ai, cegos
cegos que
quecantam
cantamna narua,
rua,
Que formidável
formidávelrealejo
realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do
outro, e a voz dela!)
ANÁLISE
ESTRUTURA INTERNA

Oásis
6º estrofe

Porque
Porque oiço,
oiço,vejo.
vejo.
ANÁLISE Confesso:
Confesso: éécansaço!...
cansaço!...
ESTRUTURA INTERNA

Aceitação
Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar, 1
É um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...

Não, cansaço não é...


É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém, 2
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço porquê?


É uma sensação abstracta
Da vida concreta
ANÁLISE Qualquer coisa como um grito
Por dar, 3
ESTRUTURA EXTERNA Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...
Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço. 4
(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo 5
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.


Confesso: é cansaço!... 6
Não, não
não éé cansaço...
cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
É um domingo
domingoàs àsavessas
avessas
Do sentimento,
sentimento,
Um feriado
feriadopassado
passadono noabismo...
abismo...

Não, cansaço
cansaçonão
nãoé...
é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Com tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço
Cansaço porquê?
porquê?
É uma sensação abstracta
Da vida concreta
ANÁLISE Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Por dar,
ESTRUTURA EXTERNA Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Por sofrer,
Ou por
por sofrer
sofrercompletamente,
completamente,
Ou por
por sofrer
sofrercomo...
como...
Sim, ou por
por sofrer
sofrercomo...
como...
Isso mesmo, como...
Como quê?...
Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.

(Ai, cegos que cantam na rua,


Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)

Porque oiço, vejo.


Confesso: é cansaço!...
Webgrafia e Bibliografia
 http://arquivopessoa.net/textos/228 - 5/01/2021
 https://pt.slideshare.net/ClaudiaCatarina4/no-no-cansao - 5/01/2021
 https://trabalhodeportugues14.weebly.com/natildeo-natildeo-eacute-cansac
cedilo.html
- 5/01/2021
 http://mym-pt.blogspot.com/2012/12/nao-nao-e-cansaco-alvaro-de-campos
.html 5/01/2021
- 5/01/2021
 Pinto, Elisa Costa; Fonseca, Paulo; Baptista, Vera Saraiva (2019) Novo Plural
12. Porto Editora

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