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HISTÓRIA DO DIREITO

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ë A cidade é o centro do controle que detém a


escrita (memória escrita), os livros, faz o censo
e cobra os tributos, isto é, a forma de
apropriação externa à comunidade tribal. A
cidade antiga torna-se um reservatório de
riqueza a que poucos têm acesso ± em torno do
rei, os sacerdotes e os escribas, os
conselheiros e os generais.

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ë As comunidades do  têm a sua própria


justiça, em geral presidida por um conselho
de anciãos ou alguém escolhido pelos mais
respeitados. Weber = justiça do
 oriental
(ou justiça da aldeia ± trata das regras
cotidianas de relações comunitárias), em
oposição à justiça pessoal e burocrática.
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î +      Œ escolhido por Deus pela sua


imparcialidade, coragem, capacidade. Fortalece-
se como um mito importante. Ele julga e decide
os casos passados e ordena para os casos
futuros.
î Õ  &   = justiça como um atributo
divino (segundo ela não se desvia o julgamento
nem por dinheiro e nem por afeição, nem por
temor ao rico e nem por favor ao pobre)
î Î     = regula a disputa entre os
iguais.
  
  

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ë Diferença entre Atenas e EspartaŒ ambas


compartilham um elemento fundamental de
nossa tradição jurídicaŒ a laicização do
direito e a idéia de que as leis podem ser
revogadas pelos mesmos homens que as
fizeram.
  
ë   . Œ conhecia-se o divórcio
recíproco, com iguais direitos para homens e
mulheres. Era legal (não se sabe se
costumeiro) abandonar crianças recém-
nascidas. As roupas eram uniformes para
homens livres e escravos, não se percebendo
a diferença entre eles (era possível, isto sim,
saber a diferença entre ricos e pobres).
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ë- -  Œ não havia carreira burocrática e,
não existindo juristas profissionais, a
argumentação dita forense voltava-se para os
leigos, como num tribunal de júri.
  
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ë - Sofistas = é a partir deles que a filosofia vai
refletir controladamente sobre a lei.
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ë- § 
  
  

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Duas espécies de órgãos de jurisdição em
Atenas. Para os casos de crimes públicos, o
julgamento é feito por grandes tribunais de
dezenas ou centenas de membros. A
Assembléia de todos os cidadãos, repartidos
em distritos territoriais, elegia o grande
conselho de supervisão.
  
ë- Nos tribunais era preciso      
(a lei, o costume) além dos fatos.
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       Πera
moralmente indigno receber dinheiro para a
defesa. Na teoria, qualquer cidadão podia se
apresentar perante os tribunais, juízes e
árbitros para defender seus interesses. Na
prática, cresceu a atividade dos redatores de
peças ³judiciais´. O advogado, como
conhecemos hoje, ainda não existia.
  
ë - resposta nos tribunais     
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ë Inexistia órgão público de acusaçãoŒ
qualquer um poderia denunciar os crimes
públicos (3  não era apenas a
informação, mas uma petiçãoŒ era o início de
um processo). Porém, se o denunciante não
obtivesse ao menos 1/5 dos votos do tribunal,
pagava multa e não podia abandonar a
acusação no meio do processo. Os
denunciantes tinham parte nas multas e penas
aplicadas aos culpados. ³O processo tornou-se
uma praga em Atenas, mas a liberdade de
processar era inerente à democracia.´
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promulgação a lei e sua revogação nada têm
de divino. Abre-se uma fenda entre o direito
divino e o direito dos homens (³Antígona´, de
Sófocles, demonstra este conflito).

ë X  $%Œ de Drácon (621 a. C.) em


Atenas = põem fim à solidariedade familiar.
ObjetivoŒ abolir a justiça familiarŒ a cidade
tem a competência de decidir e manter a
paz.
  
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ë- Os gregos promoveram o debate e a
reflexão sobre o justo e sobre a justiça, o que
foi além do debate sobre as normas.


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ë O Senado é vitalício. O senado era o
conselho dos anciãos e responsável pela
ligação da cidade com a sua história, sua
vida, sua autoridade. Em casos especiais
respondia a consultas e opinava sobre os
negócios. Só no Principado o senado poderá
ser equiparado à lei.


ë As assembléias tinham uma função


³legislativa´. Na República eram trêsŒ

 


   
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  . As decisões das duas
primeiras podiam se tranformar em , as
da última em princípio. Obrigavam apenas a
plebe e eram conhecidas como    
.

ë As magistraturas eram cargos eletivos para


funções determinadas, com prazo de um
ano, exercidas, muitas vezes, em grupos de
dois ou mais (colegialidade) o que permitia
um controle recíproco do poder.

ë- 6    Œ cônsules, censores,
questores, pretores (que participavam do poder
geral de mando ±   
± detendo os
poderes civis de

 ± disciplina - e


 ± dizer o direito), excepcionalmente
os ditadores.
ë- &    = direito civil =
pretor urbano;
ë- Relação entre estrangeiros ou entre
estrangeiros e romanos = pretor peregrino
ë- 2 .  Œ sacerdotes-funcionários
autorizados a usar as fórmulas legais e
interpretá-las. Inicialmente só eles poderiam
interpretar e aplicar as fórmulas da X  

.

ë - X  &'' ("  = redigidas no período
republicano (aproximadamente 450 a. C.). Foi uma
conquista dos plebeus. Esta lei pretende reduzir a
escrito as disposições e mandamentos que antes
eram guardados pelos patrícios e 
. Pode-
se dizer que foi uma coletânea e não um código. Por
ser escrita, tornou o direito público acessível a quem
pudesse ler.
ë - Perfil do direito romano arcaico = só se aplica
aos romanos, cidadãos, descendentes dos £
 .


  = direito dos cidadãos. Os não romanos
ficam excluídos do âmbito de validade das regras de
propriedade (quiritária), do casamento e de família
do 

 .
ë - O direito arcaico era repleto de fórmulas que
precisavam ser pronunciadas no lugar certo pelas
pessoas certas.


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- O processo formular é o ambiente próprio


do desenvolvimento da jurisprudência
clássica. Criado pela X 
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$Y$% redefinido pela X 
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Personagem centralΠo pretor urbano e o
peregrino, que remetiam o julgamento a um
juiz ou árbitro privado.


ë Dividido em duas fasesŒ 1)  


 = ocorre
perante o magistrado, o pretor. Sua função é
organizar a controvérsia, transformando o
conflito  num conflito 

 (administra a
justiça e não julga); 2) 
 

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= a controvérsia desenvolve-se
perante um juiz ou árbitro (cidadão particular).
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mas uma proclamação verbal da tribuna " 
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ë Desaparece a divisão de tarefas entre pretor


e juiz.

ë Valorizam-se os juristas, centralizam-se os


poderes de julgamento em um único órgão e
tem-se a novidade do recurso ou apelação.


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  +
 
ë- Séc. IV a.CŒ total laicização da
jurisprudência, o que não significa
democratização.
ë- Os juristas formam uma categoria
aristocráticaŒ são notáveis, fidalgos. Não era
exatamente uma profissãoŒ prestavam serviços
à cidade porque preservavam a tradição, mas
prestavam-no dando conselhos. Não advogam
no foro (esta advocacia era considerada
inferior). O que os juristas fazem é uma honra,
uma dignidade. Sua remuneração não era
dinheiro, mas influência, prestígio e
popularidade.

ë Durante o Principado aconteceu a
harmonia entre juristas e imperador.
ë- Durante o DominatoŒ o jurista
independente perdeu o seu lugar da mesma
forma que pretor e juiz desapareceram
porque o processo passou a ser
concentrado perante um só órgão. Aqui, o
papel da legislação imperial é crescente e o
dos juristas deixa de ser somente o de dar
conselhos aos pretores, juízes e às partes
para ser especialmente assessorar o
príncipe ou imperador. Consolida-se ou
codifica-se a jurisprudência clássica.

 
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ë- A filosofia grega participa, de
alguma forma, do pensamento jurídico
romano.

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ë- O direito privado é um sistema de
regras pelo qual se mantém unida a família
como unidade produtiva.
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ë- O direito de propriedade é uma espécie
também de jurisdição, de poder de comandar
as coisas e as pessoas da família (pai dá
origem a patrão).


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         '(

ë Casamento podia ser de duas formasŒ



+ a mulher sob o poder da família de seu
marido, realizado formalmente pela

 , pela
  ou pelo

; e
 
± a mulher não estava sob o poder
da família de seu marido. Efeito do casamentoŒ
gerar filhos legítimos.

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